A diferença entre metáfora e comparação

A diferença entre metáfora e comparação
Diferença entre símile e metáfora - O Negócio

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A diferença entre metáfora e comparação
As figuras de linguagem são os recursos literários que podem ser uma palavra ou frase não utilizada em seu sentido usual ou básico, de modo a tornar a escrita mais interessante, persuasiva, viva e retórica. Nenhuma forma de poesia está completa sem o uso de figuras de linguagem. Em inglês, existem muitas figuras de linguagem, mas as duas mais comumente usadas para fazer a comparação são símile e metáfora. UMA símile é uma declaração figurativa que usa palavras de conexão.

Pelo contrário, Metáfora é uma figura de linguagem em que uma palavra ou frase representa um objeto ou ideia que é usada para mostrar a semelhança entre os dois. Em outras palavras, uma metáfora sugere o significado criando uma imagem para o leitor, enquanto um símile cria uma imagem exemplificando-a.

Gráfico de comparação

Base para comparaçãoSímileMetáfora
SignificadoUma expressão que ajuda a comparar duas coisas variadas, usando as palavras as e like, é chamada de símile.A metáfora descreve alguém ou algo referindo-se a alguém ou algo que é o mesmo de uma maneira específica.
O que é isso?Uma forma de metáfora.Uma forma de linguagem figurativa.
ComparaçãoDiretoImplícita
ConectivosEle usa conectivos.Ele não usa conectivos.


Definição de Simile

Em inglês, um símile se refere a uma frase que descreve algo fazendo uma comparação entre itens de uma categoria diferente. Eles são usados ​​para indicar semelhanças entre dois objetos diferentes e também para exagerar a qualidade de algo.

Basicamente, símile é um tipo de metáfora que faz uso de palavras 'como' ou 'como' ou 'que' e às vezes verbos como 'aparece' ou 'parece' para mostrar semelhança e comparar coisas, para o leitor e ouvinte de uma forma melhor maneira. Dê uma olhada nos exemplos abaixo:

  • Paul dançou como Michael Jackson, na festa.
  • Ela é tão bonita quanto Angelina Jolie.

Deve-se observar que o símile está presente apenas quando os objetos comparados pertencem a classes diferentes, porém, quando os objetos são da mesma classe, então não há símile, como você pode ver no exemplo abaixo:

  • A Caxemira é como a Suíça.
  • A massa é como um pequeno pedaço de bolo.

Definição de metáfora

Na literatura, metáfora se refere a uma figura de linguagem que caracteriza uma pessoa ou objeto referindo-se a alguém ou algo que possui virtudes semelhantes a essa pessoa ou objeto. Ajuda descrever a pessoa ou objeto de uma maneira que não seja exatamente verdadeira, mas que esclareça a ideia, ao afirmar que uma coisa é outra.


Uma metáfora tenta associar dois objetos, por comparação ou simbolismo, e não por serem semelhantes. Metáforas são declarações figurativas cuja expressão literal não é significativa, mas indicam algo distinto de sua definição regular. Vejamos os exemplos abaixo:

  • A vida é um campo de batalha.
  • Peter é o filho da mamãe
  • Ela é uma viciada em televisão.

Assim, uma metáfora geralmente compara duas coisas que geralmente não são consideradas semelhantes.

Principais diferenças entre símile e metáfora

A diferença entre símile e metáfora pode ser traçada claramente pelos seguintes motivos:

  1. Um símile é uma declaração figurativa, em que dois, ao contrário de objetos, são comparados por meio de palavras iguais e semelhantes. Por outro lado, uma metáfora é uma figura de linguagem que pode ser uma palavra ou frase para uma coisa que indica outra, para expressar que são semelhantes.
  2. Uma comparação é uma metáfora, mas vice-versa não é verdade, porque uma comparação é um tipo de metáfora. Em oposição, uma metáfora é um tipo de linguagem não literal.
  3. No caso da comparação, fazemos uso de conectivos como ‘como’ e ‘como’ para indicar que o assunto é semelhante a algo. Por outro lado, as metáforas não usam os conectivos, pois indicam que o sujeito é outra coisa.
  4. Os símiles contêm uma comparação direta de duas coisas; a metáfora, implicitamente, compara dois objetos.

Exemplos

Símile


  • Raman é tão alto quanto uma girafa.
  • O homem ri como um burro.
  • Ele argumenta como um advogado.

Metáfora

  • Meu irmão é Doremon.
  • Amir é uma enciclopédia ao vivo.
  • Ela era a heroína do filme.

Como lembrar a diferença

Ambas as metáforas e símiles são usados ​​principalmente em poesia e são usados ​​para entender o assunto com a ajuda de uma pessoa, objeto ou ação comparada, mas são diferentes. Uma comparação é aquela que compara duas coisas diferentes diretamente. Ao contrário, uma metáfora nada mais é do que um termo que considera algo como outra coisa apenas para destacar a ideia ou contexto para o leitor.

Assim, em uma metáfora, o sujeito é dito ser ou considerado outra coisa, enquanto em uma comparação, o sujeito é como outro.

Em nossa comunicação, é comum utilizarmos imagens para tornar mais clara a mensagem ou a ideia que pretendemos passar para o ouvinte. Mas, na escrita, é importante ter domínio dos recursos que estão à nossa disposição para utilizá-los de forma consciente e estratégica.

É o caso das figuras de linguagens, isto é, recursos da língua portuguesa que utilizamos para apresentar ideias a partir do sentido conotativo ou apelando para aspectos de comparação e até aspectos sonoros.

Nesse conteúdo vamos explicar o que é metáfora e o que é analogia, dois tipos de figuras de linguagem, e como diferenciá-las, caso as encontre em algum texto ou queira utilizá-las para tornar suas ideias mais sofisticadas quando estiver escrevendo.

Definição de metáfora e analogia

Vamos entender, em primeiro lugar, o que significa cada uma das figuras de linguagem apresentadas aqui, a metáfora e a analogia.

Metáfora significa “transposição de sentido” na tradução de meta (algo) e fora (sem sentido), palavras que vêm do latim. É, portanto, uma comparação entre os sentidos de duas ideias, de modo que o significado delas possa ser transposto, porém de modo não explícito.

Quando dizemos, por exemplo, que “o homem é o lobo do homem”, não estamos afirmando que o homem tem características físicas de um lobo, nem que ele se metamorfoseou em lobo, mas, sim, que há características desse animal que, em determinado contexto, passam a fazer parte das características do homem.

Note que também não utilizamos palavras que indiquem comparação, no caso “o homem é como um lobo”. A comparação independe de conectivos: ”o homem é o lobo”.

Analogia também se trata de uma figura de linguagem que nos ajuda a comparar as coisas. Porém, ao contrário da metáfora, na analogia é necessário que encontremos pontos de semelhança entre as ideias comparadas. Do grego allegoría, a palavra significa “dizer o outro”, isto é, explicar algo a partir da sua subjetividade, dar a sua interpretação sobre algo.

Um bom exemplo de analogia é a frase de Mário Glaab: “Para muitas pessoas, a felicidade é semelhante a uma bola: querem-na de todo jeito e, quando a possuem, dão-lhe um chute.”.

Veja, são apresentadas duas ideias que, a princípio, não parecem ter nada em comum, e, em seguida, se estabelece uma relação entre elas. A analogia é amplamente utilizada no direito e em textos filosóficos para se defender ideias que necessitam de comparação para serem discutidas e compreendidas.

É, também, uma comparação que, muitas vezes, necessita de conectivos para “funcionar” na frase, tais como “assim como”, “da mesma forma”, entre outros.

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Como diferenciar analogia e metáfora

Como foi possível perceber, as duas figuras de linguagem nos ajudam a apresentar objetos, seres ou conceitos que podem ser relacionados. Mas como saber qual dessas duas figuras de linguagem usar ou reconhecer, dependendo do contexto?

Por ter um caráter mais subjetivo, a metáfora costuma estar envolvida em textos literários, nos quais é possível trabalhar com a ideia de transposição de sentidos. Apesar disso, nada impede que a metáfora seja utilizada em outros contextos para enriquecer a sua narrativa. Nem sempre nos damos conta, mas muitos de nós utilizamos esse recurso em nossa comunicação oral constantemente, o que demonstra ótimo domínio do idioma.

Afinal, dizer, por exemplo, “aquela mulher é uma leoa” requer uma análise mais aprofundada de quem diz a frase, mas também de quem a escuta. Utilizar uma metáfora requer que o contexto da frase ajude o nosso interlocutor a entender o sentido que queremos apresentar com o uso da figura de linguagem.

A analogia também demanda atenção no uso. Ao contrário da metáfora, ela é mais objetiva e, para fazer sentido, necessita de uma explicação razoável e um bom entendimento das características que unem as duas ideias comparadas. 

Se dissermos, por exemplo, “a mãe é como uma leoa: ambas lutam com todas as forças para proteger suas crias”, devemos estar seguros de que as leoas realmente têm o comportamento indicado como equivalente ao da mãe. Do contrário, o argumento pode ser falho ou até mesmo manipulador.

Mais exemplos de metáfora (e mais explicações)

Um dos melhores exemplos de metáfora está no poema de Camões “amor é fogo que arde sem se ver”, no qual o poeta compara a ardência do amor com a ardência causada pelo fogo. Veja que ele está tentando mostrar o que sente quando está amando e apela para uma ideia visual, mas também sensorial, de fogo, o sentir-se queimar.

Outro verso da poesia brasileira no qual há metáfora é o de Mário Quintana: “As mãos que dizem adeus são pássaros que vão morrendo lentamente.”. Note que o poeta compara as mãos, quando estão se movendo com sentido de adeus, com pássaros que vão morrendo lentamente, indicando que as mãos, que antes se mexiam, estão, aos poucos, deixando de se mover, cessando o gesto de adeus.

Mais um exemplo de analogia (e mais explicações)

Analogia, por se tratar de um conceito muito utilizado no direito, na música, na filosofia e até na biologia, é sempre mais difícil de exemplificar.

Não por acaso, um dos maiores escritores brasileiros utilizava largamente o recurso da analogia em seus textos: Machado de Assis. Note que, no trecho a seguir, retirado do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, ele dá uma definição do que é ser homem:

(…) o que nos faz senhores da terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.”

Ser homem, portanto, na definição do personagem Brás Cubas, é ser uma errata pensante, isto é, um ser que erra em todas as fases de sua vida, pois cada “estação da vida” tem a função de corrigir a anterior. As novas fases trarão novos erros a serem corrigidos e assim sucessivamente, até a morte.

Deu pra perceber que o uso de figuras de linguagem enriquece muito o texto, não é mesmo? A analogia e a metáfora são dois bons exemplos disso. Porém, é preciso estar atento e estudar bastante para ter domínio do assunto e não exagerar ou errar no sentido pretendido.

Agora que você entendeu a diferença entre analogia e metáfora, não tem mais como errar! Aproveite e baixe nosso material com 63 erros para evitar na escrita e arrase nas suas produções textuais!

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