Por que o trabalho de campo direciona o antropólogo a abandonar a ideia de costumes exóticos

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As artes do fazer antropológico A Antropologia é uma ciência “dos observadores capazes de observarem a si próprios.” (LAPLAMTINE, 1998, p. 170). Durante o estudo das unidades anteriores podemos observar e compreender que Antropologia passou por um processo de polimento, não só da sua questão matriz, mas dela mesma como disciplina. Com grau de polimento alcançado, a Antropologia transformou-se numa peça capaz de ser empregada para refletir a própria imagem do homem como um espelho. Ao bem da verdade, grande parte dos trabalhos antropológicos são formas distintas de termos acesso tanto aos espelhos como as imagens daqueles homens em sua realidade presenciada. O que deu sustentação para que a Antropologia tornasse essa espécie de grande vidraçaria a permitir confeccionar os mais diversos espelhos do homem foi o trabalho de campo, em outras palavras, a pesquisa de campo. A Bronislaw Malinowski, nos anos vinte, do século anterior, é mérito dele ter estabelecido com a sua pesquisa e obra, Argonautas do Pacífico Ocidental o plano de trabalho, quanto do uso da observação participante em campo. A partir Malinowski o trabalho de campo se efetivou como prática antropológica e adquiriu a mesma importância do laboratório usado pelas ciências naturais. Desta forma, a ida ao campo e os métodos que lá se aplicam como a observação participante e as entrevistas, passaram a ser o caminho para a ampliação da teoria antropológica ou da sua negação. Pois ao invés da companhia da biblioteca, de agora em diante, o antropólogo passou a se encontrar cada vez mais, a olho nu com as diferenças do outro, a contrastar com seu próprio olhar. Assim, o que o trabalho de campo impõe ao antropólogo é a necessidade de mudar a postura para com os costumes considerados como exóticos, em lugar de classificá-los e de colecionar objetos que os representem para compor um museu ou uma coleção particular de costumes exóticos. Inicia- se a observar os costumes e registrá-los como integrantes de uma dada 57

As artes do fazer antropológico A Antropologia é uma ciência “dos observadores capazes de observarem a si próprios.” (LAPLANTINE, 1998, p. 170). Durante o estudo das unidades anteriores podemos observar e compreender que Antropologia passou por um processo de polimento, não só da sua questão matriz, mas dela mesma como disciplina. Com grau de polimento alcançado, a An- tropologia transformou-se numa peça capaz de ser empregada para refletir a pró- pria imagem do Homem como um espelho. Ao bem da verdade, a grande parte dos trabalhos antropológicos são formas distintas de termos acesso tanto aos espelhos como as imagens daqueles homens em sua realidade presenciada. O que deu sustentação para que a Antropologia tornasse essa espécie de grande vidraçaria a permitir confeccionar os mais diversos espelhos do Homem foi o trabalho de campo, em outras palavras, a pesquisa de campo. A Bronislaw Mali- nowski, nos anos vinte, do século anterior, é mérito dele ter estabelecido com a sua pesquisa e obra, Argonautas do Pacífico Ocidental o plano de trabalho, quanto do uso da observação participante em campo. A partir de Malinowski o trabalho de campo se efetivou como prática antropo- lógica e adquiriu a mesma importância do laboratório usado pelas ciências naturais. Desta forma, a ida ao campo e os métodos que lá se aplicam como a observação participante e as entrevistas, passaram a ser o caminho para a ampliação da teoria antropológica ou da sua negação. Pois ao invés da companhia da biblioteca, de ago- ra em diante, o antropólogo passou a se encontrar cada vez mais, a olho nu com as diferenças do outro, a contrastar com seu próprio olhar. Assim, o que o trabalho de campo impõe ao antropólogo é a necessidade de mudar a postura para com os costumes considerados como exóticos. Em lugar de classifica-los e de colecionar objetos que os representem para compor um museu ou uma coleção particular de costumes exóticos. Inicia-se a observar os costumes e registrá-los como integrantes de uma dada realidade social e cultural, que represen- ta os sentidos e os significados das experiências de indivíduos definidos pelo termo “outro”. Talvez seja válido reconhecer que tanto o trabalho de campo quanto metódico Antropologia 65

20/04/2019 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP) virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=401462&cmid=537920 1/7 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00   Disciplinas  62_SESO_3_2 [63586]  Avaliações  AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP) Iniciado em sábado, 20 abr 2019, 14:55 Estado Finalizada Concluída em sábado, 20 abr 2019, 16:26 Tempo empregado 1 hora 30 minutos Notas 20,00/20,00 Avaliar 10,00 de um máximo de 10,00(100%) Analise a frase e assinale se verdadeiro ou falso: É a partir do olhar antropológico-teológico que detectamos o que a Revelação diz sobre o ser humano no contexto da obra da criação: uma criatura feita no tempo e que não teve existência espiritual antes da corpórea para usufruir da felicidade neste mundo e da glória de Deus na vida eterna feliz. Escolha uma: a. Falso b. Verdadeiro No contexto do tema do pecado original, que pressupõe a universalidade da ação de Cristo? Assinale a alternativa correta: Escolha uma: a. Pressupõe a universalidade do pecado, a redenção é particular. b. Pressupõe a universalidade do pecado, a redenção é universal. c. Pressupõe a particularidade do pecado, a redenção é particular. d. Pressupõe a particularidade do pecado, a redenção é universal. Avalie o texto e assinale se verdadeiro ou falso: Para Marcuse, a transcendência do homem, tem caráter puramente metafísico e sobrenatural: é um projetar-se da sociedade para um futuro melhor que o presente. Escolha uma: a. Verdadeiro b. Falso MARGARIDA DA PENHA DO NASCIMENTO PLANTIKOW   20/04/2019 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP) virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=401462&cmid=537920 2/7 Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Por que o trabalho de campo direciona o antropólogo a abandonar a ideia de costumes exóticos? Escolha uma: a. Por não existir mais costumes b. Por existir um processo de modernização dos costumes exóticos c. Compreender que por mais bizarros que pareçam os costumes, eles integram uma dada realidade social e cultural, com sentido e com signi�cado que em nada é estranho para aqueles que a praticam d. Por falta de espaços nos museus para expor as peças tidas como exóticas Por que as concepções de Homem construídas pela religião e pela filosofia tiveram de ser revistas em contato com o Novo Mundo? Escolha uma: a. Por descobrir uma nova biblioteca b. Por ter encontrado novas formas de vida e de costumes até então desconhecidos c. Por revelar jazidas com pedras e metais preciosos d. Por ter encontrado novas espécies de animais Qual visão etnocêntrica o pesquisador assumiu ter usado logo que chegou ao campo da pesquisa? Escolha uma: a. Compreender que todos os negros pobres eram moradores da comunidade dos Negros do Riacho b. Ter aceito somente informantes pardos c. Ter aceito somente informantes brancos d. Nenhuma das alternativas anteriores Onde, segundo a teologia, podemos encontrar o sentido último para a existência humana? Escolha uma: a. Na Revelação Divina. b. No estudo das diversas �loso�as. c. No estudo das religiões mais evoluídas. d. Dentro de si mesmo, pois o homem é a imagem de Deus.  20/04/2019 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP) virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=401462&cmid=537920 3/7 Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Existe uma unidade em torno do conceito de evolução, desde o segundo quartel do século XIX até o limiar do século XX. Este conceito de evolução, entre 1830 e 1840, está sempre presente, animando as pesquisas e re�exões nos domínios mais diversos, biologia, sociologia, �loso�a. O texto se refere a: Escolha uma: a. período da construção b. período da crítica c. período formativo d. período de convergência e. período da reforma Segundo a antropologia teologia, como se explica a carência e a necessidade de Deus presente na alma humana? Assinale a alternativa correta. Escolha uma: a. Por um isolamento imposto pela sociedade preconceituosa que eleva uns e inferioriza outros, segundo suas próprias regras injustas e inadequadas. b. Por um afastamento original por parte do homem e de uma alienação provocada pelo pecado. c. Por uma insatisfação pessoal diante das vicissitudes da vida, por não ter acesso as condições econômicas e �nanceiras adequadas. d. Por um abandono e afastamento do próprio criador, ao rejeitar o homem após o pecado original. Quem são respectivamente os portas vozes do binômio bom selvagem/mau civilizado e mau selvagem/ bom civilizado? Escolha uma: a. Cli�ord Geertz e Mery Douglas b. François Laplantine e Bronislaw Malinowski c. Las Casas e Sepulvera d. Darcy Ribeiro e Roberto DaMatta  20/04/2019 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP) virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=401462&cmid=537920 4/7 Questão 11 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 12 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Desde essa época [século XIX], o antropólogo de campo passou a ser visto como um amigo dos povos primitivos. Em tais sociedades discutem-se a necessidade de proteger a cultura nativa. Descon�amos que essa preocupação que até hoje perdura não era tanto em face dos direitos dos nativos, mas, em parte, re�etia o medo de extinção daqueles povos ameaçando a própria Antropologia. A�nal, a primitividade e a cultura desses povos, eram como de um vídeo-teipe da própria evolução humana. Ali estava o Homem como vivera nos estágios inferiores da evolução. Por isso que: I. As sociedades primitivas, para os antropólogos de campo (do século XIX até hoje), constituem-se objeto de extremo cuidado e devem ser preservadas, em virtude de representarem uma fase importante do desenvolvimento evolutivo da raça humana. II. A preocupação dos antropólogos em preservar os povos primitivos se da exclusivamente em face da preocupação ética e do ponto de vista dos direitos humanos desses povos. III. A preocupação dos antropólogos em preservar os povos primitivos se da exclusivamente em face do medo de extinção daqueles povos ameaçando a própria Antropologia IV. A extinção dos povos primitivos representa uma ameaça a antropologia, quando se tem por válido o paradigma evolucionista. Avalie as assertivas acima e assinale a alternativa correta. Escolha uma: a. I e IV b. II e IV c. III e II d. III e IV A autotranscedência é um movimento, e como todo movimento possui um alvo. Qual seria esse alvo, segundo a interpretação egocêntrica? Escolha uma: a. O próprio homem b. A natureza c. A sociedade d. Deus  20/04/2019 AP3.1 Avaliação Formativa Processual - Online (vale 40% da MAP) virtual.uninta.edu.br/mod/quiz/review.php?attempt=401462&cmid=537920 5/7 Questão 13 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 14 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 15 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 16 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Sobre os períodos da antropologia. Este período começa com a própria cultura da humanidade. Diz respeito com toda re�exão do homem sobre si e sobre o universo que o cerca. A preocupação com a origem, a realidade e o destino do homem sempre esteve presente em todos os povos e sociedades, das mais primitivas às mais modernas. O texto se refere a: Escolha uma: a. período da crítica b. período formativo c. período da reforma d. período da construção e. período de convergência Analise