A importância de luiz gonzaga na musica popular brasileira

Tese de Doutorado

Antônio Gomes da Silva

"sem orientador"

USP - FFLCH

1986

Publicação - Livros / Artigos

Estudo sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga, com o objetivo de compreender o papel e a importância deste artista para a construção da Música Popular Brasileira.

1912–1989; Música Popular; Luiz Gonzaga; Biografia; Brasil

Podendo tranqüilamente ser considerado, ao lado de Pixinguinha (& do choro), de Noel Rosa (& do samba urbano), de Dorival Caymmi (& da música do mar e da Bahia), como um dos que mais contribuíram para a efetiva consolidação e caracterização de uma das manifestações mais marcantes e vivazes da história da nossa produção cultural, isto é, a inconfundível Música Popular Brasileira, Luiz Gonzaga (& o xote e o maracatu e o baião...), bem como sua vida e sua obra nos convidam, a nós ouvintes, pesquisadores e leitores para uma viagem, mergulho, vôo, caminhada em busca da concretização de um estudo sociológico a fim de sabermos, de descobrirmos, juntos, o que aconteceu de fato à vida-obra gonzaguiana no “eixo” Exu, Brasil – Paris.

Periódicos: • WISNIK, J. M. “Terras sem mal”, Folha de São Paulo, 21/11/1981. p.26. Músicas e discos: • ASSARÉ, P. Patativa do Assaré, Gravação CBS – n 235.032, 1979. • Depoimento n 1 – entrevista com Luiz Gonzaga, realizada e gravada pelo autor, na cidade de Patos – PB, em 6/2/1982. • GONZAGA, L. “O pacote” contendo 10 antigos discos, reprocessados para os sistema estéreo, e mais 26 LP’s de Luiz Gonzaga, perfazendo um total de 35 discos, gravações RCA Victor, 1982. • NASCIMENTO, M. Caçador de mim, gravação Ariola, n 201.632, 1981.

• Gravação ao vivo do show de Luiz Gonzaga, realizado durante a “Festa do vinho”, em Andradas – MG, em 22/7/1983.

ADORNO, Theodor. O fetichismo na música e a regressão da audição. In: Benjamin, Adorno, Horkheimer, Habermas. Col. Os pensadores, São Paulo, Abril Cultural, 1980. FERNANDES, Florestan. Folclore e mudança social na cidade de São Paulo. São Paulo, Anhambi, 1961. FURTADO, Celso. A formação econômica do Brasil. Rio de Janeiro, Ed. Fundo de Cultura, 1964. IANNI Otávio. Imperialismo e cultura. Petrópolis, Vozes, 1976. MARIZ, Vasco. A canção brasileira. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1977 MARX, Karl. O capital. Vol. I e II, 5 ed., RJ, Civilização Brasileira, 1980. TINHORÃO, José Ramos. Música popular: um tema em debate. Rio de Janeiro, JCM Editores, s.d. TINHORÃO, José Ramos. Música popular: de índios, negros e mestiços. Petrópolis, Vozes, 1972. TINHORÃO, José Ramos. Música popular: os sons que vêm da rua. Rio de Janeiro, Edições Tinhorão, 1973.

TINHORÃO, José Ramos. Música popular: do gramofone ao rádio e TV. São Paulo, Ática, 1981.

2014 © Entre a Memória e a História da Música.

Deputado Salmito Filho. Foto: ALECE

O deputado estadual Salmito Filho (PDT) repercutiu, nesta sexta-feira (02), na tribuna da Assembleia Legislativa, os 30 anos da morte do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga, conhecido como “Rei do Baião”. “Luiz Gonzaga em suas composições, cantou o sertão baiano, pernambucano e cearense. Apresentou nossos costumes e dificuldades”, disse o pedetista.

Salmito destacou ainda que Luiz Gonzaga nasceu no limite entre Pernambuco e Ceará, na cidade de Exu, em 1912, e é considerado uma das pessoas mais importantes para a música popular brasileira. Para o parlamentar, o artista teve o papel de compor a imagem do sertanejo e sua cultura para o restante do País.

“Através da poesia Luiz Gonzaga, junto com Humberto Teixeira, mostrou para o mundo o retrato da seca nordestina e o amor do homem do campo pela sua terra”, afirmou o deputado. “Ele cantou a caatinga, os costumes do sertão e apresentou para o mundo todo a riqueza do Nordeste brasileiro”, concluiu.

Por Assis Ribeiro

A música de Luiz Gonzaga no vestibular

Por sua popularidade as interpretações do cantor Luiz Gonzaga fazem parte constantemente de questões dos vestibulares.Em universidades como a UEPB,UFCG e UFPB é bastante comum ter a presença dessas musicas interpretadas por Gonzaga. As provas de linguagens sempre abordam suas musicas devido aos temas expressos,temas que falam sobre a natureza do nordestino,suas manias e os problemas enfrentados por eles. Como não dançar ao ouvir suas músicas?como não se emocionar quando Gonzaga retrata o nordeste e sua cultura?ainda bem que o temos nos vestibulares,esse é um privilegio dos nordestinos que deve ser respeitado e valorizado. Por: Laura Abumussa

O Diário de um Nordestino

O compositor Luiz Gonzaga foi muito popular no Brasil, que tornou-se conhecido como o rei do baião, onde foi uma das mais completas, importantes e inventivas figuras da música popular brasileira. Luiz Gonzaga nasceu numa fazendinha no Sapé da Serra Araripe, na zona rural de Exu, Sertão de Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912 e faleceu em Recife, no dia 2 de agosto de 1989. Sua mãe chamava-se Santana e seu pai Januário, que trabalhava na roça, em um latifúndio.

Nas horas vagas Gonzaga tocava acordeão, e foi com seu pai que aprendeu a tocá-lo. O gênero musical que o consagrou foi o baião, a canção destaque de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense, Humberto Teixeira. Antes de seus dezoito anos, Luiz teve sua primeira paixão, que se chamava Nazarena, que era uma moça de sua região, ele foi rejeitado pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, que não o queria como genro e ameaçou-o de morte.

Mesmo assim eles namoraram por um tempo escondido, mas, quando os pais de Gonzaga descobriram, lhe deram uma surra, e ele, revoltado por não poder casar com sua amada foge de casa e ingressa no exército em Crato, Ceará. A partir dali, durante nove anos ele ficou sem dar notícias à família e viajou por vários estados brasileiros, como soldado.

Em 1939, deu baixa no exército na cidade do Rio de Janeiro, ele estava decidido a se dedicar à música. Na capital do Brasil, começou por tocar nas áreas de prostituição da cidade. Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor. Em 1945, uma cantora de coro, chamada Odaléia Guedes dos Santos deu à luz um menino, no Rio. Gonzaga mantinha um caso há meses com a moça, foi iniciado quando ela já estava grávida, então, ele sabendo que ela seria mãe solteira, assumiu a paternidade da criança, adotando-o e dando o nome de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior.

Mas, em menos de 2 anos juntos eles decidiram de separar devido as brigas, Léia cuidava do filho e Luiz ia as vezes visitá-los. Em 1946 voltou pela a primeira vez a Exu (Pernambuco), e teve um emocionante reencontro com os pais, que há anos não sabiam nada sobre o filho e sofreram muito esse tempo todo. Casou-se com sua noiva pernambucana em 1946, chamava-se Helena Cavalcanti. O casal viveu junto até o fim da vida de Gonzaga. Eles não tiveram filhos biológicos por Helena não poder engravidar, mas adotaram uma menina e as deram o nome de Rosa. Nesse mesmo ano Léia morreu de tuberculose, para desespero de Luiz.

O filho deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou órfão com 2 anos e meio. Luiz queria levar o menino para morar com ele, mas Helena não aceitou. Então, ele foi entregue aos seus padrinhos, Leopoldina e Henrique Xavier Pinheiro. Luiz Gonzaga sofria de osteoporose há alguns anos. Morreu vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente sepultado em seu município natal. Em 2012, Luiz Gonzaga foi tema do carnaval da GRES Unidos da Tijuca, com enredo “o dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão”, fazendo com que a escola ganhasse o carnaval deste respectivo ano. Por: Andreza Nóbrega

O que é o xote?

Por: Ludwig Leal e Nhayane Maciel De origem alemã, a palavra “xote” é derivada de “schottisch” que significa escocesa. O schottisch ou xote foi trazido ao Brasil por José Maria Toussaint em 1851 e tornou-se apreciado como dança da elite durante o segundo reinado. A partir daí, os escravos negros aprenderam alguns passos dessa dança, acrescentando sua maneira peculiar do bailado, tornando-a popular. Com o passar dos anos o xote foi se distanciando dos seus elementos originais por causa da influencia dos escravos nessa dança. Atualmente esse ritmo se tornou mais adaptável e é assim localizado tanto nos forrós nordestino, como no sul e nos seus xotes gaúchos. Ele também se encontra mesclado a outros ritmos da América latina. O xote foi imortalizado pelo cantor Luiz Gonzaga. Vamos analisar agora dois dos xotes mais famosos de Luiz Gonzaga.

O Xote Das Meninas

Mandacaru Quando fulora na seca É o siná que a chuva chega No sertão Toda menina que enjôa Da boneca É siná que o amor Já chegou no coração… Meia comprida Não quer mais sapato baixo Vestido bem cintado Não quer mais vestir timão… Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar… De manhã cedo já tá pintada Só vive suspirando Sonhando acordada O pai leva ao dotô A filha adoentada Não come, nem estuda Não dorme, não quer nada… Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar… Mas o dotô nem examina Chamando o pai do lado Lhe diz logo em surdina Que o mal é da idade Que prá tal menina Não tem um só remédio Em toda medicina… Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar… Mandacaru Quando fulora na seca É o sinal que a chuva chega No sertão Toda menina que enjôa Da boneca É sinal que o amor Já chegou no coração… Meia comprida Não quer mais sapato baixo Vestido bem cintado Não quer mais vestir timão… Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar… De manhã cedo já está pintada Só vive suspirando Sonhando acordada O pai leva ao doutor A filha adoentada Não come, num estuda Num dorme, num quer nada… Porque ela só quer, hum! Porque ela só quer Só pensa em namorar… Mas o doutô nem examina Chamando o pai do lado Lhe diz logo em surdina Que o mal é da idade E que prá tal menina Não tem um só remédio Em toda medicina… Porque ela só quer, oh! Mas porque ela só quer, ai! Mas porque ela só quer Oi, oi, oi! Ela só quer Só pensa em namorar Mas porque ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar… O xote das meninas Em todas as musicas de Luiz Gonzaga são abordados temas sobre o nordeste, principalmente a caatinga com sua fauna e flora e na maioria delas existe a relação entre a natureza e o homem. Na musica “o xote da meninas” não é diferente. A comparação entre o mandacaru e a menina é evidente. Quando o mandacaru floresce é sinal de chuva e quando a menina da boneca é sinal que já virou moça. O florescer do mandacaru e a menstruação da menina simbolizam o amadurecimento. O xote das meninas mostra a mudança de comportamento das meninas logo após de entrar na adolescência. A mudança de roupas: “meia comprida, não quer mais sapato baixo…”,o uso das maquiagens e os problemas enfrentados durante a adolescência. Por: Ludwig Leal

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