Do latim accessiblitas, que significa “livre acesso ou possibilidade de aproximação”, acessibilidade é a qualidade do que é acessível. Esse substantivo feminino possui relação com aquilo que tem fácil acesso de aquisição ou de aproximação.
O termo é amplamente usado no contexto social, quando trata-se de incluir pessoas que possuem algum tipo de incapacidade física ou cognitiva.
Na arquitetura e no urbanismo a acessibilidade é uma constante preocupação, estando relacionada também com o fornecer de condições para as pessoas que tenham algum tipo de deficiência, ou que possuam a mobilidade reduzida, possam usufruir de locais públicos ou coletivos de forma segura e autônoma.
As ações que são feitas nos tempos atuais focam agora em modificar a sociedade para que ela se adapte a essas pessoas com condições especiais, ao contrário do que acontecia antes com essas pessoas com algum tipo de deficiência tendo que ser reabilitadas para enquadrarem-se na sociedade.
E a acessibilidade é um tema bastante discutido em diferentes contextos, uma vez que a sua implementação garante direitos igualitários para todos os cidadãos.
Índice de tópicos
Segundo estudos que foram desenvolvidos pelo pesquisador Romeu Kasumi Sassaki, são identificáveis os seguintes tipos de acessibilidade:
– Atitudinal: diz respeito a percepção do outro sem que haja preconceitos, estereótipos, discriminações ou estigmas. Assim, essas barreiras são eliminadas;
– Arquitetônica: nessa são eliminadas quaisquer barreiras ambientais físicas nas residências, nos edifícios, estabelecimentos comerciais, nos espaços urbanos, entre outros;
– Comunicacional: esse tipo de acessibilidade tem o propósito de eliminar barreiras na comunicação interpessoal (que acontece face a face), escrita e virtual. E para isso ela faz uso de recursos como a língua de sinais, textos em braile, além também da acessibilidade digital, usando ferramentas apropriadas;
– Instrumental: com foco em eliminar as barreiras nos instrumentos, ferramentas de estudos e outros do contexto profissional, de estudo, de lazer, etc. Um exemplo seria quando uma pessoa que não enxerga tem acesso a um software que faz a leitura da tela no computador;
– Metodológica: também chamada de pedagógica, esse tipo de acessibilidade caracteriza-se pela ausência de barreiras nas metodologias e nas técnicas destinadas ao estudo. Um exemplo são quando professores fazem uso de recursos de acessibilidade a fim de ajudar os alunos que tenham algum tipo de deficiência, tal como o uso de textos em braile;
– Programática: esse tipo foca em leis, regulamentos, normas e outros, que tanto entendam como respeitem as necessidades das pessoas que tenham algum tipo de deficiência, eliminando, então, as barreiras que existem nas políticas públicas;
Mas além disso, existe também a acessibilidade natural, que se trata da remoção das barreiras existentes na própria natureza. Como exemplo podemos citar o caso de uma pessoa cadeirante, tendo ela dificuldades para se locomover no ambiente com uma vegetação irregular ou sobre uma calçada que tenha muitas árvores, então deve ser feito algo sobre essas plantas e árvores. Também nesse sentido, existem cadeiras de rodas que são adaptadas para quem deseja se locomover sobre a areia da praia, as chamadas cadeiras de rodas anfíbias.
Closed caption e acessibilidade
Closed caption é uma expressão que provém do inglês e significa “legenda oculta”. Ele trata-se da transmissão de legendas em programas de televisão, filmes ou até mesmo em vídeo na internet. Para as pessoas com deficiência auditiva, esse recurso é extremamente essencial. Com isso as pessoas com surdez agora não são mais privadas dos conteúdos na televisão ou na internet.
No Brasil, segundo uma determinação proposta pelo Ministério das Comunicações, desde o ano de 2012 que as emissoras de televisão devem incluir ao menos 12 horas de programação de acessibilidade, tendo essa legenda oculta. Basta então ir nas configurações do aparelhos para ativar o recurso.
Na área da informática, existem muitas ferramentas que ajudam na acessibilidade de pessoas com deficiência visual, auditiva e motora aos conteúdos que são disponibilizados, ajudando pessoas que trabalham ou que estudam, entre eles estão programas como o Sonix, Jaws, Dosvox, Virtual Vision, Imago Vox, Anagrama Comp, entre outros.
Acessibilidade em outros contextos
É comum que as pessoas associem a acessibilidade somente a pessoas com deficiência, mas o seu conceito vai além. Existe mais amplitude nisso. Entende-se por acessibilidade a possibilidade de todos acessarem um local, informação, produto ou serviço de modo simples e autônoma. E para isso acontecer não existiria nenhum tipo de barreira.
Acessibilidade na web, por exemplo, também significa permitir que qualquer pessoa consiga fazer uso da internet sem grandes dificuldades. Mas para isso é necessário que o conteúdo, design e o desenvolvimento do site no geral aconteça de modo que qualquer pessoa possa compreender seu funcionamento, navegar e interagir ali sem problemas. Tudo precisa estar simplificado ali.
Desse modo, a acessibilidade na web visa proporcionar um ambiente mais inclusivo para idosos, analfabetos funcionais ou pessoas com algum tipo de deficiência, por exemplo, tal como mencionado.
Citação
SOUSA, Priscila. (1 de Março de 2022). Conceito de acessibilidade. Conceito.de. //conceito.de/acessibilidade
Os conceitos de acessibilidade e inclusão social estão intrinsecamente vinculados. No senso comum, acessibilidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso dos espaços físicos. Entretanto, numa acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. A acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social, e se apresenta em múltiplas dimensões, incluindo aquelas de natureza atitudinal, física, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, dentre outras. É, ainda, uma questão de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes perante às pessoas com deficiência. Portanto, a promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade em que vivem, em condições similares aos demais indivíduos.
A Acessibilidade na UFC
A Universidade Federal do Ceará vem se destacando entre as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras no que se refere à promoção de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência. A criação da Secretaria de Acessibilidade UFC Inclui, em 30 de agosto de 2010, situa a UFC num patamar diferenciado dentre as demais IFES, na medida em que se compromete com as diferenças caracterizadas pelas condições de deficiência. Esta Secretaria tem como objetivo assegurar condições de acessibilidade na UFC, em suas múltiplas dimensões, conforme a legislação vigente, e estimular o desenvolvimento de uma cultura inclusiva na UFC.
São princípios que orientam as ações de acessibilidade na UFC: a concepção de que a pessoa com deficiência é sujeito ativo, cuja vivência e visão de mundo devem assumir um papel primordial para a estruturação de um ambiente físico e socialmente acessível; e que a presença, na sociedade, de pessoas com deficiência, autônomas, é essencial para a criação de uma cultura inclusiva. Com base nestes princípios, assume-se como estratégia básica que essas pessoas exerçam função de facilitadoras da inclusão.
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Os conceitos de acessibilidade e inclusão social estão intrinsecamente vinculados. No senso comum, acessibilidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso dos espaços físicos. Entretanto, numa acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. A acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social, e se apresenta em múltiplas dimensões, incluindo aquelas de natureza atitudinal, física, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, dentre outras. É, ainda, uma questão de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes perante às pessoas com deficiência. Portanto, a promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade em que vivem, em condições similares aos demais indivíduos.
A Acessibilidade na UFC
A Universidade Federal do Ceará vem se destacando entre as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras no que se refere à promoção de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência. A criação da Secretaria de Acessibilidade UFC Inclui, em 30 de agosto de 2010, situa a UFC num patamar diferenciado dentre as demais IFES, na medida em que se compromete com as diferenças caracterizadas pelas condições de deficiência. Esta Secretaria tem como objetivo assegurar condições de acessibilidade na UFC, em suas múltiplas dimensões, conforme a legislação vigente, e estimular o desenvolvimento de uma cultura inclusiva na UFC.
São princípios que orientam as ações de acessibilidade na UFC: a concepção de que a pessoa com deficiência é sujeito ativo, cuja vivência e visão de mundo devem assumir um papel primordial para a estruturação de um ambiente físico e socialmente acessível; e que a presença, na sociedade, de pessoas com deficiência, autônomas, é essencial para a criação de uma cultura inclusiva. Com base nestes princípios, assume-se como estratégia básica que essas pessoas exerçam função de facilitadoras da inclusão.