Explique o que é um sistema de marcação por zona

A maioria dos atletas sonha em ser o cestinha de um jogo e levar seu time ao título do campeonato. Porém as táticas de defesa no basquete têm uma grande relevância nas partidas, pois permitem que a equipe sofra menos pontos e tenha maior capacidade de fazer a diferença no outro lado da quadra.

Jogadores como Michael Jordan e LeBron James são mundialmente conhecidos pela sua capacidade de marcar pontos. No entanto o que nem sempre é ressaltado é a qualidade defensiva desses atletas, que faz a diferença na marcação individual e na organização da equipe.

Interessado no assunto? Separamos os principais tipos de defesa no basquetebol para você conhecer e aplicar nas suas aulas. Continue a leitura!

Quais são as táticas de defesa mais utilizadas no basquete?

As ações de defesa realizadas por um time de basquetebol são utilizadas com o objetivo de recuperar a posse de bola, evitar um ataque e proteger a cesta. Todas essas ações devem ser realizadas com muita técnica e precisão, pois um único movimento errado pode comprometer o resultado de um jogo. Veja abaixo as táticas mais eficientes!

1. Defesa individual

É o tipo de defesa mais antigo do basquetebol, implementado pelo criador James Naismith, no final do século XIX. Nesse tipo de marcação, cada jogador é responsável por um adversário e deve ficar no espaço entre ele e a cesta. O objetivo principal é seguir os seus movimentos e evitar a pontuação.

Em geral, o armador de uma equipe marca o armador da outra e assim por diante — cabe ao técnico encontrar os melhores confrontos para anular o poderio adversário. Nesse tipo de defesa, é preciso ter concentração nos passos do jogador, sem perder a referência da cesta e do resto da equipe.

2. Defesa por zona

A zona é uma das táticas de defesa no basquete mais complexas, mas é efetiva quando é bem treinada. Nela, os jogadores não têm uma combinação específica, mas são responsáveis por ocupar os espaços na quadra. Um dos seus benefícios é a vantagem numérica no garrafão, que facilita o rebote e dificulta as infiltrações.

Por outro lado, a alta movimentação dos jogadores pode deixar buracos e também há uma maior vulnerabilidade para os arremessos de longa distância. Por isso, o professor deve buscar o entrosamento dos seus alunos e garantir que todos estejam bem treinados antes de aplicar a defesa por zona em uma partida.

3. Defesa mista

A defesa mista é uma união entre a marcação individual e a marcação por zona. Ou seja, em uma mesma jogada, alguns jogadores ficam responsáveis por adversários específicos, enquanto outros ocupam espaços determinados na quadra. A sua vantagem é a mudança no ritmo de jogo, que pode confundir a outra equipe.

A Diamante é uma das técnicas utilizadas na defesa mista. Nela ficam quatro jogadores na zona, mas em um esquema 2-2. A outra estrutura de defesa mista é o Triângulo, em que dois jogadores marcam individualmente e os outros três se dividem, posicionando-se em zona.

4. Defesa pressão

A defesa pressão é utilizada em momentos específicos do jogo, como nos minutos finais em que o placar está desfavorável. Sua principal característica é ter vantagem numérica e forçar o adversário a tomar decisões rápidas, o que pode gerar erros e a retomada da posse. É possível utilizar tanto a marcação individual como a por zona.

O condicionamento físico deve receber mais atenção do treinador, já que a equipe terá um maior desgaste para pressionar o adversário. Além disso, é necessário evitar contatos mais duros, pois essa postura combativa pode gerar infrações e lances livres. Por fim, é preciso ter um bom entrosamento para não deixar espaços vazios.

5. Boxe one

Nessa nomenclatura de defesa, o posicionamento adotado pelos jogadores com quatro defensores por zona, 2-2 em um quadrado. Consiste na marcação do craque de maneira individual. Tal técnica é uma boa opção para ser adotada quando a equipe que ataca também possui bons pivôs e o restante do time não oferece riscos para os arremessos.

6. Diamond one

O objetivo da técnica de defesa diamond one é igual ao do boxe one. O que muda é o posicionamento dos quatro jogadores da defesa. Funciona como um losango, 1-2-1. Isso é feito para que a defesa tenha uma posição estratégica e os jogadores oponentes não consigam marcar pontos.

Esse tipo de método é muito utilizado quando algum outro atacante, que não é o craque, possui bom arremesso. Dessa maneira, existe a necessidade de ter defensores posicionados para fazer a sua marcação. Caso existam bons pivôs no ataque, marcando apenas um jogador, o fundo fica muito vulnerável.

7. Triangule two

No triangule two, a defesa é muito parecida com a do boxe one e diamond. Mas os defensores marcam individualmente, 1-2, formando um triângulo. O objetivo principal dessa técnica é impedir que os dois jogadores marcados individualmente marquem pontos e limitar os arremessos dos demais. Dessa maneira os três atacantes não irão conseguir marcar pontos.

Quais são exercícios que ajudam o jogador a melhorar sua defesa no basquete?

Existe uma série de exercícios que são utilizados para melhorar a postura de defesa e movimentos de jogadores de basquete. As práticas defensivas podem ser cansativas, por essa razão é preciso variar os treinamentos. Veja abaixo quais são os métodos mais utilizados.

1. Aquecimento

Antes de iniciar um jogo de basquete e até mesmo de praticar os exercícios de treinamento para melhorar a defesa, é necessário fazer um aquecimento. Com essa técnica inicial todos os músculos serão aquecidos, além de ficarem soltos e prontos para realizar uma excelente partida. Duas boas opções de aquecimento são:

  • pular corda;
  • polichinelo.

Realizando esses exercícios, o sangue do jogador flui para todos os grupos musculares de seu corpo e uma boa frequência cardíaca vai ser obtida. Consequentemente, o defensor vai estar mais preparado para enfrentar os adversários.

2. Alongamento

Após o aquecimento é importante que o defensor realize a técnica de alongamento. Os músculos dos defensores precisam estar bem alongados, pois esses jogadores precisam fazer movimentos rápidos, e esse procedimento vai evitar que se machuquem.

3. Exercícios de força

Outros exercícios excelentes para os defensores são os de força. Correr, saltar e mover-se com rapidez exige muito vigor nas pernas, tronco e braços. Para ter sucesso na defesa de um jogo de basquete é preciso ter muito domínio físico. Dentre os exercícios mais indicados para aumentar a força estão:

  • agachamento;
  • abdominais;
  • flexões;
  • levantamento de pernas;

Todas essas práticas podem ser feitas com repetições, com ou sem o uso de pesos. Fazendo esses exercícios regularmente a força dos jogadores vai aumentar e as chances de ter uma boa defesa são grandes.

4. Exercícios de condicionamento

Manter-se com um bom nível de eficácia durante todo o jogo de basquete é fundamental para fazer uma boa defesa. Se o jogador estiver cansado e não conseguir manter um excelente condicionamento, o seu rendimento não vai ser positivo para o time.

Fazer corridas rápidas e outros exercícios que auxiliam os defensores a serem capazes de realizar mais defesas antes de chegar na exaustão é uma das formas mais eficazes de fazer treinamentos de condicionamento.

Conhecer essas táticas de defesa no basquete é fundamental para um técnico ter sucesso na sua função. Para o professor que ensina o esporte aos seus alunos, o ideal é explicar os conceitos de cada tipo de marcação e aplicá-los aos poucos, sempre com destaque para a relevância que o sistema defensivo tem em uma partida.

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Variações na estratégia de marcação das equipes chamam cada vez mais atenção. Acostumados com a marcação individual, vimos a marcação por zona se tornar preferência. Mas quais são os tipos de marcação no futebol?

Os tipos de marcação, também conhecidos como sistemas defensivos, são na verdade sub-sistemas que fazem parte do sistema de jogo (geral). Eles são divididos em quatro tipos: marcação individual, marcação por zona, marcação mista e marcação híbrida.

Na história do futebol, prevaleceu por muito tempo, a marcação individual. Inclusive, podemos usar o Brasil como exemplo. Até hoje, principalmente em peladas amadoras, é automático as pessoas escolherem alguém específico para marcar. Entretanto, o futebol profissional brasileiro é um dos únicos que ainda usam essa estratégia em grande quantidade.

Isso se deve pela mudança da intensidade do jogo e os aperfeiçoamentos táticos. Hoje em dia, o padrão europeu é basicamente a marcação por zona. Todavia, esses dois tipos de marcação, podem sofrer algumas mudanças, se unindo. Com isso, surgem outros dois tipos de marcação: a marcação mista e a marcação híbrida.

Mas antes de tudo, é importante lembrar da marcação ativa e da marcação passiva, que buscam recuperar a posse da bola ou forçar o erro do adversário respectivamente. Contudo, isso são estratégias pré-definidas no tipo de marcação, não sendo uma alternativa a eles, e sim uma preferência do treinador dentro de cada tipo de marcação. Para cada um desses modelos é possível que se defina diversas estratégias que podem alterar completamente as dinâmicas do jogo. Para entender cada conceito, vamos apresentar em ordem crescente.

Tipos de marcação

Marcação individual

Explique o que é um sistema de marcação por zona

A marcação individual é a busca constante pelo adversário que algum jogador deve marcar. É exatamente como disse anteriormente sobre as peladas amadoras. O jogador “A” deve marcar o jogador “B” em todos os seus deslocamentos ofensivos. O famoso “homem a homem”. Mas também pode ser por posição ou setor, como: “lateral pega lateral”, “volante pega meia” etc.).

O problema de se fazer a marcação individual, é que a equipe pode acabar sendo manipulada pelo adversário, fazendo com que as peças defensivas se desloquem de forma que abra espaços para infiltrações ou até mesmo finalizações.

Mas antes de passar para outro tipo de marcação, precisamos entender que esse tipo de marcação individual já não agrega muita coisa, pois não basta você escolher marcar o pior ou melhor jogador do adversário independente do espaço do campo de jogo. Por isso, existem algumas variações, como a marcação individual por setor.

Explique o que é um sistema de marcação por zona

Na imagem acima, é usado o número 6 e o número 8 da equipe preta e branca como exemplos. Cada um com seu setor definido. É nesse espaço determinado, que o jogador marca o adversário que invade esse espaço, como na próxima imagem.

Explique o que é um sistema de marcação por zona

Nesse exemplo, o número 7 da equipe adversária invade o setor do número 6, mas acaba cortando em direção ao meio. Dessa forma, ele sai do espaço do número 6, e entra no espaço do número 8. Com isso, o número 6 deixa de acompanhar o jogador e protege seu setor de outros invasores.

Contudo, ainda que tenha entrado no espaço do número 8, o adversário está à frente dele, mais próximo do número 4. Por isso, é o número 4 que fará a marcação no adversário. Dependendo da circunstância, isso continua sendo perigoso, pois o zagueiro pode abrir um espaço nas suas costas para a infiltração de outro adversário ou do próprio portador da bola ao sofrer um drible.

Em outras matérias, falaremos ainda de outras opções, como a marcação por encaixes curtos.

Marcação por zona

Explique o que é um sistema de marcação por zona
Crédito: Mowa Press

Por isso, a marcação por zona se mostra mais eficaz. Sua organização é feita em linhas e seus movimentos são feitos a partir dos movimentos de seus próprios companheiros, ao contrário da marcação individual, onde seu movimento depende do adversário.

Contudo, é preciso uma boa obediência tática para que as linhas da equipe se comportem de maneira eficaz. A marcação em zona busca otimizar a ocupação dos espaços, impondo um controle de posição e região, tentando obter vantagem numérica em todos os setores do campo de jogo.

Explique o que é um sistema de marcação por zona

Mas para isso, como podemos observar na imagem a seguir, é preciso treinar situações de jogo como a flutuação. Quando o marcador vai atrás do adversário ou quando uma bola é invertida, por exemplo, as linhas da equipe precisam flutuar juntas para o lado que se deve marcar. Sempre mantendo a obediência tática.

Explique o que é um sistema de marcação por zona

Ao contrário da marcação individual, o defensor não ataca o adversário abrindo espaços, pois toda a linha desse mesmo defensor, flutua na direção dele, impedindo buracos na defesa. A flutuação é definida como a orientação em larga escala, para a equipe movimentar-se quando a bola, estando com o adversário, for passada de um lado para o outro.

Dessa forma, é possível fechar mais a linha e impedir infiltrações e finalizações. Portanto, mesmo que um defensor se desloque para frente, abandonando a linha de marcação, seus companheiros irão cobrir sua falta, como mostra a imagem a seguir.

Explique o que é um sistema de marcação por zona

Marcação mista

Explique o que é um sistema de marcação por zona

Como o nome propõe, a marcação mista utiliza a marcação individual e a marcação em zona. Entretanto, em situações diferentes e específicas do jogo, alternando-as de acordo com cada situação. Como mostra a imagem acima, no momento do escanteio, a equipe do Corinthians marca das duas formas. Contudo, durante o jogo, o comportamento da equipe, acontece apenas de forma zonal.

Para isso, o time precisa estar com todos os movimentos afiados para não se confundir ou se prejudicar. Com o pouco tempo de treino das equipes, é muito difícil fazer isso, pois o tempo de assimilação se torna um empecilho. Como Jair Ventura falou para a PressFut (clique aqui para ler a entrevista), na maioria das vezes, o treino é feito em salas de vídeo, pois não há tempo de se treinar muito e ao mesmo tempo respeitar o regenerativo do elenco. Logo, assimilar duas estratégias diferentes e colocá-las em prática, é muito difícil de acontecer, principalmente no Brasil e em países com o calendário mais apertado.

Marcação híbrida

Explique o que é um sistema de marcação por zona

Explique o que é um sistema de marcação por zona

A marcação híbrida também possui características da marcação individual e em zona ao mesmo tempo. Porém, ela utiliza esses tipos de marcação em estratégias bem definidas para a recuperação da posse da bola. O que pode acontecer, é o que mostra a imagem acima. A Holanda de Van Gaal marcava por zona, mas utilizava o De Jong para fazer uma marcação individual no Messi. Algo bem comum de se fazer com craques.

Portanto, cada tipo de marcação possui suas vantagens e desvantagens. O grau de complexidade das marcações sobem de nível da mesma forma crescente em que apresentamos cada uma delas. E essas complexidades, envolvem todas as variáveis de cada tipo de marcação adotada. Ou seja, imagine a dificuldade de adotar os últimos dois tipos, que unem os dois primeiros.

No Brasil, isso se torna ainda mais difícil. É preciso treinar isso já nas categorias de base. Nossos atletas são pouco estimulados a compreender as variações de cada tipo de sub-sistema de marcação. O exemplo no início do texto, aparece novamente. No futebol amador, a única forma de marcação que pensamos, é a individual. Por isso, é necessário estimular ainda nas categorias de base, uma maior compreensão de mudanças em um modelo de jogo.