Por que tossimos quando estamos gripados

Ficar rouco ou até mesmo perder a voz é mais um dos desconfortos provocados por gripes e resfriados. Essas alterações na qualidade da voz, que também acontecem quando falamos muito ou gritamos, são chamadas pelos médicos de disfonias e indicam, obviamente, que algo não vai bem nas engrenagens da fala.

Mas você sabe porque ficamos assim?

Como a voz funciona

A voz humana é produzida pela vibração das cordas (ou pregas) vocais situadas na laringe, que fica no pescoço. Em silêncio, as cordas ficam abertas. Quando o cérebro envia sinais para emitir um som, elas se movem. O ar dos pulmões sobe pela traqueia, passa pela laringe e vibra a mucosa que recobre as cordas, gerando as ondas sonoras.

O som aumenta de volume ao caminhar por cavidades de ressonância do corpo, como a boca e o nariz. Por serem elásticas, elas distendem ou relaxam de acordo com a intensidade do esforço, criando sons agudos e mais graves.

A produção de sons acontece tão rápido que não conseguimos notar esse movimento a olho nu. Para se ter uma ideia, nas  mulheres, as cordas vibram, em média, 200 vezes por segundo e nos homens o ciclo vibratório é de 100 vezes.

Quando estamos gripados, o ataque de vírus e bactérias pode resultar em alguma inflamação nas vias respiratórias. Consequentemente, as cordas incham pelo excesso de muco e mudam a forma como vibram, deixando o som mais grave.

Mudanças bruscas de temperaturas também produzem um choque térmico que prejudica esses músculos. É por isso que o ambiente com ar-condicionado deve ser evitado, pois o resfriamento é feito com a redução da umidade do ar, o que resseca a mucosa do trato vocal.

O ar projetado em alta velocidade durante o grito pode provocar lesão nas cordas vocais Imagem: Getty Images

Cuidado com o grito

Conversar demais, falar muito alto, gritar e até gargalhar também são atitudes agressivas para a voz. Quando gritamos, o ar é projetado em alta velocidade, o que provoca lesão pelo encontro brusco das cordas vocais.

A rouquidão também pode estar relacionada com o estresse nas cordas vocais. Quando falamos muito e não existe um período de recuperação, os músculos podem ter lesões. Esse tipo de problema é muito comum em profissionais que usam muito a voz como cantores, professores, atores, radialistas e operadores de telemarketing.

Algumas emoções como a raiva e a ansiedade também podem repercutir na emissão de sons. Quando estamos nervosos é comum a respiração acelerar e a voz ficar baixinha.

A tensão do corpo pode secar as glândulas salivares e sem umidade, as cordas não conseguem vibrar direito.

O envelhecimento do corpo também provoca alterações na voz. Com a idade, a região da laringe se modifica e fica menos lubrificada. A voz feminina fica mais grave e a masculina mais aguda. Isso se deve à perda muscular e mudança nos hormônios. 

Quando se preocupar

A rouquidão nem sempre é reflexo da tagarelice ou de uma simples gripe. Se ela permanecer por mais de 15 dias, pode indicar uma doença séria.

As lesões e infecções nas cordas vocais evoluem para calos, cistos, hemorragias e até tumores malignos, como o câncer na laringe. Também é comum a rouquidão pelo chamado refluxo gastroesofágico, o retorno do conteúdo do estômago para a boca.

Não tem jeito, o melhor é não abusar das cordas vocais Imagem: Getty Images/Vetta

O que funciona contra a rouquidão?

A melhor dica é não abusar. Ficar em silêncio e tomar bastante água ajudam na melhoria da elasticidade das cordas.

Em poucos dias, a voz tende a voltar ao normal. Evite buscar o alívio nas pastilhas ou em bebidas como o conhaque. Esses produtos amortecem a garganta mascarando a dor e fazendo com que você force ainda mais a voz.

Também é fundamental manter os chamados hábitos de higiene vocal. Falar num volume confortável, ter uma boa noite de sono e não “coçar” a garganta com pigarros ajuda bastante. Já o consumo de álcool, café e cigarros resseca a garganta e podem acarretar problemas, dificultando a fala.

Especialista consultado: Dra. Sueli Yoko, fonoaudióloga do Hospital Sepaco (São Paulo/SP). 

Antes de qualquer coisa, entenda que tossir é uma coisa boa! A tosse é consequência de uma contração do diafragma e, nem sempre está ligada a doenças. . O ato de tossir é benéfico para nosso organismo, pois ajuda no processo de limpeza e eliminação de substâncias prejudiciais à saúde. Quando tossimos eliminamos secreções das vias aéreas, evitando que atinjam nosso pulmão e causem problemas mais sérios como a pneumonia, por exemplo. . Tossir é nosso mecanismo de defesa contra agentes infecciosos como micróbios, poeira e poluição, corpo estranho (algo que está descendo para o pulmão enquanto não deveria estar lá, como algum alimento), secreções (por exemplo secreção de uma sinusite) ou até mesmo, quando sofremos com condições como o refluxo gástrico ou a asma. . 🔺 Mas atenção! A tosse crônica que persiste por mais de duas semanas, pode ser um indicativo de problemas mais sérios e precisa ser investigada. Se acompanhada de febre e dificuldade para respirar, é hora de procurar ajuda médica! .

Você acha que anda tossindo muito? Deixe aqui a sua dúvida ou mande uma mensagem!

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📌Dr. Diego Pizzamiglio – Otorrino Curitiba

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2 de dezembro de 2020 drdiegopizzamiglio, OTORRINO CAMPO LARGO, OTORRINO CURITIBA, OTORRINO SÃO josé, otorrino São José dos pinhais, OTORRINOLARINGOLOGISTA EM CURITIBA

É impressionante a capacidade da tosse de perturbar o sono das pessoas. Na maioria das vezes, ela passa o dia inteiro sem dar as caras; chega a noite, esfria o tempo e ela surge insistente, incômoda. As mudanças de temperatura são importantes desencadeadores de alergias respiratórias.

O quarto de dormir é o refúgio dos alérgenos. No período chuvoso, úmido e sem a luminosidade do sol, ele se transforma num verdadeiro criadouro de ácaros (travesseiro, colchão) e fungos (ar-condicionado, guarda-roupa), desencadeadores persistentes da rinossinusite e da asma que vão incomodar o sono do paciente com espirros, congestão nasal, dispneia e muita tosse. É também no quarto que vamos encontrar o maior vilão dessa história: o ventilador, companheiro indispensável (em muitas residências) nas noites quentes do verão.

Bactérias, fungos e ácaros mortos, escamas de pele, pelo de animal, fezes de insetos, potentes agentes alergênicos sempre presentes na poeira domiciliar. Ligou o ventilador, sobe a poeira. Em pessoas alérgicas, a tosse é inevitável! A relação ventilador-tosse é tão objetiva e direta que o simples ato de desligar o ventilador ameniza sensivelmente a tosse.

As viroses respiratórias e rinossinusites produzem muita secreção que se acumula na concha nasal superior e nos seios da face. Deitou, cai secreção na garganta e a tosse chega com toda força. A ausculta respiratória limpa confirma a suspeita do gotejamento pós-nasal (GPN).

Se no GPN a secreção desce para a garganta, na doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) as microaspirações sobem e vão estimular receptores da tosse no esôfago, faringe, laringe, traqueia, brônquios. É comum na DRGE o paciente levantar-se durante a noite com tosse incontrolável e sensação de sufocamento. A exemplo do GPN, na DRGE a ausculta respiratória está livre de ruídos adventícios.

Já foram catalogadas 300 causas e fatores determinantes da tosse. O tratamento eficaz está sempre atrelado a um diagnóstico competente de sua causa básica.

É recorrente uma pessoa gripada olhar para os lados, encher o peito e se preparar para eliminar aquela secreção mórbida das membranas mucosas com cor amarelada ou esverdeada. Mas, alguns, preferem engolir a substância mesmo sujeito a uma das sensações mais desagradáveis de quando se está resfriado. Afinal, ingerir o muco produzido pelo aparelho respirarório faz mal à saúde?

O otorrinolaringologista Geraldo Augusto Gomes, do Hospital Universitário Clementino Fraga, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), adverte que engolir a secreção não é a coisa mais segura a ser feita. "O muco pode ir parar nos pulmões e se aliar a outros fatores que contribuem para uma pneumonia", alerta.

Ainda que no meio social eliminar o catarro não seja um indicativo de boas maneiras, Gomes aconselha às pessoas expelir a substância sempre que as circunstâncias forem favoráveis. "O muco em excesso não é um fator de alto risco à saúde, mas devemos evitar engoli-lo", destaca.

O muco, popularmente chamado de catarro, é uma substância composta por proteínas, água e restos celulares produzidos pelo revestimento respiratório que protege o corpo do ataque de microorganismos. Apesar do aspecto repugnante, ele sempre se renova e circula pelo organismo mesmo quando a pessoa não está doente.

O revestimento interno da traquéia e brônquios é dotado de células ciliadas que, em situações de saúde, controlam a passagem da secreção em direção ao aparelho digestivo, lubrificando e protegendo a mucosa respiratória. No entanto, quando ocorre uma inflamação na região, as glândulas ali existentes se desequilibram, prejudicando a função dos cílios. Estes, por sua vez, não conseguem controlar o muco que passa a ser produzido em excesso para combater os invasores.

Além disso, um grande depósito da substância pode se formar nos pulmões, causando falta de ar. "Como mecanismo de defesa, o corpo expulsa o acúmulo por meio da tosse", ressalta.

O especialista explica que a inflamação nem sempre será provocada por microorganismos, como vírus e bactérias, mas também por reações alérgicas, poluição e até mesmo variações climáticas extremas. "Algumas pessoas podem ter uma sensibilidade maior a estes fatores, principalmente, à umidade", diz o médico.

O catarro chega ao nariz?

Não. De acordo com Geraldo Augusto Gomes, o catarro indica uma fase mais avançada de inflamação das vias respiratórias do que o escorrimento nasal, conhecido como coriza. Esse avanço, conforme Gomes, pode evoluir de uma simples inflamação para um estado mais sério. "O surgimento de uma secreção espessa e com tonalidade mais amarelada ou esverdeada sugere que o problema avançou para uma infecção", completa.

A partir disso, os leucócitos entram em ação, saindo da circulação sanguínea para defender o organismo dos agentes invasores. "O catarro é a prova de que os leucócitos estão liderando uma batalha do organismo contra a forma de vida desconhecida", finaliza.

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Fonte: Redação Terra

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