SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.
2. (ENEM 2015) Na região mineira, a separação entre cultura popular (as artes mecânicas) e erudita (as artes liberais) é marcada pela elite colonial, que tem como exemplo os valores europeus, e o grupo popular, formado pela fusão de várias culturas: portugueses aventureiros ou degredados, negros e índios. Aleijadinho, unindo as sofisticações da arte erudita ao entendimento do artífice popular, consegue fazer essa síntese característica deste momento único na história da arte brasileira: o barroco colonial. MAJORA, C. BrHistória, n. 3, mar. 2007 (adaptado).
No século XVIII, a arte brasileira, mais especificamente a de Minas Gerais, apresentava a valorização da técnica e um estilo próprio, incluindo a escolha dos materiais. Artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde têm suas obras caracterizadas por peculiaridades que são identificadas por meio a) Do emprego de materiais oriundos da Europa e da interpretação realista dos objetos representados. b) Do uso de recursos materiais disponíveis no local e da interpretação formal com características próprias. c) Da utilização de recursos materiais vindos da Europa e da homogeneização e linearidade representacional. d) Da observação e da cópia detalhada do objeto representado e do emprego de materiais disponíveis na região. e) Da utilização de materiais disponíveis no Brasil e da interpretação idealizada e linear dos objetos representados.
OLIVEIRA, C. Disponível em: http://anpuh.org.br. Acesso em: 20 maio 2015.
O texto revela que a aceitação da representação do belo na obra de arte está condicionada à a) Incorporação de grandes correntes teóricas de uma época, conferindo legitimidade ao trabalho do artista. b) Atemporalidade do tema abordado pelo artista, garantindo perenidade ao objeto de arte então elaborado. c) Inserção da produção artística em um projeto estético e ideológico determinado por fatores externos. d) Apropriação que o pintor faz dos grandes temas universais já recorrentes em uma vertente artística. e) Assimilação de técnicas e recursos já utilizados por movimentos anteriores que trataram da temática. 4. (ENEM 2011) Observe as imagens abaixo:
Vicente do Rego Monteiro foi um dos pintores cujas telas foram expostas durante a Semana da Arte Moderna. Tal como Michelangelo, ele se inspirou em temas bíblicos, porém, com um estilo peculiar. Considerando-se as obras apresentadas, o artista brasileiro. a) Estava preocupado em retratar detalhes da cena. b) Demonstrou irreverência ao retratar a cena bíblica. c) Optou por fazer uma escultura minimalista, diferentemente de Michelangelo. d) Deu aos personagens traços cubistas, em vez dos traços europeus, típicos de Michelangelo. e) Reproduziu o estilo da famosa obra de Michelangelo, uma vez que retratou a mesma cena bíblica. 5. (ENEM 2009) A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2009.
Ao se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o trecho do texto de Caminha, conclui-se que a) Ambos se identificam pelas características estéticas marcantes, como tristeza e melancolia, do movimento romântico das artes plásticas. b) O artista, na pintura, foi fiel ao seu objeto, representando-o de maneira realista, ao passo que o texto é apenas fantasioso. c) A pintura e o texto têm uma característica em comum, que é representar o habitante das terras que sofreriam processo colonizador. d) O texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura europeia e a cultura indígena. e) Há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma vez que o índio representado é objeto da catequização jesuítica.
CAZES, H. Choro: do quintal ao Municipal. São Paulo: Editora 34, 1998 (adaptado).
a) A região da África de origem dos escravos, trazendo tradições musicais e religiosas de tribos distintas. b) O relevo dos países, favorecendo o isolamento de comunidades, aumentando o número de gêneros musicais surgidos. c) O conjunto de portos, que favorecem o trânsito de diferentes influências musicais e credos religiosos. d) A agricultura das regiões, pois o que é plantado exerce influência nas canções de trabalho durante o plantio. e) O clima dos países em questão, pois as temperaturas influenciam na composição e vivacidade dos ritmos.
A Estátua do Laçador, tombada como patrimônio em 2001, é um monumento de Porto Alegre/RS, que representa o gaúcho (em trajes típicos). Disponível em: www.portoalegre.tur.br. Acessado em: 3 ago. 2012 (adaptado).
a) Exemplo de bem imaterial. b) Forma de exposição da individualidade. c) Modo de enaltecer os ideais de liberdade. d) Manifestação histórico-cultural de uma população. e) Maneira de propor mudanças nos costumes. 8. (ENEM 2013) Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática. Oriunda dos salões franceses, depois difundida por toda a Europa. No Brasil, foi introduzida como dança de salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrência, é importante a presença de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des dames”, “Chez des cheveliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc.
CASCUDO. L.C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos. 1976.
As diversas formas de dança são demonstrações da diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a quadrilha é considerada uma dança folclórica por a) Possuir como característica principal os atributos divinos e religiosos e, por isso, identificar uma nação ou região. b) Abordar as tradições e costumes de determinados povo ou regiões distintas de uma mesma nação. c) Apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, sendo também, considerada dança-espetáculo. d) Necessitar de vestuário específico para a sua prática, o qual define seu país de origem. e) Acontecer em salões e festas e ser influenciada por diversos gêneros musicais.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física. São Paulo: 2009 (adaptado) A dança, como manifestação e representação da cultura rítmica, envolve a expressão corporal própria de um povo. Considerando-a como elemento folclórico, a dança revela a) Manifestações afetivas, históricas, ideológicas, intelectuais e espirituais de um povo, refletindo seu modo de expressar-se no mundo. b) Aspectos eminentemente afetivos, espirituais e de entretenimento de um povo, desconsiderando fatos históricos c) Acontecimentos do cotidiano, sob influência mitológica e religiosa de cada região, sobrepondo aspectos políticos. d) Tradições culturais de cada região, cujas manifestações rítmicas são classificadas em um ranking das mais originais. e) Lendas, que se sustentam em inverdades históricas, uma vez que são inventadas, e servem apenas para a vivência lúdica de um povo.
Disponível em: http://www.portal.iphan.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010 (adaptado).
a) Reconhecer o valor da cultura popular para torná-la equivalente à cultura erudita. b) Recuperar as características originais das manifestações culturais dos povos nativos do Brasil. c) Promover o respeito à diversidade cultural por meio da valorização das manifestações populares. d) Possibilitar a absorção das manifestações culturais populares pela cultura nacional brasileira. e) Inserir as manifestações populares no mercado, proporcionando retorno financeiro a seus produtores.
a) Crença na dignidade do clero e na divisão entre o mundo real e o espiritual. b) Ideologia de luta social que coloca o homem no centro do processo histórico. c) Crença na espiritualidade e na busca incansável pela justiça social dos feudos. d) Ideia de anarquia expressa pelos trovadores iluministas do início do século XVI. e) Ideologia humanista com cenas centradas no homem, na mulher e no cotidiano.
BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007.
a) O Bumba-meu-boi, que é uma dança teatral onde personagens contam uma história envolvendo crítica social, morte e ressurreição. b) A Quadrilha das festas juninas, que associam festejos religiosos a celebrações de origens pagãs envolvendo as colheitas e a fogueira. c) O Congado, que é uma representação de um reinado africano onde se homenageia santos através de música, cantos e dança. d) O Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma de espetáculo. e) O Carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma história nos desfiles.
Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos e situações, o teatro é uma forma: a) De manipulação do povo pelo poder, que controla o teatro. b) De diversão e de expressão dos valores e problemas da sociedade. c) De entretenimento popular, que se esgota na sua função de distrair. d) De manipulação do povo pelos intelectuais que compõem as peças. e) De entretenimento, que foi superada e hoje é substituída pela televisão.
O carteiro Joaquim dos Anjos não era homem de serestas e serenatas, mas gostava de violão e de modinhas. Ele mesmo tocava flauta, instrumento que já foi muito estimado, não o sendo atualmente como outrora. Acreditava–se até músico, pois compunha valsas, tangos e acompanhamentos para modinhas. Aprendera a "artinha" musical na terra do seu nascimento, nos arredores de Diamantina, e a sabia de cor e salteado; mas não saíra daí. BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. In: Flávio Moreira da Costa (org.) Aquarelas do Brasil: contos da nossa música popular. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações de Passatempos e Multimídia Ltda, 2006, p.59.
a) A absorção de manifestações culturais influenciadas pela alta burguesia. b) O lugar de destaque que as modinhas sempre ocuparam na vida do brasileiro. c) O reconhecimento da música ao lado de manifestações culturais, como serenatas e serestas. d) O preconceito que existia em relação às manifestações musicais de origem popular. e) O gosto do brasileiro por músicas clássicas, cuja origem remonta ao interior do Brasil.
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