A Arca do Bem é um evento musical beneficente, idealizado pela Escola de Música Rafael Bastos, com o intuito de arrecadar fundos para a Unidade de Oncologia do Hospital Infantil Joana de Gusmão. O espetáculo acontecerá no dia 12 de outubro, no Teatro Ademir Rosa – CIC em dois shows: 16h e 19h. Diversos músicos profissionais da cidade de Florianópolis, ao lado de dezenas de alunas da EMRB, interpretarão 15 músicas do famoso álbum infantil do poeta Vinícius de Moraes – A Arca de Noé. Contribua com essa causa nobre para melhorar a vida de muitas crianças com câncer. Junte os seus amigos e venha prestigiar este grande espetáculo beneficente Adquira seu ingresso bônus nos pontos de venda em Florianópolis: • Escola de Música Rafael Bastos – Rua Dom Jaime Câmara, 202, Centro • Loja Lollipop – Rua Bocaiúva, 1650, Loja 2, Centro Se preferir compre seu ingresso on line: Show 16h – Clique aqui e adquira seu ingresso para o show das 16h Show 19h – Clique aqui e adquira seu ingresso para o show das 19h
Quem há tempos acompanha a obra de Alejandra Ghersi, a Arca, sabe do caráter prolífico da artista venezuelana. Mesmo antes de revelar ao público o primeiro trabalho de estúdio da carreira, o insano Xen (2014), a cantora, compositora e produtora de Caracas já havia despejado uma dezena de outros registros autorais e composições assinadas em parceira com nomes importantes como Kanye West e FKA Twigs. Entretanto, o que ninguém poderia imaginar é que, passado o lançamento de KiCk i (2020), álbum que contou com a presença de Björk, SOPHIE e Rosalía, Ghersi revelaria outros quatro discos em sequência. Em KiCk ii (2021, XL), segundo capítulo da série, Arca segue exatamente de onde parou no último ano. São composições que transitam por entre estilos de forma deliciosamente irregular, torta, manipulando a interpretação do ouvinte durante toda a execução do material. Fragmentos de vozes, melodias e batidas que preservam o caráter exploratório dos primeiros trabalhos da artista, como Mutant (2015), mas que a todo momento recorrem ao pop como um importante alicerce criativo, conceito bastante explícito na já conhecida BornYesterday, bem-sucedido encontro com a cantora e compositora australiana Sia. A principal diferença em relação ao trabalho anterior está na forma como Arca se permite provar de novas possibilidades e ritmos ao longo do registro. E isso fica bastante evidente na sequência de abertura do álbum, com Prada, Rakata e Tiro. São pouco mais de sete minutos em que a artista venezuelana estreita a relação com a cultura latina, proposta que vai da cúmbia ao reaggaeton em uma criativa combinação de elementos que amplia tudo aquilo que foi revelado em KLK. Mesmo o uso das vozes e o tratamento dado aos versos assume uma abordagem distinta, resultando em um material ainda mais acessível. Nada que prejudique a construção de músicas puramente experimentais, ainda íntimas dos antigos trabalhos de Arca. Exemplo disso acontece em Muñecas. Composta em parceria com Mica Levi, a faixa de essência atmosférica ganha forma aos poucos, sem pressa. São ambientações e vozes submersas, estrutura que se completa pela letra cíclica, como um mantra. A própria composição de abertura, Doña, evidencia o domínio da artista em utilizar da manipulação de texturas eletrônicas, ruídos e sobreposições totalmente irregulares, sujas, apontando a direção seguida pela produtora até a chegada da derradeira Andro. Dentro desse território marcado pelas possibilidades, Arca utiliza dos próprios sentimentos como um importante componente de amarra conceitual, estrutura que tem sido explorado desde o homônimo álbum de 2017. São canções que discutem sexualidade, gênero e ancestralidade de forma bastante sensível e particular, proposta que talvez custe a atrair o ouvinte mais apressado, mas que invariavelmente tende a seduzir. “Eu vim para te prender / Eu sei que você quer / Não me nega“, canta em Luna Llena, música que sintetiza parte das emoções e do estranho domínio exercido pela cantora ao longo do trabalho. Claro que isso não exime Arca da forte instabilidade que consome a segunda metade do trabalho. Enquanto a porção inicial encanta pela pluralidade de ideias e evidente domínio criativo da cantora, com a chegada de Araña, todas as canções parecem encaixado de forma irregular, como possíveis sobras do material entregue no álbum anterior. A própria BornYesterday, mesmo feita para grudar na cabeça do ouvinte, soa deslocada do restante do disco. São retalhos instrumentais e poéticos que, para o bem ou para o mal, refletem a capacidade da artista em transitar por entre estilos de forma sempre imprevisível. Ouça também:
A cantora, compositora, produtora e DJ venezuelana Arca lança um videoclipe futurista para revelar duas faixas do álbum KICK ii: “Prada” e “Rakata”. O trabalho é uma colaboração com o artista visual Frederick Heyman e traz à vida alguns ensaios já conhecidos da artista que se encontra em um inferno digital futurista que combina com o som frenético e sombrio das produções. Sobre as canções, Arca revela: “”Prada” é sobre a celebração da versatilidade psicossexual; uma canção explicitamente sobre modos transnacionais e não binários de relacionar a energia sexual do subconsciente coletivo como uma celebração da vida; é uma canção sobre como desafiar a vergonha e curar feridas ancestrais; sobre o futuro do desejo e do amor como uma fita de Möbius; sobre a torção como um motor, sobre sexo e amor e, acima de tudo, sobre a simultaneidade de ser capaz de se render e se submeter, bem como ser capaz de dominar e dominar dentro de um espaço de consentimento criado colaborativamente; jogar brilho na face de demônios latindo para que saibam que o amor se estende por toda a amplitude do mistério da vida e da morte”.
KICK ii chega às lojas no dia 03 de dezembro via XL Recordings.
Alejandra Ghersi Rodríguez (Caracas, 14 de outubro de 1989), mais conhecida como Arca, é uma cantora, compositora, produtora e DJ venezuelana com base em Barcelona.[1][2][3][4] Arca possui nove álbuns de estúdio, e seu álbum KiCk I foi indicado à categoria de Melhor Álbum de Dance/Eletrônica da 63.ª cerimônia anual do Grammy Awards.[5][6] Venezuela Gênero(s) EDM · avant-pop · experimental Ocupação(ões) Produtora · cantora · compositora · DJ Instrumento(s) Vocal Período em atividade 2011–presente Gravadora(s) XL Recordings Afiliação(ões) Björk · FKA twigs · Kanye West Página oficial arca1000000.com Arca nasceu em Caracas, Venezuela. Seu pai era um investidor bancário e sua mãe cursou estudos Internacionais. A família de Arca mudou-se para Connecticut por um tempo, antes de voltar à Venezuela, onde foi introduzida a uma educação privada e a aulas de piano. Ela descreve sua infância como um "tipo de bolha" e teve dificuldade em aceitar o fato de ser transexual. Lançou música em sua adolescência com o nome de Nuuro, e recebeu popularidade moderada em seu país de origem, com elogios de grandes artistas venezuelanos nacionais, como Los Amigos Invisibles.[7] Alejandra estudou mais tarde na Clive Davis Institute of Recorded Music, da Universidade de Nova Iorque.[8] Seu álbum de estreia, Xen, foi lançado em 4 de novembro de 2014 pela gravadora Mute Records.[9] Arca fez contribuições significantes no nono álbum de Björk, Vulnicura, lançado em janeiro de 2015.[2] Ela foi creditada como co-produtora de sete faixas e co-compositora de duas.[10] O segundo álbum de Arca, Mutant, foi lançado em 20 de novembro de 2015.[11] Em abril de 2017, seu terceiro álbum, autointitulado Arca, foi lançado pela XL Recordings.[12] Em setembro de 2017, foi anunciado que Arca participaria da produção do décimo álbum de Björk, Utopia, lançado em novembro do mesmo ano. O álbum foi considerado como um esforço colaborativo completo entre as duas artistas, uma vez que o álbum foi produzido inteiramente por ambas. Ao contrário de sua colaboração em Vulnicura, onde Arca chegou a bordo depois que todas as músicas e arranjos de cordas haviam sido escritos, o novo álbum viu-as colaborando desde o início, um processo que Björk admite ser novo para ela. Em uma entrevista, Björk declarou, "Com certeza vi uma grande musicista nela e senti que ela entrou no meu mundo com tanta elegância e dignidade, e interpretou-o".[13] Arca participou do clipe da primeira faixa do álbum, "Arisen My Senses", lançado em 18 de dezembro de 2017.[14] Em setembro de 2019, Arca se apresentou durante uma filmagem ao vivo para um "projeto em desenvolvimento".[15] Em fevereiro de 2020, Arca lançou um single de 62 minutos chamado "@@@@@"[16] junto com um videoclipe dirigido por Frederik Heyman.[17] A faixa foi lançada pela XL Recordings em 21 de fevereiro de 2020.[18] Seu quarto álbum de estúdio, Kick I, que conta com parcerias com Björk, Rosalía, Shygirl e Sophie, foi lançado em 26 de junho de 2020.[19] Em janeiro de 2021, Alejandra lançou Madre, sua quarta extended play (EP).[20] Arca definiu-se como não-binária em 2018, e posteriormente acrescentou que também se identifica como uma mulher trans.[21][22][23]
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