O que foi o Bloqueio Continental e qual a sua relação com o Brasil?

Bloqueio continental foi uma estratégia utilizada por Napoleão Bonaparte, o então imperador da França, que consistiu em fechar todos os portos, de todos os países da Europa ao comércio inglês, durante a revolução francesa. O bloqueio continental começou em 1806, e durou mais de um ano.

O principal objetivo do bloqueio continental era enfraquecer a economia inglesa, que monopolizava o mercado europeu com seus produtos manufaturados, prejudicando assim os produtos franceses, segundo a visão do imperador. Para a estratégia do bloqueio funcionar, era necessário que todos os países da Europa apoiassem a ideia, mas não foi exatamente como ocorreu.

Porém, para a total eficácia do plano de Napoleão, era precisaria contar com todos os países, mas Portugal tinha a Inglaterra como principal parceiro de negócios, e acabaram não participando do bloqueio continental. Como Portugal não tinha condições de enfrentar o exército de Napoleão, a Inglaterra sugeriu a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, tornando-se assim a sede do reino. Essa alternativa contava com o apoio de uma parte da nobreza portuguesa sendo, também, bastante atraente para os interesses ingleses.

Foi exatamente na época do bloqueio continental, que a família real portuguesa fugiu para o Brasil, instalando-se todos na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1808, culminando então, alguns anos depois, no processo de independência do Brasil.

O Bloqueio Continental teve lugar durante a Terceira Coligação das Guerras Napoleônicas, em 1806, e foi uma imposição de Napoleão Bonaparte para os países europeus, que consistia em cortar laços comerciais com a Inglaterra, com o objetivo de destruir sua hegemonia econômica.

Com o objetivo de acabar com a monarquia absolutista e difundir o ideal da Revolução Francesa, Napoleão travou diversas batalhas com a maior parte dos países europeus. Esse líder conseguiu tornar a França a maior potência política na Europa e foi muitas vezes considerado invencível, demonstrando isso ao longo dos 12 anos dos conflitos revolucionários que comandou.

Ao promulgar o Bloqueio Continental, em 21 de novembro de 1806, Napoleão determinava que todos os portos europeus impedissem a entrada das embarcações inglesas e, assim, pretendia fortalecer o comércio da França, imbuído do espírito iluminista da Revolução Francesa.

Consequências para o Brasil

Para o sucesso da estratégia de Napoleão, era imperioso que os países obedecessem a sua imposição, todavia, Portugal se contrapôs à mesma uma vez que dependia do comércio inglês. Napoleão ameaçou invadir Portugal, e para assegurar a segurança da família real, com o apoio da Inglaterra, o rei D. João VI se transferiu para o Brasil com a família.

Leia também: Vinda da Família Real para o Brasil.

Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas

Com o objetivo de beneficiar a Inglaterra, em 1808, D. João de Bragança promulgou a abertura dos portos no Brasil para as nações amigas de Portugal, o que beneficiou a Inglaterra.

Este decreto, na sequência da transferência da família real, dá início ao processo que leva o Brasil à independência.

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Renato Cancian

Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

O que tem a ver a Revolução Francesa com a Independência do Brasil? O elo entre os dois fatos históricos é um episódio que ficou conhecido como Bloqueio continental.

O imperador francês, Napoleão Bonaparte, havia colocado em prática uma política militar expansionista, com intuito de estender seu domínio sobre toda a Europa. Mas a Inglaterra, a maior potência industrial europeia, conseguiu resistir às tentativas de conquista por parte da França napoleônica.

Com o objetivo de quebrar a resistência da Inglaterra, Napoleão tentou sufocá-la economicamente proibindo os países europeus de comercializarem com os ingleses, ao decretar, em 1806, o Bloqueio Continental.

Portugal e o bloqueio continental

Portugal se encontrava numa situação bastante difícil, sofrendo pressões tanto dos ingleses quanto dos franceses.

De um lado, Napoleão exigia que Portugal rompesse a política e economicamente com a Inglaterra, fechasse seus portos e expulsasse o embaixador inglês.

Mas a Inglaterra tinha fortes laços comerciais com Portugal. Por conta disso, os ingleses pressionaram os portugueses para que assinassem uma convenção secreta, que asseguraria a Portugal a transferência da sede da monarquia lusitana para o Brasil.

Em contrapartida, os portugueses deveriam tomar as seguintes medidas em benefício da Inglaterra: a entrega da esquadra portuguesa; a entrega da Ilha da Madeira; a concessão de um porto livre em território colonial brasileiro; e a assinatura de inúmeros tratados de comércio exclusivamente com os ingleses.

Em 1807, França e Espanha assinaram o tratado de Fontainebleau, que formalizava a decisão de ambas as nações de invadirem Portugal e dividirem entre si suas colônias.

Diante desse acontecimento, a Coroa portuguesa viu sua transferência para o Brasil como a única salvação da dinastia de Bragança, e decide aceitar o acordo proposto pela Inglaterra.

Assim, Dom João 6º decide pela vinda da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.

A partida da Corte portuguesa deu-se no momento em que tropas francesas, comandadas pelo general Junot, iniciaram a invasão do reino. Os súditos portugueses presenciaram estupefatos a fuga em massa dos nobres do reino. Em 29 de novembro de 1807, as embarcações que transportavam a Corte e a nobreza portuguesa sairam do Tejo, protegidas por uma esquadra inglesa. No mesmo instante, as tropas de Junot entram em Lisboa.

As embarcações trazendo a Corte e a nobreza portuguesa para o Brasil aportaram em Salvador. Em 7 de março, transferiram-se definitivamente para o Rio de Janeiro.

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O Bloqueio Continental foi um decreto datado de 21 de novembro de 1806, que consistia em impedir o acesso a portos dos países dominados pelo Império Francês a navios do Reino Unido da Grã Bretanha (Inglaterra) e Irlanda. Com isso, o principal objetivo era isolar economicamente as Ilhas Britânicas, sufocando suas relações comerciais.

Bloqueio Continental (1)

Napoleão justificou tal violação do direito internacional como uma represália á ação de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido.

Mas, para que o Bloqueio Continental tivesse total eficácia, a França dependia de que todos os países da Europa aderissem á idéia, e para isso era necessária a adesão de todos os portos localizados nos extremos do Continente. Os portos dos impérios russo, austríaco e português eram os quais Napoleão precisava para seu êxito total no decreto.

O acordo de Tilsit, firmado com o Czar Alexandre I da Rússia em julho de 1807, garantiu o encerramento do extremo leste da Europa. Agora faltava o extremo Oeste, onde ficavam os portos das cidades de Lisboa e do Porto, pertencentes ao império português.

O Governo de Portugal se recusava á aderir ao bloqueio devido á sua aliança com a Inglaterra, da qual era extremamente dependente. Suas riquezas vinham de suas colônias, principalmente do Brasil. Com um reino decadente, Portugal não tinha como enfrentar Napoleão.

A Inglaterra reagiu, e em janeiro de 1807 foram emitidas algumas ordenanças que institucionalizaram o comportamento da Marinha Real Britânica com relação aos navios neutros que tinham como destino os portos franceses. Os navios abordados em alto-mar eram capturados e vendidos em leilão, além de ter toda a carga sequestrada. Como resultado, as mercadorias coloniais desapareceram dos mercados dos países que aderiram ao bloqueio.

Em agosto de 1807, Napoleão enviou um ultimato ao Príncipe Regente de Portugal, D. João (que viria a se tornar D. João VI). Ou ele rompia com a Inglaterra, ou Portugal seria invadido pelas tropas francesas. Mas, a Inglaterra ofereceu proteção à Família Real Portuguesa e forçou D. João á aceitar o embarque para o Brasil. (Leia: a Vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil).

O bloqueio ficou mal visto pelas nações “aliadas” á França e isto contribuiu para reduzir o prestigio de Napoleão nas terras por ele conquistadas.

Fontes: (1) //web.archive.org/web/20161223031244///www.notapositiva.com:80/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/periodonapoleonico.htm //pt.wikipedia.org/wiki/Bloqueio_Continental

//bloguehistorico6.wordpress.com/2007/12/08/do-bloqueio-continental-a-1%C2%BA-invasao-francesa/

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