Descreva o que diferenciava o preço do açúcar do Brasil no século XVI

O açúcar era um produto muito apreciado pelos europeus e também um dos mais caros.  Até o final do século XIV era utilizado na Europa como remédio ou tempero exótico. A partir do final do século XV o açúcar se tornara um produto de consumo da nobreza e da burguesia europeias.  Era chegado o tempo da Economia Açucareira no Brasil. Veja a aula e responda o Simulado no final!

Você sabia que devido a seu alto valor no mercado, porções de açúcar eram, muitas vezes, deixadas como herança em testamentos? Ou dadas como presente a reis e nobres? Com isso dá para você imaginar como este produto gerou enormes lucros para Portugal. 

Descreva o que diferenciava o preço do açúcar do Brasil no século XVI
Agora fica fácil de você entender por que a Coroa portuguesa decidiu produzir cana-de-açúcar no Brasil quando decidiu colonizar as terras brasileiras:

  • O açúcar alcançava altos preços na Europa;
  • O solo e o clima favoráveis do litoral propiciaram o cultivo da cana;
  • Os portugueses já tinham experiência no cultivo de cana-de-açúcar e na montagem de engenhos porque desde o século XV produziam açúcar nas ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde.

Se liga na dica? Assim como o Enem, vários vestibulares de todo o Brasil fazem questões sobre as características da produção de açúcar no Brasil colonial quanto: ao tipo de cultura, a extensão de terra, a mão de obra e ao mercado consumidor.

A Economia Açucareira no Brasil

Confira agora com a professora Ana Cristina Peron, do canal do Curso Enem Gratuito, as dicas básicas para você mandar bem na prova quando as questões abordagem o Brasil Colonial, em especial o Ciclo da Cana de Açucar.

https://youtu.be/G8jMJpQqDwY

As dicas da Ana Cristina:

  1. O açúcar brasileiro foi um produto muito forte economicamente no período colonial, já que não podia ser produzido na Europa por fatores climáticos.
  2. Apesar disso, era consumido pela nobreza e pela rica burguesia em forma de doces, remédios e utilizado para conservação de alimentos. Por conta desta alta procura e baixa oferta, a economia açucareira tornou-se um setor muito lucrativo para produtores e investidores.
  3. O Ciclo da cana de açúcar no Brasil, como é conhecido o período da economia açucareira na época do Brasil colonial, começou na metade do século XVI, e durou até à primeira metade do século XVIII.
  4. A cana-de-açúcar foi tão explorada que se tornou responsável por movimentar outra grande economia: o tráfico de milhões de africanos através do Atlântico.
  5. Nesta aula acima, a professora Ana Cristina te explica mais sobre o ciclo da cana de açúcar no Brasil. Bora!

Que tal ver agora como era o processo de fabricação do açúcar? 

Descreva o que diferenciava o preço do açúcar do Brasil no século XVI
Observe a imagem acima e preste atenção nas etapas de produção do chamado “ouro branco”.

Mas, você deve estar se perguntando: Quanto custava para se instalar um engenho de cana? Bem, não era nada barato montar um engenho! 

Descreva o que diferenciava o preço do açúcar do Brasil no século XVI
Como o governo português não tinha recursos necessários para financiar este empreendimento, o dinheiro aplicado nos primeiros engenhos foi emprestado por banqueiros holandeses (na época, os mais ricos da Europa) e italianos, mas, algum tempo depois, os senhores de engenho produziam açúcar com seus próprios recursos.

Os holandeses exigiram o direito de refinar o açúcar e vendê-lo no mercado europeu. Além disso, recebiam os juros cobrados pelos empréstimos ficando com a maior parte dos lucros. Era nos engenhos que se desenvolvia a produção da cana. Moendas, caldeiras, tachos, fôrmas, depósitos e outras instalações davam um caráter fabril ao espaço.

Aula Gratuita sobre o Brasil Colonial

Para você compreender bem o contexto da Economia Açucareira a dica do Blog do Enem é você assistir agora a uma aula (rápida) sobre as características do Brasil Colonial. É com o professor Felipe Oliveira, do canal Curso Enem Gratuito. Veja, e depois siga no texto para entender o que era um Engenho de Açúcar naquela época.

https://youtu.be/RX2eB7zf87g

Gostou da aula? Show! Então, agora vamos ao Engenho de Açúcar:

Você sabia que inicialmente o engenho era o nome dado ao equipamento usado na fabricação do açúcar? E que com o tempo passou a designar toda a fazenda de cana? Não?

Então observe a imagem e fique atento à divisão de um engenho típico do Nordeste açucareiro.

Descreva o que diferenciava o preço do açúcar do Brasil no século XVI

  1. – casa-grande (moradia do senhor de engenho);
  2.  – capela (onde se realizavam batizados, missas etc.);
  3.  – senzala (moradia dos escravos);
  4.  – roda d’água;
  5.  – moenda (onde a cana era moída);
  6.  – fornalha;
  7.  – cozimento do caldo;
  8.  – casa de purgar (onde o melado permanecia até cristalizar);
  9.  – roça (onde se plantavam os alimentos);
  10.  – moradia dos trabalhadores livres;
  11.  – canavial;
  12.  – transporte de lenha;
  13.  – transporte de cana.

Fonte: RODRIGUEZ, Joelza Ester Domingues. História em documento: imagem e texto, 7º. ano.  Ed. renovada. São Paulo: FTD, 2009. p. 243.

A cana era produzida em grande quantidade (monocultura) e em grandes extensões de terra (latifúndios) com mão de obra escrava (inicialmente indígena e depois africana) para atender ao mercado externo. 

Simulado Enem Online: A Economia Açucareira

Teste o seu nível em 10 questões online. O gabarito do Simulado sobre o Brasil Colonial da Economia Açucareira sai na hora, com aulas de reforço para os temas que você não acertar.

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Olha o Simulado aqui!

 

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  1. (Mackenzie SP/2017)

    No Brasil do século XVI, a sociedade tinha, no engenho, o centro de sua organização.

    Assinale a alternativa que NÃO atesta a importância do engenho no período colonial.

    • A grande propriedade era monocultora e também escravocrata, voltada para o mercado externo, sendo a montagem da estrutura de produção açucareira, um empreendimento de alto custo.
    • Os senhores de engenhos, por serem proprietários de terras e escravos, detinham o poder político e controlavam as Câmaras Municipais, sendo denominados de “homens bons”, estendendo tal poder para o interior de sua família.
    • Alguns engenhos funcionavam como unidades de produção autossuficientes, pois além de oficinas para reparos de suas instalações, produziam alimentos necessários à sobrevivência de seus moradores.
    • No engenho também havia alguns tipos de trabalhadores assalariados, como o feitor, o mestre de açúcar, o capelão ou padre, que se sujeitavam ao poder e à influência do grande proprietário de terras.
    • Os grandes engenhos contavam com toda a infraestrutura não apenas para atender às necessidades básicas de sobrevivência, mas voltadas à atividade intelectual que tornava o engenho centro de discussões comerciais.

    Correto

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    Incorreto

    Resposta incorreta. Revise o conteúdo nesta aula para acertar na hora da prova!

  2. (PUC RS/2017)

    Sobre o processo de exploração colonial do Brasil por Portugal, é correto afirmar:

    • Foi dividido em três ciclos de exploração econômica: produção açucareira, no litoral da região Nordeste; mineração, no Sudeste e Centro- Oeste; e extrativismo da borracha, no Norte.
    • Caracterizou-se por relativa estabilidade política, na medida em que, durante a colonização, não ocorreram movimentos revolucionários de contestação ao Pacto Colonial.
    • Levou ao desenvolvimento das manufaturas locais, como consequência da exploração de ouro durante o período da mineração (século XVIII), o que permitiu o acúmulo de capital e a criação de um mercado interno na colônia.
    • Em 1709, foi criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, em decorrência da descoberta de ouro e do início da extração aurífera na região de Minas Gerais.
    • Teve como base do trabalho a mão de obra escrava, que era trazida da África, tendo em vista que, por receio de rebelião das populações originais da colônia, não houve escravidão indígena.

    Correto

    Parabéns! Siga para a próxima questão.

    Incorreto

    Resposta incorreta. Revise o conteúdo nesta aula para acertar na hora da prova!

  3. (UNIFOR CE/2017)

    O Complexo Econômico Nordestino estruturou-se no Nordeste do Brasil ao longo dos séculos XVI e XVII, a partir da produção de cana de açúcar para exportação. Esta produção articulou-se com a pecuária no interior da região. Sobre este período da história econômica do Brasil pode-se afirmar que:

    I. O aproveitamento do escravo indígena revelou-se inviável na escala requerida, o que levou ao aprofundamento da importação de africanos. II. A criação de gado no interior do Nordeste ocorreu, especialmente, para abastecer a região açucareira de carne e animais de tiro. III. O crescimento destas economias se dava intensivamente incorporando as mais modernas técnicas produtivas. IV. As “Invasões Holandesas” foram consequências do alto interesse comercial e financeiro dos holandeses no negócio do açúcar.

    V. O desenvolvimento de uma economia açucareira nas Antilhas, depois da expulsão dos holandeses do Brasil, em nada prejudicou o florescimento da Região Nordeste do Brasil.