O que é o exame antidoping

Após a coleta da urina, o material é enviado para um laboratório onde será feita a análise. Esta análise é feita de forma anônima, uma vez que o laboratório não recebe a informação de qual o nome do atleta que fez o teste.

O resultado do teste é então enviado para o órgão competente. Caso o teste detecte alguma substância proibida, isso passará a ser tratado como um resultado analítico adverso (positivo), ainda não como um dóping de fato. O órgão analisará então se o atleta possuia uma Isenção para uso terapêutico (TUE) ou se o Resultado Analítico Adverso poderia ter sido causado por uma falha nas normas do Padrão Internacional para Testes e Investigações. Nestas situações, a agência encerra o caso e não mais continuará o gerenciamento do resultado como um resultado analítico adverso.

Caso nenhuma destas situações tenha sido observada, o atleta e a federação responsável serão notificados do resultado, os quais poderão solicitar a análise da contraprova (amostra B). Se a análise da amostra B não for solicitada dentro do prazo estabelecido, considera-se que o direito à análise da amostra B foi dispensado.
A partir de então, a agência antidoping, por sua própria iniciativa ou quando solicitado voluntariamente por um atleta, pode impor uma suspensão provisória ao atleta. Durante este período, o mesmo deverá ficar afastado das competições.

O Resultado Analítico Adverso, no entanto, não será considerado uma violação da regra antidoping até que o Conselho da agência antidoping e a organização esportiva em questão tenham julgado o caso e emitido uma decisão. A proteção legal do atleta deve ser respeitada, de forma que somente o próprio atleta pode tornar o assunto público antes da decisão final.

Uma vez que o Conselho considere que ocorreu uma violação das regras antidoping, uma declaração fundamentada da punição recomendada é emitida para a federação responsável.

É comum a associação do conceito doping e fraude

São exames laboratoriais feitos em amostras de material biológico, por exemplo, matriz URINA e / ou matriz SANGUE, coletadas dos(as) jogadores(as).

As amostras são encaminhadas para análise (somente) nos laboratórios autorizados e certificados pela Agência Mundial Antidoping – WADA-AMA.

Na América do Sul, atualmente, o único laboratório certificado é o Laboratório Brasileiro de Controle de Doping, LBCD, que fica localizado no estado do Rio de Janeiro, no Polo de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

LBCD

LABORATÓRIO BRASILEIRO DE CONTROLE DE DOPINGRIO DE JANEIRO | BRASIL | AMÉRICA DO SULAv. Horácio Macedo, 1.281 – CEP 21 941 – 598Tel. ( 21 ) 3838 3700 – 3938 3748

www.iq.ufrj.br

É comum a associação do conceito doping e fraude, e mais, a saúde do praticante de esporte é posta em risco com o uso de substâncias químicas ou métodos proibidos que podem promover efeitos danosos.

O jogo limpo, via de regra, é desejo daqueles que competem, e neste sentido existem mecanismos EDUCACIONAIS e PREVENTIVOS (por exemplo a atividade Educacional da CBF : Palestras e Eventos, disponíveis para os clubes e as Federações Filiadas), REGULATÓRIOS (os testes, os exames antidoping e as investigações) e PUNITIVOS ( a legislação antidoping / Justiça Desportiva Antidopagem ) para o contrário.

O artigo nº 5 do Código Mundial Antidopagem 2.021 explicita que a finalidade dos Testes e Investigações é para : “quaisquer fins antidopagem...Devem ser realizados para obter evidências analíticas sobre se o atleta violou...” uma regra antidopagem.  

A presença de uma substância proibida em fluido corporal do(a) jogador(a) é uma possível violação à regra antidoping (a violação de nº 1) e desencadeia uma investigação por parte do Departamento de Gestão de Resultados da Organização Antidoping que tem a Autoridade de Teste para aquela competição.

O exame laboratorial feito na urina ou no sangue coletado do(a) atleta deve seguir os rígidos Padrões Internacionais para Laboratórios estipulados pela WADA-AMA.

Se a matriz utilizada for a URINA, será feita uma investigação analítica buscando a presença de uma substância, seus metabólitos ou marcadores presentes na Lista de Substâncias e Métodos Proibidos da WADA-AMA (a coleta é feita por um(a) DCO - Oficial de Controle de Doping).

No caso da matriz SANGUE, a busca analítica é por ESAs - agentes que atuam no processo de produção de eritrócitos ( células vermelhas do sangue – hemácias ), o hormônio de crescimento ( GH ) e fundamentalmente o passaporte biológico do atleta (a coleta é feita por um(a) BCO - Oficial de Controle de Doping de Sangue).

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substantivo masculino Exame que é realizado com os atletas de uma competição para averiguar a existência de drogas ou substâncias proibidas que visam melhorar a performance do atleta durante a competição; o exame é feito por meio de amostra de urina recolhida ao final da competição.Pronuncia-se: /antidópin/.

Classe gramatical: substantivo masculino
Separação silábica: e-xa-me an-ti-do-ping

O volante não pôde conversar muito depois do jogo porque foi escolhido para fazer o exame antidoping. Folha de S.Paulo, 07/10/2012

Ela foi flagrada no exame antidoping durante a seletiva olímpica do seu país, em julho de 2008, e pegou dois anos de suspensão. Folha de S.Paulo, 07/08/2009

Ela foi flagrada no exame antidoping feito durante o Campeonato Brasileiro, no final de setembro, em Porto Alegre. Folha de S.Paulo, 23/10/2011

O que é o exame antidoping

Possui 16 letras
Possui as vogais: a e i o
Possui as consoantes: d g m n p t x A palavra escrita ao contrário: gnipoditna emaxe

Rimas com exame antidoping

  • antidoping
  • doping
  • looping

Nesta sexta (6), a atleta da seleção brasileira feminina de vôlei Tandara Caixeta foi suspensa preventivamente das Olimpíadas de Tóquio 2020 depois que uma substância proibida (a ostarina) foi detectada em seu teste antidoping. Por enquanto, não foi analisada a contraprova do exame de urina da atleta, que está trabalhando para se defender da decisão.

A ostarina é uma substância de ação anabolizante, que aumenta a massa muscular, a força e melhora a performance física do seu usuário. Faz parte de uma classe de medicamentos que influenciam diretamente nos receptores ligados aos hormônios androgênicos, como a testosterona.

Quem define quais substâncias e métodos constituem doping – ou seja, que podem melhorar o desempenho de um atleta, por exemplo – é a Agência Mundial Antidopagem (WADA, na sigla em inglês). É por meio do Código Mundial Antidopagem e da Lista de Substâncias Proibidas, revisada anualmente pela WADA, que se decide quais comportamentos vão contra o espírito esportivo.

Essa lista é organizada entre os períodos de competição esportiva e sem nenhum campeonato. Ela é dividida em classes, de acordo com o efeito de cada substância – como anabolizantes, estimulantes e agentes mascarantes (como os diuréticos, que eliminam água do organismo e podem mandar embora vestígios de outras substâncias).

Como funciona o controle antidoping?

Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), os atletas olímpicos podem ser submetidos aos testes antidoping a qualquer momento. No caso da jogadora Tandara, a coleta do material biológico foi feita no dia 7 de julho deste ano, no Rio de Janeiro, em período fora de competição.

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As figuras principais do processo de testagem são o Oficial de Controle de Doping (DCO), responsável por fazer as coletas dos exames de urina, e o Oficial de Coleta de Sangue (BCO). Os atletas convocados a passar pelos testes são escolhidos de maneira aleatória, a partir de resultados nas provas ou por qualquer suspeita dos oficiais. A WADA testa milhares de atletas todos os anos, mas os exames são caros – é por isso que o processo costuma ocorrer próximo às competições.

Os competidores são abordados pelos oficiais e levados a um Centro de Controle de Doping para fazerem os testes. Chegando lá, são preenchidos formulários e coletadas duas amostras de urina e/ou de sangue. Depois, tudo isso é enviado a um laboratório credenciado pelo WADA. Na América Latina, o único local credenciado é o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), que realizou a análise das coletas de Tandara.

A princípio, uma das amostras é analisada, enquanto outra é armazenada em segurança – algumas delas podem ser guardas por até 10 anos. O laboratório, então, informa os resultados da análise à organização antidoping responsável pelo teste – neste caso, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem. Se uma substância proibida é encontrada na amostra, é registrado um “resultado analítico adverso”.

Quando isso acontece, o atleta ou a organização antidoping responsável pelo teste têm o direito de solicitar a análise da segunda amostra, para verificar o resultado. Se o doping persistir, o atleta apresenta sua defesa e pode apelar no Tribunal Antidoping ou na Corte Arbitral do Esporte, caso receba alguma punição.

Além da presença de uma substância em amostra de urina ou sangue de atleta, outras situações podem conferir punições, como a recusa a se submeter ao controle de doping, a tentativa de fraude ou a retaliação a quem denuncia doping.