O que compreende os protozoários e as algas

Na classificação dos seres vivos em cinco reinos, os protozoários, assim como as algas, pertencem ao Reino Protoctista. Ele é considerado um grupo artificial, uma vez que a origem de seus representantes não é única, ou seja: não parte do mesmo ancestral.

Os protozoários, apesar de também serem unicelulares, como as bactérias, são eucarióticos. Esses organismos vivem, geralmente, em água-doce, mas também são encontrados em água salgada, regiões lodosas e solo úmido; e alguns são parasitas, como o Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.


São heterotróficos, utilizando o fagossomo - que se transforma em um vacúolo digestivo - para sua digestão intracelular. Além disso, alguns possuem vacúolos contráteis, auxiliando na expulsão de água em excesso, acumulada no interior do indivíduo. A maioria dos representantes desse grupo tem respiração aeróbica, absorvendo oxigênio por difusão. Dependendo das condições ambientais, alguns protozoários podem formar cistos, retomando sua conformação original em condições favoráveis. Quanto à reprodução, podem dar origem a novos indivíduos a partir da divisão binária ou múltipla. Nessa, o núcleo se multiplica várias vezes e depois a célula se divide em várias outras. Sexuadamente, podem reproduzir-se por conjugação. Algumas espécies, ainda, apresentam alternância de gerações. Esses organismos também descendem de linhagens ancestrais distintas e, dessa forma, a classificação de seus representantes ainda se encontra controversa. Uma proposta para o ensino de Ciências e Biologia, até segunda ordem, é a seguinte:

- Ameboides: indivíduos que se locomovem por pseudópodes. Alguns possuem essas estruturas bastante afiadas, sustentadas por um eixo central, que fazem com que o protozoário assuma “forma de sol”.



- Esporozoários:
parasitas, dotados de complexo apical em pelo menos uma etapa de suas vidas. Não possuem estruturas de deslocamento.

- Ciliados:
possuem cílios como estrutura de locomoção e que, algumas vezes, também auxiliam na alimentação. A maioria é de vida livre.

- Flagelados: se locomovem ou obtêm alimento por meio de flagelos. Alguns são aquáticos e outros, parasitas.

- Foraminíferos: possuem carapaça externa, formada geralmente por carbonato de cálcio. A maioria é marinha.

Por Mariana Araguaia Graduada em Bilogia

exercício de taxonomia

Relacione corretamente as duas colunas abaixo.

I. Animais

II. Vegetais

III. Protistas

IV. Fungos

V. Bactérias

VI. Vírus

( ) compreendem os protozoários e as algas.

( ) São parasitas intracelulares

( ) compreende as bactérias e as cianobactérias (algas azuis ou cianofíceas).

( ) cogumelos, mofos, orelhas de pau, líquens são exemplos desse reino.

( ) é formado por organismos autótrofos (produzem seu próprio alimento) e clorofilados.

( ) são seres que apresentam capacidade de locomoção e grande parte gera descendentes por reprodução sexuada.

A sequência correta é:

a) I; II; III; IV; V; VI

b) III; V; II; I; IV; IV

c) II; V; IV; VI; III; I

d) I; IV; V; VI; III; II

e) III; VI; V; IV; II; I

resposta: e) III; VI; V; IV; II; I.

Os protozoários são organismos unicelulares, eucarióticos e que apresentam nutrição heterotrófica. Apesar de ser um termo bastante usado, não apresenta nenhum valor taxonômico, sendo considerado, portanto, um agrupamento artificial.

Os protozoários, em sua grande maioria, apresentam vida livre e são encontrados em diferentes ambientes aquáticos e úmidos. Existem, no entanto, espécies que vivem em associação com outros organismos, como é o caso dos parasitas.

Entre as doenças humanas causadas por protozoários, podemos citar a amebíase, tricomoníase, toxoplasmose, leishmaniose (visceral e tegumentar), doença de Chagas e malária.

Os protozoários apresentam reprodução assexuada com divisão binária, mas há algumas espécies que apresentam reprodução sexuada. Nesse último caso, observa-se a fusão desses organismos, a formação de zigoto e uma posterior divisão. Esse processo garante a recombinação genética. Outra forma de recombinação é a conjugação, que é considerada por alguns autores como um tipo de reprodução sexuada. Outros protozoários são capazes de produzir esporos que se espalham pelo ambiente.

Classificação dos seres vivos

Um tipo bastante comum de classificação dos protozoários usa como critério o modo de locomoção desses seres no meio aquático. De acordo com esse sistema, existem protozoários ciliados, flagelados, rizópodos e esporozoários.


Observe os protozoários acima e suas diferentes estruturas de locomoção

Os protozoários ciliados são aqueles que se locomovem por auxílio de estruturas denominadas de cílios, como o Paramecium. Os flagelados, por sua vez, utilizam como meio de locomoção os flagelos, como é o caso do Tripanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.

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Existem ainda protozoários que se movimentam com a ajuda de pseudópodes, que são prolongamentos citoplasmáticos que modificam a forma do corpo do organismo e promovem a locomoção. Esse grupo, do qual fazem parte as amebas, é chamado de rizópodos.

Os esporozoários, por sua vez, não apresentam nenhum tipo de estrutura locomotora e são levados, na forma de esporos, pelo ar, água e até mesmo por animais. Como exemplo desse grupo, podemos citar o Plasmodium vivax, responsável por provocar a malária.

Alguns filos do Reino Protoctista

Os protozoários possuem uma classificação bastante controversa e complexa. Atualmente, alguns pesquisadores classificam esses seres em dezenas de filos diferentes dentro do Reino Protoctista. Como esses sistemas de classificação são inviáveis para estudo por leigos, muitos livros didáticos consideram apenas seis filos principais. São eles:

Filo Rhizopoda: refere-se aos protozoários rizópodos, ou seja, que se locomovem por pseudópodes.


As amebas são incluídas no filo Rhizopoda

Filo Actinopoda: refere-se aos protozoários que apresentam locomoção por pseudópodes, mas com essa estrutura em formato afilado.

Filo Foraminifera: Engloba os protozoários que possuem carapaça externa à célula, rica em perfurações de onde saem os pseudópodes.

Filo Aplicomplexa: refere-se aos protozoários esporozoários, ou seja, que não possuem meios de locomoção.

Filo Zoomastigophora: Engloba os protozoários que apresentam flagelos como estrutura locomotora.

Filo Ciliophora: Engloba os protozoários ciliados, ou seja, que possuem cílios como meio de locomoção.


Por Ma. Vanessa dos Santos

O reino Protista ou Protoctista é um reino onde estão agrupados organismos eucariontes que não apresentam as características necessárias para que sejam classificados nos reinos Plantae, Animalia ou Fungi. Nesse grupo temos, portanto, uma grande variedade de organismos, incluindo, por exemplo, seres unicelulares, pluricelulares, autotróficos e heterotróficos.

Tendo em vista os sistemas de classificações mais atuais, o reino Protista não é mais considerado, uma vez que seus representantes estão, muitas vezes, mais relacionados com plantas, fungos ou animais do que com outros protistas. O termo protista, no entanto, ainda hoje é usado para se referir a organismos eucariontes que não são plantas, fungos ou animais.

Leia também: Três domínios — a divisão dos seres vivos em três grupos

Algas e protozoários são chamados de protistas.

Tópicos deste artigo

  • 1 - Características gerais dos protistas
  • 2 - Representantes dos protistas

Características gerais dos protistas

Todos os protistas apresentam em comum o fato de serem organismos eucariontes, ou seja, possuem células com núcleo definido e organelas membranosas. Devido à grande variedade de organismos incluídos nesse grupo, outras características gerais são difíceis de ser determinadas. Veja a seguir algumas características observadas em organismos protistas.

  • A maioria dos protistas é unicelular, porém existem espécies pluricelulares e também coloniais.
  • Alguns protistas são autotróficos, mas existem também espécies heterotróficas. Vale salientar ainda que alguns protistas são capazes de combinar as duas formas de nutrição, sendo denominados, nesses casos, organismos mixotróficos.
  • Em algumas espécies, observa-se reprodução sexuada, enquanto em outras a reprodução é assexuada.
  • Grande parte dos protistas vive em ambientes aquáticos, porém alguns representantes podem viver no solo e até mesmo dentro de outros organismos, como é o caso de alguns protozoários causadores de doenças.

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Os representantes dos protistas costumam ser divididos em dois grupos principais: protozoários e algas. Os protozoários são organismos eucariontes que apresentam nutrição heterotrófica. As algas, por sua vez, apresentam nutrição autotrófica. Vale salientar que atualmente muitos biólogos classificam as algas verdes, juntamente com as briófitas e plantas vasculares, em um grupo denominado plantas verdes ou viridófitas.

Os protozoários, como dito anteriormente, são protistas que não são capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, possuem nutrição heterotrófica. Existem protozoários de vida livre e também organismos parasitas que podem, inclusive, causar doenças nos seres humanos.

Costuma-se dividir tradicionalmente os protozoários com base na sua forma de locomoção. Essa divisão, no entanto, não apresenta valor taxonômico. Vale destacar que as estruturas locomotoras, além de promoverem a locomoção dos protozoários, são utilizadas para conseguir alimentos. Veja abaixo a classificação desses organismos conforme a forma de locomoção.

O Trypanosoma cruzi é um protozoário que se locomove por meio de flagelos.

  • Protozoários esporozoários: não apresentam estrutura locomotora. Como exemplo de esporozoários, podemos citar o Plasmodium e Toxoplasma gondii, causadores, respectivamente, da malária e toxoplasmose.
  • Protozoários com pseudópodes: movem-se por meio de pseudópodes, que são prolongamentos citoplasmáticos. Como exemplo, podemos citar as amebas.
  • Protozoários ciliados: locomovem-se por meio do batimento dos seus cílios. Como exemplo de protozoário ciliado, podemos citar o Paramecium.
  • Protozoários flagelados: apresentam como estrutura locomotora os flagelos. Como exemplo, podemos citar o Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.

Leia também: Malária — doença causada por protozoário que é um grave problema de saúde pública

As algas são organismos aquáticos que se destacam por sua nutrição autotrófica. Podem ser unicelulares ou pluricelulares — nesse último caso, não apresentam diferenciação tecidual. São encontradas tanto em água doce como em água salgada, desempenhando nesses locais um papel ecológico similar ao realizado pelas plantas no ambiente terrestre, constituindo a base da cadeia alimentar (organismos produtores).

Algas microscópicas compõem o chamado fitoplâncton, que se destaca pela grande quantidade de oxigênio produzido. Muitas algas apresentam ainda valor econômico, sendo usadas na alimentação e também na indústria para a fabricação de diferentes itens, como produtos de higiene e beleza.

→ Diatomáceas (crisofíceas)

As diatomáceas são algas unicelulares ou coloniais que apresentam grande abundância nos oceanos, sendo reconhecidas cerca de 10.000 a 12.000 espécies. Vale salientar que há também espécies de água doce. Como característica marcante desses organismos, podemos citar o fato de apresentarem uma parede celular que consiste em duas valvas, que se encaixam como uma placa de Petri. Essas paredes são chamadas de frústulas e apresentam sílica em sua composição.

As paredes das diatomáceas consistem em duas valvas e são conhecidas como frústulas.

As algas euglenoides são flageladas e habitam principalmente água doce. A maioria é unicelular, com exceção do gênero Colacium, que é colonial. Existem cerca de 800 a 1.000 espécies, sendo que algumas apresentam nutrição mixotrófica, realizando fotossíntese na presença de luz e nutrição heterotrófica quando na ausência desse fator.

→ Algas douradas

As algas douradas apresentam carotenoides (fucoxantina), que são responsáveis pela sua coloração típica. Em geral, apresentam dois flagelos. A maioria das algas douradas é unicelular, mas algumas são coloniais. Apresentam cerca de 1.000 espécies distintas, que são predominantemente de água doce.

→ Algas pardas (feofíceas)

As algas pardas são pluricelulares, apresentando um corpo vegetativo simples e indiferenciado (talo). Devido à presença de carotenoides (fucoxantina), apresentam coloração amarronzada. Existem cerca de 1.500 espécies, e quase todos os representantes são marinhos. Apresentam tamanho variado: algumas são muito pequenas, mas outras podem atingir metros de comprimento — os kelps, por exemplo, podem atingir mais de 30 metros de comprimento. Possuem importância econômica, sendo utilizadas na alimentação.

→ Algas vermelhas

São predominantemente marinhas e apresentam poucos representantes unicelulares. A cor característica dessas algas se deve à presença de ficobilinas, que mascaram a cor da clorofila. São reconhecidas cerca de 6.000 espécies de algas vermelhas.

As algas vermelhas, em sua maioria, são pluricelulares.

Os dinoflagelados, em sua maioria, são organismos unicelulares com dois flagelos; outros são imóveis, porém produzem células reprodutivas flageladas. É possível observar nos dinoflagelados a presença de um flagelo situado em um sulco, como se fosse um cinto ao redor da alga, e outro flagelo em um sulco perpendicular a este. Esses dois flagelos, ao se moverem, fazem com que o dinoflagelado gire. Muitas espécies são marinhas, porém há também espécies de água doce. Existem cerca de 4000 espécies de dinoflagelados.

Dinoflagelados são responsáveis por desencadear o fenômeno da maré vermelha.

Os dinoflagelados, quando se reproduzem exageradamente, provocam um fenômeno conhecido como maré vermelha. Devido à presença dos pigmentos carotenoides nesse tipo de alga, sua proliferação excessiva faz com que a água adquira uma coloração avermelhada. Vale salientar que o problema da maré vermelha não é apenas a alteração da cor da água. Em virtude da produção de toxinas por certas espécies, o aumento de dinoflagelados podem provocar a morte de animais que vivem no local, como peixes.  Além da maré vermelha, muitos dinoflagelados são conhecidos por sua capacidade bioluminescente.

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

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