Artesanatos populares do folclore brasileiro

Artesanatos populares do folclore brasileiro

A arte folclórica é expressa através dos acessórios domésticos, nos utensílios caseiros, na indumentária, nas máscaras, no papel recortado, nas dobraduras, nos bordados, nas rendas, nos amarrados, nos desenhos, na pintura e na escultura. Suas funções são de decoração e de ornamentação. O artesanato folclórico difere da arte folclórica, pois sua função é utilitária. Considera-se artesanato folclórico todas as coisas que são necessárias, como a cestaria, a tecelagem, a cerâmica utilitária e as próprias ferramentas de trabalho do artesão. Bonecas, flores de palha, panela de pedra-sabão, colchas de tear, crochês, bordados, tricô, bróia, balaios de taquara, tapetes de arrailo, amarrados de corda, escultura (pedra-sabão e madeira), objetos de lágrima de Nossa Senhora, colchas de retalho, trabalhos feitos com vela e com penas de aves.

 Artesanato para o antropólogo Ricardo Lima é diverso, “o universo artesanal não é uma realidade homogênea, pressupõe modos de fazer diferentes, visões de mundo diferentes, e também estéticas diferentes.”

Para o galerista Roberto Rugiero na arte popular é necessário estimular a criatividade. “Talento não se ensina, mas se estimula, acho que o povo brasileiro, tão talentoso e criativo, pode ter de repente ter uma resposta diferente.”, avalia.

ARTESANATO

Artesanato é essencialmente o próprio trabalho manual ou produção de um artesão (de artesão + ato). Mas com a mecanização da indústria o artesão é identificado como aquele que produz objetos pertencentes à chamada cultura popular.

O artesanato é tradicionalmente a produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possui os meios de produção (sendo o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalha com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja, não havendo divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante ou aprendiz.

A ARTE

A arte folclórica é expressa através dos acessórios domésticos, nos utensílios caseiros, na indumentária, nas máscaras, no papel recortado, nas dobraduras, nos bordados, nas rendas, nos amarrados, nos desenhos, na pintura e na escultura. Suas funções são de decoração e de ornamentação. O artesanato folclórico difere da arte folclórica, pois sua função é utilitária. Considera-se artesanato folclórico todas as coisas que são necessárias, como a cestaria, a tecelagem, a cerâmica utilitária e as próprias ferramentas de trabalho do artesão. Bonecas, flores de palha, panela de pedra-sabão, colchas de tear, crochês, bordados, tricô, bróia, balaios de taquara, tapetes de arrailo, amarrados de corda, escultura (pedra-sabão e madeira), objetos de lágrima de Nossa Senhora, colchas de retalho, trabalhos feitos com vela e com penas de aves. Artesanato para o antropólogo Ricardo Lima é diverso, “o universo artesanal não é uma realidade homogênea, pressupõe modos de fazer diferentes, visões de mundo diferentes, e também estéticas diferentes.”

Para o galerista Roberto Rugiero na arte popular é necessário estimular a criatividade. “Talento não se ensina, mas se estimula, acho que o povo brasileiro, tão talentoso e criativo, pode ter de repente ter uma resposta diferente.”, avalia.

Artesanatos populares do folclore brasileiro
HISTÓRIA

Os primeiros objetos feitos pelo homem eram artesanais. Isso pode ser identificado no período neolítico (6.000 a.C.) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica como utensílio para armazenar e cozer alimentos, e descobriu a técnica de tecelagem das fibras animais e vegetais. O mesmo pode ser percebido no Brasil no mesmo período. Pesquisas permitiram identificar uma indústria lítica e fabricação de cerâmica por etnias de tradição nordestina que viveram no sudeste do Piauí em 6.000 a.C.

Historicamente, o artesão, responde por todo o processo de transformação da matéria-prima em produto acabado. Mas antes da fase de transformação o artesão é responsável pela seleção da matéria-prima a ser utilizada e pela concepção, ou projeto do produto a ser executado.

A partir do século XI, o artesanato ficou concentrado então em espaços conhecidos como oficinas, onde um pequeno grupo de aprendizes viviam com o mestre-artesão, detentor de todo o conhecimento técnico. Este oferecia, em troca de mão-de-obra barata e fiel, conhecimento, vestimentas e comida. Criaram-se as Corporações de Ofício, organizações que os mestres de cada cidade ou região formavam a fim de defender seus interesses.

Revolução Industrial

Com a Revolução Industrial, teóricos do século XIX, como Karl Marx e John Ruskin, e artistas (ver: Romantismo) criticavam a desvalorização do artesanato pela mecanização. Os intelectuais da época consideravam que o artesão tinha uma maior liberdade, por possuir os meios de produção e pelo alto grau de satisfação e identificação com o produto.

Na tentativa de lidar com as contradições da Revolução Industrial, William Morris funda o grupo de Artes e Ofícios na segunda metade do século XIX, tentando valorizar o trabalho artesanal e se opondo à mecanização.

FANTOCHE :

Fantoche é uma espécie de boneco animado por uma pessoa, diferindo da marioneta pela forma de manipulação — o fantoche é manipulado internamente, ao passo que a marioneta é, via de regra, suspensa por fios invisíveis. Possui uma face com grande expressividade, sendo os braços e mãos movimentados pelos dedos. Na cultura popular nordestina do Brasil há um tipo particular de fantoche, o mamulengo.

Os termos fantoche, títere e bonifrate são frequentemente usados pejorativamente para designar pessoas sem vontade própria que são manipuladas por outrem.

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FANTOCHES

o Fantoche é tão antigo como as civilizações e em todas tem desempenhado papeis, ou os seus papeis. Na sua origem o espetáculo de fantoches esteve unido com as manifestações animistas das sociedades primitivas, e tal como as máscaras com as quais se aparentam foram na sua origem objectos sagrados, personagens que eram intermediários entre essas sociedades primitivas e os seus deuses. Nas cerimónias dos rituais de magia animista, dispunham de uma força que chegava a amparar os homens, tal era a importância que se lhes atribuía. Era o fantoche ou a máscara que conferia poder divino ao personagem. Eram pois, hieráticos, proféticos, iniciadores, conjuradores, servindo todas as formas de uma dramaturgia simbólica. Neste caso a sua manipulação estava reservada somente aos iniciados que iriam proceder à cerimónia. Por exemplo: As marionetas Hopi do Arisona, simbolizavam as filhas do “Deus Mais”, e estavam encarregues de obter a fertilização da terra pelo céu, com a ajuda dos Deuses do ar. O importante é que a boneca acompanhasse o acto desejado. Pensa-se que as marionetas apareceram ligadas ou que eram descendentes da estatuária animada Egípcia, que serviram sociedades arcaicas e se integraram nas Maios elaboradas liturgias cristãs da Idade Média. Na antiguidade clássica, os fantoches encontravam-se no interior dos templos, em tamanho grande, e participavam nas festas processionais de iniciação. Já no Século VII, o concilio Quinisexto, tomou posição contra a representação de Cristo e os Santos passaram a aparecer com feições humanas o que não tinha ainda acontecido. Esta escolha de uma estatuária antropomórfica é sem dúvida determinante no desenvolvimento dos fantoches figurativos e imitativos dos homens passando a marcar até aos nossos dias o estilo, a técnica dos espectáculos de bonecos. Muito se passou sobre a sua história e através de reforços e concílios e de exibições em vários locais o fantoche foi confundido com as manifestações animistas das sociedades primitivas atrás mencionadas e assim a Igreja Cristã vai mais tarde através do Concilio de Trento interditar as representações nas igrejas, o que deu origem a que o teatro de fantoches miniaturizado em castelinhos tenha começado principalmente a andar nas ruas e nas festas palacianas tendo-se então tornado num teatro ambulante. Os fantoches têm uma grande história, portanto para encurtar e ligar o seu papel, passamos do Renascimento, onde ELES, vêm a encontrar adeptos que os fazem ressurgir legalmente, mas nos Adros das Igrejas, nos pátios das casas e nas festas das feiras, defendendo um público popular, começando então uma nova posição definida, na sátira, no humor, e em testemunhos face à ordem reinante. Por exemplo: Quando em Inglaterra os reis puritanos mandam fechar os teatros, são os fantoches que durante cerca de 18 anos vão manter a tradição do Teatro Inglês, pois não podiam prender os bonecos. Quando a Guerra dos 30 anos faz dispersar as companhias teatrais, vamos encontrar os comediantes ingleses na Alemanha, nos finais do Século XVI, representando com Teatro de Bonecos. E assim os reportórios vão sendo alterados, aumentados e atingem curiosas produções barrocas cheias de acontecimentos extraordinários que pululam um pouco por toda a Europa. E carregados de peripécias inseridas na história da evolução teatral eles têm caminhado pelo Mundo de muitas maneiras não se tendo no entanto deixado nunca fixar no seu passado. Atualmente são usados das mais diversas formas, dando mesmo origem a fabulosos exercícios de criatividade que deixam maravilhados quantos conseguem ter o privilégio de assistir a alguma representação. Há no entanto algo que se mantém como um ritual da alegria colectiva, os espetáculos de Rua, os tais que podem acontecer nos pátios, nos jardins, nas praias, nas feiras, nos Adros das Igrejas e que podem ser vistos como fazendo parte integrante da paisagem ou dos acontecimentos felizes.

  FANTOCHES FAMOSOS

A série de televisão infantil estado-unidense Sesame Street (Brasil: Vila Sésamo; Portugal: Rua Sésamo ) trazia muitos bonecos fantoches. A personagem central, ali, que ganhou inclusive espaço na calçada da fama, foi o Kermit the Frog (Brasil: Sapo Caco; Portugal: Sapo Cocas).

O recurso é muito utilizado em shows e programas infantis. Entretanto, na televisão brasileira, o mais famoso fantoche da atualidade está no programa de Ana Maria Braga, atendendo com o nome de Louro José – um papagaio feito de espuma, que contracena com a apresentadora em todos os seus programas matutinos da Rede Globo. Este boneco é parodiado pelo palhaço Tiririca, como Galo José, no humorístico Show do Tom da concorrente Rede Record. Uma forma não muito comum e já em desuso é a do boneco de ventríloquo, que é sempre um fantoche. Fantoches – Como Fazer e Usar

Quando uma pessoa que trabalha na área da saúde ou animador diz a alguém que ele/ela é ignorante ou que está errado em sua maneira de viver, a reação natural é discordar. Ele se tornam defensivos a respeito de sua maneira de viver. É criado um obstáculo à aprendizagem. Mas o que acontece se os mesmos problemas forem abordados em uma estória, dramatização ou teatro de fantoches? Ouvir uma estória sobre uma pessoa ou comunidade semelhante com os mesmos problemas do que a platéia ajuda os ouvintes a se identificarem com os personagens – e com as soluções que eles encontram para seus problemas. Quando as pessoas ouvem uma estória, eles descobrem a verdade por si próprias. Estórias e peças teatrais são geralmente mais interessantes do que sermões.

Estórias e peças podem ser compartilhadas com pessoas em hospitais, salas de espera de clínicas, mercados, igrejas e escolas. Elas também são uma maneira útil de se ensinar sobre assuntos difíceis como a AIDS (SIDA), planejamento familiar ou uso de drogas. Qualquer pessoa com conhecimentos básicos sobre saúde ou agricultura pode criar estórias e peças . Decida quais serão as mensagens principais que você quer transmitir. Prepare então uma estória na qual os personagens passem estas mensagens. Inclua vários assuntos de interesse local e talvez algumas situações engraçadas. Tente não incluir muita informação em uma encenação. Se você se sair bem as pessoas vão sempre voltar em outras ocasiões.

Um teatro de fantoches atrai mais pessoas do que um discurso ou discussão. Recentemente, um grupo de promotores rurais de saúde em Chiapas, no sul do México, foram treinados a fazer e usar fantoches. Sempre que eles chegavam em uma comunidade com um teatro de fantoches, uma multidão de todas as idades se reunia. Isto é ideal para instrutores de fora da comunidade que acham difícil obter a confiança dos outros. Se você se tornar conhecido como um animador de fantoches, as pessoas irão esperar sua chegada com ansiedade!

Algumas coisas são ditas de melhor maneira por um fantoche do que por uma pessoa. Eles podem ajudar os adultos a pensarem em questões sociais.

As pessoas podem achar algumas questões muito embaraçosas mesmo em uma dramatização. Mas quando os fantoches abordam estas questões, As pessoas relaxam e se divertem.

Os fantoches são bem práticos. Eles podem ser feitos com materiais baratos e simples. O palco pode ser leve e fácil de transportar. Uma pessoa pode atuar como vários personagens na mesma estória. Há muitas possibilidades em teatro de fantoches. A melhor parte é que enquanto elas estão aprendendo, a audiência está se divertindo!

Artesanatos populares do folclore brasileiro

Apresentamos algumas ideias sobre como fazer fantoches para e contar estórias:

COMO FAZER FANTOCHES DE MÃO
Faça primeiro um molde de jornal. Use sua mão como um guia para medir os tamanhos mas deixe bastante espaço para que sua mão se movimente dentro do fantoche. Corte e costure dois pedaços de tecido. Se você estiver usando uma cabaça, você pode colocar a cabeça diretamente sobre o corpo. Caso contrário, faça um tubo pequeno de papelão para ajudar a prender a cabeça junto ao corpo. Caso contrário, faça um tubo pequeno de papelão para ajudar a prender a cabeça junto ao corpo.

Você pode adicionar as mãos, se quiser (veja abaixo). Faça um tubo pequeno de cartolina. Cole um dos lados e corte pelo formato de uma mão.

Como fazer a cabeça Use um pequeno balão, uma cabaça (corte a extremidade) ou grama prensada para conseguir o formato da cabeça. Faça uma pasta de farinha e água ou use cola de papel. Corte tiras de papel de jornal, passe na pasta e faça o formato da cabeça com várias tiras de papel. Deixe secar e então pinte a cabeça. Faça o cabelo de fios de lã, palha ou pele. Fantoches de cabos de vassoura Faça a cabeça da mesma maneira. Fantoches de cabos de madeira podem ser bem maiores do que fantoches de mão. O corpo é feito de dois pedaços de madeira bem presos. Faça os braços de pedaços finos de bambu, tubos de papelão ou jornal enrolado e ligue-os com barbante. Você pode usar também um tubo de pano, costurado no cotovelo. Encha os ombros com espuma, grama seca ou panos velhos. Prenda a cabeça firmemente. Faça roupas para bonecos.

Ao representar, pode ser útil prender um pedaço de madeira atrás do palco. Você poderá então prender o boneco com uma presilha ou colocar a extremidade do cabo de vassoura dentro de orifícios feitos previamente para quando o boneco não estiver se movimentando. Assim as suas duas mãos ficam livres para movimentar as mãos do boneco.

Como construir o palco

O palco mais simples é aquele feito apenas com um pedaço de pano preso às cadeiras, árvores ou móveis para esconder os animadores de fantoches. Palcos portáteis de madeira podem ser construídos. Guarde os fantoches em uma caixa ou mala forte para protegê-los. Informações de Cathy Stubington, DCFRN e David Hilton, Visão Mundial, Austrália. Fantoches – Um estudo de caso

O programa rural de saúde ‘Lardin Gabas’, em Sierra Leone, tem treinado promotores de saúde há mais de 20 anos. Durante o curso de três meses eles usam estórias como principal forma de ensino. A maioria das aulas são realizadas assim:

O instrutor conta uma história memorizada sobre saúde. São feitas perguntas aos alunos acerca do que eles aprenderam. Um aluno é escolhido para repetir a estória para a classe, com ajuda de outros quando necessário. A classe se divide em grupos pequenos e cada pessoa conta a estória aos ouros. Cada pequeno grupo cria uma dramatização sobre a estória e a apresenta para a classe. A melhor dramatização é apresentada para a comunidade. É pedido aos alunos para fazerem canções sobre idéias da estória e ensiná-las para a classe e a comunidade. Também, lhes é pedido que façam charadas, tal como esta sobre malária: ‘Sou um animal pequeno com asas, quase não faço barulho mas minha picada pode ser tão fatal como a de uma serpente. Quem sou eu?’

Tente criar estórias ou teatros de fantoches para ensinar sobre o uso de drogas. Seguem-se algumas idéias para ajudá-lo a panejar:

Bagunceiros

Um grupo de moradores de uma favela em Lima estão muito preocupados sobre as atividades de um grupo de jovens em sua comunidade. Eles estão ameaçando as crianças quando elas vão para a escola, abusam de mulheres que esperam para pegar água e há bastante roubos. Sabe-se que o grupo consome drogas. O que eles podem fazer?

O adolescente

Jane está preocupada com seu filho. Ele tem 14 anos e eles têm tido dificuldades para as taxas no liceu, onde ele está agora no terceiro ano. Até o ano passado ele estava indo bem. Agora ele está sempre de mau humor, é rude e passa as noites fora de casa com seus colegas. Na semana, passada ela o surpreendeu roubando dinheiro de sua carteira. O que ela deverá fazer?

O marido violento

Ali, marido da dona Sita, estava desempregado. Por não poder encontrar um emprego, ele entrou em depressão e começou a beber. Agora ele está quase sempre bêbado. Ele bate na dona Sita quando ele não consegue achar o dinheiro que ela gasta para alimentar e vestir a família. A dona Sita pede conselho às suas amigas…

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TEATRO DE FANTOCHES NA ESCOLA

http://www.efdeportes.com/efd50/teatro.htm

 
I. Introdução

O Teatro na Escola tem uma importância fundamental na educação e nas aulas de Educação Física. Ele permite ao aluno uma enorme “gama” de aprendizados podendo citar como exemplos, a socialização, a criatividade, a coordenação, a memorização, o vocabulário e muitos outros.

Através do teatro, o professor pode perceber traços da personalidade do aluno , seu comportamento individual e em grupo, traços do seu desenvolvimento e essa situação permite ao educador, um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico.

O tema da presente pesquisa é abordar o teatro na escola dando uma idéia geral dos “tipos de teatro” que podem ser aplicados no contexto das atividades físicas. Eles enfocam uma proposta de ensino diferente da forma tradicional. Estes tipos também podem estimular o aluno em diversos aspectos que o levam ao aprendizado, servindo como uma variação da forma de ensinar na Educação Física Escolar.

Os teatros mencionados nesta pesquisa abordam o contexto histórico de cada um, o tipo de material que pode ser utilizado para a confecção dos bonecos (que pode variar desde materiais caros até um material de sucata) e o que cada um pode estimular e acrescentar ao aluno de um modo geral.

No final, há os scripts contendo o diálogo das peças representadas pelos integrantes do grupo, demonstrando que é possível criar e interpretar e com muito pouco, divertir e ensinar à todos.
II. Tipos de atividades

2.1. Teatro de Máscaras

O homem usa máscaras desde a Pré-História nos rituais religiosos. Na África, elas são esculpidas em madeira e pintadas. Já os índios americanos fazem-nas de couro pintado e adornos de penas. Na Oceania, são feitas de conchas e madeira e com madrepérolas incrustadas.

Existe um tipo muito antigo de máscara que é aquela desenhada no próprio rosto com tintas especiais, maquiagens e pinturas. Este tipo é muito utilizado pelos índios e pelos africanos nos seus rituais religiosos, de guerra, festas , etc..

Na China, as cores das máscaras representam sentimentos e no Japão, os homens usavam máscaras representando personagens femininos.

Em Veneza, no século XVIII, o uso de máscaras tornou-se um hábito fazendo parte do vestuário da época.

No Brasil, as máscaras são usadas nas festas folclóricas e no carnaval.

As crianças gostam muito de vestir máscaras, principalmente de super-heróis que elas vêem na TV. O importante é deixar que elas confeccionem as máscaras em sala de aula ou no pátio da escola.

Para a confecção, pode-se usar sacos de papel, cartolinas, tecidos, tintas, pratos de papelão, jornal, material de sucata, etc.. Esta atividade não é difícil de ser executada e será prazerosa para asa crianças, pois elas poderão representar uma história com um material que elas mesmo elaboraram, pois estarão criando e recriando à sua própria dialética.

O teatro de máscaras promove a recreação, o jogo, a socialização, melhoria na fala da criança, desinibição dos alunos mais tímidos.

Quando o trabalho em aula exigir o uso da palavra, a máscara a ser utilizada é aquela que cobre os olhos e o nariz deixando a boca livre, permitindo que a voz saia clara, exibindo a sua expressão verbal.

As crianças representando com o rosto oculto, se permitem viver o enredo dos próprios personagens e o cotidiano social a que pertence.
2.2. Teatro de Sombras

O teatro de sombras é uma arte muito antiga, originária da China e se espalhou pelos países da Europa.

Existe uma lenda chinesa a respeito do teatro de sombras. Diz a lenda que no ano 121, o imperador Wu Ti , da dinastia dos Han , desesperado com a morte de sua bailarina favorita, ordenou ao mago da corte que a trouxesse de volta do “Reino das Sombras”, caso contrário, seria decapitado. O mago usou a sua imaginação e através de uma pele de peixe macia e transparente, confeccionou a silhueta de uma bailarina.

Quando tudo estava pronto, o mago ordenou que no jardim do palácio, fosse armada uma cortina branca contra a luz do sol e que esta deixasse transparecer essa luz. Houve uma apresentação para o imperador e sua corte. Esta apresentação foi acompanhada de um som de uma flauta que “fez surgir a sombra de uma bailarina movimentando-se com leveza e graciosidade”. Neste momento, teria surgido o teatro de sombras.

Este tipo de teatro ainda é pouco conhecido no Brasil. É uma atividade muito divertida que estimula a criatividade da criança.

Para realizar o teatro de sombras é necessário ter como material: uma fonte luminosa, uma tela (ou um lençol bem esticado) e silhuetas para serem projetadas.

As lâmpadas indicadas são as de 40 ou 60 watts, transparentes, dentro de latas de óleo para possibilitar a concentração da luz.

A tela deve ser de um tecido totalmente branco e não transparente.

Como silhueta, pode-se usar fantoches de varas recortados em papel cartão, cartolina ou papel grosso. Pode-se também utilizar outros objetos. Os fantoches movimentam-se atrás do papel, projetando a sombra. As crianças ficam atrás do palco interpretando a história, participando na movimentação dos bonecos, além de poderem confeccionar o material do teatro.

Outra atividade relacionada ao teatro de sombras, são as sombras feitas através das mãos onde se projetam com elas, as sombras numa parede, formando figuras de animais em movimento como abrindo e fechando as asas, a boca , mexendo as orelhas.

Cada aluno cria as mais diversas figuras, compara-as com as dos colegas, fala sobre as sombras projetadas.

O teatro de sombras proporciona o desenvolvimento da criatividade e da motricidade das mãos na criança, importante no período da pré-escola e da alfabetização.

Para que aconteça o teatro de sombras com as mãos, é necessário que o ambiente esteja escuro, iluminado somente com uma lâmpada ou uma vela acesa.

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2.3. Teatro de Fantoches

O teatro de bonecos tem sua origem na Antigüidade.

Os homens começaram a modelar bonecos no barro, mas sem movimentos e aos poucos foram aprimorando esses bonecos, conseguindo mais tarde a articulação da cabeça e membros para fazer representações com eles.

Na China, Índia e Java já existia o teatro de bonecos.

Na Grécia Antiga, os bonecos não só tinham uma importância cultural, mas religiosa também. A cultura grega do teatro de bonecos foi assimilada pelo Império Romano e se espalhou por toda a Europa.

Na Idade Média, os bonecos eram utilizados em feiras populares e nas doutrinas religiosas.

Na Itália, o boneco “maceus” antecessor do polichinelo, era o boneco mais popular.

Na América, os fantoches foram trazidos pelos colonizadores, apesar dos nativos já fazerem bonecos articulados e que imitavam os movimentos dos homens e dos animais.

Depois da Primeira Guerra, os bonecos articulados por fios, varas e marionetes começaram a ser utilizados nas escolas americana e tcheca e no Brasil, as representações com bonecos datam do século XVI. No Nordeste, o teatro de bonecos apareceu principalmente em Pernambuco, onde a tradição permanece até os dias de hoje. Somente em meados do século XX é que o teatro de bonecos se consolidou fortemente em nosso país.

Para a confecção dos fantoches são utilizados vários tipos de material inclusive sucata, que pode ser um recurso muito bem aproveitado e sem custos para o professor e para a escola, pois pode ser trazido pelos próprios alunos, o que tornaria a atividade de confeccioná-los ainda mais interessante.

Tudo poderá ser aproveitado. Tachinhas, fita crepe, latas, sacos, durex, esparadrapo, rolos de papel higiênico vazios, tintas, etc..

Um outro recurso é utilizar as próprias mãos como fantoches, não necessitando de um material elaborado. Basta desenhá-lo na própria mão com caneta esferográfica, carvão, tintas especiais, etc.. O uso de várias cores tornará os bonecos mais alegres. Pode-se acrescentar acessórios às figuras enfeitando as mãos e os dedinhos das crianças. Como exemplo, lã, chapéu, meias, penas. Etc.. Outros tipos também são muito utilizados como mãos com luvas, costas das mãos, fantoches de copinhos, de meias, de garrafas e até mesmo de galhos de árvores e flores.

O professor deve incentivar os alunos a explorar todos os movimentos dos dedos, mãos e braços, criando uma atmosfera do conhecimento do próprio corpo. Para isso, a utilização de músicas populares, folclóricas ou clássicas são fundamentais para que o trabalho com o fantoche seja desenvolvido, além do diálogo, desenvolvido entre os participantes.
2.4. Teatro de Varas

Este teatro é uma variação do teatro de fantoches. È considerado um fantoche de vara. Os bonecos são mais simples , mais baratos e de confecção mais fácil. Como característica principal, são geralmente sustentados por uma vara. Podem ser confeccionados com cartolinas, bolinhas de isopor, de papel, colher-de-pau, palitos de churrasco, garfos vestidos com roupas de pano, palitos de picolé, copinhos de plástico sustentados por palitos.

O fantoche de cone é um tipo de boneco muito encontrado em feiras livres e circos populares, podendo representar uma figura humana ou um animal, geralmente sobre a forma de um palhaço ou pierrô. É uma variação do fantoche de vara, basta segurá-los pela vareta e dar-lhes o movimento de acordo com a situação.
2.5. Pantomima

A pantomima pode ser considerada um jogo teatral que é realizado por cenas de ação dramática que se caracterizam por explicação da ação através do gesto. Podemos exemplificar essa afirmação através deste exemplo: a primeira atividade proposta foi a de arrumar uma casa; os elementos foram entrando e ordenando aos cantos da cada, e ao final de cada um estava fazendo alguma coisa- ou lendo um livro, ou cozinhando, ou escutando música. A atividade do segundo jogo era colocar água num copo e bebe-la. Mas, assim que subiram mais jogadores ao palco estourou-se a disputa pela água. No terceiro jogo, a atividade era tocar um instrumento, e os jogadores subiam ao palco tocando cada um seu instrumento, até que um dos participantes regeu a orquestra, que passou a existir em função do estabelecimento de uma ordem mais ampla, fixando uma relação lógica da cena. Algo mais próximo ao jogo da atividade foi atingido quando um dos jogadores subiu ao palco e propôs atividades de “tecer”. Mas ainda que o grupo elaborou um cenografia, configurando um oficina de tecelagem, na qual eram desenvolvidas as mais diferentes atividades, desde dobrar panos até crochê ou costura à máquina. Somente numa fase posterior, quando voltamos ao jogo da atividade, o grupo manteve o foco solicitado pelo jogo.

Quando o foco na atividade foi descoberto pelo grupo, houve seleção e detalhamento no gesto, o que provocou uma modificação na atuação. Em comparação com o primeiro momento, quando há disputa pela água gerava um clima quase frenético, demonstrando a preocupação de fazer alguma coisa no palco, o segundo revelava um relaxamento de tensão, o que favorecia o surgimento de ações improvisadas. As imposições individuais e a linearidade da narrativa cederam lugar a autenticidade do jogo.

Pantomima resume-se ao:

Uso de caricaturas,

Dramatização (exemplo: Charles Chaplin);

Uso de características fortes sem uso de palavras,

Ás vezes tem um contexto social,

Usado muito em aulas de teatro,

Tem como objetivos: diversão, socialização, coordenação motora e aprender a usar o corpo como um todo.
III. O valor pedagògico do teatro de bonecos

Os bonecos utilizados pelos alunos na escola seguindo a orientação de um professor de Educação Física, tem um papel importantíssimo na educação, pois eles podem ajudar a desenvolver vários aspectos educacionais principalmente aos que estão relacionados à comunicação e a expressão sensório-motora.

O professor deve deixar a criança manipular os bonecos à vontade. Aos poucos, a criança irá sentir uma vontade de criar uma fala, um diálogo para aquele boneco, aliando o movimento dele com a palavra.

Artesanatos populares do folclore brasileiro

Prof. e Jornalista Nilceu Francisco