A bronca popular delacao bomba 5 milhoes marfrig

Share the publication

Save the publication to a stack

Like to get better recommendations

The publisher does not have the license to enable download

A bronca popular delacao bomba 5 milhoes marfrig

Da esquerda para a direita os candidatos a prefeito de Gaspar: Amarildo Rampelotti, PT; Kleber Wan Dall, MDB; Rodrigo Althoff, PL; Sérgio Almeida, PSL e Wanderlei Knopp, DEM 

Não sou de repetir artigos meus, mas de defender repetidamente minhas ideias. Por serem elas autênticas e desatreladas ao medo de ser perseguido – como sou –, incomodam. Estou acostumado. Faço isso há mais de 15 anos aqui neste espaço. Mais: necessariamente essas ideias, por serem apenas ideias pessoais, não contêm verdades absolutas. O objetivo ao expô-las é o de fazer com que os leitores e leitoras possam refletir sobre conceitos, mesmo que não concordem com as ideias e comigo. 

Em Gaspar, no entanto, expor ideias estruturadas é um perigo para o establishment e o poder de plantão. Foi no passado. É no presente. Será no futuro com o atual ou outro grupo. É o jogo jogado. 

Mas, qual a razão de tanta polêmica na cidade e entre os que a dominam e querem me censurar? 

Escrevi ontem sobre o que disse e marqueteia o prefeito-candidato a reeleição Kleber Edson Wan Dall, MDB. Ele garante na propaganda eleitoral que não vai usar na campanha dele o bilionário (mais de R$2 bilhões) e indecente fundo eleitoral aprovado pelos políticos - de quase todos os partidos - no Congresso Nacional e que tirou verbas de áreas essenciais como Educação, Saúde, Assistência Social, Segurança e Obras de Infraestrutura. Eles vêm dos nossos pesados impostos.O que realcei? “Excelente decisão! Parabéns!”

Até aí, nada de excepcional. 

E antes de prosseguir e não mencionei no artigo desta segunda-feira, que em 2016, sem a máquina de hoje do poder de plantão, Kleber usou R$29 mil do Fundo Partidário, como consta da sua prestação de contas daquela campanha. Fez, também, bem! Era necessário, certamente, naquelas circunstâncias para vencer o rico, empoderado e a máquina do PT, no poder de plantão. 

Também gostaria de repetir, para que não fique nenhuma dúvida, o que já escrevi: se Kleber e sua poderosa coligação perderem, será um desastre sem tamanho na história política gasparense e deles. Teoricamente, não tem como perder estas eleições. 

Feito os esclarecimentos, volto ao ponto de ontem. O artigo começou a ficar incômodo para os poderosos de Gaspar quando destampei a ferida escondida sob fina gaze: “ a pergunta que não quer calar é a seguinte: dos cinco candidatos a prefeito de Gaspar, Kleber ainda precisaria de parte do fundo partidário (quase R$1 bilhão) e eleitoral (mais de R$2 bilhões)? 

E no artigo, respondi: “no mínimo, se usasse, ampliaria à concorrência já absurdamente desigual entre eles”. Um mal-estar danado, apesar disso, estar na cara e na boca de todos. 

Mas, o que pegou de verdade? Quando alinhei argumentos da desigualdade, esperteza e hipocrisia contida na proposta de Kleber. Ou seja, esclarecer o meu leitor e leitora, sob o meu ponto de vista eu não posso? Todos precisam ficar na ignorância perpétua?  

Além do que, sempre os poderosos disseram de boca cheia por aí que eu não tenho audiência e nem influência. E eu aceito! Contudo, quando toco em certos assuntos, viro um influenciador terrível capaz até de virar uma eleição? Incrível! 

MARKETING DA REELEIÇÃO 

Kleber teve quatro anos a máquina do governo na sua mão para fazer a boa imagem e consequentemente, à fácil e justa campanha à reeleição, ou seja, não precisaria mais nada além disso. Ou estaria com medo a ponto de só agora de demonizar o fundo partidário e eleitoral? Logo ele e a coligação que sob a desculpa da pandemia, torciam para que nem eleição houvesse? 

Na eleição de 2016, por exemplo, afora o PP, Kleber estava cercado de partidos nanicos tipos PSC, PSDC e PTB. Hoje eles sumiram da coligação. Além do PP, os partidos de fama apareceram o PSD que deu o novo vice, o PSDB e o PDT. Eles lhes deram musculatura eleitoral e mais espaço na propaganda gratuita, outra aberração que voltou pelas mãos dos políticos. E não se ouviu nenhum político abdicar desse direito, pelo contrário. Os concorrentes de Kleber, mal puderam fazer os programas.Se isso não fosse pouco, o governo de Kleber empregou em torno de 150 comissionados - e que pagam pedágio ao partido, como se denuncia em redes sociais - e ajeitou a vida de 100 outros servidores efetivos em cargos de confiança.Com esse exército de cabos eleitorais Kleber – que vivem dando depoimentos favoráveis ao empregador e curtindo na bolha esses comentários - e a penca de partidos coligados ainda assim precisam pegar o naco a que tem direito, repito, que tem direito do bilionário fundo eleitoral?Kleber é o candidato preferencial dos ricos e dos empresários de Gaspar, como estão nas expressas demonstrações públicas de apoio deles, e ainda assim Kleber precisaria do fundo eleitoral, um direito que ele agora se compromete à abdicar?Esta declaração de não uso do fundo eleitoral é proposital, calculada e ao mesmo tempo é uma armadilha contra os seus adversários, todos fracos financeiramente. Ela visa unicamente ao constrangimento dos adversários e torná-los ainda menos competitivos do que já são ou estão, num direito que eles têm. Um escárnio!

Ora, se os adversários de Kleber não possuem a máquina municipal, se estão à míngua financeiramente, se os ricos e empresários, por medo e por opção não vão doar aos adversários porque estão alinhados com o poder de plantão, o natural resultado disso tudo, é os adversários de Kleber ficarem sem grana e sem capacidade de concorrer minimamente. Aumenta-se a desigualdade de forças financeiras numa campanha de tiro curto onde os nomes apareceram de verdade, há dez dias. Só isso.  

E quanto mais constrangidos ficam, os concorrentes não dão transparência ao seu público da penúria onde estão metidos pelas circunstâncias que não criaram. Por consequência, mais vítimas se tornarão do processo que os engolirá facilmente.  

São os adversários de Kleber quando em campanha que ouvem e sentem que há uma desigualdade competitiva. É do jogo jogado que aceitaram. Entretanto, usar os fundos partidários e eleitoral é uma prerrogativa e não uma aceitação de martírio ou auto-imolação imposta por adversário melhor posicionado no jogo. Acorda, Gaspar! 

A desassistência social produz candidatos e instabilidade aos vulneráveis 

Este artigo, parece uma repetição de outros que escrevi anteriormente no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, mas também de muitos nos três governos de Pedro Celso Zuchi, PT e um de Adilson Luiz Schmitt, o qual perambulou por vários partidos depois de ser enxotado do MDB que o queria manso. Então não se trata de assunto novo ou de campanha eleitoral. Trata-se de uma realidade, de atualidade.  

Resumindo, a “desassistência social” é uma normalidade no ambiente público e não apenas deste governo, saliente-se. É uma questão da não aplicação da essencial e necessária política pública. E logo numa cidade complexa nesse ambiente por ser dormitório e rota de migração, como é Gaspar. 

Em plena ressaca das consequências da Covid-19 para além da saúde delas – desemprego, distanciamento social, convívio familiar estressante, ajuda contra as incertezas emocionais provocadas pela pandemia entre outras, tanto que o governo Federal destacou R$1,5 bilhão extra para as prefeituras brasileiras -, no dia 29 de setembro, uma psicóloga que atua no serviço de média e alta complexidade do CREAS – Centro de Referência Especializado  em Abordagem Social - da secretaria de Assistência Social de Gaspar, foi informada de que seu contrato não seria renovado. 

Este encerramento é “normal”, afinal terminou o contrato. Ponto final. Mas, se estava ali, existia uma necessidade. Se havia uma necessidade, há uma obrigatória continuidade.  

Ou seja, o enceramento é “normal”, desde que haja transparência nesse processo e antecipação dele para os alinhamentos emergenciais a favor do atendimento dos vulneráveis que estão sendo atendidos pelo profissional que não teve o contrato renovado. Também simples assim. Ou então, os vulneráveis terão seus quadros agravados e expostos. Simples, também!  

Neste caso, 50 pessoas ou família atendidas pela profissional que não teve o contrato renovado ficaram sob o desamparo a partir do dia três de outubro.  

Isso exigiu um realinhamento, prejudicou outros pacientes e atendidos por outros profissionais. E por que? Devido as sobrecargas. E neste modelo de sobrecargas e até de não cobertura, todos perdem.  

Pior, em novembro, mais duas psicólogas, sob o mesmo espaço, terão seus contratos vencidos e até agora, nada se falou sobre eles. Se não renovados, estará estabelecido o caos neste ambiente e outras 100 pacientes ou famílias estarão mais vulneráveis do que estão hoje.Outra vez, simples, assim! 

A POLITICAGEM SUBSTITUI A POLÍTICA PÚBLICA SETORIAL 

O ex-secretário é candidato a vereador. A atual, apesar de ser do ramo, como comissionada e logo na primeira semana, estava gravando propaganda política para o empregador como estamparam as redes sociais. O ambiente essencialmente técnico e sensível se tornou político e eleitoral. É uma disfunção clara, perigosa contra a sociedade, mas principalmente a mais pobre, a mais vulnerável emocionalmente diante de tantas circunstâncias. E isso cria consequências para a cidade e principalmente, a periferia. 

Há uma guerra declarada entre os profissionais que atuam na secretaria de Assistência Social e o governo de plantão. As alegações são mútuas e antigas.  

Os profissionais apontam interferências na sistemática básica e de cunho ético. Os políticos no poder de plantão, por sua vez, acusam os profissionais de politizarem todas as questões, incluindo denúncias ao Ministério Público. Resultado? A sociedade que sustenta o serviço e precisa dele para mitigar problemas sociais é quem perde. O poder político, por consequência, devido as exposições e críticas, também fica exposto e é julgado. 

Reclama-se de que há seis anos não se faz concurso público para a área. Isso pode ser um problema, mas não essencialmente. 

Reclama-se que se corta, com esse tipo de não renovação contratual, sem aviso prévio para reorganização principalmente para os casos graves, o trabalho assistencial técnico, onde o vínculo de confiança com as mulheres, crianças e idosos em situação de risco ou direito violado, é fundamental, por mais que tudo esteja relatado nas fichas de atendimento dos pacientes. 

Os políticos precisam, de uma vez por todas, olharem para as pessoas vulneráveis, não como uma mancha social ou como párias da sociedade, e sim, como de um problema que precisa ser mitigado, controlado e solucionado. Ele vai sempre existir em menor ou maior grau, dependendo da atuação e comprometimento do gestor público com as políticas e seus resultados. 

Se não mentem, esses mesmo políticos conhecem bem a importância desta ação na nossa comunidade. E não é de hoje. Basta ir ao site da prefeitura de Gaspar e lá está escrito que a “secretaria de Assistência Social tem como missão ser o órgão gestor e executor da Política de Assistência Social, sendo que suas funções básicas são a inserção, prevenção, proteção e promoção das famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social e/ou em situação de risco social e/ou pessoal”.  

Ou seja, não se trata de politizar o que não é político, mas reconhecido que existe e é problema. Resumindo, a teoria precisa ir para a prática e o consenso dificulta tudo isso. Acorda, Gaspar! 

TRAPICHE 

Hoje é dia da sessão da Câmara de Vereadores de Gaspar. Na passada, ninguém “fugiu” dela para atender uma suposta agenda conflitante. Também, pudera, ela durou menos de 30 minutos. 

As lâmpadas queimadas e não trocadas continuam sendo o terror dos moradores de Gaspar. E olha que o atual governo por sua bancada majoritária, passou sob polêmica, um aumento de 40% na Taxa de Iluminação Pública em 2017 com a promessa de resolver os problemas da cidade e dos cidadãos. Todas as sessões da Câmara, a lista de indicações com este problema é longa e reiterada.  

As obras de reurbanização da Rua Barão do Rio Branco, no bairro Santa Terezinha, ainda vão dar o que falar. Vereadores na Câmara afirmam que possuem depoimentos de moradores sendo intimidados pela empreiteira só porque estavam documentando os supostos erros das obras. 

O MDB de Gaspar, por meio de suas lideranças, ainda não trocou o disco na Câmara e está esperando o PT como seu adversário e para o qual se preparou durante quatro anos. Insiste nos discursos e está se comparando ao que MDB diz ter sido o pior desastre no passado para a cidade. 

Problemões de campanha em Gaspar: vice que desnuda os métodos coligação para a qual se alinhou pela forma como condenavam gravações que circulam pela cidade; candidato que virou queridinho de várias correntes que não se dão entre si; candidato sob judice; igreja que não quer dividir votos com seus fiéis com dois candidatos de mesmo templo; candidato sem vereadores para eleger sequer. 

Oficialmente, todos os cinco candidatos de Gaspar e os dois de Ilhota ainda aguardam o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral que os declare candidatos livres e desimpedidos. Estamos a 33 dias das eleições. 

Até esta terça-feira cedo no site oficial do Tribunal Superior Eleitoral, o candidato a reeleição a prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, MDB, não havia feito ainda qualquer prestação de contas da sua campanha. Igualmente o seu adversário Luiz Gustavo dos Santos Fidel, PP. 

O limite oficial de cada candidato a prefeito em Ilhota é de R$123.077,42. 

Até esta terça-feira cedo no site oficial, José Amarildo Rampelotti, PT, arrecadou R$19.153,00 e gastou R$232,34; o engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, PL, arrecadou R$31.500,00 e já havia gasto R$24.417,00; Kleber Edson Wan Dall, MDB, havia arrecadado R$52.000,00 e não registrou até então nenhuma despesa de campanha na sua contabilidade; Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSL, não havia feito qualquer prestação de contas; Wanderlei Rogério Knopp, DEM, registrou R$18.000,00 em receitas e R$8.474,50 em despesas até então. 

O limite oficial de cada candidato a prefeito em Gaspar é de R$153.401,21. 

Funcionário público foi ao Posto do Centro de Gaspar. Diagnosticou-se uma gripe. Lá, foi informado da falta de medicamentos simples para dar conta do recado. Faz uma semana, um servidor efetivo, mas em cargo de comissão, gravou um depoimento nas redes sociais que isso era coisa de outros governos. Hum!  

Numa foto, o buraco aberto e tampado com barro há sete meses na Rua José Wanzuiten, no Centro, em Gaspar. E continua lá. Na outra foto, na mesma rua, o asfalto colocado por cima do paralelepípedo esfarelando-se devido à má drenagem. Nesta rua, pasmem, mora Adalberto Costa, o popular Beto Costinha, responsável na prefeitura pelos consertos de ruas. Ai, ai, ai. 

A bronca popular delacao bomba 5 milhoes marfrig

 
A bronca popular delacao bomba 5 milhoes marfrig
Edição 1973