História Há diversos tipos de censos possíveis de realização, como: censo agropecuário, censo eleitoral, censo escolar, censo demográfico etc. Neste momento abordaremos somente o censo ou recenseamento demográfico, que é uma pesquisa sobre a população de um determinado país ou território e que possibilita a coleta de diversas informações, tais como o número de habitantes, o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem essas pessoas e o trabalho que realizam, entre outras coisas. Esse estudo é realizado normalmente a cada dez anos na maioria dos países. Segundo a definição da ONU, "um recenseamento de população pode ser definido como o conjunto das operações que consistem em recolher, agrupar e publicar dados demográficos, econômicos e sociais relativos a um momento determinado ou em certos períodos, a todos os habitantes de um país ou território". O recenseamento é uma contagem periódica e realiza-se no Brasil de dez em dez anos. O órgão oficial do governo brasileiro responsável pelo planejamento, sistematização, organização e análise dos dados é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Neste ano de 2010 realizaremos o 12º Censo Demográfico, de 1º de agosto até 31 de outubro. O Censo é a mais completa fonte de informação de que o país dispõe para conhecer as condições de vida da população nas áreas urbanas e rurais dos atuais 5.565 municípios brasileiros. O primeiro Censo no Brasil foi realizado em 1872 e revelou que na época do Império éramos 10.112.061 habitantes. Iniciamos o século XX com 17.318.556 habitantes (1900) e encerramos o mesmo século com 169.799.170 habitantes (2000). O Censo nada mais é do que um grande retrato em extensão e profundidade da população brasileira e das suas características socioeconômicas e, ao mesmo tempo, é a base sobre a qual deverá se assentar todo o planejamento público e privado da próxima década. Em resumo, o Censo nos dirá quantos somos, como somos, onde estamos e como vivemos. Objetivos Os Censos mostram a evolução da população de um país e a estrutura etária dessa população; o nível de educação, saúde, emprego e renda; deficiência visual, auditiva e locomotora; condições de habitação e acesso a serviços públicos de saneamento, água potável, energia elétrica, telefonia e internet. Além de verificar a existência de calçamento, iluminação pública, esgoto a céu aberto, depósito de lixo próximo a cada rua. O censo de 2010 inovará na utilização de um computador de mão que estará equipado com GPS e captará as coordenadas de localização de escolas e estabelecimentos de saúde da área rural, gerando um cadastro com informações sobre essas unidades para integrar e alimentar sistemas de informação de diversos órgãos. Metodologia e universo Percorrer por inteiro um país como o Brasil, de dimensões continentais, com cerca de 8 milhões de km² de um território heterogêneo e, muitas vezes, de difícil acesso, é uma tarefa que envolve grandes números e uma logística de guerra. Veja, a seguir, os números que mostram as dimensões do Censo 2010, segundo o IBGE.
Orson Camargo Colaborador Brasil Escola Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Sociologia - Brasil Escola A contagem de população é o cálculo quantitativo do número de pessoas em uma dada região, cidade ou estado de um determinado país.
No Brasil, a contagem oficial de população é realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma fundação de direito público interno ligada ao Ministério da Economia, que no intervalo entre dois censos demográficos, aproximadamente cinco anos depois e cinco anos antes, quantifica o número de habitantes dos municípios brasileiros.
É uma ferramenta recente, tendo sido implementada pela primeira vez pelo governo no ano de 1996, para registrar fenômenos migratórios e atender a demandas de novos municípios que surgem no período inter-censos.[1] Além disso, a contagem da população é baseada na obrigatoriedade do fornecimento de estatísticas populacionais, definida pela lei nº 8.443 de 16 de julho de 1992.[2] O objetivo principal da contagem é atualizar os dados estatísticos populacionais no intuito de orientar políticas e ações públicas com informações atualizadas sobre a população. Além disso, todos os municípios do país recebem o chamado Fundo de Participação dos Municípios (FPM), um repasse de verba da União, cujo quociente da fatia percentual é calculado com base na quantidade de habitantes levantada pelo IBGE nas estimativas anuais, na contagem populacional e no censo demográfico. Contagem da população 2007No ano de 2007, cerca de 70 mil recenseadores foram contratados pelo IBGE para realizar a coleta de informações populacionais, que ocorreu no período de 16 de abril a 31 de agosto de 2007, apesar de a consolidação e depuração dos dados coletados terem se estendido até o final do mês de setembro. A contagem da população foi realizada somente nos municípios com até 170 mil habitantes — pois a partir desta faixa, o coeficiente para o cálculo do FPM torna-se constante —, excetuando-se 21 municípios em algumas unidades da federação que vão além deste limite, mas que também foram recenseados pelo fato de que sobrariam um ou dois destes para que todo o estado fosse recenseado. No intuito de cortar gastos, o governo federal realizou, concomitantemente à contagem, o censo agropecuário 2006, que inicialmente seria realizado um ano antes. Na contagem realizada em 2007, o IBGE inovou ao substituir os antigos questionários de papel pelo questionário eletrônico. Trata-se de um computador de mão ou personal digital assistant (PDA), que foi utilizado pelo recenseadores durante a coleta de dados. Estima-se que foram comprados cerca de 86 mil PDA's para a realização da contagem e do censo agropecuário.[3] Contagem da população 2016A Contagem da população que estava prevista para o ano de 2015, foi adiada para 2016 e depois cancelada devido a falta de recursos.[4][5]
Levantamentos que têm como base a coleta de dados nos domicílios constituem as principais fontes estatísticas sociodemográficas, dentre as quais o Censo Demográfico, realizado decenalmente, se destaca como núcleo. Ao meio da década, no intervalo entre dois Censos, é efetuada a Contagem da População, operação também censitária que visa atualizar os contingentes populacionais municipais e subsidiar o cálculo de suas estimativas anuais nos anos subsequentes. De natureza amostral, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua produz indicadores trimestrais sobre as tendências e flutuações da força de trabalho e indicadores anuais sobre temas suplementares. Ela propicia uma cobertura territorial mais abrangente que a da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, encerrada em 2016. A Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, de periodicidade quinquenal, oferece um perfil das condições de vida da população a partir da análise dos orçamentos domésticos, além de informações sobre as características dos domicílios e das famílias e sobre a autoavaliação subjetiva da qualidade de vida. Ainda como fonte de estatísticas sociodemográficas, encontram-se investigações fundamentadas em registros administrativos, como a Pesquisa Estatísticas do Registro Civil e a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB, entre outras. Estatísticas EconômicasAgropecuária O Censo Agropecuário, de periodicidade quinquenal, segundo a legislação, constitui o núcleo das fontes estatísticas desse setor econômico. O levantamento investiga, a partir dos estabelecimentos agropecuários, a organização fundiária (propriedade e utilização das terras), o perfil de ocupação da mão de obra e o nível tecnológico incorporado ao processo produtivo, entre outros temas estruturais de relevância. Para o acompanhamento anual do setor, destacam-se levantamentos como a Produção Agrícola Municipal - PAM, a Pesquisa da Pecuária Municipal - PPM e a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura - PEVS. O acompanhamento conjuntural é realizado por meio de variadas pesquisas mensais, trimestrais e semestrais. Indústria, Construção, Comércio e Serviços Levantamentos de natureza amostral, como a Pesquisa Industrial Anual - Empresa - PIA-Empresa, a Pesquisa Industrial Anual - Produto - PIA-Produto, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção - PAIC, a Pesquisa Anual de Comércio - PAC e a Pesquisa Anual de Serviços - PAS, visam identificar as características estruturais básicas dos segmentos empresariais desses setores econômicos. O acompanhamento conjuntural é realizado por meio de pesquisas mensais. Para atividades selecionadas, a Pesquisa de Inovação - PINTEC, realizada trienalmente, investiga informações sobre as empresas que implementaram inovação, ou seja, que introduziram produto e/ou processo novo ou substancialmente aprimorado. Preços e Custos Os índices de preços, produzidos contínua e sistematicamente, constituem indicadores essenciais para o acompanhamento da economia. O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - SNIPC produz, entre outros, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA. O primeiro visa corrigir o poder de compra dos salários por meio da mensuração das variações de preços da cesta de consumo das famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos. O segundo visa medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos. O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI permite acompanhar a evolução dos salários medianos da mão de obra e dos preços medianos dos materiais, máquinas, equipamentos e serviços da construção, contemplando os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação. Além desses indicadores, o Índice de Preços ao Produtor - IPP, cujo âmbito são as indústrias extrativas e de transformação, objetiva mensurar a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo. Contas Nacionais As Contas Nacionais oferecem uma visão de conjunto da economia e descrevem os seus fenômenos essenciais - produção, consumo, acumulação e riqueza -, fornecendo uma representação compreensível e simplificada, porém completa, desse conjunto de fenômenos e de suas inter-relações, bem como das relações entre a economia nacional e o resto do mundo. Seus resultados anuais abarcam o Sistema de Contas Nacionais - SCN, o Sistema de Contas Regionais - SCR e o Produto Interno Bruto dos Municípios - PIB dos Municípios. O acompanhamento conjuntural é realizado por meio do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais - SCNT. As Contas Econômicas Ambientais - CEA, que fornecem a contabilidade de recursos naturais associados à atividade econômica, também integram as Contas Nacionais. Informações de GeociênciasSistema Geodésico BrasileiroConstitui-se de um conjunto de estações (marcos) materializadas no terreno, implantadas e mantidas pelo IBGE, cuja posição serve como referência precisa a diversos projetos de engenharia - construção de estradas, pontes, barragens etc. - mapeamento, geofísica, pesquisas científicas, dentre outros. Mapeamento Geográfico, Topográfico e MunicipalAbrange as cartas topográficas e mapas delas derivados - Brasil, regionais, estaduais e municipais - que constituem as bases sobre as quais se operacionalizam os levantamentos e são representados seus resultados, em uma abordagem homogênea e articulada do território nacional. O IBGE vem produzindo o mapeamento topográfico do Brasil de forma sistemática, em escalas padronizadas (menores que 1:25.000), de acordo com o grau de desenvolvimento instalado ou projetado no território. Estruturas TerritoriaisAcompanha a evolução da divisão político-administrativa e das divisões regionais e setoriais do território, delimitando e representando áreas legais e bases operacionais para pesquisas estatísticas e geográficas. Recursos Naturais e Meio AmbienteRealiza mapeamentos, estudos e pesquisas de temas relativos ao meio físico (relevo, solo, clima, geologia) e ao meio biótico (fauna e flora) e promove a caracterização e avaliação das condições ambientais e dos impactos, gerados pela ação do homem, que comprometem o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida da população. Informações GeográficasSão elaboradas, a partir de análises espaciais, as regionalizações do território que, ao produzir recortes territoriais em diferentes escalas, a exemplo das microrregiões geográficas, subsidiam o levantamento e a disseminação de estatísticas e a formulação e monitoramento de políticas públicas. A partir de sínteses temáticas são produzidas visões regionais e nacionais, a exemplo do Atlas Nacional do Brasil. DisseminaçãoO provimento de informações pelo IBGE é realizado através da sua rede nacional de disseminação, com áreas de atendimento em todas as capitais e nas principais cidades, oferecendo um dos maiores acervos especializados em informações estatísticas e geográficas do país. Este acervo constitui-se de publicações impressas e eletrônicas, como também de bases de dados. Através da Internet, o IBGE estabelece seu principal canal de comunicação com o usuário, disponibilizando os resultados das pesquisas em páginas dinâmicas e arquivos para download e banco de dados (Sistema IBGE de Recuperação Automática). O IBGE oferece, também, atendimento especializado via e-mail () e de informações rápidas através de um call center (0800 721 8181). Os produtos do IBGE são comercializados nas principais livrarias do país e também na Internet. Uma das importantes fontes para conhecer a produção do Instituto é o Catálogo do IBGE, que fornece pontos de acesso ao valioso acervo de informações sociais, econômicas e territoriais. |