No período que se inicia em depois dos 50 o uso de termos

O aumento da expectativa de vida faz com que as mulheres vivam tempo suficiente para experimentar importantes mudanças em seus corpos, algo que as mulheres de gerações anteriores não conseguiram vivenciar. O climatério é todo o período de transição entre a fase reprodutiva e a não-reprodutiva da mulher. Embora os médicos estejam adquirindo cada vez mais conhecimento a esse respeito, ainda há muito para se conhecer, sempre com o objetivo de promover mais qualidade de vida para as mulheres Afinal, elas vivem cerca de um terço de suas vidas nessa fase!

O período do climatério é dividido em três principais estágios: a perimenopausa, a menopausa e a pós-menopausa. Embora as três façam parte da mesma transição geral de vida, elas podem causar sintomas diferentes e, portanto, têm opções diferentes de tratamento . Compreender cada uma das 3 fases do climatério pode ajudar os profissionais de saúde a buscarem as soluções mais adequadas para amenizar os sintomas de suas pacientes, trazendo mais saúde e qualidade de vida para as mulheres ao longo do envelhecimento.

A perimenopausa: o início de tudo

A perimenopausa é o primeiro estágio do climatério e antecede a menopausa. Neste estágio, as mudanças endocrinológicas, biológicas e clínicas, características desse período, se iniciam. A perimenopausa é marcada por uma queda gradual do estrogênio, que é o principal hormônio feminino produzido pelos ovários. Com isso, as mulheres passam a experimentar, principalmente, irregularidades menstruais. Depois, em momentos mais avançados da perimenopausa, como corpo produzindo cada vez menos estrogênio, outros sintomas aparecem: ondas de calor, insônia, ganho de peso, mudanças de humor, ressecamento vaginal e queda na libido.

As mulheres começam a perimenopausa em idades diferentes. Você pode notar sinais de progressão para a menopausa, como irregularidade menstrual, por volta dos 40 anos. Mas algumas mulheres percebem mudanças já na segunda metade da terceira década de vida. A duração média da perimenopausa é de 4 anos, mas para algumas mulheres esse estágio pode durar apenas alguns meses ou continuar por 10 anos.

Menopausa: o fim do período reprodutivo da mulher

A menopausa é reconhecida retrospectivamente, quando há 12 meses consecutivos de amenorreia (ausência de menstruação), para a qual não há outra causa patológica ou fisiológica óbvia. Nesta fase do climatério ocorre a cessação permanente da menstruação, resultante da perda da atividade folicular ovariana. Ainda não existe um marcador biológico adequado para este evento, mas já é bem estabelecido que é nesta fase que os ovários produzem tão pouco estrogênio que novos óvulos não são mais liberados.

Algumas mulheres entram em menopausa mais cedo do que o normal (antes dos 50 anos) e isso pode ocorrer por diversas razões como:

  • ter histórico familiar de menopausa precoce
  • ser fumante
  • ter realizado histerectomia (remoção do útero)
  • ter se submetido a tratamentos de câncer.

Pós- menopausa

Corresponde ao período após o evento da menopausa. Durante esse estágio, os sintomas climatéricos (ondas de calor, insônia, ganho de peso, mudanças de humor, ressecamento vaginal e queda na libido) permanecem e podem se intensificar. Algumas mulheres continuam a senti-los por até uma década após a menopausa!

É fundamental que as mulheres se mantenham saudáveis neste período, pois existem várias complicações de saúde associadas à pós-menopausa. A osteoporose, por exemplo, é uma das mais recorrentes. A diminuição da densidade mineral e resistência óssea ocorrem, principalmente, devido à deficiência de estrogênio, e estas alterações aumentam muito o risco de fratura. A osteoporose pós-menopausa é uma situação clínica que merece atenção, visto que sua incidência certamente aumentará nos próximos anos devido ao aumento da expectativa de vida. Portanto, é essencial que as mulheres deem atenção para a saúde geral, mas principalmente para a saúde óssea na pós-menopausa.

Certamente, na pós-menopausa há alguns ajustes importantes a serem feitos nos hábitos de vida e na atenção à saúde, pois a mulher passa a viver em um corpo que possui um funcionamento e principalmente um metabolismo totalmente diferente.

Referências:

//www.imsociety.org/menopause_terminology.php

//www.healthline.com/health/menopause/difference-perimenopause

//www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2004000600027&script=sci_arttext

//my.clevelandclinic.org/health/diseases/15224-menopause-perimenopause-and-postmenopause

//www.healthline.com/health/menopause/postmenopausal-health

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As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras ou semânticas.

Para dominarmos o uso das figuras de linguagem de maneira correta, estudaremos, de modo sintetizado, os conceitos de denotação e conotação.

Denotação

Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação usual, literal, referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária.

Já é a quinta vez que perco as chaves do meu armário

Aquela sobremesa estava muito azeda, não gostei.

Conotação

Ocorre a conotação quando a palavra é empregada em sentido figurado, associativo, possibilitando várias interpretações. Ou seja, o sentido conotativo tem a propriedade de atribuir às palavras significados diferentes de seu sentido original.

A chave da questão é você ser feliz independente do momento

Margarida é uma mulher azeda, está sempre de péssimo humor.

Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos quais encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia que o emissor quis transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em atribuir novos significados ao sentido denotativo da palavra.

Principais Figuras de Linguagem

Tabela com as principais figuras de linguagem.

Figuras de som ou sonoras

As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para reproduzir os sons presentes nos seres. São as seguintes: aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.

Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)

Assonância: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.

O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)

Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.

“Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato Teixeira)

Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.

Chega de blá-blá-blá-blá!

É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Figuras de construção ou sintaxe

As figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na construção normal do período. Essas figuras de linguagem ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos termos da oração. São as seguintes: elipse, zeugma, pleonasmo, assíndeto, polissíndeto, anacoluto, hipérbato, hipálage, anáfora e silepse.

Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.

Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)

Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um termo que antes fora mencionado.

Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)

Pleonasmo: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.

“E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)

Assíndeto: é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados

“Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles)

Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei.

Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.

“...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)

Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.

Eu, que me chamava de amor e minha esperança de amor.”

Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo Branco)

Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a frase, não cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.

Hipérbato ou Inversão: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período. Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.

São como cristais suas lágrimas.

Batia acelerado meu coração.

Na ordem direta, as frases dos exemplos expostos seriam:

Suas lágrimas são como cristais.

Meu coração batia acelerado.

Hipálage: essa figura de linguagem ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a outra da mesma frase:

Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)

Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)

Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou versos.

“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)

Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e não com os termos expressos. A silepse pode ser:

De gênero:

Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)

De número:

Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)

De pessoa

Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do plural “concorda” com “somos”)

Figuras de palavras ou semânticas

As figuras de palavras ou semânticas são figuras de linguagem que consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja, num sentido conotativo. São as seguintes: comparação, metáfora, catacrese, metonímia, antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo, gradação, hipérbole, prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia.

Comparação ou símile: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos comparativos.

“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)

Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)

Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo.

Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.

O pé da mesa estava quebrado.

Não sente no braço do sofá.

Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega:

A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)

O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)

O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).

Antonomásia: É a figura de linguagem que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.

A cidade eterna (em vez de Roma)

Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos sensoriais.

Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)

Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

Os jardins têm vida e morte.

Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.

Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)

Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.

Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.

Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.

Estou morrendo de sede!

Não vejo você há séculos!

Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos seres humanos.

O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.

Estou cego, mas agora consigo ver.

Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.

O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)

Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.

Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)

Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.

Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.

Referências bibliográficas:

TERRA, Ernani. Minigramática. São Paulo: Scipione, 2007.

ALMEIDA, Nílson Teixeira de. Gramática da Língua Portuguesa para concursos. São Paulo: Saraiva, 2009.

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