A unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma igreja Francesa (nacional)

A unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma igreja Francesa (nacional)

PROF. PEDRO RICCIOPPO 1- A frase de Luiz XIV, "L'Etat c'est moi" (O Estado sou eu), como definição da natureza do absolutismo monárquico, significava: a) a unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma Igreja Francesa (nacional); b) a superioridade do príncipe em relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia enriquecida; c) a submissão da nobreza feudal pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais; d) a centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais reconhecidos; e) o desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia e o campesinato. 2. Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis, pois que "os fins justificam os meios." Professou suas ideias na famosa obra: a) "Leviatã" b) "Do Direito da Paz e da Guerra" c) "República" d) "O Príncipe" e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras" 3. A chamada Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) foi considerada como a última grande guerra de religião da Época Moderna. A seu respeito é correto afirmar: a) O conflito levou ao enfraquecimento do império Habsburgo e ao estabelecimento de uma nova situação internacional com o fortalecimento do reino francês. b) O conflito iniciou-se com a proclamação da independência das Províncias Unidas, que se separavam, assim, dos domínios do império Habsburgo. c) O conflito marcou a vitória definitiva dos huguenotes sobre os católicos na França, apoiados pelo monarca Henrique de Bourbon, desde o final do século XVI. d) O conflito estimulou a reação dos Estados Ibéricos que, em aliança com o papado, desencadearam a chamada Contrarreforma Católica. e) O conflito caracterizou-se pelas intervenções inglesas no continente europeu, através de tropas formadas por grupos populares enviadas por Oliver Cromwell. 4. No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra podem ser identificados os seguintes aspectos: a) fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno b) ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja PROF. PEDRO RICCIOPPO c) desagregação do feudalismo e centralização política d) diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial e) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja 5. O Estado Moderno Absolutista atingiu seu maior poder de atuação no século XVII. Na arte e na economia suas expressões foram respectivamente: a) rococó e liberalismo. b) renascentismo e capitalismo. c) barroco e mercantilismo. d) maneirismo e colonialismo. e) classicismo e economicismo. 6. (Mackenzie) Sobre as Guerras de Religião ocorridas na França durante o século XVI, é correto afirmar que: a) decretaram o fim da Dinastia dos Bourbons, através do Edito de Nantes, proclamado na "Noite de São Bartolomeu". b) aceleraram o processo de consolidação do Estado Absolutista, permitindo a chegada ao poder de reis protestantes aliados à burguesia mercantil católica. c) motivaram a aliança do Partido Huguenote com a Rainha Catarina de Médicis, provocando, na célebre "Noite de São Bartolomeu", o massacre dos membros da Santa Liga aliada da nobreza calvinista. d) expressaram o confronto político- religioso entre a nobreza católica, liderada pelos Guises e os Huguenotes ligados aos Bourbons, ocasionando crises no processo de consolidação do absolutismo. e) provocaram o confronto entre os Huguenotes, membros do Partido Papista e os Calvinistas integrantes da Santa Liga, fortalecendo o absolutismo. 7. O florentino Nicolau Maquiavel (1469 - 1527) rompeu com a religiosidade medieval, estabelecendo nítida distinção entre a moral individual e a moral pública. Em seu livro "O Príncipe" preconizava que: a) o chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve renunciar a todo sentimento de humanidade... O equilíbrio das forças está inscrito nos tratados. Mas os chefes de Estado não devem hesitar em trair sua palavra ou violar sua assinatura no interesse do Estado. b) somente a autoridade ilimitada do soberano poderia manter a ordem interna de uma nação. A ordem política internacional é a mais importante; sem ela se estabeleceria o caos e a turbulência política. c) na transformação do Estado Natural para o Estado Civil, legitima-se o poder absoluto do rei, uma vez que o segundo monta-se a partir do indivíduo, que cede seus direitos em troca de proteção contra a violência e o caos do primeiro. d) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis... são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor... PROF. PEDRO RICCIOPPO e) há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico... A liberdade política não se encontra senão nos governos moderados... Para que não se possa abusar do poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder. 8. “... herdara uma nação dividida pelos conflitos religiosos, sociais (Frondas) e externos (Guerra dos Trinta Anos). Seu reinado submeteu a nobreza, recolhendo-a ao seu grandioso Palácio, onde se desenvolveram paralelamente o Barroco e o Classicismo..." (Cláudio Vicentino - adaptado) O fragmento de texto relaciona-se: a) ao despotismo esclarecido da Czarina Catarina, a Grande da Rússia. b) ao absolutismo monárquico do rei francês Luís XIV. c) ao Imperialismo de Napoleão Bonaparte. d) à monarquia feudal francesa do rei Felipe, o Belo. e) à Inglaterra, durante a reforma religiosa do rei Henrique VIII. 9. Como características gerais dos Estados Modernos, que se organizavam na Europa Ocidental no período que vai do século XV ao XVIII, pode-se mencionar entre outros, a a) consolidação da burguesia industrial no poder e a descentralização administrativa. b) centralização e unificação administrativa, bem como o desenvolvimento do mercantilismo. c) confirmação das obrigações feudais e o estímulo à produção urbano- industrial. d) superação das relações feudais e a não intervenção na economia. e) consolidação do localismo político e a montagem de um exército nacional. 10. As Guerras Civis Religiosas do século XVI na França favoreceram o fortalecimento do poder absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII e parte do XIX. Assinale a única alternativa errada no que se refere ao absolutismo real na França: a) Luís XIII, filho de Henrique IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo muito ajudado pela hábil política do Cardeal Richelieu. b) Luís XIV marcou o auge do absolutismo real, mandou construir o suntuoso Palácio de Versalhes e continuou, através de Colbert, a aplicar o mercantilismo no plano econômico. c) Na Guerra dos Sete Anos (1756- 1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa tomou aos ingleses partes da Índia e, na América, a enorme região da Louisiana. d) Na Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram contra uma coligação europeia. Os tratados de Utrecht e Rastadt definiram a paz. A França perdeu para a Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder daquela potência insular. e) Henrique IV fundou a dinastia de Bourbon e pacificou a França, tendo os protestantes (huguenotes) alcançado liberdade de culto e o domínio sobre PROF. PEDRO RICCIOPPO várias cidades fortificadas, nos

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1. (Cesgranrio) A frase de Luiz XIV, “L’Etat c’est moi” (O Estado sou eu), como definição da natureza do absolutismo monárquico, significava:

a) a unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma Igreja Francesa (nacional);b) a superioridade do príncipe em relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia enriquecida;c) a submissão da nobreza feudal pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais;d) a centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais reconhecidos;

e) o desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia e o campesinato.

GABARITO

Nesse tipo de governo, a monarquia absolutista, o rei era a figura central do poder, por isso a centralização do poder real absoluto ocorria na sua figura. O absolutismo dava também ao rei a possibilidade de poderes institucionais ilimitados.