No lançamento simultâneo de três moedas, qual e a probabilidade

No lançamento simultâneo de três moedas perfeitas distinguíveis, a probabilidade de serem obtidas exatamente duas caras é de

Vamos lá! Primeiro precisamos entender o enunciado.

Como são lançadas três moedas cada uma com dois possíveis resultados (cara(C) ou coroa(R)), temos possíveis eventos. Caso ocorra um evento CCC, temos uma sequência, porque não houve alternância entre cara e coroa, ou seja, saiu cara nas três moedas, ao passo que se ocorre o evento CRC, temos três sequencias, porque saiu cara, coroa e cara respectivamente, havendo essa alternância.

Inicialmente, precisamos definir nosso espaço amostral, ou seja, o conjunto de todos os eventos possíveis. Dessa forma, temos que o espaço amostral é:

Olhando nosso espaço amostral, podemos determinar X = número de caras obtidas e Y = número de sequências, como são 8 possíveis eventos, cada um tem probabilidade de 1/8. Assim, podemos montar a seguinte tabela:

No lançamento simultâneo de três moedas, qual e a probabilidade

Com base na tabela do Passo 2, podemos calcular P(X=0), P(X=1), P(X=2), P(X=3), P(Y=1), P(Y=2) e P(Y=3).

Para P(X=0): Temos apenas o evento RRR, logo P(X=0) = 1/8

Para P(X=1): Temos os eventos RRC, RCR e CRR, logo P(X=1) = 1/8 + 1/8 + 1/8 = 3/8

Para P(X=2): temos os eventos RCC, CRC e CCR, logo P(X=2) = 1/8 + 1/8 + 1/8 = 3/8

Para P(X=3): temos apenas o evento CCC, logo P(X=3) = 1/8

Para P(Y=1): temos os eventos RRR, CCC, logo P(X=1) = 1/8 + 1/8 =2/8

Para P(Y=2): temos os eventos RRC, CRR, RCC e CCR, logo P(X=2) = 1/8 + 1/8 + 1/8 + 1/8 = 4/8

Para P(Y=3): temos oss evento RCR e CRC, logo P(X=3) = 1/8 +1/8 = 2/8

Agora que nós conhecemos as probabilidades para cada valor de X e Y, fica fácil arrumarmos a tabelinha das distribuições.

Distribuição de probabilidades da v.a. X = número de caras obtidas.

No lançamento simultâneo de três moedas, qual e a probabilidade

Distribuição de probabilidades da v.a. Y = número de sequências.

No lançamento simultâneo de três moedas, qual e a probabilidade

Com base nas distribuições de X e Y, vamos calcular E(X), E(Y), Var(X) e Var(Y).

No lançamento simultâneo de três moedas, qual e a probabilidade

No lançamento simultâneo de três moedas, qual e a probabilidade
E X = 1,5

No lançamento simultâneo de três moedas, qual e a probabilidade

de previsões ou para a orientação de intervenções. É aquilo que torna possível se lidar de forma racional com problemas envolvendo o imprevisível. O exemplo a seguir pode ajudar a entender melhor que a probabilidade é um número que mede a possibilidade de ocorrer, ou não, um resultado. Um celular será sorteado entre os clientes de uma loja; Carlos depositou 50 cupons em uma urna e Brenda depositou 100 cupons, sendo que para esse sorteio foram acumulados 1.000 cupons. Quais as chances de cada participante nesse sorteio? Com essas informações é possível medir a possibilidade de cada um ganhar o celular: como Carlos tem 50 dentre os 1.000 cupons que participam do sorteio, podemos indicar a medida da possibilidade de ganhar por 50 1 000. (50 chances em 1.000 possibilidades), analogicamente, a medida da possibilidade de Brenda ganhar é indicada por 100 1 000. (100 chances em 1.000 possibilidades) que percebemos ser o dobro das chances de Carlos. Portanto, as frações 50 1 000. e 100 1 000. são chamadas de probabilidades de Carlos e Brenda ganharem, respectivamente. Na tabela a seguir temos um resumo da forma como essas probabilidades podem ser apresentadas (fracionária, decimal ou percentual): Probabilidade de chances: Frações Número Decimal Porcentagem Carlos 50 1 000. 0,05 5% Brenda 100 1.000 0,10 10% 11 UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades Experimento Aleatório O experimento aleatório é um tipo de teste ou tentativa em que seu resultado não pode ser determinado antes de se realizar o experimento. Todo experimento cujo resultado depende exclusivamente do “acaso” é chamado experimento aleatório. Exemplos: • o lançamento de uma ou várias moedas; • o lançamento de um ou vários dados; • o sorteio de um cupom de um total de 1.000 cupons; • a retirada de uma carta em um baralho; • prever a vida útil de todos os aparelhos eletrônicos de um lote. Aprendendo com exemplos: 01) Qual a chance de ocorrência da face 1, 2 e 3 em um dado? Resolução: Podemos dizer que chance é: Face 1 = 1 6 ; Face 2 = 1 6 e Face 3 = 1 6 Lemos: 1 chance em 6 possibilidades. 02) Num grupo de 15 lâmpadas, 3 são defeituosas. Considere o experimento: uma lâmpada é escolhida ao acaso e observamos se ela é ou não defeituosa. Resolução: Trata-se de um experimento aleatório com dois resultados possíveis: a) A lâmpada é defeituosa: chance= 3 15 ou “simplificando” a fração por 3, temos: 3 15 3 3 1 5 : : = chance= 1 5 Lemos: 3 chances em 15 possibilidades. Obs.: Também poderíamos dizer que temos 20% (vinte por cento) de chance de escolher uma lâmpada defeituosa. Cálculo da Porcentagem: 3 15 3 15 0 20 0 20 100 20⇒ = ⇒ × =: , , % 12 13 b) A lâmpada é boa: chance= 12 15 ou “simplificando” a fração por 3, temos: 12 15 3 3 4 5 : : = chance= 4 5 Lemos: 12 chances em 15 possibilidades. Obs.: Também poderíamos dizer que temos 80% (oitenta por cento) de chance de escolher uma lâmpada boa. Cálculo da Porcentagem: 12 15 12 15 0 80 0 80 100 80⇒ = ⇒ × =: , , % Importante! É fácil perceber que a probabilidade de se escolher a lâmpada boa é bem maior do que se escolher a lâmpada defeituosa! Importante! Espaço Amostral - Ω É o conjunto formado por todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Usamos a letra grega ômega, cujo símbolo é “Ω” (ferradura) para iden- tificar um espaço amostral, também pode ser representado através da letra “U” (conjunto universo) ou também pela letra “S”, pois espaço em inglês é “space”. Dentro das chaves vamos descrever todos os resultados possíveis de um experimento aleatório: Ω: _, _, _, _, _,...{ } Aprendendo com um exemplo: Determinar o espaço amostral nos seguintes experimentos: a) Joga-se uma moeda e lê-se a figura da face voltada para cima. Resolução: Ω= cara coroa,{ } Espaço amostral, dois resultados possíveis, cara ou coroa. Notação Matemática. 13 UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades Figura 4 b) Joga-se um dado comum e lê-se o número voltado para cima. Resolução: Ω= 1 2 3 4 5 6, , , , ,{ } Espaço amostral, 6 (seis) resultados possíveis. c) Jogam-se duas moedas e leem-se as figuras das faces voltadas para cima. Resolução: Ω= ( , )( , ), ( , ), ( , )cara cara cara coroa coroa cara coroa coroa{ } Espaço amostral, 4 (quatro) resultados possíveis. d) Determine o número de resultados possíveis para o lançamento de uma moeda e um dado. Resolução: Há dois resultados possíveis quando lançamos a moeda: uma cara (C) ou uma coroa (K). Para cada um desses, há seis resultados possíveis quando jogamos o dado: 1 , 2 , 3 , 4 , 5 ou 6. Uma maneira de listar resultados para ações que ocor- rem em sequência é usar um diagrama de árvore. 1 C1 2 C2 3 C3 4 C4 DADO MOEDA Diagrama de árvore para o experimento com a moeda e o dado: C 5 C5 6 C6 1 K1 2 K2 3 K3 4 K4 DADO K 5 K5 6 K6 { }6,5,4,3,2,1,6,5,4,3,2,1 KKKKKKCCCCCC=Ω 14 15 Resposta: O espaço amostral tem 12 (doze) resultados possíveis. Atividades Práticas 01) Dê o espaço amostral dos seguintes experimentos: a) lançamento simultâneo de três moedas. Faça C = cara e K = coroa. b) lançamento simultâneo de dois dados. c) distribuição dos quatro filhos de uma família, quanto ao sexo, por ordem de nascimento. d) retirada de 4 (quatro) bolas de uma urna contendo 2 bolas brancas e 5 bolas verdes. Respostas no final desta Unidade. Evento de um Espaço Amostral Qualquer subconjunto de um espaço amostral é chamado evento desse espaço. Para designar um evento usaremos sempre letras maiúsculas do alfabeto. Dentro das chaves vamos descrever todos os resultados possíveis de um experi- mento aleatório: Letras Maiúsculas do Alfabeto (Notação Matemática). B = { }_, _, _, _, _,... Assim, qualquer que seja o evento “B”, se B Β Ω⊂ (evento B está contido no espaço amostral Ω), então B é um evento de Ω. Aprendendo com exemplos 01) Seja o experimento aleatório o lançamento de uma moeda, faça C = cara e K = coroa, temos que: Note que os eventos A e B são subconjuntos do espaço amostral, ou seja, os eventos A e B estão con- tidos em Ω. 15 UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades 02) Seja o experimento aleatório o lançamento de um dado comum e a obser- vação do número voltado para cima, temos que: Resultado Espaço amostral Ω ={ }1 2 3 4 5 6, , , , , Evento A: Ocorrência de n° par. Α ={ }2 4 6, , Evento B: Ocorrência de n° ímpar e múltiplo de 3. Β ={ }3 O evento que contém somente UM elemento é chamado de evento elementar. Evento C: Ocorrência de um n° menor que 7. C ={ }1 2 3 4 5 6, , , , , Este tipo de evento composto por TODOS os elementos do espaço amostral é chamado de evento certo. Evento D: Ocorrência do n°5. D ={ }5 O evento que contém somente UM elemento e é chamado de evento elementar. Evento E: Ocorrência de um n° maior que 6. Ε ={ } O evento, cujo resultado do conjunto é vazio é chamado de evento impossível. Importante! Dado o evento Β ={ }_, _, _,... , temos que: · Se Β Ω= , é chamado Evento Certo. · Β Ω⊂ e B é um conjunto unitário, B é chamado Evento Elementar. · Se Β ={ } vazio, B é chamado Evento Impossível. Importante! 03) Uma urna contém 3 bolas Pretas e 3 bolas Vermelhas. Dessa urna são retiradas sucessivamente 3 bolas. P P PP 3ª P P VV P V PP P V VV P V P V P PP V P VV V V PP V V VV P V V Espaço Amostral: 8 resultados possíveis 2ª1ª Diagrama de árvore: P = bola preta e V = bola vermelha 16 17 Responda: a) O Espaço Amostral será:

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