Como fazer analise sintatica

Como fazer analise sintatica

A análise sintática consiste em uma das áreas mais importantes estudadas na Língua Portuguesa. Para saber todos os detalhes sobre este assunto e elevar as notas nessa matéria, confira nosso post.

O que é análise sintática?

Essa análise consiste numa área da gramática responsável por estudar a função e ligação de cada elemento na formação dos períodos. Em outras palavras, a análise sintática trata da relação lógica entre as palavras da frase. A análise detalhada de cada elemento da frase permite observar como as palavras se relacionam com outras por meio de mecanismos como a concordância e a regência, elaborando frases com sentido completo.

Conceito de frase

Para prosseguirmos no estudo sobre essa importante área da gramática, é necessário recapitularmos o conceito de frase:

Frase = todo enunciado linguístico com sentido completo, que estabelece uma comunicação de acordo com o contexto no qual os interlocutores estão inseridos.

Os tipos de frase são:

Declarativas

Afirmam ou negam algo de maneira objetiva.

Exemplo: A novela começou agora.

Interrogativas

Quando o enunciador desconhece algo e pergunta ao interlocutor.

Exemplo:

Quando ela chegou?

Imperativas

Exprimem uma ordem, solicitação ou conselho.

Exemplo:

Não deixe de fazer a tarefa.

Exclamativas

Exprimem surpresa, admiração ou espanto.

Exemplo:

Que lindo este lugar!

Optativas

Exprimem desejo.

Exemplo:

Que Deus o abençoe!

Itens estudados pela análise sintática

Para compreendermos a importância da análise sintática, vejamos todos os itens estudados nessa área.

Oração

Consiste na frase ou membro de frase que se organiza ao redor de um verbo ou de uma locução verbal.

Exemplo:

Choveu muito em São Paulo.

Período

Trata-se da frase constituída por uma ou mais orações. O período pode ser classificado em simples (formado por uma única oração) ou composto (formado por mais de uma oração).

Exemplo (período simples):

O preço dos combustíveis continua alto.

Exemplo (período composto):

É necessário que ele volte e assuma o cargo que abandonou.

Sujeito

Como fazer analise sintatica

É o elemento a respeito do qual se informa algo, sendo que o sujeito geralmente pode ser substituído por um pronome pessoal.

Exemplo:

“As meninas do Leblon não olham mais pra mim.” (Herbert Vianna)

As meninas do Leblon = sujeito (o ser de quem se informa algo)

não olham mais pra mim = predicado (a informação)

Geralmente, o sujeito aparece logo no início da oração. Quando isso ocorre, é dado o nome de ordem direta.

Já quando o sujeito aparece depois do predicado ou está intercalado, a oração está em ordem inversa ou indireta.

De acordo com a análise sintática, uma das principais características do sujeito é que ele normalmente é representado por um substantivo ou vários substantivos coordenados.

Com relação aos tipos de sujeito, temos:

Sujeito simples

Possui somente um núcleo.

Exemplo:

Muitos atletas brasileiros atuam na Europa.

Atletas = núcleo do sujeito.

Sujeito composto

Possui mais de um núcleo.

Exemplo:

Bezerros, bois e vacas estavam misturados.

Bezerros, bois e vacas = núcleos do sujeito.

Com relação à possibilidade de identificar ou não o sujeito, encontramos:

Sujeito determinado

Aquele que pode ser reconhecido gramaticalmente, ocorrendo geralmente com o sujeito simples e com o sujeito composto.

Sujeito indeterminado

Aquele que ocorre quando a informação contida no predicado se refere a um elemento que não se pode (ou não se quer) revelar.

Exemplos:

Disseram e garantiram que tudo iria acabar.

Precisa-se de cozinheiras.

Predicado

Conforme já vimos, o predicado refere-se à informação propriamente dita sobre o sujeito.

Predicação verbal

Refere-se à relação existente entre o verbo e o seu sujeito, sendo que os verbos podem ser lexicais ou de ligação.

No que se refere aos verbos lexicais, eles podem ser classificados em intransitivos ou transitivos.

Predicativo

De acordo com a análise sintática, consiste no termo da oração que funciona como núcleo nominal do predicado, havendo:

Predicativo do sujeito: é o elemento do predicado que se refere ao sujeito mediante um verbo (de ligação ou não).

Predicativo do objeto: termo da oração que se relaciona ao objeto, atribuindo-lhe uma característica.

Tipos de predicado

Com relação aos tipos de predicado, eles podem ser:

Predicado verbal: quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num verbo lexical.

Predicado nominal: quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num nome (predicativo do sujeito).

Predicado verbo-nominal: consiste em um predicado misto, em que a informação se concentra em dois elementos: verbo lexical e predicativo.

Com todas essas informações fica fácil perceber como o estudo de análise sintática é amplo, sendo necessário estudar de forma específica cada um dos itens mencionados. Para isso, basta acompanhar nossos conteúdos.

Imagens: rire.ctreq.qc.ca / be.usembassy.gov

Descubra, através de um exemplo muito comum dado em provas, como fazer análise sintática em português.

Resposta para uma dúvida de um seguidor do canal do YouTube do Prof. Cristiano R Andrade.

Como faço a análise sintática das seguintes orações:

1. O romance Iracema foi escrito por José de Alencar.

2. Devolvi-lhe o documento ontem à tarde.

3. Espere-me na porta da escola.

Acompanhe um vídeo específico sobre este problema. Clique abaixo para assistir.

Veja a classificação completa da frase 1 e, a seguir, comentários específicos:

A frase 1 .”O romance Iracema foi escrito por José de Alencar.”

Verbo transitivo direto na voz passiva: foi escrito (núcleo do predicado)

Sujeito simples, paciente: o romance Iracema

Núcleo do sujeito: romance

Adjunto adnominal: o

Complemento nominal: Iracema

Predicado verbal: foi escrito por José de Alencar

Verbo transitivo direto na voz passiva: foi escrito

Agente da passiva: por José de Alencar

Identificando o verbo da oração

Em primeiro lugar, é necessário identificar o verbo da oração. Através dele se consegue encontrar o sujeito da oração e uma pista sobre o predicado, que pode ser nominal (para verbo de ligação), verbal ou ainda verbo nominal.

Encontrando o sujeito

O próximo passo é encontrar o sujeito (se for o caso) e seu núcleo, adjuntos adnominais (caso haja). Nesse exemplo, temos também um complemento nominal. Dizer apenas a palavra “romance” não faz muito sentido. Do que se trata? Qual romance? Resposta: Iracema (complemento nominal).

Transitividade

A seguir, o verbo precisa ser analisado tecnicamente, em relação à transitividade. Existem verbos de ligação, transitivos e intransitivos.

Há 2 vídeos no canal do Prof. Cristiano R Andrade explicando esses conceitos da transitividade verbal. Clique para assistir.

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Complementos Verbais

A partir das perguntas feitas aos verbos transitivos se encontram os complementos verbais (objeto direto, objeto indireto). Ou não há o que se perguntar, caso seja um verbo intransitivo. Quando o verbo é de ligação, ele apenas liga o sujeito ao predicativo do sujeito. O predicado aqui é verbal porque seu núcleo é um verbo.

Verbo

Nesse caso, o verbo está na voz passiva. O sujeito é paciente, pois ele recebe a ação. O romance Iracema “foi escrito” por seu autor. Esse autor é José de Alencar, por isso ele corresponde ao item agente da passiva.

Acompanhe próximos conteúdos sobre análise sintática

No próximo post será feita a classificação das outras orações.

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O princípio é o verbo.

Essa é a premissa fundamental da sintaxe, que é a parte da gramática que estuda as palavras enquanto elementos de uma frase, as suas relações de concordância, de subordinação e de ordem. Significa que, ao se realizar a análise sintática de uma oração, sempre se inicia pelo verbo. É a partir dele que se descobre qual o sujeito da oração, se há a indicação de qualidade, estado ou modo de ser do sujeito, se ele pratica uma ação ou se a sofre, se há complemento verbal, se há circunstância, etc.

Nem sempre o verbo se apresenta sozinho em uma oração. Em muitos casos, surgem dois ou mais verbos, juntos, para indicar que se pratica ou se sofre uma ação, ou que o sujeito possui uma qualidade. A essa junção, dá-se o nome de locução verbal. Toda locução verbal é formada por um verbo auxiliar (ou mais de um) e um verbo principal (somente um).

verbo auxiliar é o que se relaciona com o sujeito, por isso concorda com este, ou seja, se o sujeito estiver no singular, o verbo auxiliar também ficará no singular; se o sujeito estiver no plural, o verbo auxiliar também ficará no plural. Na Língua Portuguesa os verbos auxiliares são os seguintes: ser, estar, ter, haver, dever, poder, dentre outros.

verbo principal é o que indica se o sujeito possui uma qualidade, se ele pratica uma ação ou se a sofre. É o mais importante da locução. Na Língua Portuguesa, o verbo principal surge sempre no infinitivo (terminado em –ar-er, ou –ir), no gerúndio (terminado em –ndo) ou no particípio (terminado em –ado ou –ido, dentre outras terminações).

Veja alguns exemplos de locuções verbais:

– Os funcionários FORAM CONVOCADOS pelo diretor. (aux.: SER; princ.: CONVOCAR)

– Neste momento, os estudantes ESTÃO RESPONDENDO às questões. (aux.: ESTAR; princ.: RESPONDER)

– Os trabalhadores TÊM ENFRENTADO muitos problemas. (aux.: TER; princ.: ENFRENTAR)

– O vereador HAVIA DENUNCIADO seus companheiros. (aux.: HAVER; princ.: DENUNCIAR)

– Os alunos DEVEM ESTUDAR todos os dias. (aux.: DEVER; princ.: ESTUDAR)

– Os professores PODEM PERMITIR que os alunos saiam da sala. (aux.: PODER; princ.: PERMITIR)

Encontrado o verbo ou a locução verbal, deve-se perguntar a ele – ou a ela – quem é o sujeito. A pergunta é esta:

Que(m) é que VERBO?

Por exemplo:

  • Os concurseiros esforçados sempre conseguem seu intento.

O princípio é o verbo: conseguir

Pergunta-se a ele quem é o sujeito: Quem é que consegue?

Resposta: Os concurseiros esforçados. Esse é o sujeito da oração.

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Depois de encontrado o sujeito, passa-se a analisar a predicação do verbo, usando-se o seguinte raciocínio:

1- Se o verbo somente indicar qualidade do sujeito sem que este pratique ação nem participe ativamente de um fato, será classificado de verbo de ligação (ou verbo copulativo). A qualidade será denominada de predicativo do sujeito.

Os mais comuns verbos de ligação ou copulativos são “ser, estar, parecer, ficar, permanecer, continuar, andar.”

Não se esqueça de que só será verbo de ligação aquele que tão somente indicar qualidade, sem ação nem fato:

  • As aulas são fáceis demais.
  • Os congressistas permaneceram calados durante a palestra.

2- Se o verbo indicar ação ou fato ativo, use esta tabela:

  1. A) Quem (VERBO) (VERBO)
  2. B) Quem (VERBO) VERBO) algo ou alguém
  3. C) Quem (VERBO) (VERBO) /preposição/ algo ou alguém
  4. D) Quem (VERBO) (VERBO) algo /preposição/ alguém
  • No lugar de “Quem” pode haver “Aquilo que”.

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Todo verbo indicador de ação ou fato ativo que se encaixar nesta tabela será classificado de VERBO INTRANSITIVO.

O vocábulo “transitivo” provém do latim e significa “passar de um lugar a outro”. Intransitivo, portanto, é aquele verbo cuja ação não passa dele, ou seja, não há complemento verbal. Por exemplo:

Quem morre, morre.

Quem anda, anda.

  1. B) Quem (VERBO) VERBO) algo ou alguém

Todo verbo indicador de ação ou fato ativo que se encaixar nesta tabela será classificado de VERBO TRANSITIVO DIRETO.

O vocábulo “transitivo” provém do latim e significa “passar de um lugar a outro”. Transitivo, portanto, é aquele verbo cuja ação passa dele, ou seja, há complemento verbal.

O complemento do verbo transitivo direto – o OBJETO DIRETO – é o elemento paciente, ou seja, o que sofre a ação praticada pelo sujeito.

A ligação entre o verbo transitivo direto e o seu complemento se faz diretamente, ou seja, sem intermédio de preposição.

Por exemplo:

Quem compra, compra algo.

Quem conhece, conhece alguém.

Aquilo que prejudica, prejudica alguém.

  1. C) Quem (VERBO) (VERBO) /preposição/ algo ou alguém

Todo verbo indicador de ação ou fato ativo que se encaixar nesta tabela será classificado de VERBO TRANSITIVO INDIRETO.

O vocábulo “transitivo” provém do latim e significa “passar de um lugar a outro”. Transitivo, portanto, é aquele verbo cuja ação passa dele, ou seja, há complemento verbal.

O complemento do verbo transitivo direto – o OBJETO INDIRETO – é o elemento destinatário, ou seja, a quem a ação praticada pelo sujeito é destinada.

A ligação entre o verbo transitivo indireto e o seu complemento – o OBJETO INDIRETO – se faz indiretamente, ou seja, com preposição.

As preposições mais comuns são estas: a, de, em, com, por, para, contra, etc.

Por exemplo:

Quem obedece, obedece a algo ou a alguém

Quem precisa, precisa de algo ou de alguém

Quem luta, luta contra algo ou contra alguém

Obs.: Deve-se tomar cuidado com os verbos indicadores de movimento (IR, VIR, VOLTAR, CHEGAR, CAIR, COMPARECER). São VERBOS INTRANSITIVOS, apesar de haver constantemente a circunstância de destino ou a de procedência (ou ainda a de meio). Essas circunstâncias são adjuntos adverbiais de lugar. Por exemplo:

Saudades de quando ia ao cinema toda semana!

Ir: Verbo intransitivo

ao cinema: adjunto adverbial de lugar

  1. D) Quem (VERBO) (VERBO) algo /preposição/ alguém

Todo verbo indicador de ação ou fato ativo que se encaixar nesta tabela será classificado de VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO ou BITRANSITIVO.

O vocábulo “transitivo” provém do latim e significa “passar de um lugar a outro”. Transitivo, portanto, é aquele verbo cuja ação passa dele, ou seja, há complemento verbal.

O verbo transitivo direto e indireto tem dois complementos: o OBJETO DIRETO (elemento paciente) e o OBJETO INDIRETO (elemento destinatário).

As preposições mais comuns são estas: a, de, em, com, por, para, contra, etc.

Por exemplo:

Quem informa, informa algo a alguém

Quem mostra, mostra algo a alguém.

Obs.: Deve-se tomar cuidado com a indicação de POSSE, porque, por haver dois elementos (ALGO DE ALGUÉM), pode haver a análise equivocada de um verbo bitransitivo. Por exemplo:

  • Beijo os pés de minha amada!

Aparentemente, há um verbo bitransitivo, pois há dois termos na oração: um sem preposição (os pés); outro com preposição (de minha amada).

Observe, porém, que há elemento paciente, mas não há destinatário, porque a amada é possuidora dos pés.

Sempre que houver a indicação de posse (ALGO DE ALGUÉM), esse “grupo” formará a mesma função sintática, “algo” será o núcleo dela e “de alguém”, ADJUNTO ADNOMINAL indicador de posse. Não haverá, portanto, objeto indireto, e sim adjunto adnominal.

Esse adjunto adnominal pode ser representado por substantivo ou por pronome. Pode haver pronome oblíquo tônico (dele, dela…), pronome de tratamento (de você…), pronome possessivo (meu, minha, seu, sua…) ou pronome oblíquo átono (me, te, lhe, nos, vos, lhes).

  • Beijo os pés de minha amada!
  • Beijo os pés dela!
  • Beijo os seus pés!
  • Beijo-lhe os pés!

Encontrado o verbo ou a locução verbal, deve-se perguntar a ele – ou a ela – quem é o sujeito. A pergunta é esta:

Que(m) é que VERBO?

Por exemplo:

  • Os concurseiros esforçados sempre conseguem seu intento.

O princípio é o verbo: conseguir

Pergunta-se a ele quem é o sujeito: Quem é que consegue?

Resposta: Os concurseiros esforçados. Esse é o sujeito da oração.

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Depois de encontrado o sujeito, passa-se a analisar a predicação do verbo, usando-se o seguinte raciocínio:

1- Se o verbo somente indicar qualidade do sujeito sem que este pratique ação nem participe ativamente de um fato, será classificado de verbo de ligação (ou verbo copulativo). A qualidade será denominada de predicativo do sujeito.

Os mais comuns verbos de ligação ou copulativos são “ser, estar, parecer, ficar, permanecer, continuar, andar.”

Não se esqueça de que só será verbo de ligação aquele que tão somente indicar qualidade, sem ação nem fato:

  • As aulas são fáceis demais.
  • Os congressistas permaneceram calados durante a palestra.

2- Se o verbo indicar ação ou fato ativo, use esta tabela:

  1. A) Quem (VERBO) (VERBO)
  2. B) Quem (VERBO) VERBO) algo ou alguém
  3. C) Quem (VERBO) (VERBO) /preposição/ algo ou alguém
  4. D) Quem (VERBO) (VERBO) algo /preposição/ alguém
  • No lugar de “Quem” pode haver “Aquilo que”.

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Todo verbo indicador de ação ou fato ativo que se encaixar nesta tabela será classificado de VERBO INTRANSITIVO.

O vocábulo “transitivo” provém do latim e significa “passar de um lugar a outro”. Intransitivo, portanto, é aquele verbo cuja ação não passa dele, ou seja, não há complemento verbal. Por exemplo:

Quem morre, morre.

Quem anda, anda.

  1. B) Quem (VERBO) VERBO) algo ou alguém

Todo verbo indicador de ação ou fato ativo que se encaixar nesta tabela será classificado de VERBO TRANSITIVO DIRETO.

O vocábulo “transitivo” provém do latim e significa “passar de um lugar a outro”. Transitivo, portanto, é aquele verbo cuja ação passa dele, ou seja, há complemento verbal.

O complemento do verbo transitivo direto – o OBJETO DIRETO – é o elemento paciente, ou seja, o que sofre a ação praticada pelo sujeito.

A ligação entre o verbo transitivo direto e o seu complemento se faz diretamente, ou seja, sem intermédio de preposição.

Por exemplo:

Quem compra, compra algo.

Quem conhece, conhece alguém.

Aquilo que prejudica, prejudica alguém.

  1. C) Quem (VERBO) (VERBO) /preposição/ algo ou alguém

Todo verbo indicador de ação ou fato ativo que se encaixar nesta tabela será classificado de VERBO TRANSITIVO INDIRETO.

O vocábulo “transitivo” provém do latim e significa “passar de um lugar a outro”. Transitivo, portanto, é aquele verbo cuja ação passa dele, ou seja, há complemento verbal.

O complemento do verbo transitivo direto – o OBJETO INDIRETO – é o elemento destinatário, ou seja, a quem a ação praticada pelo sujeito é destinada.

A ligação entre o verbo transitivo indireto e o seu complemento – o OBJETO INDIRETO – se faz indiretamente, ou seja, com preposição.

As preposições mais comuns são estas: a, de, em, com, por, para, contra, etc.

Por exemplo:

Quem obedece, obedece a algo ou a alguém

Quem precisa, precisa de algo ou de alguém

Quem luta, luta contra algo ou contra alguém

Obs.: Deve-se tomar cuidado com os verbos indicadores de movimento (IR, VIR, VOLTAR, CHEGAR, CAIR, COMPARECER). São VERBOS INTRANSITIVOS, apesar de haver constantemente a circunstância de destino ou a de procedência (ou ainda a de meio). Essas circunstâncias são adjuntos adverbiais de lugar. Por exemplo:

Saudades de quando ia ao cinema toda semana!

Ir: Verbo intransitivo

ao cinema: adjunto adverbial de lugar

  1. D) Quem (VERBO) (VERBO) algo /preposição/ alguém

Todo verbo indicador de ação ou fato ativo que se encaixar nesta tabela será classificado de VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO ou BITRANSITIVO.

O vocábulo “transitivo” provém do latim e significa “passar de um lugar a outro”. Transitivo, portanto, é aquele verbo cuja ação passa dele, ou seja, há complemento verbal.

O verbo transitivo direto e indireto tem dois complementos: o OBJETO DIRETO (elemento paciente) e o OBJETO INDIRETO (elemento destinatário).

As preposições mais comuns são estas: a, de, em, com, por, para, contra, etc.

Por exemplo:

Quem informa, informa algo a alguém

Quem mostra, mostra algo a alguém.

Obs.: Deve-se tomar cuidado com a indicação de POSSE, porque, por haver dois elementos (ALGO DE ALGUÉM), pode haver a análise equivocada de um verbo bitransitivo. Por exemplo:

  • Beijo os pés de minha amada!

Aparentemente, há um verbo bitransitivo, pois há dois termos na oração: um sem preposição (os pés); outro com preposição (de minha amada).

Observe, porém, que há elemento paciente, mas não há destinatário, porque a amada é possuidora dos pés.

Sempre que houver a indicação de posse (ALGO DE ALGUÉM), esse “grupo” formará a mesma função sintática, “algo” será o núcleo dela e “de alguém”, ADJUNTO ADNOMINAL indicador de posse. Não haverá, portanto, objeto indireto, e sim adjunto adnominal.

Esse adjunto adnominal pode ser representado por substantivo ou por pronome. Pode haver pronome oblíquo tônico (dele, dela…), pronome de tratamento (de você…), pronome possessivo (meu, minha, seu, sua…) ou pronome oblíquo átono (me, te, lhe, nos, vos, lhes).

  • Beijo os pés de minha amada!
  • Beijo os pés dela!
  • Beijo os seus pés!
  • Beijo-lhe os pés!

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A base do texto está pronta.

Agora, é a hora dos ADJUNTOS ADVERBIAIS, representados ou não por advérbios. São os termos que indicam as circunstâncias que estão ao redor do verbo, dos adjetivos e dos próprios advérbios (ou adjuntos adverbiais). As principais circunstâncias são estas:

Afirmação, negação, dúvida, lugar, tempo, intensidade, modo, assunto, causa, companhia, concessão, condição, conformidade, finalidade, matéria, meio, oposição, preço, etc.

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