A realida da academia popular

No que você pensa quando imagina as academias do futuro? Você mentaliza esteiras omnidirecionais, personal trainers e equipamentos ativados por voz ou um display holográfico que exibe suas estatísticas de saúde vital sempre que entrar na academia?

Embora algumas dessas possibilidades estejam chegando mais rápido do que outras, nunca é tarde para começar a planejar o futuro da sua própria academia. Nós aproveitamos ao máximo a IHRSA 2019, feira comercial onde líderes globais do setor fitness apresentaram suas últimas e melhores ofertas, e neste artigo abordaremos com detalhes os tipos de tecnologias que farão parte do nosso futuro antes do que você possa imaginar. Confira e mantenha atualizado sobre os avanços tecnológicos do nosso mundo antes de chegarem às academias do mundo todo.

A realida da academia popular

Realidade virtual e aumentada

Você consegue imaginar um mundo onde todos os seus treinos acontecem em arenas épicas, em topos de montanhas ou até mesmo em grandes profundidades do espaço sideral? Esta ideia ousada e empolgante não está distante, graças às possibilidades oferecidas pela realidade virtual (VR) e pela realidade aumentada (AR).

Além dos benefícios de exercícios da VR e AR, há muitas outras vantagens nesta nova maneira de treinar:

  • Gamificação está praticamente integrada nas experiências de VR, já que aplica definições parecidas com jogos a um objetivo principal de treino. Ter uma experiência gamificada torna a VR viciante, então é provável que os usuários voltem e cumpram seu próximo desafio ou quebrem os recordes de amigos. As academias podem se beneficiar do fator de gamificação da VR como uma forma de aumentar a fidelidade e retenção dos alunos.
  • Você pode focar na forma correta. Grande parte da VR é garantir que seus movimentos correspondam precisamente ao que é necessário para atingir seu objetivo, seja derrotando um oponente ou tendo a força ideal na sua máquina de supino.
  • A coleta de dados é fácil. Cada sistema de VR é sincronizado com os movimentos do seu usuário, e pode fornecer estatísticas importantes por todo o jogo ou treino ou no final dele. Esta abordagem orientada por dados permite que os usuários definam objetivos para melhorar seu treinamento e levar suas atividades para outro nível.

Quais passos você pode dar para incorporar realidade virtual na sua academia?

Primeiro, pense no espaço. A VR precisa de um espaço significativo para a movimentação dos usuários — afinal, você não quer ficar com lesões reais por bater em uma parede quando pensava que estivesse batendo em um saco de pancada virtual. A Black Box VR, uma empresa especializada em espaços individuais para o treinamento de VR, utiliza salas com cerca de 2,5 m por 2,5 m. Outras opções de exercícios de VR e AR acontecem em equipamentos de ginástica como elípticos ou bicicletas de ciclismo indoor. Essas não exigem tanto espaço por máquina, mas ainda é necessário garantir que haja uma folga ampla entre os equipamentos caso os usuários se empolguem muito em seu intenso passeio de bicicleta pelos anéis de Saturno. Então, você tem algum espaço inutilizado na sua academia ou que possa ser reconfigurado para permitir uma experiência fitness de VR?

Outro fator a ser considerado é qual equipamento de VR ou AR você quer usar na sua academia. Para permitir uma experiência completa de treinamento, você precisará do software de jogo adequado, fones de ouvido, sensores portáteis, telas e qualquer equipamento que esteja envolvido no treino, o que exigirá um investimento financeiro inicial significativo. Comece a planejar como trabalhará com seu orçamento para adquirir os itens necessários para tornar a VR ou AR um sucesso na sua academia.

Academias de pagamento por visita

Muitas academias estão aderindo a serviços como ClassPass® ou Zeamo® que fornecem aos usuários, de maneira eficaz, a opção de escolher quais academias ou aulas de butiques específicas querem fazer em muitos locais pelo mundo. Oferecer aos usuários a flexibilidade de pagar pelas aulas e academias selecionadas que mais os atraem, sem ter o compromisso de um contrato longo com apenas uma academia, está se provando cada vez mais popular, principalmente entre a geração Y.

O que isso significa para academias tradicionais que estão considerando usar o modelo de pagamento por visita, além dos seus alunos regulares? Embora a ideia de abrir sua academia para usuários menos comprometidos possa ser desanimadora, existem algumas vantagens nessa abordagem. O modelo pode gerar uma receita extra de pessoas que normalmente não chegariam à sua academia. Por exemplo, viajantes a negócios que estão na cidade por uma ou duas semanas e que procuram por um lugar legal para fazer seu treino diário.

Além disso, esses serviços lhe dão a chance de conquistar usuários que usam serviços como ClassPass® ou Zeamo®. Cada vez que os usuários chegam para experimentar aulas ou usar seu equipamento, você tem uma oportunidade de ponto de contato de impressioná-los com suas ofertas e equipe. Use esses momentos como uma forma de atrair novos visitantes para a sua academia ou convide-os a trazer os amigos para uma visita no próximo treino.

A realida da academia popular

Definições voltadas à experiência

Os clientes de academia de hoje estão buscando algo além dos tipos de equipamento de musculação ou cardiovasculares oferecidos em várias academias. Eles buscam a experiência completa: equipe amigável e informada; horários e opções de aulas flexíveis; comodidades como cafés com shakes saudáveis e xampus de alta qualidade; e preços acessíveis e aplicativos para inscrição em sessões, além de equipamentos de ginástica de qualidade. Esses consumidores estão acostumados a se integrarem completamente com a tecnologia, e esperam que sua vida na academia não seja diferente.

Claro que inserir todos esses recursos na sua academia existente não é tão simples, devido aos diversos aspectos que se combinam para criar uma experiência premium perfeita. Além disso, o orçamento e as prioridades de cada academia são diferentes, então o ponto no qual deve-se focar na experiência do aluno variará à medida que se considera as várias opções.

Uma experiência de alto nível que é razoavelmente simples de habilitar é a tecnologia de console cardiovascular de fitness em rede. Os consoles cardiovasculares de hoje integram diversas opções de programação e entretenimento, aplicativos de exercícios de terceiros e canais de mídia social, entre outros benefícios como acompanhamento de treinos e conectividade Bluetooth.

Como a tecnologia fitness continua a se adaptar rapidamente, podemos esperar que a tecnologia de console avance junto com ela. Não perca a oportunidade para que seus membros tenham a experiência de forte conectividade fitness oferecida pelo seu fitness em rede.

Explore nossas variadas opções cardiovasculares.

Com muitos desses avanços tecnológicos já acontecendo, é o momento de considerar como sua academia acompanhará esses avanços. Permaneça realista com a missão da sua academia, mas comece a planejar como você pode criar essas experiências relacionadas com o futuro no seu próprio espaço.

Por conta da proibição do funcionamento das academias devido ao novo coronavírus, muitos alunos e professores tiveram de buscar alternativas para se manter ativos, seja pelo condicionamento físico ou pela saúde mental. Nesse contexto, as praças foram redescobertas como opção para a prática de esportes e convívio. Uma das pessoas que recorreram ao ar livre para a prática de esportes é a administradora de empresas Roberta Bubulla, de 39 anos. Ela sempre praticou atividade física em academia. "Com o fechamento da academia eu fiquei dois meses parada. Nesse período tive crise de depressão. Eu já tinha o diagnóstico antes, estava controlada, mas como parei a atividade física, reapareceu" conta. Ela recebe acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com médicos e psicólogo. Por orientação deles, passou a fazer atividade física na Praça Arautos da Paz. "Sentia muita falta de praticar atividade e no meu caso é prescrição médica. Na academia eu há tinha personal, quando ele foi para a praça eu fui também", diz. Robson Marques, de 40 anos, personal trainer de Roberta, teve de se adaptar e oferecer aulas na praça. "Passei a fazer isso na quarentena porque muitos alunos não queriam aula on-line porque é monótono. Gostam de pegar peso. Dou aula na Arautos da Paz todos os dias", conta. Para isso, Marques investiu R$ 3 mil em equipamentos. Mas não se arrepende. "Consegui muitos alunos e estou ganhando mais agora do que na academia. Quase duplicou a minha renda", comemora. Flávia Franco, de 37 anos, também administradora, ficou sem a opção da academia e passou a praticar muay thai ao ar livre. "Uma amiga tava fazendo aulas com personal. Vi na rede social e pedi o contato. Já tem um mês e não quero largar mais. A atividade faz toda a diferença, até no humor. Tenho dores nas articulações, mas quando faço atividade deixo de sentir e tenho mais pique para as minhas filhas gêmeas de cinco anos", afirma. Ela ainda pratica musculação no condomínio quando não tem ninguém na academia e pedala ao ar livre. "Quando as academias reabrirem não sei se vou ter coragem de voltar antes de ter uma vacina. Ao ar livre é bom porque o risco é menor e a gente mantém distanciamento", garante. Diego Rodrigues, de 33 anos, professor da administradora, diz que sempre deu aula ao ar livre para quem não tem espaço em casa ou prefere a praça, mas viu o número de alunos crescer nesse período. "Nesses últimos meses aumentou bastante. Acredito que vão continuar com essas aulas mesmo depois da pandemia porque estão gostando”, diz. De acordo com ele, a renda também cresceu, já que recebe mais pelas aulas particulares do que pelas academias. Ele faz questão de manter as medidas de higiene. "Sempre limpo os equipamentos entre uma aula e outra e sempre estou de máscara. Quando possível também troco de roupas entre as aulas", explica. A personal trainer Cristiane Oliveira, de 45 anos, se reveza entre as aulas no Centro de Convivência e Largo Santa Cruz. O trabalho dela é focado em pessoas mais velhas. "Voltei a dar aula nas praças há um mês. Antes estava só on-line, mas a aluna mais nova tem 52 anos. É um público que não gosta tanto do virtual e tem desvio postural", conta. Ela tem alunas que procuraram a atividade por recomendação médica. "É um público em que o trabalho é voltado à mobilidade e ao convívio. É importante que vejam outros ambientes, tenham contato com outras pessoas, é quase uma aula meio terapia ", garante. Campinas está, atualmente, na fase laranja do Plano São Paulo. As academias só devem retomar as atividades na fase Amarela. De acordo com a Associação Brasileira de Academias, ao menos 145 das 414 academias que funcionam na região (35%) já encerraram suas atividades em definitivo desde o início da quarentena.