O que são conjunção comparativas e consecutiva

Você sabe o que é conjunção? Não? Então você veio ao lugar certo.

Vamos aprender neste artigo o que é conjunção, bem como as suas diferentes classificações.

O que são conjunção comparativas e consecutiva
O que são conjunção comparativas e consecutiva
O que é conjunção? Entenda o conceito e as suas classificações

Conjunção é um conector, o qual liga termos, orações ou parágrafos, de modo a permitir uma conexão lógica entre eles.

Exemplos:

Eu e ela vamos ao cinema. / O estudo é muito importante, mas a mente precisa descansar.

Perceba que, na primeira frase, a conjunção “e” está ligando os pronomes “Eu” e “ela”.

Por sua vez, na segunda frase, a conjunção “mas” está conectando duas orações.

As conjunções são divididas em coordenativas e subordinativas.

O que são conjunções coordenativas?

As conjunções coordenativas ligam orações coordenadas, ou seja, orações independentes, as quais possuem, individualmente, sentido completo.

Um exemplo é a frase citada anteriormente:

O estudo é muito importante, mas a mente precisa descansar.

Perceba que a conjunção “mas” liga duas orações independentes, ou seja, orações que, por si sós, estão completas, sem depender do sentido da outra oração. Desse modo, mesmo se a conjunção for retirada, ainda assim teríamos duas orações com sentido completo.

Há 5 tipos de conjunções coordenativas, a saber: conjunções aditivas, adversativas, alternativas, explicativas e conclusivas.

Conjunção Coordenativa Aditiva

Como o próprio nome já diz, as conjunções coordenativas aditivas ligam termos ou orações, com sentido de adição.

As principais conjunções coordenativas aditivas são: e, nem, mas também, bem como, mas ainda.

Exemplos:

Eu fui à academia e depois estudei.

O concurseiro não leu o conteúdo e nem resolveu questões.

Fui não apenas ao consultório, mas também ao laboratório.

Conjunção Coordenativa Adversativa

Esse tipo de conjunção liga termos ou orações com sentido de oposição, contraste, há a quebra de expectativa.

As principais conjunções coordenativas adversativas são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, e.

Exemplos:

Eu fui à loja, mas não comprei nada.

Ela estudou bastante, porém foi mal na prova.

Choveu muito, contudo não alagou a minha casa.

Conjunção Coordenativa Alternativa

Conectam termos ou orações com sentido de alternância ou de exclusão/escolha.

As principais conjunções coordenativas são: ou, ou…ou, ora…ora, quer…quer, seja…seja.

Exemplos:

Ora fico feliz ora triste.

Ou você estuda ou mexe no celular. Os dois não dá!

Conjunção Coordenativa Conclusiva

Conectam termos ou orações com sentido de conclusão ou consequência.

As principais conjunções desta classificação são: logo, então, portanto, assim, por isso, por conseguinte, destarte, e, pois (quando está deslocado, e virá entre vírgulas).

Estudei bastante, logo serei aprovado.

Estou indo embora, por isso quero que me dê um abraço.

Quase não estudei, não fui, pois, aprovado.

NÃO CONFUNDA: A conjunção “e” pode ser:

  • Aditiva: Eu fui à academia e depois estudei.
  • Adversativa: Tentei ir à aula e (mas) a chuva não deixou.
  • Conclusiva: Estudou e (por isso) passou na prova.

Conjunção Coordenativa Explicativa

Essas conjunções conectam termos ou orações com sentido de explicação, justificativa.

Esta classificação engloba as seguintes conjunções: que, porque, porquanto (sinônimo de porque), pois (se vier no início da oração).

Corra, pois o cão está vindo.

Não fui bem na prova porque não dormi bem.

Não irei à festa, porquanto estou sem dinheiro.

PARA FIXAR:

Pois conclusivo: vem após o verbo, deslocado entre vírgulas. Ex: Quase não estudei, não fui, pois, aprovado.

Pois explicativo: inicia uma oração, justificando a outra: Ex: Corra, pois o cão está vindo.

As conjunções subordinativas são aquelas que conectam orações subordinadas, ou seja, ligam orações que não são autônomas, as quais dependem sintaticamente uma da outra.

As conjunções subordinativas podem ser integrantes ou adverbiais.

As conjunções integrantes indicam que a oração subordinada que elas iniciam complementa o sentido da oração principal.

Compõe este tipo de conjunção os vocábulos “que” e “se”.

Elas são responsáveis por introduzirem orações substantivas, sendo aquelas que podem ser substituídas por “isto/disto”, além de desempenharem funções sintáticas típicas dos substantivos, como sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.

Exemplo:

Apenas quero que você vá embora (Apenas quero isto).

Eles não sabiam se os pais viriam (Eles não sabiam isto).

Vamos agora aprender o principal tópico das conjunções subordinativas.

As conjunções subordinativas adverbiais introduzem as chamadas orações subordinadas adverbiais, sendo responsáveis por propiciar uma relação semântica de circunstância, de forma semelhante a um advérbio.

Elas podem ser temporais, causais, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais, comparativas e consecutivas.

Estas conjunções introduzem uma oração subordinada que traz uma noção de tempo em relação à oração principal.

Essas conjunções são representadas por: quando, enquanto, desde que, toda vez que, sempre que, logo que, assim que.

Assim que eu cheguei, ele foi embora.

Quando eu for em Salvador, eu irei à praia.

Enquanto eu lia o meu livro, meu irmão jogava xadrez.

Elas introduzem uma oração subordinada que traz a causa do fato da oração principal.

São formadas por: porque, que, já que, uma vez que, como (com sentido de porque), pois que, visto que, na medida em que, porquanto.

Ele não saiu hoje porque estava chovendo.

Ele não quer ir à escola hoje, já que está doente.

Elas introduzem uma oração subordinada que é oposta/contrária à oração principal, mas sem impedir a sua realização. Há uma quebra de expectativa. Nessas orações, o verbo estará no subjuntivo.

As principais conjunções subordinativas adverbiais concessivas são: embora, apesar de que, conquanto (sinônimo de embora), mesmo que, ainda que, por mais que, posto que, se bem que, não obstante, malgrado.

Embora seja inteligente, não passou no concurso.

Ainda que fosse médico, não sabia fazer a cirurgia.

Por mais que estudasse, não sabia fazer um cálculo.

Essas conjunções indicam que um fato ou ação se desenvolve de acordo com outro.

As conjunções subordinativas adverbiais conformativas são: como, segundo, conforme, consoante.

Exemplos:

Segundo o livro, isto não é verdade.

Conforme disse o meu vizinho, não houve nenhum problema aqui.

Introduzem uma relação de proporcionalidade com a oração principal.

As conjunções subordinativas adverbiais proporcionais são: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais…mais.

À medida que eu estudo, fico mais perto da minha aprovação.

Quanto mais eu estudo, mais eu aprendo.

NÃO CONFUNDA: Não confunda a conjunção proporcional “à medida que” com a conjunção causal “na medida em que”.

As conjunções comparativas introduzem uma oração que traz uma comparação em relação à oração principal.

São elas: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, menos.

Eu corri como o Usain Bolt (corre).

Eu estudei mais que o meu irmão (estudou).

NÃO CONFUNDA: A conjunção “como” pode ser comparativa (Eu corri como o Usain Bolt), conformativa (Como disse o professor, eu não tenho conhecimento suficiente), ou causal (Como você não veio, não irá receber o dinheiro).

Estas conjunções introduzem orações subordinadas que indicam finalidade, propósito, objetivo.

As principais conjunções subordinativas adverbiais finais são: que, para que, a fim de que, do modo que, de sorte que, porque (quando igual ‘para que’).

Eu tento te ensinar todos os dias a fim de que passe em concurso público.

Dirijo bem para que chegue seguro ao seu destino.

Limpei as suas janelas de modo que enxergue bem o movimento da rua.

Elas indicam uma hipótese ou condição para a ocorrência da oração principal. São geralmente empregadas como o tempo verbal do subjuntivo, o qual traz valor hipotético.

As conjunções subordinativas adverbiais condicionais são representadas por: se, caso, quando, salvo se, desde que, contanto que, a menos que, sem que, a não ser que.

Exemplos:

Se eu tiver tempo, eu irei à festa.

A menos que eu seja convidado, não irei.

NÃO CONFUNDA: A conjunção “desde que” pode ser tanto temporal (Desde que eu fui embora, não a vi mais) quanto condicional (Irei à festa, desde que eu consiga dinheiro).

Elas introduzem uma oração subordinada que é consequência do fato da oração principal.

As principais conjunções são: de modo que, de maneira que, sem que (com sentido de que não), de sorte que, de forma que, que (quando aparece ligada a tal, tão, cada, tanto, tamanho).

Estudei tanto que passei no concurso.

Choveu o dia inteiro de maneira que não irei mais ao passeio.

Finalizando

Bom, pessoal! Procuramos explicar, de maneiras simples e didática, o conceito de conjunção, bem como as suas principais classificações. Esperamos que tenham gostado.

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