Prova de Língua Portuguesa.
Trata-se de: a) Jorge Amado. b) Érico Veríssimo. c) Graciliano Ramos. d) José Lins do Rego. e) Clarice Lispector. Considere as seguintes afirmações sobre O TEMPO E O VENTO, de Érico Veríssimo. I - Personagens como Pedro Missioneiro e Capitão Rodrigo Cambará estão envolvidos em episódios inseridos, respectivamente, na Guerra Guaranítica e na Revolução Farroupilha, eventos históricos da formação do RS. II - O narrador em terceira pessoa identifica-se com Floriano Cambará, intelectual de esquerda que se propõe a relatar a história de sua família lançando mão do humor e de experimentalismos modernistas. III - Rodrigo Terra Cambará, corajoso e mulherengo como seu antepassado, percorre uma carreira política que o leva ao secretariado do governo estadual e depois à chefia de um ministério. a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) I, II e III. Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influência significativa em sua carreira de escritor. "Lembro-me de que certa noite - eu teria uns quatorze anos, quando muito - encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam "carneado". (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode agüentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa vida? (...) Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a idéia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto." (VERÍSSIMO, Érico. "Solo de Clarineta". Tomo I. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.)
a) criar a fantasia. b) permitir o sonho. c) denunciar o real. d) criar o belo. e) fugir da náusea.
a) Predominou, entre os autores, uma preocupação de renovação estética seguindo os padrões da vanguarda literária europeia. b) Na obra de José Lins do Rego, predomina a narrativa curta na recriação do modo de vida dos senhores de engenho. c) Os autores, em suas obras, tematizaram os problemas sociais com o intuito de denunciar as agruras das populações menos favorecidas. d) O caráter regionalista dos romances deste período deve-se à reprodução fiel do linguajar típico de cada região. e) A obra de Jorge Amado pode ser considerada uma exceção, no conjunto da época, porque seus romances apresentam uma grande inovação na estrutura narrativa. :"Irmão ... é uma palavra boa e amiga. Se acostumaram a chamá-la de irmã. Ela também os trata de mano, de irmão. Para os menores é como uma mãezinha. Cuida deles. Para os mais velhos é como uma irmã que brinca inocentemente com eles e com eles passa os perigos da vida aventurosa que levam. Mas nenhum sabe que para Pedro Bala, ela é a noiva. Nem mesmo o Professor sabe. E dentro do seu coração Professor também a chama de noiva." (Jorge Amado: "Capitães da Areia").
a) O autor faz parte do romance regional de 30, quando se aprofundaram as radicalizações políticas na realidade brasileira. b) Jorge Amado representa a Bahia, "descobrindo" mazelas, violências e identificando grupos marginalizados e revolucionários em "Capitães da Areia". c) Dora, Pedro Bala e Professor são alguns dos personagens da narrativa, que aborda a dramática vida dos camponeses das fazendas de cacau no sul da Bahia. d) O tom da narrativa aproxima-se do Naturalismo, alternando trechos de lirismo e crueza. O nível de linguagem é coloquial e popular. e) "Capitães da Areia " pertence à primeira fase da produção de Jorge Amado, quando era notório seu engajamento com a política de esquerda. Daí o esquematismo psicológico: o mundo dividido em heróis (o povo) e bandidos (a burguesia).
( ) O ciclo do Romance Regional de 30 é um dos principais da prosa dessa geração. É o regionalismo nordestino, abordando a decadência da região, tendo como tema único o êxodo rural provocado pela seca. ( ) Graciliano Ramos, alagoano, iniciou-se na literatura com "Caetés". Tem como obras principais "Vidas Secas", "São Bernardo" e "Angústia", nas quais analisa a realidade da vida rural do nordeste, com aspereza, linguagem rigorosa, precisa e despojada, sem nenhuma concessão sentimental. ( ) José Lins do Rego, paraibano, aborda, em seus livros do Ciclo da Cana-de-Açúcar, o esplendor e a decadência dos engenhos do Nordeste e do patriarcalismo rural. Em suas obras, mistura biografia com ficção. Nelas predomina a linguagem espontânea e repetitiva. ( ) Rachel de Queiroz, cearense, escreveu como livro de estréia, "O Quinze". Sua narrativa sintoniza-se com o regionalismo da geração de 30, em que se pode notar a pré-consciência do subdesenvolvimento. Nesta fase de sua obra, destaca-se, ainda, "Caminho de Pedra". Mais tarde, a escritora abandonou os temas de denúncia social. ( ) Jorge Amado, baiano, em um realismo precário, mas pitoresco, descreve, em "Jubiabá", as agruras da seca do sertão baiano.
DE SÓCRATES FlLÓSOFO Caminhando Sócrates, um atrevido se descomediu com ele, e lhe deu um coice. Estranhando alguns a paciência do filósofo, disse: - Pois eu que lhe hei de fazer depois de dado? Responderam: - Demandá-lo em juízo pela injúria. Replicou: - Se ele em dar coices confessa ser jumento, quereis que leve um jumento a juízo? BERNARDES, Padre Manuel. Nova Floresta ("Injúrias", tomo V, cap. XXXI, p. 382). in: OBRAS COMPLETAS DO PADRE MANUEL BERNARDES (reprod. fac-similiada da ed. de 1728). São Paulo: Ed. Anchieta, 1946. Nesta fábula do Padre Manuel Bernardes (1644-1710), o grande moralista barroco se serve do filósofo Sócrates para ensinar que, quase sempre, os danos de uma injúria recaem em quem a comete e não em quem a sofre. Com base neste comentário, examine atentamente o texto e responda:
A charge de Lila pode ser compreendida como um discurso dialógico que: a) Representa uma perspectiva equivocada sabre a manutenção da reserva florestal no Brasil. b) Simplifica a temática ambiental sobre a polêmica do novo código florestal. c) Critica a atitude humana em relação à preservação florestal do território brasileiro. d) Humoriza o tema do novo código florestal em relação à exploração da vegetação no mundo inteiro. e) Defende, por meio da linguagem não verbal, as garantias do direito à propriedade rural.
Em comum, eles apresentam a) o emprego da linguagem formal. b) a valorização de uma aparência natural, despojada. c) a desconstrução de clichês divulgados na mídia. d) a desconstrução da imagem de esposa perfeita. e) a desmistificação da família perfeita. Page 2 |