Transcreva apenas a alternativa que melhor exprime a opinião da personagem tristeza sobre a chuva


INSTRUÇÕES:  Registre todas as atividades propostas no caderno de Língua Portuguesa, utilizando enunciados e respostas completos. Não deixe de escrever a data.  Acompanhe atenciosamente as explicações e correções.  Não deixe acumular atividades de uma postagem para a outra, evitando inadimplência.  Ao retornar as aulas os registros serão valorizados nos cadernos.  Qualquer dúvida envie um e-mail para , especificando o assunto “Para professor (a) André, das 7 h às 11 h, assim você terá a resposta tão logo seja possível. Para iniciar as atividades no caderno: Data:09/06/2020 Correção das atividades da página 28 do livro didático, 05/06/2020. 1.Descreva as personagens do conto e o assunto principal sobre o qual conversam. No texto a chuva abensonhada. Os personagens do conto são a velha Tristereza (que é a tia Tristereza) e seu sobrinho, o eu-lírico que discutem sobre a chuva que caia sobre Moçambique, pois ela acreditava que ela era fruto das rezas e cerimônia realizada e seu sobrinho não acreditou. 2. Em que lugar ocorre o diálogo entre essas personagens? O diálogo entre essas personagens ocorre dentro de uma casa. 3. Descreva o assunto sobre o qual as personagens conversam. Elas concordam sobre o assunto que está sendo tratado? Os dois não têm a mesma opinião: ela acredita que a chuva é um recado dos espíritos e ele não. Ela quer que ele se vista bem para ir à festa de Moçambique, mas ele não quer usar a roupa que ela lavou e preparou. 4. Transcreva em seu caderno apenas a alternativa que melhor exprime a opinião da personagem Tristereza sobre a chuva. c) A chuva estava lavando a terra do triste passado de guerra. 5. Releia este trecho: A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento? Matutino Carga Horária: 3 h/a ATIVIDADE NÃO PRESENCIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA Professor: André 8ºs ANOS A, B e C A ESCOLA MUNICIPAL MACHADO DE ASSIS de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio Data: 09/06/2020 a) A alegria que as personagens experimentam refere-se somente à chuva que cai após o período de seca? Não. Na verdade, elas estão alegres porque a guerra está no fim. b) Comprove sua resposta ao item anterior com um trecho do terceiro parágrafo. Transcreva-o em seu caderno. “Em todo o Moçambique a guerra está parar”. 6. Releia este outro trecho: A Paz tem outros governos que não passam pela vontade dos políticos. De acordo com o trecho, a paz não depende da vontade dos políticos, mas é influenciada por outras razões. No conto, a paz é atribuída à chegada da chuva, ou seja, à ocorrência de um fenômeno da natureza. O que é Soneto? Soneto O soneto é um tipo de poema que possui uma estrutura fixa. Ele contém quatro estrofes com 14 versos, sendo que dois deles são quartetos, estrofes com quatro versos cada, e dois são tercetos, estrofes com três versos. No Brasil, alguns dos principais sonetistas foram Olavo Bilac e Vinicius de Moraes. Leia o poema com atenção. Soneto da Fidelidade (Vinicius de Moraes) De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Saiba que: O eu lírico, sujeito lírico ou voz lírica é um termo usado dentro da literatura para designar o pensamento geral daquele que está narrando um poema. Após a leitura do poema “Soneto da Fidelidade”, copie e responda as questões em seu caderno. 01 – Nesse consagrado poema, qual o sentimento evidenciado? 02 – Na 2ª estrofe, o eu lírico afirma que vai dedicar-se à pessoa amada nos mais diferentes momentos da vida. Quais são esses momentos? 03 – O que representa uma chama? Como podemos associar essa palavra ao amor para compreendermos, o verso “que não seja imortal, posto que é chama”? 04 – O que você entende por “Mas que seja infinito enquanto dure”? 05 – Relacionando o conteúdo do poema com a realidade atual, você acha que é possível alguém ser tão fiel a outrem como nos coloca o poeta? Por quê? 06 – Interprete esses dois versos: Por que, de acordo com o texto, a morte é a angústia de quem vive, e a solidão é o fim de quem ama? 07 – O poema se intitula “Soneto de Fidelidade”. Qual ou quais dos itens seguintes traduzem melhor o conceito de fidelidade e de amor no texto? a) Fidelidade é entrega total à pessoa amada e renúncia a outras possibilidades amorosas. b) Fidelidade é uma exclusividade amorosa que deve durar para sempre. c) O amor não é eterno, mas, enquanto dura, deve-se ser fiel a ele de forma intensa e qualitativamente infinita. d) Só há fidelidade no amor quando ele é infinitamente duradouro, embora ele possa um dia acabar. 08– O que é um soneto? 09 – Na primeira estrofe, o que se propõe o eu lírico? 10– O zelo do eu lírico desdobra-se, na segunda estrofe, em quatro comportamentos específicos. Utilizando apenas verbos no infinitivo, indique tais comportamentos. 11– Na primeira estrofe, o amor está relacionado mais a razão que ao sentimento. Destaque a palavra que conota essa ideia. 12 – No texto, o eu lírico jura fidelidade à pessoa amada, seja nos momentos de dor, seja nos momentos de alegria. Com base no texto, faça uma narrativa (terceira pessoa) com o tema “Amor e Fidelidade”. Não se esqueça dos elementos da narrativa: narrador, personagens, espaço, enredo e tempo.

Transcreva apenas a alternativa que melhor exprime a opinião da personagem tristeza sobre a chuva

E quais tipos de peixes? Negativo: tais peixes não podem receber nenhum nome. Seriam precisas sagradas palavras e essas não cabem em nossas humanas vozes. De novo, ela lonjeia seus olhos pela janela. Lá fora con- tinua chovendo. O céu devolve o mar que nele se havia alojado em len tas migrações de azul. Mas parece que, desta feita, o céu entende invadir a inteira terra, juntar os rios, ombro a ombro. E volto a interrogar: não serão demasiadas águas, tombando em maligna bondade? A voz de Tristereza se repete em monotonia de chuva. E ela vai murmurrindo: o senhor, desculpe a minha boca, mas parece um bicho à procura da floresta. E acrescenta: – A chuva está limpar a areia. Os falecidos vão ficar satisfeitos. Agora, era bom respeito o senhor usar este fato. Para condizer com a festa de Moçambique... Tristereza ainda me olha, em dúvida. Depois, resignada, pendura o casaco. A roupa parece sus- pirar. Minha teimosia ficou suspensa num cabide. Espreito a rua, riscos molhados de tristeza vão descendo pelos vidros. Por que motivo eu tanto procuro a evasão? E por que razão a velha tia se Sv et la na A ra po va /S hu tt er st oc k Homem pedala ao longo de estrada vazia. Ao fundo, tempestade se aproxima. Mocuba, Moçambique, 2008. 23 8TL.indb 23 6/15/15 10:20 AM aceita interior, toda ela vestida de casa? Talvez por pertencer mais ao mundo, Tristereza não sinta, como eu, a atração de sair. Ela acredita que acabou o tempo de sofrer, nossa terra se está lavando do passado. Eu tenho dúvidas, preciso olhar a rua. A janela: não é onde a casa sonha ser mundo? A velha acabou o serviço, se despede enquanto vai fechando as portas, com lentos vagares. En- trou uma tristeza na sua alma e eu sou o culpado. Reparo como as plantas despontam lá fora. O verde fala a língua de todas as cores. A Tia já dobrou as despedidas e está a sair quando eu a chamo: – Tristereza, tira o meu casaco. Ela se ilumina de espanto. Enquanto despe o cabide, a chuva vai parando. Apenas uns restantes pingos vão tombando sobre o meu casaco. Tristereza me pede: não sacuda, essa aguinha dá sorte. E de braço dado, saímos os dois pisando charcos, em descuido de meninos que sabem do mundo a alegria de um infinito brinquedo. couto, Mia. Estórias abensonhadas. São Paulo: companhia das letras, 2012. POR DENTRO DO TEXTO 1. Quem são as personagens do conto? Descreva-as. 2. Em que lugar ocorre o diálogo entre essas personagens? Elas estão dentro de uma casa. 3. Descreva o assunto sobre o qual as personagens conversam. Elas concordam sobre o assunto que está sendo tratado? 4. Transcreva em seu caderno apenas a alternativa que melhor exprime a opinião da personagem Tris- tereza sobre a chuva. a) A chuva era um castigo dos deuses, assim como o período de estio que o povo havia enfrentado. b) A chuva serviria para limpar o povo de qualquer pecado e excesso que houvesse cometido du- rante o período de guerra. c) A chuva estava lavando a terra do triste passado de guerra. Alternativa “c”. 5. Releia este trecho: A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a ale- gria ainda tem cabimento? a) A alegria que as personagens experimentam refere-se somente à chuva que cai após o período de seca? Não. Na verdade, elas estão alegres porque a guerra está no fim. b) Comprove sua resposta ao item anterior com um trecho do terceiro parágrafo. Transcreva-o em seu caderno. “Em todo o Moçambique a guerra está parar”. 6. Releia este outro trecho: A Paz tem outros governos que não passam pela vontade dos políticos. • Em seu caderno, explique seu significado. O narrador-personagem, provavelmente jovem, bastante pensativo e reflexivo, e tia Tristereza, que é idosa e mostra-se sábia e conhecedora das crenças do seu país. As personagens conversam sobre uma festa que ocorrerá em breve e sobre a chuva. Os dois não têm a mesma opinião: ela acredita que a chuva é um recado dos espíritos e ele não. Ela quer que ele se vista bem para ir à festa de Moçambique, mas ele não quer usar a roupa que ela lavou e preparou. De acordo com o trecho, a paz não depende da vontade dos políticos, mas é influenciada por outras razões. No conto, a paz é atribuída à chegada da chuva, ou seja, à ocorrência de um fenômeno da natureza. Professor, há nota biográfica sobre Mia Couto no Manual. 24 8TL.indb 24 6/15/15 10:20 AM Alguns escritores são reconhecidos pela inovação quanto ao uso da linguagem. Uma das caracte- rísticas dos textos de Mia Couto é a utilização de neologismos, ou seja, de palavras ou expressões criadas ou recriadas pelo próprio autor. O autor moçambicano já revelou ter como inspiração o gran- de autor brasileiro Guimarães Rosa, cujas obras são muito conhecidas pelo uso desse mesmo recurso. Uma maneira possível de atribuir significado aos neologismos é observar sua forma de constru- ção. Geralmente, o novo termo relaciona-se a alguma palavra já existente na língua portuguesa. iMPORTANTE SABER TEXTO E CONSTRUÇÃO 1. Em sua opinião, que característica mais se destaca no texto? Por quê? 2. Releia o título e o primeiro parágrafo do conto: Chuva: a abensonhada Estou sentado junto da janela olhando a chuva que cai há três dias. Que saudade me fazia o molhado tintintinar do chuvisco. A terra perfumegante semelha a mulher em véspera de carícia. Há quantos anos não chovia assim? De tanto durar, a seca foi emude- cendo a nossa miséria. O céu olhava o sucessivo falecimento da terra, e em espelho, se via morrer. A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento? a) As palavras destacadas podem ser localizadas no dicionário? Não. b) Observando o contexto, é possível definir o significado de “tintintinar”. Explique qual é ele. c) E quanto à palavra “indaguava”, por que também é possível defini-la? Explique. d) As palavras “abensonhada” e “perfumegante” também são criações do autor. Observe-as e indique a partir de que outras palavras foram formadas. e) Agora, explique o significado de “abensonhada” e “perfumegante”, no contexto em que foram utilizadas. 3. No texto de Mia Couto, há outras palavras formadas pela junção de termos existentes, como: “can- tarosa”, “Tristereza” e “murmurrindo”. Explique como se deu a formação nesses exemplos. Resposta possível: barulho intermitente do chuvisco caindo, provavelmente batendo em alguma superfície metálica. Resposta pessoal. Professor, espera-se que os alunos citem o uso criativo da linguagem e a presença de muitas palavras diferentes das que estamos acostumados. É muito próxima de outra palavra que usamos: “indagava”, que significa “perguntava/ questionava”. Professor, incentive os alunos a perceberem que há uma junção entre o termo “indagar” com a palavra “aguar”, em uma provável tentativa de se referir à água da chuva. Abensonhada – formada por meio da junção de duas palavras: “abençoada” e “sonhada”. Perfumegante – formada por meio da junção de duas palavras: “per- fumada” e “fumegante”. Abensonhada – a chuva era abençoada e sonhada (desejada) porque o período de seca fora muito longo. Perfumegante – a terra seca e quente da estiagem, ao ser molhada pela chuva, libera um vapor como o odor agradável de um perfume. Cantarosa – chuva que “canta” e que é “maravilhosa”, “gostosa” etc. Tristereza – fusão de “triste” com “Tereza”, provavelmente definindo uma característica marcante da personagem. Murmurrindo – rindo em murmúrio, rindo e falando baixo ao mesmo tempo. 4. Além do uso de neologismos, Mia Couto e Guimarães Rosa têm em comum a recriação da fala daqueles que vivem longe dos grandes centros urbanos. Nos textos desses autores, o linguajar simples e despojado das pessoas comuns ajuda a construir trechos poéticos, recheados de cita- ções populares que demonstram sabedoria. Localize e transcreva,

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