A frase “saber é poder” é de origem de qual filósofo da modernidade?

FILOSOFIA MODERNA: FRANCIS BACON – O EMPIRISMO

MÓDULO 1

Bloco 01

#PARA COMEÇAR

#QUESTÕES FILOSÓFICAS

O que é conhecimento? De onde se origina fundamentalmente o conhecimento? Como é a relação do sujeito com o objeto do conhecimento? O que podemos conhecer?

GNOSIOLOGIA

Significa estudo (logia) do conhecimento (gnose). Também conhecida como TEORIA DO CONHECIMENTO, EPISTEMOLOGIA (episteme=ciência+logia=estudo) ou crítica do conhecimento. A grande preocupação desta área da FILOSOFIA é A INVESTIGAÇÃO SOBRE O CONHECER. Todo conhecimento surge da relação entre um SUJEITO (que conhece) e um OBJETO (que é conhecido). A grande preocupação dos filósofos, principalmente a partir da modernidade, foi com o PROCESSO DE CONHECER, ou, para ser mais específico, com FACULDADE DE CONHECER.

#QUESTÕES BÁSICAS

RELAÇÃO SUJEITO-OBJETO : Qual a relação entre sujeito e objeto do conhecimento? FONTES PRIMEIRAS: Qual é a fonte ou a origem de todo conhecimento? PROCESSO: Como transformamos dados e informações em conhecimento? POSSIBILIDADES: O que é possível conhecer?

REPRESENTACIONISMO

A partir da MODERNIDADE o conhecimento passou a ser interpretado como REPRESENTAÇÃO, ou seja, nós não conhecemos os objetos tais quais são, mas conhecemos somente aquilo que deles representamos, suas imagens presentes em nossa mente.

RELAÇÃO SUJEITO-OBJETO

Da RELAÇÃO SUJEITO-OBJETO surgiram duas concepções sobre o conhecimento: O REALISMO E O IDEALISMO.

REALISMO

Para o REALISMO, nossas percepções são REAIS, representantes fidedignos da realidade conhecida. A cor e a forma da mesa que eu percebo correspondem realmente à cor e a forma da mesa tal qual ela é. Segundo o REALISMO, O OBJETO É DETERMINANTE para o conhecimento e tem um papel mais fundamental que o sujeito no processo de conhecer. É o objeto que imprime em nossa mente aquilo que ele mesmo é.

IDEALISMO

Para o IDEALISMO, nosso conhecimento nada mais é do que IDEIAS representadas pela nossa CONSCIÊNCIA. Ou seja, não conhecemos a realidade tal como ela é, mas somente a REPRESENTAÇÃO que fazemos dela. No IDEALISMO o SUJEITO É O ELEMENTO DETERMINANTE do conhecimento. O que conhecemos e julgamos como conhecimento é um produto da nossa própria mente, logo, IDEIA, REPRESENTAÇÃO. 

FONTES PRIMEIRAS

De onde vem o conhecimento humano? A preocupação com as FONTES PRIMEIRAS do conhecimento também fez parte da reflexão filosófica moderna.

RAZÃO OU SENSAÇÃO?

Nosso conhecimento tem como origem a RAZÃO OU a SENSAÇÃO? O RACIONALISMO defende que conhecemos graças à RAZÃO. Já o EMPIRISMO diz que todo saber tem como origem a experiência sensível, a sensação, ou melhor, os sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato). No século XVIII surge uma nova posição em relação a tal problema, que foi elaborada por KANT e recebeu o nome de APRIORISMO KANTIANO (pois, segundo o alemão, o conhecimento é a priori, ou seja, independe da experiência, apesar dela confirmar o que já está estabelecido como lei da natureza, assim como a capacidade de conhecer é inata ao ser humano, mas de nada vale sem a colaboração dos sentidos, que fornecem o material e depois de processado pela razão se transforma em conhecimento).

RACIONALISMO

Como visto acima, o RACIONALISMO defende que a origem do conhecimento é a RAZÃO HUMANA. RENÉ DESCARTES (1596-1650) foi o primeiro grande pensador moderno e o principal defensor de tal concepção. Segundo ele NÃO DEVEMOS NOS DEIXAR PERSUADIR SENÃO PELA EVIDÊNCIA DE NOSSA RAZÃO e as sensações são fontes dúbias e enganosas de conhecimento, visto que os sentidos freqüentemente nos pregam peças e nos levam ao erro. A razão, de acordo com PRINCÍPIOS LÓGICOS, nos conduz seguramente a conhecimentos indubitáveis. Alguns racionalistas diziam que algumas idéias são INATAS (ou seja, que nascemos com elas), assim como os princípios lógicos já constam em nossa mente desde o nascimento.

EMPIRISMO

EMPIRISMO vem do grego empereia, que quer dizer experiência sensível e, portanto, o conhecimento vem da sensação, ou dos sentidos, segundo tal escola filosófica. Tudo que conhecemos vêm de nossas PERCEPÇÕES SENSORIAIS. JOHN LOCKE defendia a posição segundo a qual NADA VEM À MENTE SEM ANTES TER PASSADO PELOS SENTIDOS. Tal posição já havia sido defendida por ARISTÓTELES na antiguidade. Quando nascemos somos como um PAPEL EM BRANCO (ou TÁBULA RASA), não portando nenhuma idéia e nenhum conhecimento. Todas as idéias e todo conhecimento tem como origem a EXPERIÊNCIA, a SENSAÇÃO e a REFLEXÃO das idéias adquiridas pelos sentidos.

APRIORISMO KANTIANO

IMMANUEL KANT (1724-1804) formulou o APRIORISMO KANTIANO. Como se sabe, o conhecimento é fruto da relação sujeito-objeto e o alemão buscou compreender o sujeito a priori, ou seja, ANTES de qualquer experiência sensível. Segundo sua teoria, o ser humano é dotado de duas faculdades utilizadas para conhecer: A FACULDADE DA SENSIBILIDADE (dotada da capacidade de sentir por meio dos sentidos) e a FACULDADE DO ENTENDIMENTO (da razão, que elabora o material fornecido pelos sentidos, transformando-os em conhecimento) que POSSIBILITAM a experiência e DETERMINAM o conhecimento. A experiência fornece a MATÉRIA do conhecimento, que é processado de acordo com as estruturas a priori (inatas e presentes no ser humano antes de qualquer sensação, e que ainda o ajuda a organizar os dados dos sentidos, produzindo o saber), por isso sua teoria é chamada APRIORISMO. Sua concepção é também denominada IDEALISMO TRANSCENDENTAL (pois o sujeito não conhece a coisa tal como ela é, mas apenas como aparece para sua consciência – não conhecemos a coisa em si, mas somente como aparece para nossa percepção e é determinada pelas estruturas da nossa razão).

POSSIBILIDADES

O QUE PODEMOS CONHECER?

Duas correntes se destacam quando o assunto são as possibilidades de conhecimento. O CETICISMO (que duvida de tudo e acredita ser impossível o conhecimento da verdade) e o DOGMATISMO (que defende que é possível conhecer a verdade e esta é absoluta e inquestionável).

CONCEITO DE VERDADE

O CONCEITO DE VERDADE varia conforme a cultura e a teoria filosófica. Para os romanos, a verdade era veritas (coincidência do fato narrado com o ocorrido). Para os gregos era aletheia (tirar o véu, aquilo que não se esquece, que está presente por debaixo da penumbra que encobre a realidade). Para os judeus era emunah, ou amém (coincidência entre a promessa e o cumprimento da mesma). São três concepções de verdade que abarcam os três períodos de tempo (passado, presente e futuro, respectivamente como aparecem no texto). Os romanos viam a verdade como correspondência com o passado. Os gregos viam a verdade como presente escondido. Os judeus viam a verdade como futuro previsto pelos profetas e confirmado pela palavra de Deus. Todas buscam uma forma de explicar o CONHECIMENTO VERDADEIRO. Para a mitologia africana a verdade é um espelho quebrado e que tem suas partes espalhadas pelo mundo e encontradas por indivíduos que passam a espelhar, ou representar, apenas parte da verdade, e nunca a verdade inteira. Portanto, cada um é portador de uma verdade fragmentada e que necessita das verdades alheias para se completar. O que tais concepções buscam é compreender a ESSÊNCIA (e não somente a aparência mutante das coisas) e a sua REALIDADE INTRÍNSECA. O grande objetivo era conhecer o SER, que desde a filosofia antiga era um problema, e também na modernidade, ainda insolúvel para o conhecimento. Posição intermediária entre o CETICISMO e o DOGMATISMO é postulada pelo CRITICISMO (que critica a crença na impossibilidade do conhecimento e a crença no conhecimento como verdade absoluta e inquestionável). É necessário criticar tanto a racionalidade quanto as nossas sensações, assim como é preciso uma crítica que abale os alicerces das doutrinas céticas e dogmáticas que revelam posições diametralmente opostas, contrárias, que chegam a se chocar. É possível um conhecimento que perdure às investidas ceticistas e não seja uma verdade absoluta e inquestionável dos dogmatistas. 

DOGMATISMO

DEFENDE que é possível conhecer a verdade e que esta é inquestionável. Duas vertentes dela emanam: DOGMATISMO INGÊNUO, que acredita que o mundo é tal qual nós percebemos; DOGMATISMO CRÍTICO, que defende a possibilidade do conhecimento acerca do mundo através de um trabalho árduo e metódico de nossa inteligência assessorada pelos sentidos.

 CETICISMO

DUVIDA ou NEGA toda e qualquer possibilidade de conhecimento.

CETICISMO ABSOLUTO

O sofista GÓRGIAS (485-380 a.C) é seu principal expoente. PIRRO de Elida também e outro ferrenho defensor do CETICISMO ABSOLUTO. Sua teoria ficou conhecida como PIRRONISMO. Duas são as fontes de erro e engano: OS SENTIDOS, que com freqüência nos iludem; A RAZÃO, que é contraditória e que leva pensadores diferentes a formular teorias tão divergentes.

CETICISMO RELATIVO

É defendido pelo: SUBJETIVISMO, que afirma que todo conhecimento é puramente subjetivo, ou seja, se refere ao sujeito e só a ele, portanto é pessoal. PROTÁGORAS foi seu primeiro expoente; O RELATIVISMO, que defende a tese que todo conhecimento e as verdades dele emanadas são RELATIVOS a certos tempos e espaços onde são elaborados; O PROBABILISMO, que diz que só há verdade PROVÁVEL, jamais completa e definitiva; O PRAGMATISMO, que mede o conhecimento pela PRÁTICA, pelo fato de ser ÚTIL, dar CERTO e servir aos INTERESSES do maior número de pessoas. O conhecimento é medido pelo OBJETIVO A SER ATINGIDO e seu conseqüente êxito. 

CRITICISMO

É uma posição CRÍTICA em face da possibilidade do conhecimento. Segundo a CRITICISMO, nós não podemos conhecer as coisas como elas são (noumeno=coisa em si), mas somente como aparecem para nós (phainoumeno=coisa que aparece). Ou seja, o conhecimento possível é somente o da aparência das coisas, jamais de sua essência.

À PROCURA DE UM MÉTODO

Na modernidade ocorreu uma ruptura com a tradição, principalmente medieval, que cultuava o princípio de autoridade (um conhecimento só é válido quando sustentado e fundamentado em algum grande expoente do pensamento clássico ou religioso), e passaram, então, a procurar uma BASE SEGURA para amparar o novo conhecimento em gestação. Procurava-se um MÉTODO (caminho) para se chegar a um conhecimento verdadeiro. O método que prevaleceu foi o MATEMÁTICO, que busca matematizar a natureza, traduzindo-a em números e formas geométricas. 

FRANCIS BACON

Antigamente, havia uma tradição na língua portuguesa de traduzir nomes (KARL MARX chegou a ser traduzido como CARLOS MARCOS), e um exercício de imaginação pode nos levar a uma tradução do nome de BACON (1561-1626) para a nossa língua: FRANCIS é o diminutivo de FRANCISCO, e na nossa língua, tal diminutivo é CHICO; BACON em português tem como correspondente TOUCINHO. Logo, o famoso filósofo empirista inglês poderia ser ironicamente denominado em nossa língua pátria como CHICO TOUCINHO. Ainda bem que a moda passou e hoje tais aberrações, mesmo que engraçadas, não vingaram. Mas voltando à filosofia, BACON é considerado um dos fundadores do moderno MÉTODO INDUTIVO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (método de conhecimento que parte de análises particulares com o intuito de chegar a conhecimentos gerais ou universais).

TEORIA DOS ÍDOLOS

Assim como no antigo testamento os ídolos impediam os fiéis de cultuarem o DEUS verdadeiro, BACON diz que há ÍDOLOS no processo de conhecimento que impedem o acesso à verdade sobre a natureza. Defendia a PESQUISA EXPERIMENTAL como fonte de acesso a um conhecimento certo e seguro. Mas para obter êxito em tal empreitada seria necessário se livrar dos ÍDOLOS (AS FALSAS NOÇÕES RESPONSÁVEIS PELO INSUCESSO DA CIÊNCIA). Os ÍDOLOS seriam uma espécie de ERRO ENRAIZADO, FALSA NOÇÃO, PRECONCEITO e MAU HÁBITO MENTAL no processo do conhecimento. Destacou quatro tipos de ÍDOLOS que impedem o progresso científico: ÍDOLOS DA TRIBO (erros da natureza limitada do ser humano); ÍDOLOS DA CAVERNA (falsas noções oriundas da individualidade, subjetividade e das sensações contraditórias do ser humano); ÍDOLOS DO MERCADO OU DO FORO (preconceitos propagados pela equivocidade da linguagem e da comunicação humana); E ÍDOLOS DO TEATRO (maus hábitos mentais provenientes de teorias religiosas, filosóficas, científicas e culturais dominantes em determinado período e que impediriam o avanço do conhecimento).

MÉTODO INDUTIVO

O conhecimento tem como fonte a experiência sensível particular, que acumulada, gera noções e conhecimentos abrangentes generalizáveis ou universalizáveis. O primeiro passo é a OBSERVAÇÃO da natureza, seguida pela ORGANIZAÇÃO RACIONAL do material observado. Posteriormente ocorreria a formulação de EXPLICAÇÕES GERAIS (HIPÓTESES) para explicar o conteúdo observado e organizado racionalmente. As HIPÓTESES deveriam ser testadas e sofrer EXPERIMENTAÇÕES exaustivas para provar sua validade como conhecimento.

“SABER É PODER”

Famosa frase atribuída a FRANCIS BACON, e que demonstra sua concepção de que o conhecimento é fonte de domínio do homem sobre a natureza e sobre os outros homens.

GALILEU GALILEI

Famoso cientista moderno, defensor da teoria heliocêntrica e responsável pelo aperfeiçoamento do telescópio com finalidades científicas e astronômicas. 

MÉTODO MATEMÁTICO-EXPERIMENTAL

Foi GALILEU (1564-1642) que defendeu arduamente a inserção da matemática nos estudos da natureza, em especial da astronomia (O gato miou para a lua! Mas qual o motivo dela não ter miado de volta para o gato?). Na tradição antiga grega aristotélica não havia necessidade de que o conhecimento fosse fundamentado EXPERIMENTALMENTE, pois tal conhecimento seria de caráter inferior (as atividades sensoriais eram vistas como inferiores às intelectuais e teóricas). Adotou uma NOVA POSTURA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA com os seguintes fundamentos: OBSERVAÇÃO dos fenômenos da natureza e utilização da MATEMÁTICA como recurso para compreender as REGULARIDADES presentes no universo. “Deus escreveu o livro do mundo em caracteres matemáticos e geométricos”, dizia GALILEU. Para ler bem o livro do universo há de se saber matemática e geometria.

NEWTON: A ORDEM DO UNIVERSO

NEWTON (1642-1727) deu origem à FÍSICA CLÁSSICA com a elaboração de teorias e leis que explicavam os fenômenos astronômicos e físicos da natureza em nosso planeta. Acreditava que o universo funcionava com SIMPLICIDADE e UNIFORMIDADE, o que deu origem à visão mecanicista do universo (o universo como uma gigantesca máquina regular e previsível). Daí surgiu a metáfora do universo como um relógio e de DEUS como o grande RELOJOEIRO.

#CONEXÕES

O conhecimento é representação? As representações podem ser idênticas à realidade? Dê exemplos do cotidiano para ilustrar os quatro tipos de ídolos segundo FRANCIS BACON.

#ANÁLISE E ENTENDIMENTO

Para que os filósofos investigam o processo do conhecimento? Qual é a relação entre conhecimento e representação, de acordo com a tese representacionista? Quais são os pólos tradicionalmente identificados no processo do conhecimento? O que é o idealismo? O que é o realismo? Ao nascermos, nossa mente é como um papel em branco? Quem formulou tal tese? Somente devemos deixar-nos persuadir pela evidência de nossa razão? De que maneira Kant resolve o impasse criado por racionalistas e empiristas? O que é a verdade? Em que o criticismo representou uma tentativa de superação do impasse criado pelo ceticismo e pelo dogmatismo? Qual foi a estratégia proposta por FRANCIS BACON para combater os erros provocados pelos ÍDOLOS? Como você explica o método matemático-experimental de GALILEU? Como NEWTON via o mundo e DEUS?

#CONVERSA FILOSÓFICA

Qual doutrina faz mais sentido para você: a realista ou a idealista? O “PENSO, LOGO EXISTO” cartesiano está fundado na razão ou na experiência? A noção de conhecimento do senso comum é, em geral, realista e dogmática? Você acha que o conhecimento é fonte de poder?

#CONECTADO

Aula 18 - Filosofia - Francis Bacon

#EXERCÍCIOS

QUESTÃO 1 (Habilidade: Ler textos filosóficos de modo significativo e inferir o que foi apropriado de modo reflexivo.)

Nível de dificuldade: Fácil.                                                                                                                                                    Assunto: A Revolução Científica.

Eu, Galileu, florentino, de setenta anos de idade, intimado pessoalmente à presença deste tribunal e ajoelhado diante de vós, juro que sempre acreditei em tudo quanto é defendido, pregado e ensinado pela Santa Igreja Católica e Apostólica. Mas, considerando que [...] escrevi e imprimi um livro no qual discuto a nova doutrina, já condenada e aduzo argumentos de grande força em seu favor, sem apresentar nenhuma solução para eles, fui pelo Santo Ofício acusado de heresia, isto é, de haver sustentado e acreditado que o Sol está no centro do mundo e imóvel, e que a Terra não está no centro, mas se move; com sinceridade e fé verdadeira, abjuro, amaldiçoo e detesto os citados erros e heresias contrários à Santa Igreja, e juro que no futuro, nunca mais direi nem afirmarei, verbalmente nem por escrito, nada que proporcione motivo para tal suspeita a meu respeito.

AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia.  Ensino Médio. v. 2. Belo Horizonte: Educacional, 2013.

As ideias que Galileu renega na sua confissão se referem a princípios do
(A) antropocentrismo.                                                                                                                                          (B) geocentrismo.                                                                                                                                                          (C) heliocentrismo.                                                                                                                                              (D) método científico.                                                                                                                                                       (E) teocentrismo.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              GABARITO: C

Comentário: Ele renega o heliocentrismo, como forma de sobreviver à condenação do Tribunal da Santa Inquisição.

QUESTÃO 2 (Habilidade: Articular conhecimentos filosóficos e diferentes formas de linguagem.)

Nível de dificuldade: Médio.                                                                                                                                     Assunto: A Revolução Científica.

Do ponto de vista da ciência, as imagens expressam uma mudança na concepção de mundo no período renascentista, determinante na eclosão da Revolução Científica do século XVII, simbolizando a passagem

(A) do geocentrismo ao antropocentrismo.

(B) do geocentrismo ao heliocentrismo.

(C) do geocentrismo ao humanismo.

(D) do heliocentrismo ao geocentrismo.

(E) do heliocentrismo ao humanismo.

GABARITO: B

Comentário: A primeira imagem mostra o geocentrismo (a terra no centro) e a segunda representa o heliocentrisno (o sol no centro).

QUESTÃO 3 (Habilidade:Articular conhecimentos filosóficos e diferentes formas de linguagem.)

Nível de dificuldade: Fácil.                                                                                                                                                      Assunto: Revolução Científica.

Ainda que as primeiras observações de Galileu, em 1609, não confirmassem diretamente o sistema heliocêntrico, abria um questionamento para a refutação do geocentrismo, na medida em que suas observações refutavam aspectos centrais das idéias de Aristóteles, base filosófica do geocentrismo. Além do aspecto propriamente científico, o grande significado desse episódio é o fato dele ser uma espécie de “gota d'água” que irá romper, de modo indelével, com a visão clássica de mundo naquele momento, início do século XVII, representada pela síntese “aristotélico-tomista”, isto é, uma nova interpretação da concepção de mundo de Aristóteles feita na perspectiva cristã por São Tomás de Aquino.

AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia.  Ensino Médio. v. 2. Belo Horizonte: Educacional, 2013.

A charge aborda o conteúdo do texto, ironizando sobre

(A) a crítica à visão de mundo clássica, por Galileu.                                                                          (B) a destituição da concepção geocêntrica de mundo, por Copérnico.                                                                                                       (C) a refutação ao geocentrismo ptolomaico, por Galileu.                                                                               (D) a retratação de Galileu, frente às acusações do Santo Ofício.                                                                                       (E) o projeto de cristianização da obra aristotélica, por São Tomás.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

GABARITO: D

Comentário: A tirinha reflete e sugere algo parecido com a retratação de Galileu frente às acusações do Santo Ofício, negando sua teoria científica que reforçava a teoria copernicana.    

QUESTÃO 4 (Habilidade: Inferir o que foi apropriado de modo reflexivo.)

Nível de dificuldade: Fácil.                                                                                                                                                Assunto: Empirismo.

O conhecimento nasce do próprio objeto, o qual se apresenta no mundo como realmente é, cabendo ao sujeito somente exercer papel de mero espectador da realidade posta, sendo suficiente para atingir a verdade que o sujeito se ache preparado para descrever o objeto tal como ele é, nada lhe acrescentando , atuando como observador neutro, objetivo e exato.

AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia.  Ensino Médio. v. 2. Belo Horizonte: Educacional, 2013.

O texto se refere à concepção de conhecimento conhecida como

(A) criticismo.                                                                                                                                                  (B) empirismo.                                                                                                                                                                   (C) fenomenologia.                                                                                                                                              (D) idealismo.                                                                                                                                                                              (E) racionalismo.

GABARITO: B

Comentário: O texto é uma definição de empirismo.

Questão 5

Habilidade: Identificar no texto um conceito filosófico.

Nível de dificuldade: Médio

Assunto:

Analise o trecho da música “Semáforo” da banda Vanguart.

Só acredito no semáforo Só acredito no avião Eu acredito no relógio Só acredito

Eu só acredito

Disponível em:<http://letras.mus.br/vanguart/552105/>. Acesso em 05 de out. de 2012.

O empirismo se caracteriza por acreditar que a primazia do conhecimento seja proveniente dos sentidos e da experiência. Assim, o trecho da música “Semáforo” e a concepção empirista se relacionam quando

A)     associam o desenvolvimento científico à aplicação da experiência.

B)     resumem o desenvolvimento do conhecimento aos sentidos.

C)    elegem a tecnologia como critério de certeza no conhecimento.

D)    entendema razão como avaliador das percepções dos sentidos.

E)     fundamentam os sentidos como reveladores da realidade como ela é.

RESPOSTA: E

COMENTÁRIO: A música revela a crença no que pode ser visto, mensurado, tocado, e o empirismo acredita que o conhecimento obtido pelos sentidos são confiáveis, por serem mais verdadeiros.


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