Quatro necessidades da população que precisam ser atendidas pelos governantes

O correto seria que as administrações Públicas fizessem uma parceria com o setor privado no sentido de melhorar a qualidade dos serviços, ficando a cargo do setor público a fiscalização dos serviços.

Pode se definir serviço Público, como a atividade de prestação administrativa material, direta e imediatamente a cargo do Estado ou de seus delegados, posta concretamente à disposição de usuários determinados ou indeterminados, sob regime de direito público, em caráter obrigatório, igualitário e continuo, com vistas a satisfazer necessidades coletivas, sob titularidade do poder público.  O Estado não deve nem pode demitir-se da responsabilidade de assegurar e garantir direitos sociais: quando não executar, deve fomentar ou financiar diretamente a execução de serviços sociais necessários à coletividade, mas pode contar também com mecanismos de parceria ágeis para ampliar a sua capacidade de assegurar a efetiva fruição dos direitos sociais básicos. 

O Poder público deve celebrar parcerias com setor privados onde desoneram do desembolso imediato de recursos necessários à implementação de serviços e obras, mas obriga o acompanhamento e a fiscalização detalhada de todo o processo de prestação dos serviços e da execução da obra. 

Os serviços públicos prestados a população carente são de péssima qualidade basta verificar junto aos Postos do INSS hospitais públicos, justiça morosa, cadeias com superlotação, ou seja, no geral onde se precisa dos serviços públicos a prestação dos serviços deixa a desejar.  Os serviços devem ser terceirizados e os custos da mão de obra reduzidos ao mínimo com o uso da tecnologia da informação.  O correto seria que as administrações Públicas fizessem uma parceria com o setor privado no sentido de melhorar a qualidade dos serviços, ficando a cargo do setor público a fiscalização dos serviços. 

Não podemos culpar o funcionalismo público pela péssima prestação dos serviços tendo em vista que a maioria do funcionalismo não recebe seus salários a altura, a culpa está voltada ao péssimo gerenciamento por parte dos governantes, se estes repassassem ao setor público para amparar os mais carentes uma décima parte dos desperdícios gastos com cartões corporativos, mensalão, valerioduto e demais desperdícios que o governo não tem o controle certamente a população carente teria um serviço de boa qualidade. 

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Serviços públicos existem para suprir as necessidades da população e ainda contribuírem para o desenvolvimento econômico e social do país, com base na universalização do atendimento.

Uma vez que a prestação desses serviços se dá pelo trabalho de servidores, são eles os responsáveis por transformar em realidade as políticas públicas que beneficiam a população.

São trabalhadores dedicados, que enfrentaram árduos processos seletivos, e que já se habituaram a fazer mais pela população apesar das difíceis condições dadas pelos governos – como se submeter a trabalhar em horas extras que nunca serão pagas, muitas vezes usando o próprio salário para garantir produtos essenciais ao cumprimento de suas tarefas, defasagem salarial (em algumas esferas, servidores estão com salários completamente congelados há mais de 6 anos, porque não há obrigatoriedade de reajuste) e muitos outros problemas.

Além disso, como constroem carreiras sólidas, estão em constante aperfeiçoamento e vão se tornado cada vez mais especializados em suas funções.

Mas setores que pretendem lucrar sobre as necessidades da população tentam criar um senso comum e estereótipos para que a população pense que os servidores são os culpados quando o Estado não é eficiente.

Trata-se de uma imagem falsa e que desconsidera fatores muito mais complexos:

  • Ambientes de trabalho pouco salubres;
  • Burocracia excessiva e dispensável à execução de certas atividades;
  • Falta de estímulo dos gestores à contínua qualificação dos profissionais;
  • Precarização, obrigando servidores a usar recursos próprios para comprar básicos;
  • Quantidade de funcionários inferior às necessidades para cumprir com o volume de atividades.
  • Falta de pessoal para garantir melhor atendimento ao público

E esses são apenas alguns exemplos.

Mas geralmente, quando está insatisfeito, o cidadão comum não consegue chegar até os gestores ou até os governantes para apresentar sua reclamação, e acabam transferindo a responsabilidade para os servidores, que estão ali na ponta, fazendo o atendimento.

O problema é que os funcionários públicos não são aqueles que possuem condições políticas e econômicas para implementar as melhorias necessárias.

A demora no atendimento em hospitais públicos, as limitações que impedem o avanço na educação, a lentidão de processos no Judiciário, ou mesmo as falhas na segurança pública (só para citar exemplos comuns), são todos problemas causados pela falta de investimentos em patamares necessários para garantir serviços mais eficazes.

A solução para que os atendimentos sejam mais eficientes não está na culpabilização dos servidores, e sim no exercício da cidadania por toda a população, começando pela cobrança dos governantes, para que atendam às necessidades do povo e deixem de priorizar as camadas mais privilegiadas (que se beneficiam de isenções fiscais bilionárias, projetos de lei que aumentam seus lucros, sonegação etc).

Com a união entre população e funcionalismo será possível exigir do Poder Público o cumprimento de suas obrigações, sem que seja necessário ao Estado se desfazer de suas atribuições. Assim, teríamos políticas públicas mais abrangentes, com mais pessoas sendo atendidas e mais qualidade.

Por isso defenda o que é público. É para todos!

Quatro necessidades da população que precisam ser atendidas pelos governantes

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Quatro necessidades da população que precisam ser atendidas pelos governantes
A maioria dos brasileiros procura pelas unidades públicas quando apresenta algum problema de saúde. Pesquisa do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 71,1% da população foram a estabelecimentos públicos de saúde para serem atendidos. Deste total, 47,9% apontaram as Unidades Básicas de Saúde como sua principal porta de entrada aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados também apontam que as políticas públicas cumprem papel fundamental no acesso a medicamentos. Do total de entrevistados, 33,2% conseguiram pelo menos um dos medicamentos no SUS e 21,9%, por meio do Programa Farmácia Popular.

Na avaliação do perfil dos usuários da rede pública de saúde, o estudo mostra que os serviços chegam a quem mais precisa. A proporção de indivíduos que mais tiveram acesso a medicamentos nos serviços públicos sobe para 41,4% na população sem instrução ou com fundamental incompleto e para 36,7% entre os de cor parda. O mesmo acontece com o Programa Farmácia Popular, ou seja, quem mais utiliza este serviço são as pessoas de menor escolaridade. “O estudo destaca o papel do SUS na promoção da equidade e os resultados do esforço do governo federal em expandir os serviços a toda a população”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Depois das Unidades Básicas de Saúde, os serviços públicos mais procurados pela população são os de emergências, como as Unidades de Pronto Atendimento Público ou Emergência de Hospital Público (11,3%), seguidos pelos hospitais e serviços especializados: do total, 10,1% da população vão até um Hospital Público ou Ambulatório quando tem um problema de saúde e 1,8% vão aos Centros de Especialidades e Policlínicas Públicas. Os consultórios e clínicas particulares atraem 20,6% dos brasileiros e 4,9% buscam emergências privadas.

Os dados integram o segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) feita em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o país entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. O estudo é considerado o mais completo inquérito de saúde do Brasil e traz dados inéditos sobre vários aspectos, entre eles, acidente no trânsito, acesso aos serviços de saúde (atendimento e medicamentos) e violência. A pesquisa serve de base para que o Ministério da Saúde possa traçar suas políticas públicas para os próximos anos.

Durante o levantamento, foram coletadas informações sobre toda a família a partir de entrevistas com cerca de 205 mil indivíduos em domicílio, escolhidos por meio de sorteio entre os moradores da residência para responder ao questionário. Uma terceira fase da pesquisa trará informações resultadas dos exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial dos brasileiros.

EXPANSÃO DO SAÚDE DA FAMÍLIA – Os números também demonstram expansão na cobertura da estratégia Saúde da Família. Ao todo, 112,5 milhões de brasileiros, equivalente a 56,2% da população, estão cadastrados neste programa. Se compararmos com os resultados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/IBGE), realizada em 2008, a iniciativa atingia 96,5 milhões de pessoas. Comparando os dois estudos, em cinco anos, cerca de 16 milhões de pessoas passaram a ser atendidas pelo Saúde da Família.

Os dados da PNS mostram ainda que o serviço tem chegado principalmente às pessoas de menor escolaridade. Já no recorte por região, é o Nordeste (64,7%) quem mais conta com domicílios cadastrados no Saúde da Família e o Sul (56,2%) também registra índice acima da média nacional.

Essa expansão do Saúde da Família também é observada nos números do Ministério da Saúde. Entre 2010 e 2014, houve um crescimento de 19,8% do total de equipes, passando de 31.660 para 37.944 no período. Os investimentos federais na atenção básica mais que dobraram – crescimento de 106% nos últimos quatro anos, chegando a R$ 20 bilhões em 2014. Esta é uma área de atenção prioritária para o governo, uma vez que consegue resolver até 80% dos problemas de saúde sem necessidade de encaminhamento do paciente para um hospital ou unidade especializada, tornando a assistência em toda a rede mais eficiente.

AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO – Dos 30,7 milhões de pessoas que procuraram algum atendimento de saúde nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa, 97% conseguiram atendimento e 95,3% foram atendidos na primeira vez em que procuraram. Apenas 3% não conseguiram atendimento, 38,8% alegaram não ter médico atendendo, 32,7% não conseguiram vaga ou pegar senha.

Os dados mostram que 65,7% se internaram em hospitais por 24 horas ou mais nos doze meses anteriores à pesquisa e a última internação foi através do Sistema Único de Saúde. Desse total, 82,6% avaliaram o atendimento recebido no SUS como bom ou muito bom. O perfil de internação compõe-se majoritariamente por jovens de 0 a 17 anos de idade (75,2%) e pessoas de baixa escolaridade – 80,6% sem instrução ou com fundamental incompleto. Do total de entrevistados, 80,4% tiveram atendimento de urgência no domicílio, através do Sistema Único de Saúde, e a avaliação do atendimento foi boa ou muito boa.

Fonte: Patrícia de Paula/ Agência Saúde