Os fusos horários existem em razão da forma esférica da Terra e pelo movimento de rotação que a mesma realiza, além, é claro, do interesse do homem. O movimento de rotação corresponde ao giro que a Terra executa em torno de si mesma. Para a conclusão desse movimento são necessárias 24 horas, o giro completo que o planeta executa possui 360°. Para a elaboração dos fusos horários, os 360° do movimento de rotação foram divididos pelas 24 horas gastas para a execução completa do mesmo, esse cálculo resultou 15°, que corresponde a 1 hora. A mudança de fusos é determinada também pela diferença entre os meridianos, ou seja, mudança de um meridiano para outro, tendo em vista que cada fuso possui 15°. Greenwich é o meridiano principal, é a referência global para o estabelecimento de todos os fusos horários existentes no mundo. O movimento de rotação que a Terra realiza ocorre no sentido Oeste-Leste. Diante desse fato, foi firmado, através de convenção internacional, que a partir do Meridiano de Greenwich, no sentido leste, seria adiantado uma hora a cada fuso, ou seja, 15°. E no sentido Oeste de Greenwich seria atrasado uma hora a cada fuso. Em decorrência da forma esférica da Terra, a mesma não recebe luz de maneira uniforme. Assim, enquanto determinado lugar é totalmente iluminado, outro perde gradativamente a luminosidade e outros já se encontram totalmente escuros. Essa dinâmica corresponde às etapas do dia: manhã, tarde, noite e madrugada. O movimento de rotação é responsável pela sucessão dos dias e das noites, pois há momentos em que uma das partes do planeta está iluminada (dia) e outra não (noite). Publicado por Eduardo de Freitas Os fusos horários formam uma divisão em que o globo terrestre é “fatiado” em vinte e quatro pedaços, com cada um medindo 15º de longitude. Assim, cada fuso equivale à uma hora e, à medida que nos deslocamos entre cada uma dessas faixas, o horário se altera. Os fusos são medidos em GMT, sigla para "Greenwich Mean Time". Sendo a Terra uma esfera (ainda que não uma esfera perfeita, devido ao seu formato geoide), ela é dividida em 360º, ficando 180º para o hemisfério oeste e 180º para o hemisfério leste. O marco zero, ou seja, o ponto que separa um hemisfério do outro é o Meridiano de Greenwich, conforme podemos observar na figura presente no início do texto. Dessa forma, à medida que nos deslocamos para o oeste do planeta, temos que diminuir as horas e, à medida que nos deslocamos para o leste, aumentamos o valor da medida dos horários. Por exemplo: se na cidade de Nova York – localizada no fuso -5GMT – são 8h, na cidade de Brasília – que está localizada no fuso -3GMT, são 10h, pois a capital brasileira encontra-se dois fusos a leste da cidade estadunidense. Observe: Nesse exemplo, é simples visualizar a diferença de horários, pois nos deslocamos dois fusos em direção a leste, então é só aumentar duas horas. Mas e quando a diferença envolve fusos localizados em uma distância maior ou em hemisférios diferentes? Existe uma maneira ou uma fórmula mais simples de se calcular isso? Para cálculos mais complexos, recomendamos a realização de três diferentes passos. O primeiro seria identificar os fusos de origem e de destino; o segundo seria calcular a diferença entre eles, já o terceiro seria verificar se os horários deverão ser adiantados ou adiados. Vamos considerar o Exemplo 01 para explicar mais detalhadamente cada um deles. Exemplo 01: uma pessoa encontra-se na cidade de São Paulo, localizada no fuso horário -3GMT, e resolve fazer uma ligação, às 9h da manhã, para um amigo que se encontra em Tóquio, no fuso 9GMT. A que horas o amigo atenderá a ligação? 1º passo: Identificar os fusos. Nesse caso, eles foram fornecidos no enunciado da questão, mas nem sempre isso acontece, como veremos no próximo exemplo. Assim, Fuso de origem: –3GMT Fuso de destino: +9GMT 2º passo: calcular a diferença entre os fusos. Basta subtrair o fuso da cidade de destino pelo da cidade de origem. Caso eles se encontrem em hemisférios diferentes, terão sinais diferentes e, inevitavelmente, serão somados. 9GMT – (-3GMT) = 12GMT Portanto, a diferença entre São Paulo e o Japão é de 12 fusos, ou seja, 12 horas. 3º passo: verificar se os fusos serão somados ou subtraídos ao horário de origem. Sabemos que a ligação foi realizada às 9h da manhã e que a diferença das localidades é de 12 horas. Mas devemos somar ou subtrair esse horário em relação ao original? Para responder a essa pergunta e finalizar o exercício, basta observar em que direção a ligação está sendo direcionada. Em direção a leste, soma. Em direção a oeste, diminui. Assim, como o Japão fica a leste de Greenwich e São Paulo fica a oeste, então somamos: 9h + 12h = 21h – a pessoa atendeu a ligação em Tóquio às 21 horas. _________________________________________________ Vamos resolver, agora, o exemplo 02. Nele, não serão fornecidos os fusos, mas as longitudes. Além disso, faremos um deslocamento, cuja duração deverá ser levada em conta. Exemplo 02: José Carlos atualmente mora e trabalha na cidade de Roma, localizada a 15º a leste do Meridiano de Greenwich. Certo dia, ele resolveu ir para o Brasil, na cidade de Brasília, visitar a sua família, a 45º de longitude a oeste de Greenwich. Saindo da Itália às 15h e com um tempo de viagem de 11h, ele chegou ao seu destino em que horário? 1º passo: identificar os fusos. Aqui, os fusos não estão expressos no enunciado, então teremos que calculá-los. Como afirmamos no início do texto, cada fuso possui 15º de longitude. Dessa forma, para transformar as longitudes em fusos, basta dividi-las por 15. Cidade de origem: 15º ÷ 15 = 1GMT Cidade de destino: -45º ÷ 15 = -3GMT 2º passo: calcular a diferença entre os fusos. Agora basta repetir o mesmo procedimento do exemplo 01, diminuindo o fuso de destino pelo fuso de origem. -3GMT - 1GMT: -4GMT Portanto, a diferença entre o local de origem e o local de destino é de 4 horas. 3º passo: verificar se somamos ou diminuímos os fusos. Como José Carlos está se deslocando do leste em direção ao oeste, então devemos diminuir os fusos em relação ao horário de origem. No entanto, não podemos nos esquecer de somar o tempo de viagem, que é de 11 horas. Assim, 15h (hora local de partida) – 4h (diferença entre os fusos) + 11h (tempo de viagem) = 22h Portanto, José Carlos chegou a Brasília às 22h. ________________________________________________ Nos exemplos citados, não levamos em consideração a hora legal das regiões (que nem sempre coincide com a hora real) e também não consideramos o horário de verão que existe em diversas localidades do mundo. Portanto, o estudante deve ficar sempre atento a esses detalhes, principalmente no vestibular.
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