Em que ano o Teatro de Bonecos do Nordeste foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil

Com a aprovação do registro, o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste passa a ter proteção institucional, ou seja, uma garantia de salvaguarda do bem cultural

O Ministério da Cultura publicou nesta segunda-feira (13), no Diário Oficial da União, o comunicado de reconhecimento do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste como patrimônio cultural do Brasil.

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De acordo com o texto, a decisão foi tomada, por unanimidade, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido de inclusão foi feito pela Associação Brasileira de Teatro de Bonecos.

Com a aprovação do registro, o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste passa a ter proteção institucional, ou seja, uma garantia de salvaguarda do bem cultural.

Apesar de ser amplamente conhecido como mamulengo, o teatro de bonecos possui diversas denominações regionais: Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga, no Rio Grande do Norte; Babau, na Paraíba, e Mamulengo, em Pernambuco.

Em que ano o Teatro de Bonecos do Nordeste foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil

Teatro de Bonecos do Nordeste é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil. ... Com a aprovação do registro, o Teatro de Bonecos passa a ter proteção institucional, ou seja, mais uma garantia de salvaguarda deste bem cultural, que já se mantém vivo com a força de seus praticantes.

Em que ano o teatro de bonecos do Nordeste foi reconhecido pelo Iphan?

2015 Reconhecido pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil em 2015, o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste se tornou uma tradicional brincadeira, com origens no hibridismo cultural, durante o período de colonização do Brasil.

O que é teatro de bonecos do Nordeste?

O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste é uma tradicional brincadeira, com origens no hibridismo cultural, durante o período de colonização do Brasil. Descrição: Esse bem cultural imaterial é uma tradicional brincadeira, com origens no hibridismo cultural, durante o período de colonização do Brasil.

Qual a importância do teatro de bonecos do Nordeste?

O Teatro de bonecos é muito popular no Nordeste e por ser uma expressão teatral, original da cultura brasileira, tornou-se Patrimônio Cultural do Brasil. O Teatro de boneco encanta as pessoas em todos os lugares e devida à sua importância na nossa cultura, deve ser preservado para as futuras gerações.

Como é chamado o teatro de bonecos no Brasil mais precisamente no Nordeste?

Apesar de ser amplamente conhecido como mamulengo, o teatro de bonecos tem diversas denominações regionais: Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga, no Rio Grande do Norte; Babau, na Paraíba, e Mamulengo, em Pernambuco.

O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste - inscrito no Livro de Formas de Expressão, em março de 2015 - teve seu pedido de inclusão solicitado pela Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB), o que mostra a tendência de uma apropriação da sociedade sobre suas manifestações.

Qual país é uma referência do mais antigo registro de bonecos?

Evidências mostram que eram utilizados no Egito, em 2000 a.C., com o uso de figuras de madeira operadas com barbante. Bonecos articulados de marfim e argila controlados com cordões também foram encontrados nas tumbas egípcias.

Quem conta as histórias dos bonecos populares do Nordeste?

O saudoso Mestre Ginu, bonequeiro pernambucano, contava que o Mamulengo surgiu nas senzalas, onde o povo negro escravizado se reinventava para contar histórias de libertação, a partir de bonecos esculpidos em madeira.

A brincadeira continua. O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste - Mamulengo, Babau, João Redondo, Cassimiro Coco (TBPN) foi aprovado, com unanimidade, como Patrimônio Cultural do Brasil e inscrito no Livro de Formas de Expressão do Patrimônio Cultural Brasileiro. A decisão foi anunciada, na manhã desta quinta-feira, dia 05 de março, na 78ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que ocorreu na Sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília. O pedido de inclusão foi solicitado pela Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB), o que afirma a tendência de uma apropriação da sociedade sobre suas manifestações.

Os 22 conselheiros foram favoráveis ao parecer lido pelo relator Conselheiro Luiz Viana Queiroz. Com a aprovação do registro, o Teatro de Bonecos passa a ter proteção institucional, ou seja, mais uma garantia de salvaguarda deste bem cultural, que já se mantém vivo com a força de seus praticantes.

Em depoimento, momentos após a decisão, a presidente da ABTB, Ângela Escudeiro, diz que “é de grande relevância o reconhecimento de uma linguagem artística que possui tanto alcance nas suas comunidades. Para os mestres que trabalham com esta prática é como se da terra seca começasse a surgir a água que alimenta; alimenta a alma e o trabalho deles. Além disso, dá uma visão ampla para a sociedade que vai mexer com as políticas culturais”.

A brincadeira
O Teatro de Bonecos do Nordeste se tornou uma tradicional brincadeira, com origens no hibridismo cultural, durante o período de colonização do Brasil. A troca intensa possibilitou uma diversidade de temáticas: religiosa, profana ou de costumes populares. E, apesar deste bem ser amplamente conhecido como mamulengo, em cada contexto se desenvolveu de forma diferenciada, por isso, possui diversas denominações: Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga no Rio Grande do Norte; Babau na Paraíba; Mamulengo em Pernambuco.

A brincadeira começa com a montagem da empanada, uma espécie de barraca. Depois disso, os brincantes se colocam na parte de trás e então começa o espetáculo com os bonecos em cena e a introdução de um texto poético, a loa. Além da narrativa, a peça contém elementos surpresas, sugeridos, muitas vezes, pelo mestre a partir de um conhecimento prévio sobre o público, por exemplo.

Esta forma de expressão carrega elementos fundamentais para a sustentabilidade da identidade, memória e ainda desempenha um papel agregador que legitima as práticas cotidianas nessas regiões. Dessa maneira, tornou-se uma referência cultural que vem se atualizando, ao longo do tempo, mas que mantém relações de tradição, pertencimento e coletividade no universo cultural na qual se desenvolve.

O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, assim, constitui-se não apenas como um Brinquedo ou, simplesmente, um traço do folclore, envolve, sobretudo, a produção de conhecimento criativo, artístico e com uma forte carga de representação teatral.

De acordo com Fernando Augusto Santos, que pesquisa a brincadeira dos bonecos, este tipo de fazer teatro está estreitamente relacionado a grupos sociais específicos e enraizado no cotidiano dessas comunidades “por suas características, meios e modos de trabalho e sobremaneira por seu caráter dramático, que lhe faz representar, reinventar e mesmo transfigurar a cultura, a coletividade e o mundo, que lhes são próprios e nos quais sobrevive”.

Assim, pela representatividade que possui essa manifestação, a Associação Brasileira de Teatro de Bonecos vêm se articulando para que O Teatro de Bonecos seja reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Iphan e pela sociedade. No texto de inscrição ressalta-se o que este bem “trata-se de uma expressão teatral genuína da cultura brasileira e muito peculiar do nordeste brasileiro, rica da genialidade de seus criadores e na empatia que estabelece com seu público”.

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho, que avalia os processos de tombamento e registro, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros que representam instituições como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e mais 13 representantes da sociedade civil, com conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

Mais informações para a imprensa: Assessoria de Comunicação Iphan


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