A cultura popular na idade média e no o

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Analisando ritos, espetáculos, festas, obras cômicas orais ou escritas e outras manifestações da cultura popular, Bakhtin procura elaborar uma visão do mundo marcada pelo riso subersão dos valores oficiais, caráter renovador e contestador da ordem vigente. Com base nesse iniverso ele faz uma leitura de Rabelais original e esclarecedora. Ainda, estabelece parâmetros para pensarmos a produção literária em seu conjunto.

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Título: A cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais Autor: Mikhail Bakhtin ISBN: 978-85-271-0019-9 Editora: Hucitec Edição: 7. Edição Ano de publicação: 2010

Número de páginas: 428

Palavras-chave: A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento, BAKHTIN

Uma das maiores obras de estética literária chega, no Brasil, à sexta edição, fato que, por si só, atesta sua importância e pertinência. A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais, do teórico da literatura russo Mikhail Bakhtin, explora um viés um tanto obscuro, para a crítica literária do período em que foi lançado, não apenas na obra de François Rabelais, mas fortemente nele: a influência das fontes populares.

AUERBACH, Eric. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2004.

BAKHTIN, Mikhail. A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi Vieira. São Paulo/Brasília: Hucitec/Editora Universidade de Brasília, 2008.

FEBVRE, Lucian. O Problema da Descrença no Século XVI: a religião de Rabelais. Paris/Lisboa: Éditions Albin Michel/Editorial Inicio, 1970.

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Detalhe do quadro de Peter Brueghel: A “luta” entre o alegre carnaval e a triste quaresma.

O estudo do período medieval é comumente marcado pelo velho conceito de que a humanidade sofreu “mil anos de trevas”. Esta alegoria, na verdade, marca notoriamente a constituição de uma perspectiva história formulada por alguns pensadores renascentistas que criticavam a valorização das concepções religiosas medievais. Entretanto, diversos livros didáticos insistem em destacar que essa concepção é enganosa. Essas obras didáticas costumam assinalar algumas manifestações culturais que colocariam a Idade Média enquanto um período onde podemos enxergar a franca produção de movimentos artísticos e conhecimento científico. Dessa forma, existe um destaque comum ao desenvolvimento das universidades medievais, a riqueza estética do estilo arquitetônico gótico e a ascensão da filosofia escolástica. Entretanto, mesmo com estas demonstrações históricas, um outro traço da cultura medieval continua ignorado. A princípio, a constatação de tais práticas culturais reinterpreta a cultura medieval, mas ainda preserva uma visão bastante excludente. O saber científico das universidades e a criatividade dos movimentos estéticos, em momento algum, se aventuram em dizer se, por acaso, houve algum tipo de manifestação cultural popular na Idade Média. Dessa maneira, a classe servil continua a ser representada como a população subserviente destinada a trabalhar e se submeter às imposições do clero e da nobreza. No entanto, caso o professor queira trabalhar essa questão em sala de aula, pode utilizar de algumas fontes de trabalho bastante interessantes. Para isso, recomendamos expressamente a leitura do capítulo introdutório da obra “A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento – O contexto de François Rabelais”, do pensador russo Mikhail Bakhtin. Nesse livro ele cita importantes manifestações populares contidas nas festas carnavalescas que marcaram o período medieval. Fazendo referência a algumas imagens e manifestações populares dessa época, o professor pode demonstrar um lado completamente inexplorado do período medieval. Extraindo algumas passagens do texto sugerido, o educador tem a oportunidade de mostrar à sua turma algumas ricas descrições sobre a “festa dos tolos” e a “festa do asno”, eventos onde os camponeses faziam brincadeiras jocosas com liturgias religiosas e com membros da elite medieval. Para que o contato com esse tema novo possa ser viabilizado, o professor pode produzir um pequeno texto adaptado onde possa sintetizar as características principais da cultura popular medieval. Ao mesmo tempo, para que os alunos tenham um exemplo visual sobre como o saber popular era experimentado, o professor pode expor uma reprodução do quadro “Combate entre o carnaval e a quaresma”, do pintor Peter Brueghel.

Nessa obra do século XVI, temos a representação de uma cena cotidiana dos camponeses flamengos que estariam “lutando” contra a resignação que marca o tempo da quaresma. Com isso, a diversidade cultural da “idade das trevas” ganha novas cores, sem limitar-se ao elogio do conhecimento científico e formal das catedrais góticas ou das universidades.

Por Rainer Sousa Graduado em História

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