O que é o tabagismo

O tabagismo é considerado uma doença crônica causada pela dependência à nicotina. Este é um problema de saúde pública mundial, e quem fuma esta vulnerável a 50 doenças relacionadas ao tabaco.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o tabagismo é o principal motivo de morte no mundo. Cerca de 1,3 bilhão de pessoas fumam no mundo e 200 mil morrem anualmente no Brasil. Estimativas ainda mostram que a cada uma hora, o cigarro mata 10 pessoas e o tabagismo passivo mata no Brasil uma média de 2.600 pessoas por ano.

Esta doença é responsável pelos seguintes cânceres: câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer nos rins; câncer de laringe (cordas vocais); câncer de pulmão; câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago e leucemia mielóide aguda.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o tabagismo:

O que é o tabagismo

O que é tabagismo passivo?

Tabagismo passivo é a inalação da fumaça do cigarro pelo não fumante. Se a pessoa conviver com um fumante, que fuma dentro de casa, ele vai absorver pelo menos 20 cancerígenos e o monóxido de carbono e outras substâncias químicas que podem ser responsáveis por pelo menos 30% de câncer de pulmão e 40% de infarto do miocárdio.

Causas

O tabagismo causa dependência física e psicológica devido à nicotina que é uma substância psicoativa, por meio de alterações no Sistema Nervoso Central, liberando dopamina (neurotransmissor cerebral que emite sensações de prazer) e gerando um estado temporário de “bem estar”. É preciso somente de 2 a 3 meses de utilização do cigarro para o indivíduo ficar dependente. As mulheres tem uma relação com o cigarro mais emocional, o que dificulta quando a pessoa decide parar de fumar.

O que é o tabagismo

Como saber se sou dependente de tabagismo? (com dois destes itens, já é considerado dependente):

  • Forte desejo para consumir o cigarro;
  • Dificuldade de controlar o uso do tabaco;
  • Na ausência da droga: dificuldade para dormir, depressão, ansiedade (sintomas de abstinência);
  • Necessidade de doses maiores do cigarro;
  • Abandono progressivo de atividades de interesse por conta do vício;
  • Persistência no uso do cigarro apesar das consequências.

  • Hipertensão arterial
  • Aneurismas arteriais
  • Úlcera do aparelho digestivo
  • Infecções respiratórias
  • Trombose vascular
  • Osteoporose

  • Catarata
  • Impotência sexual no homem
  • Infertilidade na mulher
  • Menopausa precoce
  • Complicações na gravidez.

O que é o tabagismo

Comece a recuperar a sua saúde a partir de 20 minutos.

20

minutos

Pressão arterial e batimentos cardíacos voltam ao normal. Temperatura dos pés e mãos se eleva.

8

horas

Diminui a quantidade de monóxido de carbono e eleva a de oxigênio no sangue.

Comece a recuperar a sua saúde a partir de 20 minutos.

24

horas

Diminuem os riscos de um ataque cardíaco.

48

horas

Melhoram o olfato e o paladar.

Comece a recuperar a sua saúde a partir de 20 minutos.

2

semanas
a 3 meses

Melhora a circulação sanguínea.

1

mês
a 9 meses

Reduz tosse, congestão nasal, cansaço e falta de ar. Reduz o risco do surgimento de infecções respiratórias.

Comece a recuperar a sua saúde a partir de 20 minutos.

5

anos

Reduz pela metade a possibilidade de desenvolver câncer de pulmão, boca, garganta e esôfago. O risco de um derrame cerebral passa a ser o mesmo de quem nunca fumou.

10

anos

O risco de desenvolver câncer de pulmão passa a ser igual ao de quem nunca fumou.

Comece a recuperar a sua saúde a partir de 20 minutos.

15

anos

O risco de sofrer um infarto do coração passa a ser igual ao de quem nunca fumou.

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Mitos e verdades:

Sim, pois uma sessão de narguilé equivale a 100 cigarros fumados em quantidade de nicotina. O fumo colocado junto ao carvão contém as mesmas substâncias químicas do cigarro. O perfume colocado de flores e frutas é somente para disfarçar o cheiro. Também gera dependência por causa da alta quantidade de nicotina.

Sim, pois apesar das propagandas, ele também tem nicotina e na verdade não ajuda de fato a parar de fumar. Além disso, a venda é proibida pela Anvisa.

Sim, pois um charuto equivale a 70 cigarros em quantidade de nicotina. Além disso, o charuto apesar de não ser tragado, sempre há um pouco de aspiração do mesmo para os pulmões e a quantidade que fica circulando na boca causa um alto índice de câncer de boca.

O tabagismo é uma toxicomania caracterizada pela dependência física e psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco.

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, os cigarros contêm cerca de 4720 substâncias tóxicas, sendo uma delas, a nicotina, responsável pela dependência.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde[1] (OPAS), o tabagismo é o responsável por cerca de 30% das mortes por cancro (câncer no Brasil), 90% das mortes por cancro do pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica e 25% das mortes por derrame cerebral. Ainda de acordo com a OPAS, não existem níveis seguros de consumo do tabaco.

As doenças ocasionadas pelo consumo de tabaco matam 4,9 milhões de pessoas por ano, o que significa cerca de 10 mil mortes por dia, com uma projeção estimada de óbitos em torno de 10 milhões até o ano 2030 - das quais 7 milhões ocorrerão nos países em desenvolvimento e metade dos afetados em idade ativa dos 35-70 anos[2]. Vale a pena sublinhar que o tabagismo, hoje, mata mais que a soma das mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídios e acidentes de trânsito. As doenças causadas pelo tabaco são responsáveis por perdas econômicas de aproximadamente US$ 200 bilhões de dólares, no mundo.

O método de avaliação de Fagerström é, hoje, utilizado por especialistas, para ajudar a definir a melhor estratégia para quem quer largar o cigarro. Trata-se de um questionário utilizado por médicos a fim de determinar se uma pessoa está seriamente viciada na nicotina.

A relação entre o tabagismo e saúde é conhecida de forma geral pela maioria das pessoas. Sabe-se que "faz mal" mas o vício é de tal forma elevado que leva as pessoas a permanecer a sua atividade nociva com consequências variadas. O tabagismo é responsável por:

  • 25 a 30% da totalidade dos cancros — principalmente cancro do aparelho respiratório superior;
  • 75-80% dos casos de DPOC(doença pulmonar crónica obstrutiva) e bronquite crónica;
  • 80-90% dos casos de cancro do pulmão;
  • 20% da mortalidade por doença coronária.[3]

No Brasil, estima-se que cerca de 290 mil mortes por ano são decorrentes do tabagismo. A proporção de fumantes no país é de 23,9% da população[4]. Segundo dados da PNAD, em 2008, o Brasil tinha 24,6 milhões de fumantes habituais com idade a partir de 15 anos ou 17,2% da população de pessoas dessa faixa etária, sendo 15,1% fumantes diários[5].

Cerca de 90% dos fumantes tornam-se dependentes da nicotina entre os 5 e os 19 anos de idade. Há 2,8 milhões de fumantes nessa faixa etária, mas a maior concentração de fumantes está na faixa etária de 20 a 49 anos. A região Sul do país é a que apresenta maior proporção de dependentes - 45% dos fumantes. Em 2008, a região Sul, com 19,3%, tinha o maior percentual de fumantes correntes[5]. No Nordeste, os fumantes dependentes são 31%. Os moradores da zona rural também fumam mais que os das zonas urbanas.

O fumo é responsável por 95% dos casos de câncer de boca[6]; 90% das inflamações de mama; 80% da incidência de câncer no pulmão; por 97% dos casos de câncer da laringe; 50% dos casos de câncer de pele; 45% das mortes por doença coronariana (infarto do miocárdio) e também 25% das mortes por doença vascular-cerebral (derrames cerebrais).

O tabagismo, incluindo o passivo, é o fator de risco mais comum para a DPOC, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. No Brasil, estima-se que a doença atinja cerca de 6 milhões de pessoas. Somente 12% dos pacientes são diagnosticados e, desses, apenas 18% recebem tratamento. Já no cenário mundial, a estimativa é de que aproximadamente 210 milhões de pessoas tenham DPOC e a previsão é que a doença se torne a terceira principal causa de morte por volta de 2020. Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença são a inalação de poeiras e produtos químicos em fábricas ou ambientes profissionais similares, poluição do ar, desenvolvimento pulmonar prejudicado e fatores genéticos.

Segundo uma pesquisa realizada em 20 países, o brasileiro, com 91%, é o que mais se arrepende de ter começado a fumar. Entre os fumantes brasileiros do estudo internacional, 63% apoiam campanhas e leis contra o fumo e 82% relatam que o fumo já lhes causou algum problema de saúde[7]. Segundo os dados da Kantar Health, mesmo com restrições impostas, os fumantes parecem observar com razoável conforto as legislações que visam evitar que não fumantes sejam incomodados pela fumaça de cigarros, charutos e cachimbos. Dentre os respondentes do Reino Unido, França, EUA, China, Brasil e Espanha, a maioria alega não pensar ser difícil restringir o consumo em locais restritos[8]. O Brasil é o maior exportador e quarto maior produtor mundial de tabaco - depois da China, EUA e Índia.

Deve-se ressaltar que o cultivo do tabaco expõe trabalhadores rurais a uma grande variedade de agrotóxicos aumentando o risco de manifestação de efeitos agudos e crônicos à saúde, como transtornos mentais[9] e câncer[10]. Durante a colheita das folhas de tabaco pode haver absorção dérmica da nicotina presente nas folhas úmidas, podendo ocasionar a denominada Doença da Folha Verde do Tabaco[11], cujos sintomas são muito semelhantes aos quadros de intoxicação por agrotóxicos e outras doenças[12].

Em 2015, um em cada quatro portugueses (25%) é fumador, mais dois pontos percentuais do que em 2012, 12% deixaram de fumar e quase dois terços (63%) nunca fumaram. Na União Europeia (UE), a média de fumadores é de 26%, uma quebra de dois pontos na comparação com o inquérito de 2012.

Em Portugal, fumam mais os homens (34%) do que as mulheres (18%), em linha com a média da UE: 31% e 22%, respetivamente.[13] A maior prevalência é dada no grupo etário 25 a 34 anos (45,6% nos homens e 25,1% nas mulheres) e as mais baixas no grupo etário 65 a 74 anos (10,8% nos homens e 2,5% nas mulheres).[14]

  1. Dia mundial sem tabaco 2006
  2. «Parar De Fumar | Informação e Tratamento para Tabagismo». www.medilico.com. Consultado em 1 de junho de 2017 
  3. «Tabagismo - Fundação Portuguesa Cardiologia». Fundação Portuguesa Cardiologia (em inglês) 
  4. Tabagismo - Instituto Nacional de Câncer (Brasil)
  5. a b Brasil tem mais de 24 milhões de fumantes habituais, aponta PNAD - O Estado de S.Paulo, 31 de março de 2010 (visitado em 31-3-2010)
  6. Tabagismo causa 95% dos tumores de boca - O Estado de S.Paulo, 2 de março de 2010 (visitado em 2-3-2010).
  7. Número de fumantes no Brasil caiu para quase a metade em 20 anos - Bom Dia Brasil, 10 de março de 2010 (visitado em 10-3-2010)
  8. «Consumo de cigarros chega a menor índice dos últimos 10 anos» 
  9. Campos, Élida. «Exposure to pesticides and mental disorders in a rural population of Southern Brazil» (PDF). NeuroToxicology. doi:10.1016/j.neuro.2016.06.002. Consultado em 12 de janeiro de 2017 
  10. «POSICIONAMENTO DO INCA ACERCA DOS AGROTÓXICOS» (PDF). Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Consultado em 12 de janeiro de 2017 
  11. Fassa, Anacláudia. «Green tobacco sickness among tobacco farmers in southern Brazil». doi:10.1002/ajim.22307  |acessodata= requer |url= (ajuda)
  12. «Doença da folha verde do tabaco». Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da SIlva. Consultado em 12 de janeiro de 2017 
  13. «Um em cada quatro portugueses fuma» 
  14. «Tabagismo em Portugal – SNS». www.sns.gov.pt. Consultado em 1 de junho de 2017 

  • CRUZ, José Luiz Carvalho da. Projeto Araribá - Ciências. São Paulo:Editora Moderna, 2006.

 

O Wikiquote possui citações de ou sobre: Fumo

  • Material radioativo em alimentos e no cigarro
  • Associação Brasileira de Portadores de DPOC
  • Consequências Tabagismo - Medilico
  • Fundação Portuguesa do Pulmão
  • Tabagismo - Fundação Portuguesa Cardiologia
  • Deixar de Fumar e Perigos do Tabagismo - HealthExpress
  •   Portal da medicina
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