O que é um empreendedor por necessidade

O que é ser um Empreendedor?

Para entendermos o que é ser um empreendedor, usaremos dois definições na qual, após pesquisas se encaixaram melhor em nosso entendimento sobre o assunto, são elas: “O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa.

É o impulso fundamental que aciona e mantêm em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, novos mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros “ (Joseph Schumpeter, 1949, economista que tornou popular a palavra empreendedorismo) e “ É aquele que faz acontecer, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização “ (José Dornelas, 2001), sendo assim, ser um empreendedor é ser um sonhador, alguém que busca algo que fuja do convencional, que quebra paradigmas, altera conceitos, corre riscos, e tem ousadia para sair da zona de conforto.

Empreender por necessidade x oportunidade

Agora que entendemos o que é ser um empreendedor, destacaremos um pouco mais sobre aqueles que empreendem por necessidade e por oportunidade. Os empreendedores que abrem seu próprio negócio por necessidade são aqueles que, na sua visão,não possuí opções de trabalho, esta desempregado, e para continuar com o seu sustento e sustento de sua família, se aventuram em abrir um negócio próprio, na maioria das vezes sem nenhum planejamento. Até a alguns anos atrás, mais precisamente no ano de 2002, as pesquisas feitas pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor), mostravam que este tipo de empreendedor era maioria no país, que segundo a própria pesquisa, empreender por necessidade, tenderia a ser maior nos países em desenvolvimento.

As empresas abertas por necessidade tendem ao fechamento, pois sem o planejamento adequado e inovações que o mercado pede conforme o tempo, e a quantidade de concorrentes, essas empresas não conseguem se manter no mercado por muito tempo. Segundo o IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e estatística), quase metade das empresas fecham em 3 anos, vale a resalva que nem todas as empresas abertas apenas pela necessidade de seu empreendedor fecham, assim como nem todas as empreitadas por oportunidades darão certo, aquele proprietário que se atualiza constantemente e busca conhecimento na área com certeza terá maiores chances de que seu negócio dure.

Em contrapartida a os empreendedores por oportunidades, mesmo quando possuem outras opções de emprego, optam por iniciar um novo negócio, eles sabem onde querem chegar, fazem um planejamento prévio, tem em mente o que querem buscar para a empresa e visa á geração de lucros, empregos e riquezas, este por sua vez, se encaixa melhor em nossa visão do que é ser um empreendedor.

Recentemente, mais precisamente em 2013, uma nova pesquisa realizada pelo GEM, mostrou que sete em cada dez brasileiros, abrem seu próprio negocio por oportunidade, em 2002 apenas 42% abriam empresas por oportunidade, esses números subiram consideravelmente e hoje 71% das empresas são abertas por oportunidade, o que mostra um avanço na educação, os brasileiros procuram mais o algo além do ensino médio, os ensinos técnicos, superiores, estão cada ano mais acessíveis. Apesar dos números mostrarem um desenvolvimento de empreendedores por oportunidade, o país ainda tem muito de investir na educação empreendedora, em algumas escolas, a disciplina de empreendedorismo, já faz parte da grade curricular (assim como visto na matéria do Jornal Nacional “Empreendedorismo também se aprende na escola”, 2008).

Assim, após conhecermos um pouco mais destes dois tipos de empreendedores, deixamos um dica, antes de abrir um negócio, mesmo que a necessidade seja muito maior, siga três passos para começar um jornada no mundo do empreendedorismo : Planeje, Planeje e Planeje.

Fontes : http://www.sebrae.com.br/customizado/estudos-e-pesquisas/temas-estrategicos/empreendedorismo

EMPREENDEDORISMO: TRANSFORMANDO
IDÉIAS EM NEGÓCIOs – JOSÉ CARLOS ASSIS DORNELAS

Claudius D’Artagnan Barros
Palestrante do COINS 2019

Iniciando pelos requisitos desejáveis do empreendedor.

Ser considerado um empreendedor de Negócios, Social (3º setor), ou mesmo, Corporativo, também conhecido como Intraempreendedor (Gifford Pinchot III– 1978), pressupõe-se conformidade a alguns requisitos, que costumam chamar de vocação. Um deles é a capacidade e disposição para o gerenciamento de Riscos (Richard Cantillon -1725) considerando, principalmente, a gestão dos negócios em períodos de incerteza e instabilidade econômica. Outro requisito fundamental é a predisposição do empreendedor em conviver com Mudanças (Jean Baptiste Say – 1830), seja em ambientes de cenários imprevisíveis, seja de alternância de contexto no âmbito dos negócios. E os requisitos não param por aí.

O talento (ou índole) para Inovação (Joseph Schumpeter – 1930) tem sido considerado aspecto essencial no portfólio de quem almeja êxito como empreendedor. A aplicação dos atributos da criatividade e da inovação convergem sempre para utilização de ideias na obtenção de resultados eficazes. Por fim – na despretensiosa opinião deste autor, o requisito indispensável além dos três anteriormente citados, é o Conhecimento (Peter Druker – 1970). Entendemos que sem investimentos sólidos na cultura do saber e na visão holística dos negócios, nenhum empreendedor alcançará sucesso sustentável.

Empreendedor por oportunidade ou por necessidade?

Empreender por necessidade é, na maior parte dos casos, uma consequência de quem atravessa alguma dificuldade e presume o empreendedorismo como a solução para seus problemas. A perda do emprego, as dificuldades de recolocação no mercado e a diminuição da renda familiar, são alguns dos motivos que levam um profissional a tornar-se (ou tentar ser) um empreendedor.   Os problemas enfrentados nesta modalidade quase sempre se deparam com a falta de capacidade gerencial e, principalmente, ausência de um Plano consistente de Negócio.

Já o empreendedor por oportunidade inicia seu negócio a partir de uma ideia e concentra todo seu talento na busca da concretização de um sonho.  É bom lembrar que essa condição por si só, não garante a imunização dos percalços. A vantagem de um empreendedor por oportunidade é um DNA com fortes indícios dos requisitos desejáveis citados no início deste texto. Entretanto, da mesma forma que o empreendedor por necessidade, a falta de um bom Plano de Negócio, pode ser o ponto de inflexão entre o êxito e o fracasso de qualquer iniciativa empreendedora, seja por oportunidade, seja por necessidade.

Enfim, não basta só talento para boas ideias é preciso planejamento!

Esses tempos fizemos por aqui um post sobre os 6 perfis de empreendedores que a Endeavor Brasil definiu em uma pesquisa há algum tempinho. E hoje vamos falar dos dois grandes grupos que têm crescido (e muito!) no país, mesmo em tempos em que a economia não anda lá uma maravilha. Você sabe quais as principais diferenças entre o empreendedor por necessidade e o empreendedor por oportunidade?

O empreendedor por necessidade

Em constante crescente no Brasil nos últimos anos, o empreendedor por necessidade é aquele profissional que não arriscaria no mundo dos negócios se a vida não tivesse o levado a isso. Ou até pode ser que ele tinha uma certa vontade de empreender um dia, mas que só foi tentar quando perdeu o emprego ou se viu sem alternativas.

O aumento desse tipo de empreendedor se deu justamente pelo mercado em crise e o alto número de demissões. Dessa forma, muitos profissionais que ficam desempregados e não veem perspectivas de se recolocarem em suas áreas acabam partindo para o empreendedorismo. Por isso o título, já que eles estão nessa mais por que se sentem pressionados do que por um dom natural para a coisa.

Também se “encaixam” nessa categoria aquelas pessoas que sempre sonharam em abrir uma empresa, mas que por medo e até pela zona de comodismo nunca o fizeram. Então, quando acontece uma demissão e aparece um valor alto de rescisão, elas enxergam como o “agora ou nunca” de suas carreiras e investem no sonho que ficou tantos anos na gaveta.

Mas é preciso ter cuidado: quem acaba caindo nesse impulso de enxergar o empreendedorismo como única opção pode ficar cego para todos os riscos dessa alta aposta. É preciso fazer movimentos conscientes e estudar muito para que tudo não seja em vão. Afinal, você não quer fazer parte da estatística do Sebrae de que pelo menos 23% das empresas no Brasil fecham as portas nos dois primeiros anos, certo?

O empreendedor por oportunidade

Já o empreendedor por oportunidade mostra, desde o início, um pouco mais de feeling para o business. Isso porque ele começa seu negócio a partir de alguma ideia clara que enxergou. Sabe aquele insight precioso de perceber uma carência no mercado de determinado produto ou serviço? Esse é o caminho do empreendedor por oportunidade.

Ao perceber que pode criar um negócio diferenciado, ele agarra a ideia e investe pesado no sonho. Mas, assim como falamos que esse empreendedor pode ter mais feeling, é preciso dizer que ele também pode ficar mais cego para os contras que toda empreitada oferece.

Muitos empreendedores de oportunidade largam carreiras sólidas e investem tudo que têm em uma ideia, o que é ótimo pelo sentido da garra e da ousadia, mas que pode ser arriscado se não for bem calculado. É preciso encontrar o equilíbrio: sim, acredite no seu produto, mas saiba traçar os passos e prever os percalços.

Um exemplo famoso e de sucesso é o começo da Cacau Show. O empreendedor Alexandre Tadeu da Costa vendia chocolates de porta em porta, até que, na semana anterior a Páscoa, notou uma alta demanda em ovos de 50g. Porém, a fábrica que Alexandre comprava os produtos para revender não fazia chocolates nesse formato. Foi aí que ele pegou um empréstimo com o tio e passou a preparar os ovos em casa. E o resto é a história que todos conhecem: a Cacau Show hoje tem mais de 1.000 lojas pelo país e fatura milhões por mês.

Registro em MEI é a opção que mais cresce no país

Há alguns anos que a crise no Brasil perdura, e não podemos deixar de notar a capacidade de reinvenção dos brasileiros. Tanto que os números não mentem: mais de 11 milhões de empresas foram criadas nos últimos 3,5 anos no Brasil (dados do Sebrae), e o país é um dos mais empreendedores do mundo.

É claro, isso não quer dizer que todas são grandes empresas que faturam muito dinheiro e que estão indo muito bem. É aí que mora o segredo: a maior parte dos registros de empresas é feito como MEI (Microempreendedor Individual).

Já fizemos um post aqui no blog bem completo para quem busca se enquadrar nessa categoria, mas, em resumo, esse empreendedor é aquele que pode faturar até R$ 60 mil por ano. Nada mal para quem está começando e muitas vezes não tem experiência alguma, certo?

Esse formato é cada vez mais usado por aquelas pessoas que se viram “obrigadas” a registrar uma empresa. Um exemplo cada vez mais recorrente é do profissional que perdeu o emprego e começou a fazer freelas para se sustentar enquanto um novo trabalho fixo não surgia. Só que o provisório foi virando cada vez mais sério e ele então decide se registrar como MEI, para oficialmente atuar como dono da sua própria empresa.

Independentemente de qual tipo de empreendedor você é, algumas características como autoconfiança, otimismo, resiliência e coragem não podem faltar na sua missão. Se agarre aos seus valores, ao que você realmente acredita, e faça o melhor que você puder dentro disso. Estude, se especialize, corra atrás. Cada vez mais o mercado mostra que tem espaço sim para quem tem diferencial e ousadia. Seja um desses empreendedores!

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