Quem é responsável por fazer o valor fluir

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Filosofia produtiva essencialmente utilizada com o objetivo de eliminar ou minimizar atividades não agregadoras de valor ao produto final, a Produção Enxuta também é conhecida como TPS (Toyota Production System ou em português – Sistema Toyota de Produção), Lean Manufacturing, Produção Lean ou ainda Lean Thinking.

Atualmente, essa filosofia encontra-se difundida por todas as partes e está se transformando em um elemento essencial na manutenção da competitividade das empresas que, independente do porte, veem nesta prática um caminho assertivo na busca da maior qualidade e do menor custo.

Em se tratando de Produção Enxuta, maior do que seus termos sinônimos, são suas definições, porém, em todas elas seus autores apontam as metas colocadas por essa filosofia que, segundo o professor Eudes Luiz Costa Junior, são “o máximo da produtividade e da eficiência, aliadas aos baixos custos de estocagem”.

Seguem abaixo as mais recorrentes definições sobre o tema:

“Um conjunto de princípios, práticas e ferramentas usadas para criar um valor preciso ao consumidor – sendo estes um produto ou serviço com melhor qualidade e poucos defeitos – com menos esforços humanos, menos espaço, menos capital e menos tempo do que os sistemas tradicionais de produção em massa.” (LEAN ENTERPRISE INSTITUTE, 2007)

“Uma abordagem sistemática para identificar e eliminar os desperdícios por meio de um processo de melhoria contínua em busca da perfeição a partir das necessidades dos clientes”. (National Institute of Standards and Technology – NIST, 2000)

“Um sistema de medidas e métodos que trazem benefícios na empresa como um todo e proporcionam um sistema produtivo competitivo, atacando principalmente o desenvolvimento de produtos, a cadeia de suprimentos, o gerenciamento de chão de fábrica e os serviços pós venda”. (Iana Araújo RODRIGUES, 2006)

“Um processo composto de cinco etapas: definição do valor do cliente, definição do fluxo de valor, fazer o fluxo de valor “fluir”, “puxar” a partir do cliente e buscar constantemente a excelência”. (James P. WOMACK, 1996)

“É reduzir continuamente as perdas em todas as áreas e de todas as formas”. (Francois, VILLIERS, 2006)

“Uma rede funcional de processos e operações”. (Shigeo SHINGO,1996)

Desse modo fica percebido que a Produção Enxuta objetiva o máximo do sistema produtivo, sendo este sistema fabril ou não, pois como observa o professor Osny Augusto Júnior, apesar deste sistema produtivo ter nascido na indústria, pode perfeitamente ser aplicado nos mais variadas áreas. Ainda segundo o professor, as principais áreas onde a Produção Enxuta é aplicada são:

  • Integração de Sistemas (Computer-Aided Lean Management);
  • Processos de construção (Lean Construction);
  • Manutenção (Lean Maintenance);
  • Serviços (Lean Services);
  • Escritórios e administração (Lean Office);
  • Desenvolvimento de softwares.

Referências:
COSTA JUNIOR, Eudes Luiz. Gestão em processos produtivos. Curitiba: Ibpex, 2008.
OSNY AUGUSTO JUNIOR. Estrutura e métricas seis sigma. Curitiba, 2010.


Quem é responsável por fazer o valor fluir
O mercado está cada vez mais exigente e nenhum gestor consciente e responsável quer pagar desperdícios. Podem até pagar atividades que não contribuem diretamente para gerar valor, mas desperdício, NÃO. Por isso, as metodologias que aumentam a produtividade e melhoram os processos produtivos, como o Lean, são cada vez mais exploradas. Para não pensar que se trata de uma filosofia "demasiado complexa", deixo-lhe os 5 Princípios Lean em linguagem simplificada. 

1. Identificar o Valor

Valor é quanto o cliente está disposto a pagar pelo seu produto acabado. Deve ter presente e de forma clara as necessidades do cliente e procurar fornecer o que os clientes desejam. Isto obriga a resistir ao impulso de produzir para stock e tentar convencer o cliente a comprar o que se produz em vez de produzir o que o cliente procura. O valor é criado por si, o produtor, mas deve ser definido pelo cliente final.

 2. Mapear a Cadeia de Valor

A cadeia de valor diz respeito a uma sequência de ações que compõe o processo produtivo e que agregam valor para o cliente. Mapear a cadeia de valor exige começar por identificar as etapas necessárias para criar um bem ou serviço, desde a sua conceção à entrega, distinguindo as atividades que efetivamente criam valor das que podem ser eliminadas.

Este mapeamento deve ter como objetivo melhorar os processos e manter o fluxo contínuo das atividades, ao mesmo tempo que permite identificar possíveis falhas. 

3. Criar o Fluxo de Valor

O produto deve fluir continuamente pelos processos sem interrupções, de forma simplificada e otimizada, a fim de equilibrar as etapas de produção. Um fluxo contínuo resulta na diminuição do tempo de produção, na eliminação da inatividade, tempo de espera e stock, bem como no envolvimento de todos os trabalhadores. O objetivo é desenvolver produtos ou serviços ao ritmo a que são pedidos pelo cliente, o que nos leva ao conceito de "Pull". 

4. Estabelecer o Pull (Puxar)

Um sistema de produção Pull baseia-se na procura por parte do mercado, ou seja, apenas é produzido aquilo que é requisitado.

Alinhar a produção com a demanda real, não produzindo até solicitação por parte do cliente permite-lhe obter uma cadeia de produção fluída e sem desperdícios, nivelar os processos, melhorar os tempos de entrega de produto acabado e satisfazer o cliente.

5. Buscar a Perfeição

Uma vez estabelecidos os princípios anteriores - o Valor, a Cadeia de Valor, o Fluxo Contínuo e o Sistema Pull - o ciclo fecha-se e é hora de começar tudo de novo, numa procura incessante pela perfeição, onde é criado o valor ideal com zero desperdícios.

Por esta altura, só as atividades que acrescentam valor é que estão presentes nos processos e todos devem ser capazes de identificar oportunidades de melhoria contínua e aplicar mudanças.

Para terminar, gostaria apenas de deixar uma última nota, que é talvez a mais importante de todas. O Lean é um estilo de vida e a sua implementação só dá frutos quando enraizada na cultura de uma organização.

Se procura aumentar a produtividade da sua empresa através das várias metodologias Lean, comece por partilhar os seus conhecimentos sobre esta Filosofia. E que melhor forma de o fazer senão através de um Guia Prático sobre Sistemas Lean Simples e de Baixo Custo?


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Quem é responsável por fazer o valor fluir
O mercado está cada vez mais exigente e nenhum gestor consciente e responsável quer pagar desperdícios. Podem até pagar atividades que não contribuem diretamente para gerar valor, mas desperdício, NÃO. Por isso, as metodologias que aumentam a produtividade e melhoram os processos produtivos, como o Lean, são cada vez mais exploradas. Para não pensar que se trata de uma filosofia "demasiado complexa", deixo-lhe os 5 Princípios Lean em linguagem simplificada. 

1. Identificar o Valor

Valor é quanto o cliente está disposto a pagar pelo seu produto acabado. Deve ter presente e de forma clara as necessidades do cliente e procurar fornecer o que os clientes desejam. Isto obriga a resistir ao impulso de produzir para stock e tentar convencer o cliente a comprar o que se produz em vez de produzir o que o cliente procura. O valor é criado por si, o produtor, mas deve ser definido pelo cliente final.

 2. Mapear a Cadeia de Valor

A cadeia de valor diz respeito a uma sequência de ações que compõe o processo produtivo e que agregam valor para o cliente. Mapear a cadeia de valor exige começar por identificar as etapas necessárias para criar um bem ou serviço, desde a sua conceção à entrega, distinguindo as atividades que efetivamente criam valor das que podem ser eliminadas.

Este mapeamento deve ter como objetivo melhorar os processos e manter o fluxo contínuo das atividades, ao mesmo tempo que permite identificar possíveis falhas. 

3. Criar o Fluxo de Valor

O produto deve fluir continuamente pelos processos sem interrupções, de forma simplificada e otimizada, a fim de equilibrar as etapas de produção. Um fluxo contínuo resulta na diminuição do tempo de produção, na eliminação da inatividade, tempo de espera e stock, bem como no envolvimento de todos os trabalhadores. O objetivo é desenvolver produtos ou serviços ao ritmo a que são pedidos pelo cliente, o que nos leva ao conceito de "Pull". 

4. Estabelecer o Pull (Puxar)

Um sistema de produção Pull baseia-se na procura por parte do mercado, ou seja, apenas é produzido aquilo que é requisitado.

Alinhar a produção com a demanda real, não produzindo até solicitação por parte do cliente permite-lhe obter uma cadeia de produção fluída e sem desperdícios, nivelar os processos, melhorar os tempos de entrega de produto acabado e satisfazer o cliente.

5. Buscar a Perfeição

Uma vez estabelecidos os princípios anteriores - o Valor, a Cadeia de Valor, o Fluxo Contínuo e o Sistema Pull - o ciclo fecha-se e é hora de começar tudo de novo, numa procura incessante pela perfeição, onde é criado o valor ideal com zero desperdícios.

Por esta altura, só as atividades que acrescentam valor é que estão presentes nos processos e todos devem ser capazes de identificar oportunidades de melhoria contínua e aplicar mudanças.

Para terminar, gostaria apenas de deixar uma última nota, que é talvez a mais importante de todas. O Lean é um estilo de vida e a sua implementação só dá frutos quando enraizada na cultura de uma organização.

Se procura aumentar a produtividade da sua empresa através das várias metodologias Lean, comece por partilhar os seus conhecimentos sobre esta Filosofia. E que melhor forma de o fazer senão através de um Guia Prático sobre Sistemas Lean Simples e de Baixo Custo?

Quem é responsável por fazer o valor fluir