O Ensaio triaxial ou ensaio de compressão triaxial consiste na determinação dos parâmetros de resistência ao cisalhamento dos solos que é utilizado principalmente para cálculos de fundações e pavimentos em estradas e rodovias. A principal vantagem de se utilizar o ensaio triaxial se deve ao fato de ser o método que mais se aproxima as condições reais do solo, pois é possível simular as cargas axiais e radiais que o solo está submetido. Os principais tipos de ensaio de compressão triaxial estático são: Ensaio de compressão não confinada, Ensaio não consolidado não drenado, Ensaio consolidado não drenado, e Ensaio consolidado drenado. O Ensaio triaxial dinâmico consiste na aplicação de cargas cíclicas similares as sofridas pelos pavimentos rodoviários originadas do tráfego de veículos sobre o pavimento. Para isso é necessário se determinar o Módulo de Resiliência e Deformação Permanente, onde-se combina aplicações de diferentes pares de tensões no corpo de prova, tensões desviadoras cíclicas (com frequência ajustável) combinada com pressões confinantes. Nesse artigo iremos abordar as principais características e normas para a realização destes ensaios, mas antes vamos sanar algumas dúvidas recorrentes com relação aos ensaios que são:
O ensaio triaxial consiste em uma técnica para a mensuração dos parâmetros de resistência ao cisalhamento de solos que pode ser: arenoso, argiloso, humoso e calcário. O ensaio de compressão triaxial também pode ser aplicado a rochas. O ensaio triaxial é composto por 4 tipos principais: • Ensaio de compressão não confinada (UC) – Unconfined Compression (norma ASTM D2166) • Ensaio não consolidado não drenado (UU) – Unconsolidated undrained (norma ASTM D2850) • Ensaio consolidado não drenado (CU) – Consolidated undrained (norma ASTM D4767) • Ensaio consolidado drenado (CD) – Consolidated drained (norma ASTM D7181) Sua aplicação é geralmente encontrada na construção civil e geotecnia utilizada principalmente para cálculos de fundações e pavimentos em estradas e rodovias ISSN 18088449 Conclusão Por meio deste trabalho, foi possível determinar os parâmetros de resistência ao cisalhamento das amostras de solo arenoso e argiloso fazendo uso do ensaio de compressão triaxial do tipo adensado não drenado e com deformação controlada. O solo deformado de composição granular foi moldado por compactação dinâmica e submetido a tensões confinantes de 1, 2 e 3 kgf/cm², apresentando plano de ruptura de 61º, ângulos de atrito total e efetivo de 32,20º e 33,72º; e coesões total e efetiva de 1,19 kgf/cm² e 0,12 kgf/cm² respectivamente. Quanto à amostra indeformada de solo fino, que foi esculpida por talhagem e sujeita a níveis de tensão de 0,5, 1 e 2 kgf/cm², exibiu plano de ruptura de 63º, ângulos de atrito total e efetivo de 29,63º e 39,43º; e coesões total e efetiva de 0,14 kgf/cm² e 0,15 kgf/cm² nessa ordem. Verificou- se a dificuldade de comparação entre os resultados das duas amostras em razão das diferentes condições de moldagem empregadas. Recomenda-se, assim, a realização de novos ensaios de compressão triaxial em amostra deformada argilosa a fim de justificar a comparação entre os parâmetros de resistência ao cisalhamento dos dois tipos de solo. Referências BISHOP, A. W., HENKEL, D. J. The Measurement of Soil Properties in the Triaxial Test. 2 ed., London, UK: Edward, 1962. DNER-ME 051/94, Análise Granulométrica. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Rio de Janeiro - RJ, 1994a. DNER-ME 084/95, Determinação da Densidade Real do Grão, Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Rio de Janeiro – RJ, 1995. DNER-ME 162/94, Ensaio de Compactação, Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Rio de Janeiro - RJ, 1994b. DNER-ME 122/94, Determinação do Limite de Liquidez, Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Rio de Janeiro – RJ, 1994c. DNER-ME 082/94, Determinação do Limite de Plasticidade, Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Rio de Janeiro – RJ, 1994d. GERSCOVICH, D. M. S., Resistência ao Cisalhamento. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/resistenciacisalhamento.pdf>. Acesso em: 10 Maio, 2014. HEAD, K. H., Manual of Soil Laboratory Testing. Chichester: John Wiley & Sons Ltd, v.2, 1994. LAMBE, T. W., WHITMAN, R. V., Soil Mechanics. 1 ed. New York: John Wiley & Sons, 1969. MARANGON, M., Tensões no Solo. Universidade Federal de Juiz de Fora, 2009. Disponível em: <http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/ms2_unid02.pdf>. Acesso em: 21 Julho, 2014. MONTEIRO, F. F., Avaliação do Efeito da Dimensão em Ensaios Triaxiais em Solos Arenosos, Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade de Fortaleza, Fortaleza - CE, 2014. PINTO, C. S., Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. Agradecimentos Agradecemos à Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelas bolsas do autor 1 e da coautora 2 respectivamente. |