A historia dos jogos e brincadeiras populares

Quem convive com crianças acaba ficando expert quando o assunto é jogos e brincadeiras infantis, pois os pequenos têm muita energia para gastar e poderiam brincar durante um dia inteiro. No entanto, o que muita gente não sabe é que muitas das brincadeiras populares entre os brasileirinhos têm origens surpreendentes.

Aproveite, este artigo para conferir em quais países estão as fontes de divertimento responsáveis por criarem tantos passatempos que fizeram e ainda fazem parte da infância de brasileiros. Conheça a história dos jogos infantis para contar aos filhos essa curiosidade divertida!

Amarelinha

Clássica brincadeira entre os pequenos que é tão conhecida que parece brasileira, mas não é. Esse jogo infantil é bem antigo e, por isso, acredita-se que foi inventado por romanos, já que existem gravuras que mostram crianças brincando de amarelinha nos pavilhões de mármore em vias da Roma Antiga. No entanto, as primeiras referências que têm registro confirmado do passatempo são do século 17.

Cabra-cega

Para buscar a origem da cabra-cega, vamos para a Ásia. Em relação a esse passatempo, especula-se que sua criação ocorreu na China, aproximadamente 500 anos antes de Cristo. Além disso, não são só os pequenos que se divertiam com esse jogo: na Era Vitoriana e na Idade Média, a cabra-cega era entretenimento na Casa dos Tudor, dinastia inglesa que reinou entre 1485 e 1603.

Cara ou coroa

Ainda que seja bastante comum usar moeda em cara ou coroa para sortear algo, o jogo também já divertiu (e ainda deve divertir) muitas pessoas na infância. Somando mais uma entre as brincadeiras de origem europeia, o cara ou coroa foi criado na Roma Antiga e era conhecido, em Latim, como "navia aut caput", que significa "cara ou navio". A curiosa expressão faz referência às moedas que tinham o rosto de Janus de um lado, deus da mitologia, e do outro, a imagem de uma embarcação.

Ciranda

A ciranda é mais uma que integra a lista de brincadeiras infantis famosas no Brasil, porém, sua origem é portuguesa e tem inspiração em um baile adulto que acontece no país. Em terras brasileiras, a dança pode se assemelhar ao fandango, baile rural que foi praticado até o meio do século 20 em São Paulo e no interior do Rio de Janeiro.

Jogo da velha

Esse jogo, perfeito para passar o tempo, tem duas possibilidades: a criação romana ou egípcia. Um fato que pode comprovar a primeira hipótese é a existência de linhas cruzadas com "x" e círculos nas lacunas em diversos lugares de Roma, desde o primeiro ano antes de Cristo. Como comprovação da segunda possibilidade, há o estudo da educadora estadunidense Claudia Zaslavsky, que diz que existiam brincadeiras similares ao jogo da velha no Egito Antigo. Crianças ou adultos, quem não gosta de jogo da velha, não é mesmo?

Joquempô

Como esquecer os elementos pedra, papel e tesoura das partidas do famoso joquempô? No caso desse jogo, voltamos para o continente Asiático, aterrissando diretamente na China. Os primeiros registros da brincadeira que já entreteve tantas crianças brasileiras estão no livro "Wuzazu", chinês, escrito entre os anos 206 e 220 antes de Cristo. 

Par ou ímpar

Assim como o cara ou coroa, o jogo par ou ímpar, além de distrair, também é um bom jeito de fazer sorteios e ainda funciona como pré-jogo, decidindo quem começa uma partida por meio de eliminação. Esse passatempo, muito popular na Itália, é mais um que entra para o grupo de brincadeiras criadas na Roma Antiga e é uma variação da "Morra", nome dado pelos romanos ao jogo de par ou ímpar.

Pipa

O que era usado, mil anos antes de Cristo, como forma de sinalização para mandar mensagens entre os campos chineses, logo tornou-se brincadeira infantil. A pipa, que também é conhecida como papagaio, arraia e quadrado, foi, após ter sido criada na China, para o Japão, Índia e, depois, ficou conhecida na Europa. No Brasil, a chegada da brincadeira aconteceu com os portugueses. Soltar pipa ou papagaio é uma ótima opção de diversão ao ar livre entre pais e filhos para os momentos de lazer!

Conclusão

Brincar na infância é fundamental para o desenvolvimento de criatividade, espírito de equipe e extroversão. Além disso, aprender sobre as origens de passatempos agrega conhecimento e torna as brincadeiras populares muito mais interessantes do que já são para os pequenos.

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Qual sua brincadeira da infância preferida? Conte pra gente nos comentários!

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INTRODUÇÃO

Geralmente a pergunta feita pelo professor é “vamos brincar?” ou “vamos jogar?” ambas serão as respostas dos alunos. Onde podemos encontrar dois aspectos que implicam nesta questão. São palavras que ao longo da vida podem mudar de significado, desde a infância até a fase adulta, no ponto de vista de Piaget e Winnecott (apud Bertoldo, Ruschel, 2011) são palavras que tem diferentes significados, conforme passa os anos.

As diferenças entre jogos, brinquedos e brincadeiras: Jogos é jogo de futebol, jogo olímpico, jogo de dama e jogo do azar; Brinquedos: Objeto destinado a divertir uma criança; Brincadeira: ação de brincar, divertimento, festinha entre amigos. Quanto aos jogos, brincadeiras e brinquedos na visão de Benjamin, Didonet, Froebel (apud, Bertoldo, Ruschel, 2011).

Os jogos e brincadeiras tiveram ao longo da história um papel primordial na aprendizagem de tarefas e no desenvolvimento de habilidade social, necessário às crianças para sua própria sobrevivência. Segundo Elkonin (1998), o jogo deve se apresentar como uma atividade que responde a uma demanda da sociedade em que vivem as crianças e da qual devem chegar a ser membros ativos.

Benjamin (apud Bertoldo e Ruschel, 2011) fez algumas reflexões importantes sobre o lúdico, considerando seu aspecto cultural. Desde as origens os brinquedos foram objetos criados pelos adultos para as crianças é através do brincar que elas se encontram com o mundo do corpo e alma. Didonet (apud Bertoldo, Ruschel, 2011) salienta que todas as culturas, dos primeiros tempos produziam brinquedos, a boneca e a bola são os mais antigos. O brincar é algo tão espontânea, tão natural, tão próprio da criança, que não haveria como entender sua vida sem o brinquedo. Froebel (apud Bertoldo, Ruschel, 2011) salienta que foi muito significativo no contexto educativo, trás uma importante contribuição no jogo. Ele foi o primeiro a criar o jardim de infância com uso de jogos e brinquedos. Piaget (apud Bertoldo, Ruschel, 2011) estruturou os jogos em categoria, sendo: jogos motores, jogos simbólicos, jogos de regra e jogos de construção. Os jogos estão na imitação que surge da preparação reflexa no simples prazer das crianças. Vygostsky (apud Bertoldo e Ruschel, 2011) os brinquedos criam uma zona de desenvolvimento proximal, os jogos determinam a ação de uma criança que possui três características: a imitação, a imaginação e a regra.

O ato de brincar é importante, terapêutico, prazeroso, e o prazer é ponto fundamental da essência do equilíbrio humano. Através do lúdico, as crianças experimentam varias situações, entre elas fazer comidinhas, limpar a casa. O brincar é o meio de expressão e crescimento da criança. No brincar, ocorre um processo de troca, partilha confronto e negociação, gerando desequilíbrio e equilíbrio e propiciando novas conquistas individuais e coletivas (apud Janice Vidal ano).

Os jogos e brincadeiras tiveram ao longo da história um papel primordial na aprendizagem de tarefas e no desenvolvimento de habilidades sociais, necessárias às crianças para sua própria sobrevivência. Segundo Elkonin (1998), o jogo deve se apresentar como uma atividade que responde a uma demanda da sociedade em que vivem as crianças e da qual devem chegar a ser crianças a ser membros ativos. Pois são sempre os adultos que introduzem os brinquedos na vida das crianças e as ensina a manejá-los é de fato também, como aponta Brougere (1995) que manipular símbolos, nesse sentido, nem sempre a criança vai fazer do brinquedo o uso que o adulto espera quando o apresenta à criança.

Quando transporto para outros cenários históricos culturais, os jogos não permanecem exatamente os mesmos. Enquanto manifestação da cultura popular eles tem função de perpetuar a cultura infantil, ou nos dizeres de Brougeri (1995) impregnar culturalmente a criança.

Os jogos tradicionais recebem forte influência do folclore, nesse sentido, os contos lendas e histórias dos portugueses se fizeram presentes em brinquedos e brincadeiras brasileiras (apud Bertoldo e Ruschel, 2011).

Por todos os séculos XVI, XVII, XVIII, os negros africanos entraram no Brasil para substituir o trabalho indígena, as crianças africanas aqui chegadas no século XVI encontraram no Brasil as condições necessárias para reproduzirem seus jogos e brincadeiras (apud MOURA, 2011).

A cultura infantil necessita oralidade para se disseminar jogos puramente verbais talvez tenham encontrado barreiras na linguagem, dificultando o processo de transmissão. Com a miscigenação, as crianças que nasciam recebiam desde cedo à influência das culturas portuguesas, indígenas e africanas (apud MOURA, 2011).

Os jogos e brincadeiras presentes na cultura portuguesa, indígena e africana acabaram por fundirem-se na cultura lúdica brasileira. O brinquedo é um mudo diálogo da criança com seu povo, não se pode escrever a história dos povos sem uma história do jogo (apud MOURA 2011).

Considerando as premissas acima justifica-se este estudo que teve como objetivo analisar a cultura dos jogos e brinquedos em crianças do 1º ao 5º ano, na faixa etária de 10 anos.

METODOLOGIA

            Este estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva. Segundo Gil (1996) este tipo de pesquisa tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis.

Participaram deste estudo 10 alunos, do 1º ao 5º ano, da Escola Brasilina Abreu Terra, de Boa Vista do Incra-RS, sendo cinco meninas e cinco meninas que responderam a uma entrevistados estruturada.

Os dados foram analisados através de analise de conteúdo.

Resultados e discussão

Após analisar os resultados foi possível observar que: pega-pega, pega ajuda, esconde-esconde, futebol, pula corda, elefante colorido, amarelinha, caçador, foram os jogos mais realizados pelos alunos. A partir destas informações notou-se uma predominância de jogos motores e ainda notou-se que jogos tradicionais que eram realizados anos atrás, como amarelinha e esconde – esconde, ainda são praticados.

Os referidos jogos são realizados com seus colegas da escola, amigos, vizinhos e familiares, geralmente brincam em casa, no pátio, na casa dos amigos, na casa dos familiares e na escola. Aprenderam a jogar com seus amigos da vizinhança e do colégio, irmãos e com a professora, ressaltaram também a importância de jogar, por exemplo, de se movimentar, de se divertir com os amigos, de passar o tempo e principalmente de aprender novas brincadeiras.

CONCLUSÃO

Concluímos que os jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais são hoje ainda jogados por crianças, mesmo sendo antigo de varias gerações ainda são lembrados e jogados por elas, onde passa de avós para pais, e por fim aos seus filhos.

REFERENCIA

BERTOLDO, Janice Vidal e RUSCHEL, Maria Andrea de Moura, Jogos, Brinquedo e Brincadeira – Uma Revisão Conceitual (2011).

ELKONNIN, D. Psicologia do Jogo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Gil. A.C. Como elaborar projeto de pesquisa 3 ed SP Atlas 1996.