O segundo reinado foi a fase da história do país que sucedeu qual período

2 — Qual foi o episódio que marcou o início do Segundo Reinado?

a) Golpe da Minoridade. b) Golpe da Terceira Idade. c) Golpe da Maioridade.

d) Golpe do Segundo Reinado.

3 — O Segundo Reinado foi caracterizado pela:

a) Abolição gradual da escravidão; relativa paz entre as províncias; Guerra do Paraguai (1864–1870). b) Abolição gradual da escravidão; conflitos entre as províncias; Guerra do Paraguai (1864–1870). c) Abolição gradual da escravidão; relativa paz entre as províncias; Guerra da Tríplice Aliança (1864–1870).

d) Manutenção da escravidão; fase de guerras entre as províncias; Guerra do Paraguai (1864–1870).

4 – Dom Pedro II assumiu o trono do Brasil com quantos anos?

a) 11 anos. b) 12 anos. c) 13 anos.

d) 14 anos.

5 — (UFMG 2009) – O Reinado de D. Pedro II foi marcado por ações que demonstravam o interesse da Monarquia em estimular o crescimento intelectual da nação. Considerando-se essa informação e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que, entre as principais ações nesse sentido, se destaca:

a) a criação de instituições de ensino – como a Escola de Minas de Ouro Preto, que, embora voltada à formação das elites, cumpriu importante função na pesquisa e na prospecção de minerais. b) a fundação do Museu da Inconfidência – um museu-escola –, que representou um ato de reparação aos mineiros pela perda, no processo de devassa da Inconfidência Mineira, de seus ilustres intelectuais. c) o financiamento da vinda da Missão Artística Francesa, que se propôs a estimular e ensinar as mais diversas formas de expressão artística a artistas brasileiros.

d) o resgate e proteção do Barroco Mineiro – e, consequentemente, de Aleijadinho, seu principal representante como forma de valorização da produção cultural brasileira.

6 — (Mackenzie) – Em relação ao Segundo Reinado e à economia cafeeira, é incorreto afirmar que:

a) o cultivo do café tornou-se o estabilizador da economia do império, reforçando o sistema de dominação dos senhores rurais. b) a decretação do Bill Aberdeen ampliou o mercado consumidor de café no Oeste Paulista e região do Vale do Paraíba, consolidando o escravismo. c) de 1830 a 1880, quase toda a energia econômica voltou-se para o cultivo do café, que se expandia consideravelmente. d) as estradas de ferro foram aparecendo em decorrência do aumento das regiões cultivadas e da necessidade de solucionar a questão dos transportes.

e) a solução para a falta de mão de obra cafeeira após 1850 apoiou-se no incentivo à imigração, cujas primeiras iniciativas estavam ligadas à firma Vergueiro&Cia.

7 — O crescimento da produção de café, durante o Segundo Reinado, contribuiu profundamente para a expansão econômica do país, que se tornou:

a) o maior comprador de grãos de café do mundo. b) o país que mais devia o Fundo Monetário Internacional (FMI) do mundo. c) o maior exportador de café do mundo.

d) o maior responsável pelo fornecimento do café que era colhido por meio do trabalho escravo dos indígenas.

8 — O Segundo Reinado foi um período que vivenciou um profundo investimento na produção cafeeira no país, fato que possibilitou o investimento em transportes, facilitando o escoamento do produto. Sendo assim:

a) houve a expansão das ferrovias que viabilizaram o crescimento e surgimento de novas cidades e o desenvolvimento do comércio e da indústria no Brasil. b) houve a expansão das linhas de ônibus, que facilitou o transporte não somente dos produtos, mas dos trabalhadores. c) houve a expansão das ferrovias que viabilizaram o crescimento e surgimento de novas fazendas e o desenvolvimento do comércio e da indústria no Brasil.

d) houve a expansão da quantidade de navios nos portos nacionais, fato que contribuiu para o fortalecimento das relações do país com outras nações do mundo.

9 — (IFSP) – A partir da segunda metade do século XIX, o Brasil viu surgir gradativamente o declínio da mão de obra escrava e a introdução da mão de obra livre do imigrante, que se dirigiu à lavoura cafeeira.

Sobre a relação café – mão de obra, assinale a alternativa correta.

a) o café prosperou na Bahia, que já se destacava com o fumo e o cacau; a mão de obra utilizada era a do imigrante espanhol que logo se adaptou ao calor e costumes baianos, sendo assalariado. b) a lavoura cafeeira se estendeu do norte do Paraná até o oeste de Santa Catarina, sendo os alemães e poloneses trazidos da Europa para trabalharem como meeiros ou terceiros. c) o café se instalou desde o Pará até São Paulo. Foi o responsável pela chegada dos japoneses, que tiveram muita dificuldade de adaptação (dada a diferença da língua e dos costumes), logo superadas. São eles, os responsáveis pela instalação de sítios e chácaras no Brasil. d) o café, produzido em latifúndios, se estendeu por todo o litoral brasileiro; a mão de obra escrava era responsável pelo plantio e a imigrante, alemã e italiana, pela secagem e descascagem, havendo harmonia no convívio entre os trabalhadores e os patrões.

e) a lavoura cafeeira, por se adaptar melhor às áreas temperadas, encontrou na zona da Mata (MG) e na província de São Paulo as condições ideais. Na região do Vale do Paraíba, a produção ocorreu de maneira tradicional, sendo utilizada a mão de obra escrava. Estendendo-se para o interior paulista, a mão de obra do imigrante italiano substituiu a escrava, inicialmente através da parceria e, depois, através do sistema de colonato.

10 — _______________ foi um dos fatos que marcaram o Segundo Reinado. Composto por republicanos e monarquistas, seus integrantes eram comerciantes, profissionais liberais, estudantes, escravos e ex-escravos.

O principal objetivo dessa organização era acabar com a escravidão. Afirmavam que o trabalho livre estimularia a produtividade e que o fim do comércio de escravos proporcionaria investimentos em outros âmbitos.

a) O movimento escravocrata b) O movimento antiescravismo c) O movimento liberal

d) O movimento abolicionista

Gabarito

1 — B 2 — C 3 — A 4 — D

5 — A

6 — B 7 — C 8 — A 9 — E

10 — D

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Durante o Segundo Reinado, o Brasil foi governado por D. Pedro II. Uma série de mudanças aconteceu nesse período tanto na economia quanto na política brasileira.

O Segundo Reinado foi o período da história brasileira em que o Brasil foi governado por Dom Pedro II. Esse período iniciou-se com o Golpe da Maioridade, de 1840, que antecipou a maioridade de D. Pedro II, permitindo-o assumir o trono com apenas 14 anos. D. Pedro II governou o Brasil até 1889 e, em seu reinado, diversas mudanças aconteceram no país.

Golpe da Maioridade e os primeiros anos de D. Pedro II

A ascensão de Dom Pedro II ao trono brasileiro aconteceu oficialmente em 1840, a partir do Golpe da Maioridade, encabeçado pelos políticos liberais. O Golpe da Maioridade consistiu basicamente em uma manobra política para permitir que D. Pedro II assumisse o trono brasileiro com apenas 14 anos (a lei brasileira só permitia com 18 anos), dando início ao Segundo Reinado.

O Segundo Reinado estendeu-se de 1840 até 1889 e pode ser organizado nas seguintes fases:

  • Consolidação (1840-1850): nesse período, D. Pedro II estava consolidando-se no poder e conciliando as disputas entre os grupos políticos no Brasil;

  • Auge (1850-1870): nesse período, D. Pedro II estava consolidado no poder como uma figura amplamente respeitada e as disputas políticas estavam sob controle;

  • Declínio (1870-1889): esse período iniciou-se a partir da Guerra do Paraguai, na qual a figura de D. Pedro II perdeu parte de seu prestígio, e movimentos de contestação à monarquia surgiram no Brasil.

Nos primeiros dez anos de seu reinado, o imperador tratou de consolidar sua posição no poder e conter as disputas políticas existentes entre liberais e conservadores. Uma das medidas mais importantes tomadas por D. Pedro II foi a imposição de um modelo conhecido por parlamentarismo às avessas.

Nesse modelo, D. Pedro II nomeava os membros do gabinete ministerial de acordo com o poder que lhe era atribuído pelo Poder Moderador. No entanto, caso a Câmara dos Deputados não estivesse alinhada com seus interesses, D. Pedro II dissolvia-a e convocava novas eleições para que uma nova Câmara fosse composta com membros que defendessem os interesses do imperador. Além disso, foi colocada em prática uma política de revezamento, que alternava liberais e conservadores no poder.

Mudanças no Brasil

O Segundo Reinado foi um período marcado por intensas disputas políticas entre grupos que possuíam diferentes interesses. Uma dessas disputas aconteceu entre aqueles que defendiam o fim do trabalho escravo – os abolicionistas – e aqueles que defendiam sua manutenção – os escravistas. No entanto, a questão do fim do trabalho escravo era antiga no Brasil e remontava ainda ao período do Primeiro Reinado.

Desde o Primeiro Reinado, o governo brasileiro adiava a tomada de ações contra o tráfico negreiro, que trazia escravos da África para o Brasil. Essa postura indolente do Brasil foi abandonada por causa das pressões feitas pela Inglaterra, sobretudo a partir do Bill Aberdeen. O resultado disso foi a aprovação da Lei Eusébio de Queirós.

A Lei Eusébio de Queirós decretou a proibição do tráfico negreiro no Brasil a partir de 1850, resultando no fim desse comércio no Brasil de maneira concreta. A partir daí, a mão de obra escrava no Brasil tornou-se mais rara e, portanto, mais cara. Uma das formas encontradas pelos escravistas produtores de café foi realizar a compra de escravos da região Nordeste.

Ao longo da segunda metade do século XIX, a queda de braços entre abolicionistas e escravistas levou ao decreto de algumas leis que faziam uma transição gradual e lenta para o fim oficial da escravidão, como a Lei do Ventre Livre (1870) e a Lei dos Sexagenários (1884). A abolição do trabalho escravo no Brasil consolidou-se em 1888 com a Lei Áurea.

No campo econômico, um novo produto estabeleceu-se como principal artigo econômico do Brasil: o café. O cultivo do café prosperou inicialmente na região do Vale do Paraíba fluminense e paulista. Com o sucesso dessa atividade no Brasil, as áreas produtoras de café expandiram-se para a região do Oeste Paulista, que também prosperou rapidamente.

Os cafeicultores e a alta demanda por mão de obra para trabalhar nas fazendas de café foram essenciais para o aumento do fluxo de imigrantes no Brasil, sobretudo na década de 1880, quando a escravidão estava em crise aguda. Em geral, os imigrantes vieram de regiões como Itália, Portugal, Espanha, Alemanha, Japão etc.

Guerra do Paraguai

Um divisor de águas na história do Segundo Reinado foi a Guerra do Paraguai, que ocorreu de dezembro de 1864 a março de 1870. Esse conflito foi causado pelo choque de interesses entre Brasil, Argentina e Uruguai com o governo Paraguai e foi iniciado a partir de dois atos de agressão realizados pelo Paraguai: aprisionamento da embarcação Marquês de Olinda e invasão da província do Mato Grosso.

O Brasil saiu vitorioso após cinco anos de conflito, mas amargou impactos negativos, sobretudo na economia. O Brasil teve aproximadamente 50 mil mortos, e a posição de Dom Pedro II saiu enfraquecida. A partir daí, o exército e o movimento republicano ganharam forças nos quadros políticos do Brasil.

Proclamação da República

O enfraquecimento da monarquia consolidou-se a partir de três rupturas que aconteceram a partir da década de 1870: 1) a Questão Religiosa, que marcou o afastamento entre Igreja Católica e Estado; 2) a Questão Militar, que marcou o afastamento do Exército e do Estado em virtude de demandas não atendidas; 3) e, finalmente, a Questão Escravocrata, que marcou o afastamento dos escravistas e do Estado.

Além dos defensores do republicanismo, o Exército foi o grande articulador do fim da monarquia no Brasil. A influência dos ideais positivistas e a insatisfação com a baixa valorização da corporação – segundo alegavam na época – foram os grandes motivos que os levaram a conspirar contra a monarquia.

Em 11 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca foi convencido por um grupo encabeçado por Quintino Bocaiuva para que liderasse um golpe contra o gabinete ministerial. Esse golpe foi liderado pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca no dia 15 de novembro de 1889, e a Proclamação da República foi realizada de fato no mesmo dia por José do Patrocínio. Dois dias depois, D. Pedro II exilou-se na Europa.

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*Créditos da imagem: Georgios Kollidas e Shutterstock


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