Como a população a distribuída no espaço regional nordeste

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015 a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Já 15,28% dos brasileiros vivem em áreas rurais.

A Grande Região com maior percentual de população urbana é o Sudeste, com 93,14% das pessoas vivendo em áreas urbanas. A Região Nordeste é a que conta com o maior percentual de habitantes vivendo em áreas rurais, 26,88%.

Como a população a distribuída no espaço regional nordeste

Nas décadas de 1970 e 1980 o Brasil sofreu um intenso processo de êxodo rural. A mecanização da produção agrícola expulsou trabalhadores do campo que se deslocaram para as cidades em busca de oportunidades de trabalho. Hoje, o deslocamento do campo para a cidade continua, porém, em percentuais menores.

O intenso processo de urbanização no Brasil gerou o fenômeno da metropolização (ocupação urbana que ultrapassa os limites das cidades) e, consequentemente, o desenvolvimento de grandes centros metropolitanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Manaus, entre outros.

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A Região Nordeste do Brasil é formada por 9 unidades de federação:

  • Alagoas – Maceió (AL)
  • Bahia – Salvador (BA)
  • Ceará – Fortaleza (CE)
  • Maranhão – São Luís (MA)
  • Paraíba – João Pessoa (PB)
  • Pernambuco – Recife (PE)
  • Piauí – Teresina (PI)
  • Rio Grande do Norte – Natal (RN)
  • Sergipe – Aracaju (SE)

Como a população a distribuída no espaço regional nordeste

Mapa da Região Nordeste do Brasil.

É a segunda região com maior população no país, com aproximadamente 56,1 milhões de habitantes em uma área com cerca de 1.554.291,6 km², gerando uma densidade demográfica de 36,1 habitantes/km². Distribuídos de forma irregular por toda a região.

O Nordeste brasileiro é subdividido em 4 sub-regiões: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte.

Zona da Mata: Sub-Região litorânea, próxima a costa do oceano Atlântico, formada originalmente pela Mata Atlântica, é uma área com clima tropical, o que possibilita ter uma maior diversidade de espécies animais e vegetais. Possui quase todas as capitais nordestinas, e é a sub-região com maior desenvolvimento econômico dentro da região, pois seu clima e solo auxiliam na produção agrícola desde os tempos coloniais, além de ter os polos industriais do Nordeste, e é a área mais urbanizada. O turismo concentrado nessa área é outro fator que auxilia no avanço econômico, principalmente devido as praias que estão entre as mais belas do país;

Agreste: É a sub-região de transição entre a zona da mata e o sertão nordestino, possui o planalto da Borborema em seu relevo, um dos fatores predominantes para a formação do sertão nordestino, já que é esse planalto um dos responsáveis pela falta de chuva na região. O agreste possui também as chapadas, que são um grande atrativo do ecoturismo na região, como a Chapada Diamantina. Sua economia se baseia na policultura, devido a formação dos brejos nas encostas de planaltos. Possui clima e vegetação com características da zona da mata e do sertão, como o tropical e o semiárido, a mata atlântica e a caatinga, devido ser uma área de transição.

Sertão: É a sub-região com maior extensão na região, formada pelo clima semiárido, um clima com baixos índices de chuva, o que é uma das principais características do Nordeste. O Planalto da Borborema funciona como uma barreira natural que impede a chegada das massas úmidas no sertão, causando a dificuldade da chuva. Outra característica dessa sub-região é sua vegetação, a Caatinga, uma vegetação formada por plantas que se adaptam a falta de umidade, como o Xique-Xique e o Mandacaru. Sua economia é baixa, mais baseada em agricultura, principalmente do algodão, e nas áreas próximas aos rios há policultura. Possui rios temporários, que secam durante uma parte do ano e só voltam a correr nas épocas de chuva.

Outro importante fato relacionado à essa sub-região é a transposição do Rio São Francisco, único rio perene do Nordeste, que se intitula como uma transposição com o intuito de levar água para a população do sertão.

Meio Norte: Sub-região de transição entre o sertão e a Floresta Amazônica, possui características do clima e da vegetação de ambas, como da caatinga e da floresta amazônica, e do semiárido e do equatorial, nessa sub-região também se encontra um tipo de vegetação chamado de Mata dos Cocais, principal renda econômica do meio norte, a partir da extração vegetal, como o babaçu, a carnaúba, etc.

No geral o Nordeste se encontra com os menores índices econômicos do país, fator de proporcionar uma grande migração para as demais regiões em busca de melhores qualidades de vida.

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O mapa destaca o domínio morfoclimático das Caatingas, o qual abrange parte da região nordeste e o norte de Minas Gerais. Trata-se de um domínio marcado pelo clima semiárido, com formação vegetativa de xerófitas e a presença de um tipo de relevo residual de colinas com afloramento rochoso denominado inselbergs. Os solos, classificados como litólicos, são pouco desenvolvidos, rasos e normalmente pedregosos. Em relação à densidade demográfica, a população residente no domínio das Caatingas está distribuída pelo espaço regional. 

A partir de 1980 a população da Região Norte obteve um bom nível de crescimento vegetativo, porém o número de habitantes ainda é modesto. Atualmente a população dessa região é composta por 15.864.454 habitantes, respondendo por apenas 8% do povo brasileiro, distribuída em uma gigantesca extensão territorial de 3 869 637,9 Km2. A população absoluta da Região Norte supera somente a da Região Centro-Oeste. Dentro da Região Norte existe uma grande disparidade entre os estados quanto à concentração da população, por exemplo, o Pará abriga cerca de 7.581.051 habitantes, isso lhe dá a condição de mais populoso regionalmente, enquanto que Roraima possui apenas 450.479 habitantes. De forma geral, a densidade demográfica de todos os estados do Norte é pequena, a população em sua maioria se encontra concentrada em centros urbanos (cidades), são aproximadamente 500 municípios. Um aspecto comum da população da Região Norte, tanto habitantes do campo quanto das cidades, é a incidência de concentração de pessoas às margens de rios. As principais cidades da Região se encontram estabelecidas às margens de rios, como Manaus, Belém, Porto Velho, Santarém, Marabá e Altamira. Essa configuração recebe o nome de população ribeirinha. O fato de a população se concentrar às margens de rios é proveniente de diversos fatores, o principal é a dificuldade para se locomover dentro da floresta Amazônica e a falta de infraestrutura de transporte, como rodovias e ferrovias, sendo assim, a melhor alternativa é a utilização dos rios com via de circulação (hidrovia).

Um problema enfrentado por praticamente todos os estados da região Norte é o desprovimento parcial de redes de esgoto e água tratada, existem estados como o Acre onde apenas 35% da população têm acesso à rede de esgoto, Tocantins 16%, e o estado de maior percentual não ultrapassa 50% (Pará).

Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia

Equipe Brasil Escola

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