Marque a opção que representa corretamente uma característica da contração muscular concêntrica

Marque a opção que representa corretamente uma característica da contração muscular concêntrica
Marque a opção que representa corretamente uma característica da contração muscular concêntrica

Lana Magalhães

Professora de Biologia

A contração muscular refere-se ao deslizamento da actina sobre a miosina nas células musculares, permitindo os movimentos do corpo.

As fibras musculares contém os filamentos de proteínas contráteis de actina e miosina, dispostas lado a lado. Esses filamentos se repetem ao longo da fibra muscular, formando o sarcômero.

O sarcômero é a unidade funcional da contração muscular.

Para que ocorra a contração muscular são necessários três elementos:

  • Estímulo do sistema nervoso;
  • As proteínas contráteis, actina e miosina;
  • Energia para contração, fornecida pelo ATP.

Como ocorre a contração muscular?

Entenda o passo a passo do mecanismo da contração muscular em uma fibra muscular esquelética:

O cérebro envia sinais, através do sistema nervoso, para o neurônio motor que está em contato com as fibras musculares.

Quando próximo da superfície da fibra muscular, o axônio perde bainha de mielina e dilata-se, formando a placa motora. Os nervos motores se conectam aos músculos através das placas motoras.

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Os axônios do neurônio motor em contato com a fibra muscular

Com a chegada do impulso nervoso, as terminações axônicas do nervo motor lançam sobre suas fibras musculares a acetilcolina, uma substância neurotransmissora.

A acetilcolina liga-se aos receptores da membrana da fibra muscular, desencadeando um potencial de ação.

Nesse momento, os filamentos de actina e miosina se contraem, levando à diminuição do sarcômero e consequentemente provocando a contração muscular.

A contração muscular segue a "lei do tudo ou nada". Ou seja: a fibra muscular se contrai totalmente ou não se contrai. Se o estímulo não for suficiente, nada acontece.

Tipos de Contração Muscular

A contração muscular pode ser de dois tipos:

  • Contração isométrica: quando o músculo se contrai, sem encurtar o seu tamanho. Exemplo: a manutenção da postura envolve a contração isométrica.
  • Contração isotônica: quando a contração promove o encurtamento do músculo. Exemplo: movimento dos membros inferiores.

Leia mais sobre o assunto:

Tecido Muscular
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Músculos do Corpo Humano

Avalie o que você aprendeu sobre a contração muscular esquelética e seu funcionamento por meio destes exercícios sobre tecido muscular.

Questão 1

Os músculos estriados esqueléticos, assim como qualquer músculo, apresentam a capacidade de contração. Essa contração é:

a) lenta e involuntária.

b) involuntária e rítmica.

c) lenta e rítmica.

d) rápida e voluntária.

e) rápida e involuntária.

Questão 2

Os músculos estriados esqueléticos, como o próprio nome indica, apresentam estriações. Essas estriações são conseguidas graças à repetição de unidades denominadas de:

a) miômeros.

b) sarcoplasma.

c) sarcolema.

d) sarcômeros.

e) fibras.

Questão 3

(Uespi) Os atletas olímpicos geralmente possuem grande massa muscular por causa dos exercícios físicos constantes. Sobre a contração dos músculos esqueléticos, é correto afirmar que:

a) Os filamentos de miosina deslizam sobre os de actina, diminuindo o comprimento do miômero.

b) A fonte de energia imediata para contração muscular é proveniente do fosfato de creatina e do glicogênio.

c) Na ausência de íons Ca2+, a miosina separa-se da actina, o que provoca o relaxamento da fibra muscular.

d) A fadiga durante o exercício físico é resultado do consumo de oxigênio que ocorre na fermentação lática.

e) A ausência de estímulo nervoso em pessoas com lesão da coluna espinal não provoca diminuição do tônus muscular.a

Questão 4

(UFA) No homem, a atividade contrátil do músculo resulta primariamente da interação de duas proteínas denominadas:

a) Queratina e miosina.

b) Actina e miosina.

c) Gastrina e actina.

d) Ptialina e actina.

e) Tripsina e miosina.

Resposta - Questão 1

Alternativa “d”. A contração do músculo estriado esquelético é rápida, vigorosa e voluntária, ou seja, é controlada de acordo com a nossa vontade.

Resposta - Questão 2

Alternativa “d”. Vários sarcômeros são responsáveis pelas estrias dos músculos estriados esqueléticos. Cada sarcômero pode ser definido como regiões delimitadas por duas linhas Z sucessivas que apresentam uma banda A separando duas partes de uma banda I.

Resposta - Questão 3

Alternativa “c”. Em um músculo em repouso, não há a interação entre a actina e a miosina.

Resposta - Questão 4

Alternativa “b”. Actina e miosina são duas proteínas ligadas à contração muscular.

Contração muscular esquelética

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Quando pensamos nas fases de um programa terapêutico, sempre relacionamos alguns exercícios que podem ser feitos e outros que devem ser implementados. Isto porque existem técnicas que serão mais eficazes do que as outras no que diz respeito ao momento de trabalho do determinado segmento. A bibliografia nos traz três tipos diferenciados de contração muscular, sendo que cada uma delas possui sua individualidade e deve ser aplicada em uma fase diferenciada da reabilitação. Estes três tipos são: contração isometrica (metria = comprimento; iso = igual ou constante), contração isotônica (que pode ser dividida em excêntrica e concêntrica) e contração isocinética (cinética = velocidade; iso = igual ou constante).

A contração isométrica é aquela onde o músculo desenvolve tensão, porém não há alteração em seu comprimento externo. Em outras palavras, a contração isométrica é aquela em que o músculo contrai-se e produz força sem nenhuma alteração macroscópica no ângulo da articulação. Parece que o mecanismo desta contração reside no fato de que a energia que normalmente seria exibida como trabalho mecânico externo é usada no rearranjo estrutural das fibras, isto é, as fibras se encurtam e o tendão se alonga, e parte da energia se dissipa em calor. Outros estudos sobre a biomecânica da contração isométrica relatam que a mesma acontece pois permite um deslizamento das miofibrilas mais externas enquanto que aquelas que se encontram mais internamente permaneceriam estáticas.

Para entendermos melhor o não encurtamento do comprimento do músculo devemos analisar cinesiologicamente as relações de força que agem sobre o corpo. Existe a tensão (que é a força desenvolvida pelo músculo para vencer as forças que agem sobre o segmento) e a resistência (que é considerada uma força externa baseada no peso do segmento associado, principalmente, a inércia). Quando o torque de resistência de uma articulação é igual ao torque de força produzido pelo músculo que a atravessa, isto é, quando a resistência contra a qual o músculo está exercendo tensão for igual a tensão máxima que este músculo pode produzir, desenvolve-se uma contração isométrica.

Este trabalho repercute hemodinamicamente pois pode provocar um aumento da pressão arterial pois o músculo que se contrai espreme os vasos e diminui seu calibre aumentando assim a resistência vascular periférica. Com este tipo de trabalho, os indivíduos tem apresentado ganho de força moderado e, algumas pessoas, tentam manter este tipo de trabalho para aumentar o tamanho do músculo. Ele é amplamente usado em reabilitação e nos indivíduos descondicionados. O maior empecilho do trabalho isométrico é a sua parca transferência para o mundo real, visto que, a maioria de nossas atividades diárias envolvem contrações excêntricas e concêntricas. Além disso, o exercício isométrico apenas provoca hipertrofia do grupo muscular no ângulo articular no qual o músculo é sobrecarregado, limitando-se, assim, o desenvolvimento de força por toda a amplitude de movimento.

Embora soe um pouco estranho, uma outra forma de se referir a contração isométrica é chamá-la de contração estática.

A contração isotônica ou também conhecida como contração dinâmica, é aquela que acontece quando há uma desigualdade de forças entre a potência muscular e a resistência provocando, assim, o deslocamento do segmento. Ela pode ser dividida em concêntrica, que é aquela onde a potência é maior que a resistência e a fibra muscular sofre uma diminuição de seu tamanho (encurta-se), isto é, a origem se aproxima da inserção e excêntrica que é aquela onde a resistência é maior que a potência onde as fibras, por possuírem características elásticas, se ampliam fazendo com que o ponto de origem do músculo se afaste da inserção. Outra maneira de se pensar em contração muscular excêntrica é pensar que esta é uma modalidade onde o músculo se alonga durante o tempo em que está exercendo tensão.

Este tipo de contração muscular é a modalidade de treinamento de força mais popular que existe. O exercício é considerado isotônico quando o segmento move uma resistência específica por uma amplitude de movimento. È importante salientar, que a carga real imposta ao músculo varia pela amplitude de movimento sendo diferente em todo o arco de movimento. Embora o peso seja constante, o torque motor desenvolvido pelo músculo não é igual devido as mudanças no comprimento-tensão e força-ângulo.

A contração isocinética é aquela em a tensão desenvolvida pelo músculo é máxima em todos os ângulos articulares durante toda a amplitude de movimento porque ela é realizada em uma velocidade constante. A velocidade é controlada e a resistência é variada ao longo do arco de movimento. As vantagens da contração isocinética são que a) é capaz de obter contração máxima ao longo da amplitude total de movimento, oferecendo maior eficiência do rendimento muscular; b) a sobrecarga nas articulações é pois é a força produzida pelo paciente que controla a sobrecarga imposta pelo aparelho; c) é capaz de realizar uma gama de testes musculares através das diferentes velocidades aplicadas e de diferentes posturas.

Finalmente, à medida que o indivíduo tenta gerar tensão máxima na velocidade específica de contração, a tensão irá variar devido à mudança nas alavancas e inserções musculares. O trabalho isocinético além de trabalhar força pode trabalhar endurance melhorando assim, o desempenho.

Bibliografia

Hamill, J. & Knutzen, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano 1a edição, Editora Manole, 1999.

Fox, E. L. & Mathews, D. K. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos , 3a Edição, Editora Guanabara, 1986.

Matarazzo, Carolina G & Alves, Vania C. R. O uso do Exercício Isocinético na Reabilitação de Luxação Recidivante de Ombro ? estudo de caso. Revista Reabilitar, Ano 3, No 4, Editora Pancast, São Paulo.