A importância da educação a distância no Brasil é a democratização do ensino redação

TEXTO I

Ensino a distância tem um terço dos alunos da área de educação no Brasil

Enquanto o número de matriculados em cursos presenciais de formação de professores se manteve estável nos últimos 5 anos, as matrículas nos cursos a distância cresceram em ritmo acelerado. Um em cada três alunos de graduação na área de “educação” faz o curso remoto, de acordo com os dados do governo. Isso inclui formação de professores em áreas como artes, música ou biologia. Em pedagogia, especificamente, a taxa é maior: metade dos estudantes estão matriculados em cursos a distância. As informações são do último censo do ensino superior disponível, de 2014. A procura por cursos de formação de docente a distância foi estimulada pela lei.  Há 20 anos, a LBD (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) tornou obrigatória a formação de ensino para professores da educação básica. Como muitos docentes já davam aula sem diploma universitário, o curso remoto acabou sendo uma boa opção – a maioria dos alunos de curso a distância no Brasil trabalha e estuda ao mesmo tempo, diz Censo da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância).

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2016/08/1797780-ensino-a-distancia-tem-um-terco-dos-alunos-da-area-de-educacao-no-brasil.shtml

TEXTO II

A importância da educação a distância no Brasil é a democratização do ensino redação

TEXTO III

25% dos brasileiros não têm acesso à internet, aponta pesquisa

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (29) uma pesquisa que aponta que 25% (ou um em cada quatro) dos brasileiros não têm acesso à internet. Em números totais, isso representa 46 milhões de pessoas. Em áreas rurais, o índice de pessoas sem acesso é ainda maior que nas cidades, chegando a 53,5%. Em áreas urbanas é 20,6%.

O estudo leva o nome de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018. Ele apontou que quase a metade das pessoas que não têm acesso à rede (41,6%) afirmam que o motivo para não acessar é por não saber usá-la; uma a cada três (34,6%) diz não ter interesse; já para 11,8% delas, o serviço de acesso à internet é caro. E, finalmente, para 5,7% deste total, o equipamento necessário para navegar pela web, como celular, laptop e tablet, é caro.

Disponível em: https://canaltech.com.br/internet/25-dos-brasileiros-nao-tem-acesso-a-internet-aponta-pesquisa-164107/

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A democratização do acesso à educação a distância no Brasil", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Comentário do professor(a): o potencial do ensino a distância em nosso país é gigantesco. Nos últimos anos, como mostram os textos motivadores, a procura por esta modalidade de ensino tem aumentado muito, devido a diversos motivos: flexibilidade de horários, preços, dinamismo, conexão com a internet, entre muitos outros. No entanto, como o último texto motivador afirma, 1/4 dos cidadãos brasileiros sequer têm acesso à internet hoje, de forma que esta grande parcela da população fica sem acesso ao ensino a distância. Em seu texto, busque demonstrar o potencial que o EAD tem no Brasil e problematizar essa lacuna no que diz respeito ao acesso à modalidade. 

Instruções:

1. Sua redação deve ser escrita à mão em uma folha padrão do Me Salva! ou em uma folha de caderno comum2. O texto definitivo deve ser escrito em até 30 linhas.

3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas descontado para efeito de correção.

Atualmente, com o necessário isolamento social, ocasionado pela pandemia do coronavírus, uma das alternativas para as aulas continuarem foi a modalidade de ensino a distância. Ante a isso, muitas dificuldades surgem: desde o problemas que os professores enfrentam para usar os recursos tecnológicos e, também, a desigualdade que muitos alunos enfrentam por não terem acesso à internet. Tendo isso em vista, a proposta do Banco de Redações do mês de julho é que você desenvolva uma redação sobre o seguinte tema: "Desafios da Educação a Distância no Brasil".

Para realizar a proposta, você deverá construir um texto dissertativo-argumentativo respondendo ao questionamento da proposta, demonstrar domínio da norma culta da língua, mobilizar diversas áreas do conhecimento, ou seja, seu conhecimento de mundo para desenvolver o tema, respeitando a estrutura do texto dissertativo-argumentativo.

Além disso, você deve levar em consideração os textos apresentados na coletânea, levantar os principais argumentos, dados e exemplos e realizar uma análise crítica, deixando claro seu posicionamento diante do tema na conclusão do texto. Apresente uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

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ATENÇÃO: as redações serão corrigidas de acordo com os critérios do ENEM, seguindo seu método de análise e pontuação, assim como suas regras. 

Atenção aos motivos que podem zerar sua redação: 1) Fuga total ao tema; 2) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa; 3) Texto com até 7 linhas; 4) Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto; 5) Redação em branco;

6) Cópia do texto motivador.

Cronograma para envio de redações:
1º período: 1 a 8 de julho
2º período: 10 a 18 de julho
3º período: 20 a 27 de julho

Evite enviar a redação pelo celular. A estrutura do texto pode ficar comprometida e o corretor ortográfico do celular pode trocar as palavras.

As correções estarão disponíveis a partir do dia 1º de agosto.

Enviou sua redação em junho? Confira aqui a correção.

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Como fazer uma boa redação

Elabore sua redação considerando as ideias a seguir:

Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior. [MEC] Leia o texto na íntegra 

Adotado em larga escala na pandemia - que exige o isolamento social, o ensino à distância mudou a rotina de muita gente. No Pará, cerca de 800 mil estudantes buscam manter os estudos e lidam com impactos das aulas remotas, que vão desde a dificuldade de adaptação à mudança do esquema escolar, ao não acesso a equipamentos básicos para o estudo em casa, além de enfrentar questões como a ansiedade e insegurança provocadas pela circunstância de proliferação do vírus que já matou quase 4 mil pessoas no estado. [G1] Leia o texto na íntegra

De todas as áreas impactadas pela pandemia de coronavírus, poucas foram tão profundamente afetadas como a educação. 48,5 milhões é o número de alunos que cursam a educação básica no Brasil e que não estão frequentando as aulas presencialmente em atendimento às medidas de distanciamento social. Segundo estimativas da Unicef, mais de 95% das crianças estão fora da escola na América Latina e no Caribe. O número equivale a 1,5 bilhão de estudantes.


Para além dos evidentes impactos que esse evento sem precedentes pode ter para o aprendizado, há outros efeitos que surgem com a não frequência à escola, já que ela é fundamental para os estudantes em outros aspectos como, por exemplo, para apoio psicológico e atividades extracurriculares. Além disso, nunca custa lembrar que a escola é, para muitas crianças e jovens, a principal fonte de alimentação – daí a importância de políticas como a merenda escolar. [UOL] Leia o texto na íntegra

#10658

Consoante ao poeta Cazuza "Eu vejo o futuro repetir o passado", o avanço da tecnologia se aprimorou progressivamente desde o período da Segunda Guerra Mundial. Na contemporaneidade, os meios tecnológicos podem ser utilizados para diferentes finalidades, dentre elas a educação à distância (EAD) que é de extrema importância para a possibilidade de maior inclusão e mobilidade social. Em primeiro plano, destaca-se a maior inclusão social que o ensino a distância promove, visto que pessoas restritas geograficamente e com indisponibilidade de tempo podem usufruir do acesso ao ensino superior, mesmo que distante. Do ponto de vista sociológico, Émile Durkheim destaca a ideia de importância da inclusão social através da educação, pois promove a integração do indivíduo em sociedade, evitando conflitos e isolamento. Sendo assim, a maior democratização da educação através da EAD é um caminho importante a ser seguido para um país mais inclusivo. Ademais, outro fator existente é a mobilidade social que o ensino à distância proporciona para o país, tendo em vista a sociedade desigual que situamos. Da óptica filosófica, Immanuel Kant diz que "O homem é aquilo que a educação faz dele" salientando da maior autonomia que é garantida ao indivíduo através da educação. Sendo assim, a democratização educacional garante a possibilidade de maior independência da pessoa viabilizando maior chances de ascender socialmente, ou seja, mudar sua realidade para melhor.

Portanto, a educação à distância no Brasil é essencial e deve ser defendida, porém para que aumente o alcance é necessário maior inserção tecnológica do país. Sendo assim, medidas se fazem necessárias para a resolução desse problema. O Governo deve disponibilizar computadores com acesso à internet em bibliotecas públicas localizadas em áreas carentes e distantes geograficamente dos centros urbanos, por meio de verbas educacionais para que a tecnologia seja utilizada de forma eficaz e que mais pessoas tenham a possibilidade de estudar à distância, além de utilizar para outros fins educacionais. Desta forma, a EAD poderá alcançar pessoas sem acesso à tecnologia privada e permitirá maior democratização da educação.