O Filólogo é o profissional formado em Filologia, ciência essa que se dedica ao estudo da linguagem por meio de fontes históricas escritas. Aqui incluímos a história, a linguística e a literatura. Este profissional dedica-se a estudar registos escritos, assim como textos literários, de forma a determinar a sua forma original, e verificar a sua autenticidade. Show Os filólogos estudam qualquer linguagem clássica, pois são estas que têm uma tradição filológica. Embora não seja uma profissão conhecida, muitos curiosos acabam por deparar-se com este termo, especialmente quando se é interessado pela origem das palavras e pela literatura clássica. Se é um apaixonado por esta área, então saiba tudo sobre ser-se um filólogo, o que ele faz, quais as funções que desempenha, quais as saídas no mercado de trabalho, e quais os estudos que precisa concluir para poder exercer esta profissão. Confira! O que faz um Filólogo?O filólogo é o responsável por resolver problemas de datação de documentos, localizar e editar textos, usando dos seus conhecimentos em linguística, história, estilística e gramática. Na carreira académica, este profissional estuda a língua com o uso de textos literários, olhando para o seu contexto histórico, assim como para o seu contexto cultural. Sendo assim, este profissional estuda, entre vários aspectos, a retórica, a gramática, a história, e é ele que interpreta autores clássicos e tradições que estão associadas a esses textos. Para desempenhar esta profissão, o profissional deve ser alguém com gosto de estudar, de saber sempre mais, mas também deve ter aptidão pela tecnologia, pois atualmente muito deste trabalho é eletrónico e é fundamental que os filólogos sejam capazes de trabalhar desta forma. Quais as suas funções?O filólogo tem como principal função o estudo da língua e literatura clássica e, para isso, ele desenvolve uma série de outras tarefas. Antes de mais nada, ele precisa pesquisar várias fontes de informação. Ele procura por obras de referência, fontes escritas, fontes orais, dicionários e, atualmente, fontes eletrónicas. Depois ele compara textos para verificar a sua veracidade, assim como a sua origem. Os filólogos precisam de um conhecimento muito vasto em história e linguística, especialmente para conseguir restaurar línguas. Além disso, é preciso ter uma visão bem ampla dos textos a serem analisados, tanto no que diz respeito ao seu contexto histórico, como à sua estrutura interna. É também este profissional que traduz, interpreta e faz a revisão de textos clássicos. Além disso, ele fica responsável por elaborar obras, como coletâneas, dicionários, enciclopédias, gramáticas e glossários. Ao longo do seu trabalho, o filólogo também se depara com várias fontes orais. Como tal, ele precisa interpretar diversos discursos orais, descodificando expressões linguísticas e trabalhando com diferentes registos linguísticos. Pode, também, seguir a carreira de ensino, dando aulas para alunos universitários de Filologia, Crítica Textual e Linguística Românica, orientando-os nos seus estudos da linguística e filologia. Além disso, ele fica responsável por organizar diversos eventos científicos que promovam intercâmbios culturais e científicos. Saídas no mercado de trabalhoA grande maioria dos profissionais formados em filologia trabalham em universidades, tanto na formação dos alunos universitários, como na área da pesquisa. Como não são muitos os alunos que optam por esta pós-graduação, as vagas de emprego existentes acabam por escoar a maioria dos recém-formados. Uma grande parte dos alunos também atua na revisão de textos, especialmente textos públicos, como é o caso das leis, por exemplo. Além disso, existe a possibilidade de trabalhar em editoras, desenvolvendo coletâneas, dicionários, gramáticas, enciclopédias ou glossários. Embora o mercado de trabalho em filologia seja muito restrito, ele é estável. Ao contrário de outras profissões, esta não tem uma tendência de crescimento, o que não a torna muito atrativa. A vantagem é que, como já dissemos, não existe muita concorrência. Como entrar na carreira de Filólogo?Em Portugal, os filólogos precisam percorrer um longo caminho académico. Além da licenciatura e mestrado em linguística, o profissional deve seguir o doutoramento com especialidade em Filologia. Sem dúvida, estes profissionais precisam de um conhecimento profundo da língua e linguística, o que implica mais anos de estudo e trabalho na área. Sendo assim, esta é uma profissão que deve ser olhada como um passo à frente na carreira de profissionais que já são formados em Linguística. O doutoramento conta com quatro semestres iniciais, no fim dos quais é submetido um projeto de tese, o qual é entregue, discutido e avaliado numa prova final no 2º ano de doutoramento. Terá, depois, mais 4 semestres para desenvolver a tese de doutoramento. Brasil Para exercer a profissão de filólogo é necessário concluir o bacharelado em letras. Essa é a primeira formação a fazer. Depois, o ideal é tirar uma especialização na área de logística. É fundamental que o filólogo tenha conhecimentos profundos na filologia românica, mas também é importante ter um domínio nas línguas neolatinas, como é o caso do português e do romeno. Pode, ainda, optar por seguir a linha da filologia germânica. Se for a sua escolha, é importante adquirir conhecimentos profundos de alemão ou inglês, por exemplo. Onde estudar Filologia?Portugal: Brasil: Tem um gosto particular por textos clássicos, pela origem das línguas e linguística? Então dedique-se ao estudo e torne-se um filólogo. Não é um caminho fácil, mas vale a pena todo o esforço!
O adjetivo φιλόλογος ( filólogos ) significava 'apaixonado por discussão ou argumento, falante', em grego helenístico , também implicando uma preferência excessiva (" sofística ") de argumento sobre o amor pela verdadeira sabedoria, φιλόσοφος ( philósophos ). Como alegoria da erudição literária, a philologia aparece na literatura pós-clássica do século V ( Martianus Capella , De nuptiis Philologiae et Mercurii ), uma ideia revivida na literatura medieval tardia ( Chaucer , Lydgate ). O significado de "amor pelo aprendizado e pela literatura" foi reduzido a "o estudo do desenvolvimento histórico das línguas" ( linguística histórica ) no uso do termo no século XIX. Devido ao rápido progresso feito na compreensão das leis de som e mudança de linguagem , a "era de ouro da filologia" durou ao longo do século 19, ou "de Giacomo Leopardi e Friedrich Schlegel a Nietzsche ". [8] No mundo anglo-saxão, o termo filologia para descrever o trabalho em línguas e literaturas, que se tornou sinônimo das práticas dos estudiosos alemães, foi abandonado como consequência do sentimento anti-alemão após a Primeira Guerra Mundial . [9] A maioria dos países da Europa continental ainda mantém o termo para designar departamentos, faculdades, títulos de cargos e periódicos. JRR Tolkien se opôs à reação nacionalista contra as práticas filológicas, alegando que "o instinto filológico" era "universal assim como o uso da linguagem". [10] [11] No uso do inglês britânico , e na academia britânica, filologia permanece em grande parte sinônimo de "lingüística histórica", enquanto no inglês dos EUA e na academia dos EUA, o significado mais amplo de "estudo da gramática, história e tradição literária de uma língua "continua mais difundido. [12] [13] Com base na crítica severa de Friedrich Nietzsche, alguns estudiosos dos EUA desde os anos 1980 viram a filologia como responsável por um estudo estritamente científico da linguagem e da literatura. [9] |