Por que as arvores do cerrado sao tortas

Geografia

REVISTA CH 246 :: MARÇO DE 2008 :: O LEITOR PERGUNTAPergunta de Élquer Rodrigues Almeida da Silveira, por correio eletrônico

O formato tortuoso das árvores do cerrado se deve a uma combinação de fatores (foto: Felipe Horst).A vegetação do cerrado é influenciada pelas características do solo e do clima, bem como pela freqüência de incêndios. O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna tóxico para plantas não adaptadas. A hipótese do escleromorfismo oligotrófico defende que a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e à tortuosidade da vegetação.Além disso, a variação do clima nas diferentes estações (sazonalidade) tem efeito sobre a quantidade de nutrientes e o nível tóxico do solo. Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas.Já outra hipótese propõe que o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de incêndios. Após a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de células que dão origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento.Quando a freqüência de incêndios é muito elevada, a parte aérea (galhos e folhas) do vegetal pode não se desenvolver e ele se torna uma planta anã. Pode-se dizer, então, que a combinação da sazonalidade, deficiência nutricional dos solos e ocorrência de incêndios determina as características da vegetação do cerrado.André Stella e Isabel FigueiredoPrograma de Pequenos Projetos Ecossociais,Instituto Sociedade, População e Natureza



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     O solo, o clima e o fogo, influenciam na vegetação do Cerrado. O excesso de alumínio e a alta acidez do solo diminuem a disponibilidade de nutrientes às plantas, tornando-o tóxico para plantas não adaptadas.  Com a baixa fertilidade e a elevada toxicidade do solo propicia assim a tortuosidade da vegetação e nanismo. Quando a frequência do fogo e queimadas ocorre em grande escala, a parte aérea da planta pode não se desenvolver, tornando-se uma planta anã.

     O clima com duas estações bem marcadas (sazonalidade) tem efeito sobre a disponibilidade de nutrientes e a toxicidade do solo. A baixa umidade e a pouca oferta de nutrientes, influencia no crescimento das plantas.  Sendo assim, a combinação da sazonalidade climática, deficiência nutricional dos solos e ocorrência do fogo determinam as características da vegetação do Cerrado.

Grupo: Gabriela Cunha, Márcia Lopes, Marilu Paulino, Priscila Ferreira, Thayane Bueno

A vegetação do Cerrado é influenciada pelas características de solo, clima e fogo. O excesso de alumínio e a alta acidez do solo diminuem a disponibilidade de nutrientes às plantas, tornando-o tóxico para plantas não adaptadas.  A baixa fertilidade e a elevada toxicidade do solo são associadas ao nanismo e a tortuosidade da vegetação (hipótese do oligomorfismo distrófico). O clima, marcado por duas estações – uma chuvosa e outra com estiagem prolongada – também influencia a vegetação, determinando ambientes mais e menos favoráveis para a ocorrência de determinadas espécies de plantas. O clima com duas estações bem marcadas (sazonalidade) tem efeito sobre a disponibilidade de nutrientes e a toxicidade do solo. Com baixa umidade, o solo se tornar mais ácido e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas. Então, a combinação da sazonalidade climática, deficiência nutricional dos solos e ocorrência do fogo determinam as características da vegetação do Cerrado.

Após a passagem do fogo, os tecidos vegetais mais tenros, como folhas e gemas (tecidos de crescimento das plantas), sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos ramos e galhos são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais do galho, quebrando a linearidade do crescimento. Quando a freqüência do fogo é muito elevada, com queimadas freqüentes, a parte aérea da planta pode não se desenvolver, tornando-se uma planta anã.

O clima, marcado por duas estações – uma chuvosa e outra com estiagem prolongada – também influencia a vegetação, determinando ambientes mais e menos favoráveis para a ocorrência de determinadas espécies de plantas. O clima com duas estações bem marcadas (sazonalidade) tem efeito sobre a disponibilidade de nutrientes e a toxicidade do solo. Com baixa umidade, o solo se tornar mais ácido e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas. Então, a combinação da sazonalidade climática, deficiência nutricional dos solos e ocorrência do fogo determinam as características da vegetação do Cerrado.

Por Isabel Figueiredo – (Ecóloga) e André Stella – (Engenheiro Florestal).

Fonte: ISPN – Instituto Sociedade, População e Natureza.

O formato tortuoso das árvores do cerrado se deve a uma combinação de fatores (foto: Felipe Horst).

A vegetação do cerrado é influenciada pelas características do solo e do clima, bem como pela freqüência de incêndios. O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna tóxico para plantas não adaptadas. A hipótese do escleromorfismo oligotrófico defende que a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e à tortuosidade da vegetação.

Além disso, a variação do clima nas diferentes estações (sazonalidade) tem efeito sobre a quantidade de nutrientes e o nível tóxico do solo. Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas.

Já outra hipótese propõe que o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de incêndios. Após a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de células que dão origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento.

Quando a freqüência de incêndios é muito elevada, a parte aérea (galhos e folhas) do vegetal pode não se desenvolver e ele se torna uma planta anã. Pode-se dizer, então, que a combinação da sazonalidade, deficiência nutricional dos solos e ocorrência de incêndios determina as características da vegetação do cerrado.

André Stella e Isabel Figueiredo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais,

Instituto Sociedade, População e Natureza

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