A milicia popular da venezuela

Em declarações ao canal estatal VTV, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse que mais de 2,3 milhões de combatentes participam nesta atividade, que se estende por “todo o território”.

Conforme avançou a agência espanhola EFE,  os exercícios, em Caracas, designados “Escudo Bolivariano 2020”, decorreram em diversos órgãos do Estado, como o Palácio Legislativo e o Banco Central da Venezuela.

Na quarta-feira, o Presidente da Venezuela explicou que estes exercícios visam pôr em prática a nova Lei Constitucional das Forças Armadas Venezuelanas, nos aspetos organizativo, territorial e operacional.

“Nós, que amamos a Venezuela, avancemos. Não percamos um único dia. É tempo de avançar no nível institucional, político, popular e militar. Ofensiva e batalha permanente!”, disse, na altura, Nicolás Maduro, que falava, em Caracas, durante um ato que assinalou o aniversário do programa estatal Missão Transporte.

O anúncio dos exercícios militares foi realizado no dia seguinte à chegada à capital venezuelana do presidente do parlamento da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, proveniente de um périplo iniciado em 19 de janeiro na Colômbia, tendo depois visitado o Reino Unido, Suíça, Espanha, Canadá, França e Estados Unidos, onde manteve encontros com diferentes governantes, incluindo com o Presidente norte-americano, Donald Trump.

A crise venezuelana agravou-se desde janeiro de 2019, quando Guaidó se autoproclamou Presidente interino da Venezuela para convocar um governo de transição e eleições livres no país.

Os Estados Unidos da América foram o primeiro de mais de 50 países a apoiar Juan Guaidó, tal como Portugal, uma posição tomada no âmbito da União Europeia.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa em evento da Milícia Nacional Bolivariana 17/12/2018 Palácio Miraflores/Divulgação via Reuters

CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na segunda-feira que a milícia civil venezuelana atingiu 1,6 milhão de membros, mais do que triplicando de tamanho desde o início do ano, e que a missão do grupo é defender o país de agressões externas.

O discurso de Maduro a membros da milícia, transmitido na televisão estatal, aconteceu menos de uma semana depois de o líder socialista acusar os Estados Unidos de planejarem invadir o país, que passa por severa crise econômica.

“Nós iremos armar a milícia bolivariana até os dentes”, disse Maduro, sem detalhar quantos membros da milícia estão armados. “Uma força imperialista invasora pode entrar em uma parte da nossa pátria, mas os imperialistas precisam saber que eles não vão sair daqui vivos”.

A Milícia Nacional Bolivariana é uma força de reserva composta por voluntários civis que foi fundada em 2008 pelo ex-presidente Hugo Chávez para auxiliar as Forças Armadas.

Maduro observou na segunda-feira que, em abril, deu a ordem para aumentar o tamanho da força de reserva para 1 milhão de membros. Na época, ele disse que a milícia contava com “quase 400 mil” integrantes.

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A Milicia Nacional Bolivariana da Venezuela, é uma milícia ramo das Forças Armadas Nacionais da República Bolivariana da Venezuela. A sua sede é no Museu Militar Nacional, em Fort Montana, Caracas. O Comandante Geral da Milícia Nacional é o Major-General César Vega González, do Exército Venezuelano, em julho de 2015. A Milícia Nacional comemora o seu aniversário, cada dia 13 de abril, anualmente.

Milícia Nacional Bolivariana da Venezuela
Milicia Nacional Bolivariana de Venezuela
A milicia popular da venezuela

Emblema da milícia desde 2011
País
A milicia popular da venezuela
 
Venezuela
Missão Força reserva das forças armadas
Logística
Efetivo 500 000
  • 1 Organização
  • 2 Controvérsia
  • 3 Referências
  • 4 Ligações externas

Hoje, o Comando Geral da Milícia Nacional é organizado com base em nove agrupamentos reserva, presentes em todo o território nacional, dúzias de "grupos de resistência" (agrupados em torno de trabalhadores contingentes de estado e de empresas do setor privado e de instituições nacionais em todos os níveis), e até mesmo uma recém-criada guarda nacional de brigada,[1] e, no futuro, unidades de aviação.[2][3] É uma força autônoma e auxiliar das Forças Armadas, reportando-se diretamente para o Presidente, o Ministro da Defesa e o Comando Estratégico Operacional. Estima-se, no presente momento, cerca de 400.000 homens e mulheres integram a milícia em diversos níveis de formação, mas o desejo de suas autoridades é chegar a 1 100 000 membros. Hoje, mais de 160.000 homens e mulheres servem ativamente na milícia, com planos de ter um meio de um milhão forte força ativa, da reserva nacional de homens e mulheres em 2015.

A seguir da crise constitucional venezuelana de 2017 e os subsequentes protestos, o Presidente Maduro anunciou a expansão da milícia para incluir 500.000 homens e mulheres, afirmando que o governo iria comprar um novo rifle para cada um.[4]


A milícia tem sido descrita como um "exército político", criado por Hugo Chávez, que tem centenas de milhares de membros em serviço, incluindo os militares reservistas e funcionários de estatais e empresas públicas em todos os níveis. A milícia está "sob o comando direto do presidente" como Comandante em Chefe das Forças Armadas Nacionais (com a autoridade do Ministro da Defesa e do Comandante do Comando Estratégico Operacional) e "são treinados para defender a revolução Bolivariana de inimigos externos e internos". Foi alegado pelo El Mundo que a milícia tem, por vezes, utilizado de "violência para silenciar a dissidência ou de jornalistas que não se curvam ao discurso do regime".




Data da informação: 21.09.2021 08:12:42 CEST

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A milicia popular da venezuela
A milicia popular da venezuela

Membros da Milícia Nacional Bolivariana participam de um desfile em frente ao palácio de Miraflores, em Caracas, no dia 17 de abril de 2017. No final de 2019, Nicolás Maduro disse que a força contava com mais de 3 milhões de membros. (Foto: Federico Parra / AFP)

No final de 2019, Nicolás Maduro juramentou milhares de civis como novos membros da denominada Milícia Nacional Bolivariana. Trajando uniformes bege, homens e mulheres ingressaram no corpo especial que complementa a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

“Já temos 3,3 milhões de milicianos organizados, treinados, armados e dispostos a defender a união da Venezuela”, disse Maduro durante o ato realizado no dia 8 de dezembro.

Um mês antes, Maduro havia ordenado a entrega de mais de 330.000 fuzis aos “nossos milicianos”, para facilitar o deslocamento de tropas e apoiar um plano de segurança com o objetivo de garantir a paz durante as festas de fim de ano. Alguns dos fuzis também foram destinados aos milicianos do estado de Guayana, região rica em ouro e diamantes, para defender as empresas básicas.

A entrega de armas preocupou a Assembleia Nacional, que durante uma sessão no final de novembro considerou o ato “ilegal”. Em abril de 2017, Maduro prometeu entregar “um fuzil para cada miliciano”.

O analista político venezuelano Nicmer Evans, líder do Movimento Democracia e Inclusão, rejeita as cifras do governo de Maduro. No entanto, ele reconhece que o fenômeno das milícias vem se expandindo em todo o território venezuelano.

“É muito difícil determinar o número de seus membros”, disse Evans à Diálogo. “Segundo meus cálculos, deve haver de 300 a 350 organizações paramilitares em nível nacional, cada uma podendo agrupar dezenas de milicianos. No entanto, o regime exagera ao dizer que tem 3 milhões de milicianos armados.”

As origens dos milicianos
De acordo com o Vice-Almirante da Marinha da Venezuela Mario Iván Carratú Molina, ex-chefe da Casa Militar do governo do ex-presidente Carlos Andrés Pérez, a história dos grupos paramilitares na Venezuela começa com o Movimento Bolivariano Revolucionário 200, um grupo de esquerda criado por Hugo Chávez na década de 1980. O grupo tentou dois golpes de Estado contra Pérez em 1992, antes de Chávez assumir a presidência ao vencer as eleições de dezembro de 1998.

“A partir da instalação militar Forte Tiuna […] eles começaram a distribuir armamento aos civis em algumas urbanizações de Caracas, com o objetivo de poder enfrentar uma reação social às mudanças do ordenamento jurídico e político que a ditadura vem implantando desde 1999”, disse à Diálogo o V Alte Carratú.

Segundo o relatório de 2016 da ONG venezuelana Controle Cidadão, a Milícia Nacional Bolivariana, um organismo armado à margem da Constituição, desde o princípio o governo de Chávez enfatizou a participação popular na defesa nacional e, em 2008, foi criada oficialmente a Milícia Nacional Bolivariana através de uma reforma da Lei Orgânica da FANB.

A incorporação da Milícia Bolivariana como componente da FANB não está prevista na Constituição, pois em 2007 a população rejeitou a proposta através de um referendo. Em abril de 2019, Maduro manifestou o desejo de dar status constitucional à Milícia Bolivariana em 2020.

Grupos armados
As armas entregues aos milicianos, segundo várias reportagens da imprensa venezuelana, provêm de excedentes da FANB. Em 2010, Chávez anunciou que entregaria à Milícia Bolivariana lança-foguetes RPG-7 e fuzis de assalto Kalashnikov AK-103, mas a ONG informa que isso não aconteceu e que os milicianos utilizam como arma pessoal o fuzil FN FAL do Exército, além do Mosin-Nagant, de origem russa (a ONG explica que a FANB não dispunha do Mosin-Nagant em seu inventário).

O treinamento, diz o Controle Cidadão, é feito em grande parte nas instalações do Forte Tiuna, onde durante alguns dias os milicianos aprendem a utilizar suas armas e ensaiam algumas manobras de ataque. Os milicianos também participam de exercícios de capacitação, como os da Operação Soberania e Paz de 2019, que consistiram na proteção das fronteiras.

Na década de 2010 foram criados cursos para os milicianos em várias escolas das forças de segurança do país. Na mesma época, os milicianos começaram a assumir a segurança de instalações públicas em todo o país, como hospitais e escolas. Hoje eles estão envolvidos na distribuição do programa de alimentos conhecido como CLAP.

“Para o governo, o inimigo é o próprio povo venezuelano dentro da Venezuela”, disse o V Alte Carratú. “Diante da crise humanitária provocada pelo governo, ele procura comprar lealdades. Além de entregar-lhes armas para defender o governo, foi designado um salário para eles, tornando-os mercenários.”