A passagem do impulso nervoso na maioria dos neurônios ocorre pela liberação de neurotransmissores

Avalie seus conhecimentos sobre o tecido nervoso por meio destes exercícios sobre neurônios e o impulso nervoso.

Questão 1

Os neurônios são as células responsáveis pela propagação do impulso nervoso. A respeito desse processo, marque a alternativa incorreta:

a) A propagação do impulso nervoso relaciona-se com a movimentação de íons de sódio e potássio na célula.

b) Os impulsos nervosos são alterações na diferença de potencial elétrico pela membrana plasmática de um neurônio.

c) Em condições de repouso, observa-se que a face externa da membrana do neurônio apresenta carga elétrica negativa.

d) Quando o impulso nervoso chega à extremidade do neurônio, ocorre a liberação de neurotransmissores.

e) A liberação de neurotransmissores é fundamental para a propagação do impulso de uma célula para outra.

Questão 2

Em alguns nerônios, é possível observar a condução saltatória do impulso nervoso. Podemos atribuir essa propriedade à presença de:

a) corpo celular nos neurônios.

b) axônios nos neurônios.

c) bainha de mielina nos neurônios.

d) dendritos no axônio.

e) células da glia.

Questão 3

Para que ocorra a propagação de um impulso nervoso, é de extrema importância que haja conexões entre os neurônios. Esses locais denominados de _____________, apesar de não serem áreas de contato direto, permitem a passagem do impulso em virtude da liberação de neurotransmissores.

Entre as alternativas a seguir, marque aquela que completa corretamente o espaço acima.

a) Dendritos.

b) Bainha de mielina.

c) Sinapse.

d) Axônio.

e) Terminal axônico.

Questão 4

(Uniube-MG) Quando se estuda o tecido nervoso, é frequente que se mencione a Célula de Schwann, que vem a ser

a) um tipo de neurônio sensorial periférico.

b) um tipo de neurônio existente apenas no sistema nervoso central.

c) célula que circunda o axônio de determinados neurônios.

d) as células nervosas artrópodes.

e) os neurônios polidendríticos.

Questão 5

(Cesgranrio-RJ) Os anestésicos, largamente usados pela Medicina, tornam regiões ou todo o organismo insensível à dor porque atuam:

a) nos axônios, aumentando a polarização das células.

b) nas sinapses, impedindo a transmissão do impulso nervoso.

c) nos dendritos, invertendo o sentido do impulso nervoso.

d) no corpo celular dos neurônios, bloqueando o metabolismo.

e) na membrana das células, aumentando a bomba de sódio.

Resposta - Questão 1

Alternativa “c”. Em repouso, a membrana do axônio apresenta face externa com carga elétrica positiva e face interna com carga negativa. Esse fenômeno é observado graças a uma concentração elevada de íons sódio no exterior da célula.

Resposta - Questão 2

Alternativa “c”. Nas fibras mielínicas, ou seja, que possuem bainha de mielina, é possível observar que o impulso propaga-se apenas nas regiões dos nódulos de Ranvier, onde não há mielina. Em razão da existência dessa característica, afirma-se que nessas fibras a condução do impulso é saltatória.

Resposta - Questão 3

Alternativa “c”. A sinapse é uma região de proximidade entre o neurônio e outra célula onde ocorre a propagação do impulso nervoso.

Resposta - Questão 4

Alternativa “c”. As células de Schwann circundam o axônio de alguns neurônios e formam uma camada de natureza lipídica chamada de bainha de mielina.

Resposta - Questão 5

Alternativa “b”. Os anestésicos impedem a propagação do impulso nervoso, impossibilitando a sensação de dor.

Neurônio

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Sabemos que os impulsos nervosos devem passar de uma célula à outra para que ocorra uma resposta a um determinado sinal. Para que isso ocorra, é necessária a presença de uma região especializada, que recebe o nome de sinapse. Ela pode ser definida como a região de proximidade entre a extremidade de um neurônio e uma célula vizinha, onde os impulsos nervosos são transformados em impulsos químicos em decorrência da presença de mediadores químicos.

Um neurônio faz sinapses com diversos outros neurônios. Estima-se que uma única célula nervosa possa fazer mais de mil sinapses. Geralmente elas ocorrem entre o axônio de um neurônio e o dendrito de outro. Entretanto, podem ocorrer algumas sinapses menos comuns, tais como axônio com axônio, dendrito com dendrito e dendrito com corpo celular.

Os axônios apresentam diversas ramificações e, no final delas, são encontradas expansões chamadas de botões pré-sinápticos. Esse botão está separado da membrana do outro neurônio ou célula muscular através de um espaço que recebe o nome de fenda sináptica.

No botão pré-sináptico existem diversas mitocôndrias, além de vesículas que são repletas de uma substância química que recebe o nome de neurotransmissores, que são capazes de alterar a permeabilidade da membrana do neurônio pós-sináptico. Como exemplos de neurotransmissores, podemos citar a acetilcolina e a noradrenalina.

Quando um impulso nervoso chega ao botão pré-sináptico, os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica. Eles passam por difusão através da sinapse e atingem o neurônio pós-sináptico, ligando-se a receptores de membrana. Alguns neurotransmissores exercem a função excitatória em uma sinapse, enquanto outros podem ter a função de inibir o impulso. A inibição sináptica também pode ocorrer pela diminuição da liberação de neurotransmissores excitatórios.

Os neurotransmissores são produzidos continuamente pelos botões sinápticos ou, ainda, pelo corpo celular. Entretanto, uma estimulação frequente e excessiva pode ocasionar o esgotamento dessa substância e, consequentemente, parar o impulso, funcionando, assim, como um meio de proteção.


Por Ma. Vanessa dos Santos

A passagem do impulso nervoso na maioria dos neurônios ocorre pela liberação de neurotransmissores

o sinal elétrico que chega à terminação axônica, provoca a liberação de neurotransmissores, mensageiros químicos presentes no interior de vesículas na terminação axônica. Ao atingir a terminação axônica, o potencial de ação faz com que as vesículas se fusionem com a membrana da terminação, liberando os neurotransmissores que estavam contidos para a fenda sináptica (espaço virtual entre o neurônio e a célula efetora). Ao serem liberados na fenda sinóptica, os neurotransmissores se ligam a receptores específicos presentes na membrana da célula pós-sináptica (célula efetora). A ligação do neurotransmissor com o seu receptor específico, gera uma alteração no potencial de membrana da célula efetora, transmitindo o impulso nervoso e gerando uma resposta (contração muscular, por exemplo). Podemos então concluir que a transmissão do impulso implica a transformação de um sinal elétrico em um sinal químico que, posteriormente, é transformado em um outro sinal elétrico. Os axônios são cobertos por uma membrana denominada bainha de mielina, que possui a característica de isolante elétrico, impedindo que as cargas elétricas se dispersem. Assim, condução do impulso nervoso nas fibras mielínicas (com bainha de mielina) e amielínicas (sem bainha de mielina) difere na sua velocidade, sendo maior nas mielínicas. No trajeto do axônio, há regiões chamadas nódulos de Ranvier, em que a bainha de mielina é interrompida, gerando assim a condução saltatória, nos quais o impulso nervoso é transmitido, aos saltos, de um nódulo de Ranvier ao outro, ao longo da fibra (axônio). Sinapses: Através de suas terminações, os neurônios entram em contrato e transmitem impulsos a outros neurônios e às células efetuadoras; estes locais de contato são denominados, respectivamente, sinapses interneuronais e sinapses ou junções neuroefetuadoras. Estas podem ser de dois tipos, elétricas e químicas. Sinapses elétricas: são exclusivamente interneuronais (entre neurônios) e raras em vertebrados. A comunicação entre dois neurônios se dá através de canais iônicos presentes em cada uma das membranas em contato, que permitem a passagem direta de pequenas moléculas do citoplasma de uma das células para o da outra. Ao contrário das sinapses químicas, estas não são polarizadas, ou seja, a comunicação se faz nos dois sentidos. Sinapses químicas: ocorre na maioria das sinapses interneuronais e em todas as sinapses neuroefetuadoras. Esta comunicação depende da liberação de uma substância química chamada neurotransmissor, que está presente no elemento pré-sináptico armazenado em vesículas sinápticas. Sinapses Químicas Interneuronais: ESCOLA DE MASSOTERAPIA SOGAB – www.sogab.com.br Apostila do Sistema Nervoso Prof: Pablo Fabrício Flores Dias Profª: Cíntia Schneider 7 Geralmente ocorre entre uma terminação axônica e qualquer outra parte de outro neurônio, formando sinapses axodendríticas (entre o axônio de um neurônio com o dendrito de outro), axossomáticas (entre o axônio de um neurônio e o corpo de outro) ou axoaxônicas (entre axônios). Porém, é possível que o elemento pré-sináptico seja um dendrito ou um pericário, gerando sinapses dendrodendríticas, somatossomáticas, somatoaxônicas etc. Quando o axônio é o elemento pré-sináptico, os contatos ocorrem através de botões sinápticos, estruturas que ficam na sua extremidade ou através de varicosidades, terminações axônicas onde se acumulam as vesículas sinápticas. Uma sinapse química apresenta sempre um elemento pré-sináptico (que armazena e libera o neurotransmissor, ex. botão sináptico), um elemento pós-sináptico (que contém o receptor para o neurotransmissor) e uma fenda sináptica (que separa as duas membranas). Na célula pré-sinaptica, encontramos a membrana pré-sináptica, que possui projeções densas que mantém de forma organizada, as vesículas sinápticas (estruturas que contém em seu interior os neurotransmissores). Na célula pós-sináptica, encontramos a membrana pós-sináptica, que possui os receptores específicos para os neurotransmissores. Sinapses químicas neuroefetuadoras: também chamadas junções neuroefetuadoras, envolvem os axônios dos nervos periféricos e uma célula efetuadora não neuronal. Estas podem ser: -junção neuroefetuadora somática: se fazem com células musculares estriadas esqueléticas (células pós-sinápticas) onde o elemento pré-sináptico é uma terminação axônica de um neurônio motor somático, cujo corpo se localiza na medula espinhal ou no tronco encefálico. São sinapses direcionadas, denominadas placa motora. -junção neuroefetuadora visceral: é o contato de células musculares lisas ou cardíacas ou glandulares com terminações nervosas de neurônios do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, cujos corpos se encontram em gânglios. Não são direcionadas, ou seja, a transmissão pode ocorre nas duas direções. Transmissão sináptica: Quando um impulso nervoso atinge a membrana pré-sináptica (neurônio) ocorre uma alteração no seu potencial, abrindo os canais de sódio que permitem a sua entrada na célula, aumentando assim, a quantidade deste íon no seu interior. Este aumento estimula a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica, que atinge os receptores da célula pós-sináptica. Estes receptores podem ser canais iônicos que se abrem quando em contato com o neurotransmissor, permitindo a entrada ou saída de determinados íons. A movimentação de íons, tanto para dentro, quanto para fora, causa alterações no potencial de membrana (no caso de entrada de sódio uma despolarização, e quando há entrada de cloro, uma hiperpolarização). Quando o receptor não é um canal iônico, a sua combinação com o neurotransmissor gera uma nova molécula chamada de segundo mensageiro, que causará modificações na célula pós-sináptica. Após o contato com o receptor, é necessário que o neurotransmissor seja removido da fenda sináptica para que não haja excitação ou inibição por tempo prolongado. Essa remoção pode ser feita por ação enzimática ou por recaptação pela membrana pré-sináptica; e uma vez dentro da terminação nervosa, o neurotransmissor pode ser reutilizado ou inativado. Neurotransmissores: A maioria dos neurotransmissores situam-se em três categorias: aminoácidos, aminas e peptídeos. Os neurotransmissores peptídeos constituem-se de grandes moléculas armazenadas e liberadas em grânulos ESCOLA DE MASSOTERAPIA SOGAB – www.sogab.com.br Apostila do Sistema Nervoso Prof: Pablo Fabrício Flores Dias Profª: Cíntia Schneider 8 secretores. A síntese dos neurotransmissores peptídicos ocorre no retículo endoplasmático rugoso do soma. Após serem sintetizados, são clivados no complexo de golgi, transformando-se em neurotransmissores ativos, que são secretados em grânulos secretores e transportados ao terminal axonal (transporte anterógrado) para serem liberados na fenda sináptica. • endorfinas e encefalinas: bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como analgésicos. • dopamina: neurotransmissor inibitório derivado da tirosina. Produz sensações de satisfação e prazer. Os neurônios dopaminérgicos podem ser divididos em três subgrupos com diferentes funções. O primeiro grupo regula os movimentos: uma deficiência de dopamina neste sistema provoca a doença de Parkinson, caracterizada por tremuras, inflexibilidade, e outras desordens motoras, e em fases avançadas pode verificar-se demência. • Serotonina: neurotransmissor derivado do triptofano regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. Atualmente vem sendo intimamente relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos e a maioria dos medicamentos chamados antidepressivos age produzindo um aumento da disponibilidade

A passagem do impulso nervoso na maioria dos neurônios ocorre pela liberação de neurotransmissores
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A passagem do impulso nervoso na maioria dos neurônios ocorre pela liberação de neurotransmissores