Em grandes centros urbanos industrializados especialmente nos meses mais frios

Em grandes centros urbanos industrializados especialmente nos meses mais frios

Alterações Climáticas Rios voadores •Os rios voadores são “cursos de água atmosféricos”, formados por massas de ar carregadas de vapor de água, muitas vezes acompanhados por nuvens, e são propelidos pelos ventos. Essas correntes de ar invisíveis passam em cima das nossas cabeças carregando umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. •Essa umidade, nas condições meteorológicas propícias como uma frente fria vinda do sul, por exemplo, se transforma em chuva. É essa ação de transporte de enormes quantidades de vapor de água pelas correntes aéreas que recebe o nome de rios voadores – um termo que descreve perfeitamente, mas em termos poéticos, um fenômeno real que tem um impacto significante em nossas vidas. Rios voadores • Todas as previsões indicam alterações importantes no clima da América do Sul em decorrência da substituição de florestas por agricultura ou pastos. Ao avançar cada vez mais por dentro da floresta, o agronegócio pode dar um tiro no próprio pé com a eventual perda de chuva imprescindível para as plantações. • O Brasil tem uma posição privilegiada no que diz respeito aos recursos hídricos. Porém, com o aquecimento global e as mudanças climáticas que ameaçam alterar regimes de chuva em escala mundial, é hora de analisarmos melhor os serviços ambientais prestados pela floresta amazônica antes que seja tarde demais. Chuvas Ácidas Imagem: A origem da chuva ácida / Autor: NHSavage/Zazou / public domain in the United States. Fontes Gases poluentes na atmosfera Partículas poluentes na atmosfera A água da nuvem é poluída e precipita Antropogênico Natural Receptores D e p ó s it o S e c o D e p ó s it o S e c o Depósito Molhado Chuva ácida é um fenômeno atmosférico que ocorre especialmente em países com elevado nível de industrialização. Consiste na precipitação com elevada acidez, ou seja, a chuva possui grande concentração de ácidos como o dióxido de enxofre Uma das consequências: • contaminação da água potável; • perdas em atividades agrícolas; • destruição de cobertura vegetal; • contaminação/alteração de ecossistemas aquáticos; • modificação das propriedades físico- químicas do solo; • aumento de processos erosivos pela exposição do solo; • deterioração de monumentos históricos, artísticos e arquitetônicos; • ação corrosiva sobre metais (construções e estruturas como barragens e turbinas de geração de energia). Chuvas Ácidas Microclima Urbano ✓ São variações em um determinado tipo de clima em áreas geográficas muito restritas, ou seja, áreas com algumas características diferentes das áreas vizinhas, como temperatura, índice de chuvas, circulação de ventos etc. ✓ São climas locais, de lugares específicos que foram modificados em função de fatores produzidos pelo ser humano, como: desmatamento, construção de rodovias e edifícios, poluição do ar, construção de represas, etc. ✓ A industrialização e a urbanização desordenadas multiplicam as construções antrópicas e a produção de poluentes atmosféricos, capazes de reter mais calor na baixa atmosfera, aumentando, consequentemente a temperatura média e a pluviosidade locais. ✓Portanto, é, especialmente, por isso que a quase totalidade das grandes cidades apresentam sensação térmica mais quente, abafada e chuvosa que as áreas rurais vizinhas. GEOGRAFIA, 6º Ano do Ensino Fundamental Os diversos tipos de climas e a relação com os regimes de chuvas • O microclima é área relativamente pequena cujas condições atmosféricas diferem da zona exterior. Os microclimas geralmente formam-se quando há barreiras geomorfológicas, ou elementos como corpos de água ou vegetação. • Há ainda casos de microclimas urbanos, onde as construções e emissões de poluentes atmosféricos dão origem ao aumento da temperatura, tal como da composição natural do ar, provocando diferenças de temperatura, composição da atmosfera, umidade e precipitação, entre outros componentes do clima. • O microclima urbano como o próprio nome já indica, pode se desenvolver nas grandes metrópoles. Microclima Urbano Bairro de Pituaçu. Bairro do Corredor da Vitória. Bairro de Brotas. Ilhas de calor •Ilhas de calor é o nome que se dá a um fenômeno climático que ocorre principalmente nas cidades com elevado grau de urbanização. Nestas cidades, a temperatura média costuma ser mais elevada do que nas regiões rurais próximas •Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto; •Falta de áreas revestidas de vegetação, prejudicando o albedo, o poder refletor de determinada superfície(quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) e logo levando a uma maior absorção de calor; •Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiros e galerias, o que reduz o processo de evaporação, assim não usando o calor, e sim absorvendo; •Concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos; •Poluição atmosférica que retém a radiação do calor, causando o aquecimento da atmosfera (Efeito Estufa); •Utilização de energia pelos veículos de combustão interna, pelas residências e pelas indústrias, aumentando o aquecimento da atmosfera. Efeito Estufa – Aquecimento Global Imagem: Efeito estufa / User:Rugby471/User:Raafael / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported •O efeito estufa é um fenômeno natural que garante a temperatura adequada para a vida na Terra. Ele consiste em uma camada de gases que envolve o planeta. •O aquecimento global é um fenômeno climático que consiste no aumento das temperaturas médias do planeta e das águas dos oceanos. Ele é o resultado da intensificação do efeito estufa. Efeito Estufa – Aquecimento Global El Niño Fenômeno atmosférico- oceânico caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais no Oceano Pacífico na região do Equador, capaz de alterar os padrões de circulação do vento a nível mundial, e, consequentemente, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. GEOGRAFIA, 6º Ano do Ensino Fundamental Os diversos tipos de climas e a relação com os regimes de chuvas Imagem: impactos regionais do El Niño / Autor: NOAA / public domain in the United States. El Niño •O Pacífico tropical central está mais quente que a média há vários meses, mas os ventos, chuvas e nebulosidade permanecem neutros. •Para setembro-novembro, o neutro permanece mais provável (chance de 45%), La Niña é o segundo mais provável (34%) e El Niño é menos provável (21%). La Niña Fenômeno oceânico- atmosférico com características opostas ao El Niño. Caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Esse fenômeno também altera o comportamento dos ventos e as climáticas em algumas regiões da Terra, mas em intensidade menor que o El Niño. GEOGRAFIA, 6º Ano do Ensino Fundamental Os diversos tipos de climas e a relação com os regimes de chuvas Imagem: impactos regionais do La Niña / Autor: NOAA Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported. •**Previsão para o Brasil** A previsão do Inmet é de maior probabilidade de chuvas na região Norte do Brasil, no Norte do Nordeste e Sudoeste de MT. A precipitação deve ser acima da média histórica registrada pelo instituto. Já em uma área que cobre uma faixa do leste de Goiás, passando por Minas, até o Rio de Janeiro, a previsão é de poucas chuvas devido ao aquecimento das águas no Pacífico e a influência do La Niña. O mesmo deve ocorrer em uma pequena porção no sudoeste do Rio Grande do Sul. La Niña Efeitos das chuvas ácidas em monumentos. Inversão Térmica A inversão térmica é um fenômeno atmosférico muito comum nos grandes centros urbanos industrializados, sobretudo naqueles localizados em áreas cercadas por serras ou montanhas. Esse processo ocorre quando o ar frio (mais denso) é impedido de circular

Em grandes centros urbanos industrializados especialmente nos meses mais frios
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A inversão térmica é um problema ambiental urbano ocasionado pela retenção de ar frio próxima à superfície das cidades, evitando que os poluentes se dispersem na atmosfera, o que deixa o espaço geográfico com uma aparência mais “cinzenta”. Sua ocorrência é considerada natural, porém os seus efeitos podem se agravar em função das atividades humanas relacionadas com a emissão de gases poluentes.

É importante lembrarmos duas questões básicas: a primeira é que o ar quente sempre sobe, por ser menos denso, e o ar frio sempre desce; a segunda é que a superfície, por refletir os raios solares, sempre aquece o ar mais próximo.

Assim, em condições normais, o ar quente mais próximo à superfície sobe e o ar mais frio da atmosfera desce. Quando esse ar frio que desceu se aproxima do solo, ele volta a se aquecer, reiniciando um ciclo que forma as células de convecção da atmosfera. Esse movimento é importante por “renovar” o ar utilizado na respiração e proporcionar uma maior movimentação das massas e dos ventos.

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Condições normais: os poluentes dispersam-se facilmente na atmosfera

A inversão térmica ocorre quando os raios solares – geralmente em finais de tarde e em períodos de inverno – tornam-se mais fracos e a superfície terrestre torna-se menos capaz de aquecer o ar. Assim, o ar frio fica estacionado sobre os solos e fica recoberto por uma camada de ar quente, que também não consegue se movimentar.

Esse processo não teria nenhum problema se ele não fosse o responsável por “segurar” os gases poluentes emitidos, sobretudo, nos espaços urbanos, provenientes das chaminés das fábricas e, principalmente, dos escapamentos dos veículos motorizados.

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Inversão térmica: os poluentes encontram dificuldades para se dispersarem

A consequência desse fenômeno é uma maior concentração nos índices de poluição do ar, causando graves problemas respiratórios e ambientais, deixando o ar das cidades mais “sujo” e com uma aparência mais escura. Nas grandes cidades, em períodos de inverno, é comum a adoção de medidas para conter a emissão de poluentes, como o rodízio de carros para diminuir o fluxo e a imposição de sanções contra fábricas poluidoras.

A inversão térmica é um exemplo de como os chamados microclimas podem apresentar problemas à vida em sociedade, uma vez que, independente das condições climáticas globais, o tempo nas cidades torna-se bastante prejudicial à qualidade de vida das pessoas.