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COMPARAÇÃO E MODELAÇÃO DA RESPOSTA FISIOLÓGICA AGUDA A UM EXERCÍCIO BÁSICO DE HIDROGINÁSTICA ENTRE SENHORAS JOVENS E IDOSAS Raul F. Bartolomeu 1 , Tiago M. Barbosa 2,5 , José A. Bragada 3 , Jorge E. Morais 3 , Vitor P. Lopes 3,5 , Mário J. Costa 4,5 1 Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Portugal 2 Nanyang Technological University, Singapura 3 Instituto Politécnico de Bragança, Portugal 4 Instituto Politécnico da Guarda, Portugal 5 Centro de Investigação em Ciências do Desporto, Ciências da Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), Portugal INTRODUÇÃO: A hidroginástica é hoje em dia uma forma de exercício físico muito popular entre todas as faixas etárias, fazendo com que a maioria das aulas possua uma heterogeneidade muito grande de idades. O impacto fisiológico agudo de uma aula de hidroginástica manifesta-se na alteração de vários indicadores, no entanto, os valores de alguns deles tendem a sofrer um declínio com o avançar da idade. Foi objetivo deste estudo avaliar a influência da idade na resposta fisiológica aguda a um exercício básico de hidroginástica, e modelar a variação nos indicadores analisados. MÉTODOS: Trinta e sete mulheres foram divididas em Grupo Idosos (GI, n=18, 65,06±5,77 anos, 66,00±11,58 kg) e Grupo Jovens Adultos (GJA, n=19, 22,16±2,63 anos, 58,68±7,91 kg) e submetidas a um protocolo progressivo intermitente com N séries de 6 minutos (3 ≤ N ≤ 8) e cadências musicais entre os 90 e os 195 bpm durante a execução do exercício básico de Hidroginástica “cavalo marinho” [1]. Foram avaliadas a Perceção Subjetiva do Esforço (PSE), frequência cardíaca (FC), concentração sanguínea de Lactato ([La]), consumo de Oxigénio (VO 2 ) e o dispêndio energético (DE). Posteriormente foi calculado o Equivalente Metabólico da Tarefa (MET) [2]. Foram calculados os coeficientes de determinação entre as variáveis selecionadas e a cadência musical (p<0,05) e a magnitude da variação de cada indicador com o avançar da idade com recurso à modelação linear hierárquica (HLM). RESULTADOS: Verificou-se um aumento dos valores de todos os indicadores com o aumento da CM em ambos os grupos (0,71≤R 2 ≤0,82). No que respeita à diferença entre grupos etários, em repouso, os valores não foram estatisticamente diferentes entre os grupos, com a exceção da FC e da [La], sendo inferior, respetivamente, 14,9·bpm -1 e 0.403 mmol·l -1 (p<0,01) no GI. Durante o exercício, por cada aumento na cadência (1 bpm) verificou-se uma diminuição na evolução da generalidade das variáveis no GI ([La] 0,003 mmol·l -1 ·bpm -1 , p<0,01; VO 2 = 0.022 ml·kg -1 ·min -1 ·bpm -1 , p=0,03; DE = 0,0001 kcal·kg -1 ·min -1 ·bpm -1 , p=0,03) quando comparado com o GJA. DISCUSSÃO: Apesar de em repouso a idade não apresentar influência na variação da maioria das variáveis, com o aumentar da intensidade do exercício verifica-se uma influência negativa da idade na resposta fisiológica aguda. Estima-se que a capacidade cardiorrespiratória decresça aproximadamente 10% por década depois dos 25 anos [3]. Esta diminuição deve-se a mudanças no volume sistólico, na diferença arteriovenosa de oxigénio e na FC, que resulta por sua vez de uma diminuição da FC máxima, que é inversamente relacionada com a idade [4]. Alterações musculosqueléticas relacionadas com a idade [5] podem também ser um fator importante para este declínio. |