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Martin Cooper é considerado o pai do celular O inventor Martin Cooper (1928) é um engenheiro visionário que foi o líder da equipe que criou o Dyna Tac, da Motorola, o primeiro aparelho relativamente portátil do mundo da telefonia. Leve, o celular pesava menos de um quilo, mais precisamente 793 gramas. Motorola Dyna TAC 8000X Em 1983, o mundo viu o primeiro celular: um Motorola Dyna TAC 8000X (foto). Os precursores dos celulares são os rádios comunicadores usados em aviões e barcos. ... Em 3 de abril de 1973, liderado por Martin Cooper, a Motorola apresentou e fez a primeira ligação de um telefone celular, com o DynaTAC 8000, que só chegou a ser comercializado em 1983. Este celular marcou a primeira geração. 1994: IBM Simon – a chegada do touch screen Por padrão de fábrica, era possível apenas acessar agenda de contatos, calendários, relógio, bloco de notas, e etc. Mas já era um importante avanço tecnológico naquele período. O primeiro celular com tela Touch Screen O pioneiro foi o IBM SIMON, considerado primeiro smartphone do mundo, lançado em 1995 pela empresa de comunicação e tecnologia IBM. Martin Cooper Eric TigerstedtW. Rae YoungDonald Cox Telefone celular/Inventores Vestígios de fundações de grandes cabanas ovais foram encontrados na França datados de 400 mil anos a.C. Uma delas tem vestígios do que pode ser uma lareira. O homo heidelbergensis, foi a espécie de humanos que viveu entre 8 mil a.C. na Europa, e poderia ter construído estes abrigos. IBM Simon Personal Communicator A primeira fabricante a trabalhar com esta inovação foi a IBM, que em 1994 colocou no mercado o IBM Simon Personal Communicator — conhecido apenas como IBM Simon. Vale dizer que o aparelho já era testado desde 1992, quando foi apresentado sob o nome de IBM Angler. Eric Johnson A tela sensível ao toque começou a ser criada na década de 1960 por Eric Johnson, engenheiro da Royal Radar Establishment, um centro de pesquisas do governo britânico. Na União Soviética, o primeiro celular foi desenvolvido em 1955 por Leonid Kupriyanovich. ... Em 3 de abril de 1973, liderado por Martin Cooper, a Motorola apresentou e fez a primeira ligação de um telefone celular, com o DynaTAC 8000, que só chegou a ser comercializado em 1983. Este celular marcou a primeira geração. Há quem se sinta nú sem ele, e que ache a morte ao ficar sem bateria. O fato é que os celulares são hoje um objeto de importância singular no mundo inteiro, seja para lazer ou trabalho. Mas você sabia que foram necessários mais de 50 anos para você ter esse aparelho em suas mãos? A tecnologia necessária para desenvolver o primeiro celular propriamente dito foi criada em 16 de outubro de 1956, e o telefone móvel com essa tecnologia em 3 de abril de 1973, mas muita coisa aconteceu antes desse lançamento. Nossa história começa em 1888, quando o físico alemão Heinrich Hertz (que dá nome a unidade de medida de frequência, Hertz) transmitiu pela primeira vez códigos sonoros pelo ar, o que possibilitou não somente o desenvolvimento dos rádio-transmissores, como também a primeira ligação telefônica intercontinental em 1914. 26 anos depois, em 1940, foi criado um sistema de comunicação à distância que possibilitava a mudança de canais de frequência, evitando, assim, que houvessem interceptações no sinal. Sete anos depois a empresa de tecnologia norte-americana Bell, que hoje faz parte da AT&T, se utilizou dessa tecnologia para desenvolver um sistema telefônico interligado por várias antenas, batizadas de "células", o que gerou o nome do aparelho. Em 1956 a Ericsson, então, resolveu unir todas as tecnologias desenvolvidas anteriormente e finalmente criar o celular, chamado de Ericsson MTA (Mobilie Telephony A). O aparelho só era móvel se fosse levado em um carro, porque pesava quase 40 quilos, e o custo de produção também não facilitava sua popularização. Alguns anos se passaram até que em abril de 1973 a Motorola, concorrente da Ericsson, lançasse o Motorola Dynatac 8000X, um verdadeiro celular portátil (para a época), com 25 cm de comprimento e 7 cm de largura, pesando “apenas” 1 quilo e com uma bateria que durava 20 minutos. O evento que marcou o lançamento foi a primeira chamada telefônica celular móvel, feita de uma rua em Nova Iorque pelo engenheiro eletrotécnico da Motorola, Martin Cooper, para seu concorrente, o engenheiro Joel Engel, da AT&T. A partir daí Cooper passou a ser considerado o pai do celular. Seis anos mais tarde os telefones celulares começam a funcionar no Japão e na Suécia. Nos EUA, apesar de ser o país sede da invenção, o funcionamento só começou em 1983, 10 anos depois de sua apresentação. No Brasil O primeiro celular lançado aqui no país, em 1990, foi o Motorola PT-550 (acima), vendido inicialmente no Rio de Janeiro e logo depois em São Paulo. O aparelho já era um pouco mais compacto. De seu lançamento até os dias atuais os celulares já passaram por cinco gerações, e já estão se encaminhando pra sexta. Conheça um pouco de cada uma delas: - A primeira geração, ou 1G, a fase analógica, dominou o mercado no início dos anos 1980; - A segunda geração, ou 2G, o início da era digital, desenvolvida no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, usava os sistemas CDMA e TDMA. Também é a geração dos chips, o chamado GSM; - A segunda geração e meia, ou 2,5G, uma versão melhorada da 2G, com melhor transmissão de dados; - A terceira geração, ou 3G, a atual geração de celulares em boa parte do mundo, operando desde o final dos anos 1990, possibilitou o acesso a internet entre outras funções digitais avançadas; - A terceira geração e meia (3,5G), assim como a 2,5G, é uma evolução da geração anterior, a 3G, com maior velocidade de conexão com a internet, o que a aproxima da velocidade da internet banda larga convencional; - E por fim a quarta geração (4G), atualmente em desenvolvimento. O que será que o “futuro” nos reserva? O extraordinário motivo que acelerou a invenção dos telefones celularesCrédito, Marty Cooper Legenda da foto, Cooper escolheu telefonar para os concorrentes em sua primeira chamada Poucas descobertas recentes mudaram tanto o nosso mundo como o telefone celular - pergunte aos donos dos 4,7 bilhões de aparelhos no planeta. É uma quantidade respeitável para um artigo que só foi ser utilizado pela primeira vez na história há cerca de meio século. A primeira chamada foi feita em 1973 em Nova York pelo engenheiro Martin Cooper, conhecido como o pai do telefone celular. "Para o público, parecia algo de ficção científica. Estávamos amarrados a um cabo em casa ou no escritório por cem anos", lembra Cooper, em entrevista à BBC. "No entanto, nós pensávamos que as pessoas eram fundamentalmente móveis e queriam estar conectadas em qualquer lugar que estivessem. Por isso precisaríamos criar um aparelho nunca feito antes... e tivemos que fazer isso em um prazo de três meses." Pule Talvez também te interesse e continue lendo
Fim do Talvez também te interesse Mudança profundaHá um boato de que foi um pequeno dispositivo portátil chamado "comunicador", utilizado por personagens da série Jornada nas Estrelas, que inspirou Cooper. Mas, na verdade, a primeira vez que ele se inspirou para criar um aparelho celular foi vendo um rádio pequeno usado no pulso do detetive Dick Tracy, da série de quadrinhos americanos. Crédito, Getty Images Legenda da foto, Dick Tracy era um detetive de quadrinhos que usava tecnologias contra o crime "Antes do celular, quando se fazia uma ligação, estávamos chamando um lugar. Agora, estamos chamando uma pessoa. E isso é uma mudança profunda." O protótipo do primeiro telefone portátil que Cooper e sua equipe apresentaram foi no hotel Hilton de Nova York, em abril de 1973. Ele era muito diferente e muito mais grosso do que o aparelho de Jornada das Estrelas ou o relógio futurista de Dick Tracy ou mesmo o celular em que você provavelmente está lendo esta reportagem. "Ele media 25 por cinco por dez centímetros e pesava mais de um quilo. Só se podia falar nele por 20 minutos antes do fim da bateria. As pessoas riem hoje mas na época era o que melhor podíamos fazer." A primeira vezCooper trabalhava para a empresa Motorola, que na época era uma pequena operadora do mercado americano de telecomunicações. "Dizíamos 'haverá um dia em que as pessoas receberão um número de telefone que poderão manter até o dia das suas mortes'. Sabíamos que no futuro todo mundo teria um telefone", diz ele. "O que nós não antecipamos é que o aparelho seria um supercomputador, uma câmera digital, com conexão na internet... nada disso existia em 1973." Crédito, Getty Images Legenda da foto, Cooper precisou enfrentar grandes lobistas para que o celular da Motorola fosse produzido Pule Podcast e continue lendo Podcast BBC Lê A equipe da BBC News Brasil lê para você algumas de suas melhores reportagens Episódios Fim do Podcast Foi no dia 3 de abril daquele ano que, na 6ª Avenida de Nova York, Cooper fez a primeira ligação. "Estávamos conversando com um jornalista de uma estação de rádio enquanto caminhávamos pela rua e eu realmente não tinha pensando em quem seria a primeira pessoa que eu ia chamar. Então, decidi ligar para Joel Engel, da AT&T." A AT&T era a gigante das telecomunicações nos Estados Unidos e no mundo na época. Os orçamentos da Motorola eram muito modestos em comparação. "Disquei o número dele e foi um milagre que ele próprio me respondeu. Eu o saudei e disse 'Sou Martin Cooper e estou ligando de um telefone celular: um telefone de bolso, portátil e pessoal'." Parecido, mas não igual A gigante AT&T também estava pensando no futuro dos telefones. Eles haviam sido pioneiros de uma nova tecnologia, a tecnologia celular, que transmite ligações por meio de uma rede de células usando frequências de rádio. Até então, o telefone precisava estar conectado por um cabo. Mas essa tecnologia celular permitia que os telefones fossem móveis. A ideia da AT&T era colocar mais telefones em carros, que eles achavam que seria o futuro da indústria, e não nas mãos das pessoas. Crédito, Getty Images Legenda da foto, A AT&T imaginava que carros seriam o principal uso do telefone celular Foram esses jovens inventores da Motorola que mostraram à AT&T que eles estavam equivocados. "A visão deles era ter cabos conectados em carros, mas para nós a ideia de companhias telefônicas amarrando cabos em nossos carros não fazia o menor sentido", diz Cooper. Davi e GoliasCooper e sua equipe sabiam que a AT&T estava pressionando a Comissão Federal de Comunicações, que regula as ondas aéreas nos Estados Unidos, para lhes outorgar direitos exclusivos no espectro de rádio necessário para se colocar telefones móveis em milhões de automóveis, utilizando a tecnologia celular. A Motorola sabia que se a AT&T ganhasse esse monopólio, a empresa perderia todas as possibilidades de usar a rede para o seu aparelho portátil. "A AT&T era a maior empresa do mundo. Eles tinham dois lobistas em Washington para cada pessoa da comissão federal fazendo lobby a seu favor", diz. Crédito, Getty Images Legenda da foto, Em 2009, Cooper recebeu o Prêmio Príncipe de Astúrias do príncipe Felipe da Espanha Foi uma luta de Davi contra Golias. Cooper percebeu que para a Motorola ter qualquer chance de convencer a comissão ele precisaria de algo espetacular. Teria que mostrar a eles como seria o futuro. Teria que mostrar um telefone celular. "Havia 20 pessoas criando o telefone em si, e elas trabalhavam dia e noite. Mas perceba também que nós tínhamos que construir as estações de rádio e as células, com outras 20 a 30 pessoas encarregadas disso, enquanto nós preparávamos a apresentação em Nova York." Ele só tinha três meses para conseguir. A administração da Motorola deu respaldo e dinheiro a eles, mas o desafio era enorme. Brincadeira para ricosQuando Cooper foi fazer a grande revelação para a imprensa, ele levou dois protótipos, caso um tivesse algum problema. Não houve a presença muito grande da imprensa - apenas algo entre 15 a 20 jornalistas. Crédito, Getty Images Legenda da foto, Os primeiros aparelhos eram considerados um 'brinquedo para ricos' "Certamente não nos deram muita atenção. Mas depois que fizemos a apresentação começaram a aparecer reportagens sobre um telefone com o qual se poderia falar de qualquer parte do mundo", lembra o engenheiro. "Havia uma jornalista australiana que perguntou se ela poderia ligar para sua mãe na Austrália, e nós respondemos: 'é claro', enquanto cruzamos os dedos, torcendo para dar certo. Quando a ligação funcionou, ela ficou encantada", conta. Ainda assim, foram necessários muitos anos - e até a intervenção do presidente americano Ronald Reagan (1981-1989) - para que os reguladores federais garantissem à Motorola acesso às frequências de rádio. Foi apenas em 1983 que a Motorola pode lançar seu primeiro telefone celular comercialmente. "A maioria das pessoas pensava que não poderia se dar ao luxo de ter um aparelho desses. Ele custava mais de US$ 4 mil e o serviço era extraordinariamente caro. No começo realmente era um brinquedo para ricos." Um sonhador que segue sonhandoO aparelho que recebeu o apelido de "telefone sapato" virou um ícone. "Eu batizei ele de DynaTAC, abreviação de DYNamic Adaptive Total Area Coverage (cobertura dinâmica adaptativa de área total, em tradução livre)", diz Cooper. Crédito, Getty Images Legenda da foto, O CEO daMotorola Inc., Ed Zander, chegou a fazer uma brincadeira com o DynaTAC 8000, em um evento em 2007 "O que o DynaTAC representava era o meu sonho de que o melhor telefone seria: um que pudesse ser usado sem importar onde a pessoa estivesse, que se adaptaria ao entorno e que permitiria conversar com outras pessoas como se não houvesse distância." "Ainda não conseguimos tudo isso, mas estamos bem perto de conseguir. Ser sonhador tem as suas vantagens." Cooper só percebeu a dimensão da mudança que sua invenção gerou anos depois "quando saíram no mercado outros modelos concorrentes, quando havia pessoas fazendo filas para comprá-los, quando vi que no Terceiro Mundo havia mais telefones móveis do que fixos". "Foi então que tivemos certeza de que tínhamos razão", diz. Quando perguntado sobre quanto ganhou com a invenção, ele responde que "em termos de satisfação, muitíssimo" mas em termos de dinheiro "nem tanto". "Quando comecei a trabalhar na Motorola, assinei um documento dizendo que todas as minhas criações eram propriedade da empresa, e por elas, eles me pagavam um dólar", conta Cooper. "Foi o melhor negócio que já fiz. A Motorola me tratou muito bem e o mundo tem sido muito legal comigo", disse ele ao programa BBC Click. Um mundo melhorDepois de tantos anos, quando hoje os telefones parecem conseguir fazer qualquer coisa, ainda há aspectos fundamentais da invenção que não saíram do papel. "A ênfase da indústria é em vender a novidade, mas ainda não temos uma cobertura sólida. Quando você não consegue fazer uma chamada, quando não consegue conexão, é porque se esgotou a capacidade do sistema", ele lamenta. "Existe tecnologia para incrementar esta capacidade e para solucionar esse problema e incidentalmente essa tecnologia até pouparia dinheiro, mas a ênfase segue sendo na novidade." Legenda da foto, Cooper segue trabalhando e sonhando com novas tecnologias Com mais de 90 anos de idade ele segue trabalhando e inventando em sua casa, na Califórnia. Ele sonha em criar um telefone pequeno o suficiente para ser levado apenas na orelha. E outro que examine a saúde do usuário, para entender irregularidades que se formam antes de elas virarem doenças. "Te dou um exemplo: uma das principais causas de morte no Ocidente é insuficiência cardíaca. E sabemos como antecipá-la, pois isso implica que a pessoa está acumulando fluidos nos pulmões." "Já existe uma forma de monitorar o nível dos fluidos nos pulmões e que se comunica com o telefone, de tal forma que é possível receber um alerta 6 horas antes de haver um ataque cardíaco, para que a pessoa tome um remédio e o evite." "Agora imagine isso com muitas outras doenças", diz Cooper, nos convidando a imaginar um mundo melhor. Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal! Pule YouTube post, 1Legenda do vídeo, Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade Final de YouTube post, 1 Pule YouTube post, 2Legenda do vídeo, Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade Final de YouTube post, 2 Pule YouTube post, 3Legenda do vídeo, Alerta: Conteúdo de terceiros pode conter publicidade Final de YouTube post, 3 |