Tomando como referência o meridiano de Greenwich em que hemisfério há uma maior porção de terras

  • Vicargentina Lucca
  • 31/03/2022
  • Enem
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Tomando como referência o meridiano de greenwich em que hemisfério há uma maior porção de terras

Em geografia, um hemisfério é uma metade do globo terrestre.[1] Essa metade é delimitada por um círculo máximo, que poderá ser ou a linha do equador ou então um par formado por duas semicircunferências: um meridiano e seu respectivo antimeridiano.[2]

Tomando como referência o meridiano de Greenwich em que hemisfério há uma maior porção de terras

Nesta imagem, o globo terrestre foi seccionado pelo círculo máximo formado pelo meridiano de longitude 20° e pelo seu antimeridiano de longitude 200°, resultando em dois hemisférios: à direita, um hemisfério contendo a África, a Europa, a Ásia e a Austrália; à esquerda, um hemisfério contendo as Américas.

Algumas das mais comuns divisões do planeta em hemisférios:

  • Divisão norte-sul: é feita pela linha do equador. Divide o globo terrestre em hemisfério norte e hemisfério sul.
  • Divisão leste-oeste: é feita pelo meridiano de Greenwich com o meridiano de 180° (antimeridiano de Greenwich). Divide o globo terrestre em hemisfério ocidental e hemisfério oriental.
  • Divisão terra-água: divide o globo em hemisfério continental, que é o que possui a maior quantidade de terra do planeta, e hemisfério aquático, que é o que possui a maior quantidade de água do planeta.

Política e culturalmente, costuma-se chamar "hemisfério ocidental" a metade da Terra que inclui a Europa e as Américas.

  1. MORAES, Paulo Roberto (2011). Geografia geral e do Brasil (ISBN 9788529403959) 4 ed. São Paulo: HARBRA. p. 17. 721 páginas 
  2. BAKOS, Margaret Marchiori; CASTRO, Ieda Bandeira; PIRES, Letícia de Andrade (2000). Origens do Ensino 1 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS. p. 64. 225 páginas. ISBN 8574301663. Consultado em 12 de outubro de 2014  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)

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Os paralelos e meridianos são linhas imaginárias traçadas para definir cartograficamente os diferentes pontos da Terra. A principal função dessas linhas é estabelecer as latitudes e as longitudes para assim precisar as coordenadas geográficas dos diferentes lugares do planeta. Trata-se, portanto, de círculos ou semicírculos que circundam a Terra nos sentidos norte-sul e leste-oeste.

Os paralelos são os eixos que circundam imaginariamente o planeta no sentido horizontal. A partir deles, são medidas, em graus, as latitudes, que variam de -90º a 0º para o sul e de 0º a 90º para o norte.

Existem alguns paralelos “especiais”, como é o caso da Linha do Equador. Essa linha imaginária possui o mérito de possuir uma igual distância em relação aos dois polos do planeta. Desse modo, tudo que está acima dela representa o hemisfério norte, também chamado de boreal ou setentrional, e tudo o que está abaixo representa o hemisfério sul, também chamado de austral ou meridional. O Equador também é importante por ser a zona da Terra que mais recebe os raios solares no sentido perpendicular, quando eles são mais fortes.

Existem outros importantes paralelos: os trópicos. O Trópico de Câncer, localizado ao norte na latitude de 23º27 (23 graus e 27 minutos), é a linha que indica o limite máximo em que os raios solares incidem verticalmente sobre a Terra durante os solstícios. O Trópico de Capricórnio, por sua vez, possui a mesma função em relação ao hemisfério sul, com latitude de -23º27'.

Além desses exemplos, também merecem destaque os círculos polares. Ao norte, o círculo polar ártico, com latitude de 66º33', assinala o limite da zona de iluminação solar sobre as regiões polares durante os solstícios. O mesmo acontece com o círculo polar antártico em relação ao sul, apresentando, dessa forma, uma latitude inversa de -66º33'.

Quando os solstícios acontecem, iluminando o hemisfério norte, tem-se o chamado “longo dia” nas zonas localizadas acima do círculo polar ártico, não havendo noite e deixando as regiões ao sul do círculo polar antártico em um longo período de escuridão. Seis meses depois, o processo inverte-se e é o polo sul quem se ilumina e o polo norte quem fica no escuro.

Observe o esquema a seguir e note a importância dos paralelos mencionados para medir a precisão dos solstícios conforme o nível de inclinação dos raios solares.


Esquema dos paralelos da Terra durante o solstício

Os meridianos representam as linhas imaginárias traçadas verticalmente sobre o globo terrestre. Nesse sentido, ao contrário do que acontece com a Linha do Equador, não existe uma zona de iluminação mais acentuada, não havendo, portanto, um “centro” da Terra. Eles são utilizados para medir as longitudes, que variam de -180º a 0º a oeste e de 0º a 180º a leste.

No final do século XIX, por convenção, foi criado o Meridiano de Greenwich, com longitude de 0º. Esse meridiano divide a Terra no sentido vertical, originando, dessa forma, o hemisfério leste ou oriental, com longitudes positivas, e o hemisfério oeste ou ocidental, com longitudes negativas.

O Meridiano de Greenwich “corta” a cidade de Londres ao meio, representando, de certa forma, a visão de mundo na época de seu estabelecimento, nitidamente eurocêntrica, ou seja, com a Europa colocada no cerne principal do mundo.

Acrescenta-se a isso a função dos meridianos em relação aos fusos horários, igualmente contados a partir de Greenwich. Assim, dividiram-se 24 eixos (12 a leste e 12 a oeste), em que cada um representa a alteração de uma hora em relação ao meridiano mencionado, com horários somados quando se desloca para o leste e diminuídos quando se desloca para o oeste. 

Por Rodolfo Alves Pena
Mestre em Geografia

O Meridiano de Greenwich foi assim denominado graças ao bairro inglês que tem esse nome. Nele se localizava o Observatório Astronômico Real, instituição importante para a astronomia mundial e para o conhecimento de eventos no Sistema Solar. Esse Observatório ganhou ainda mais relevância em 1884, época do imperialismo e quando o Reino Unido possuía grande força na geopolítica mundial, pois era sua principal potência.

Leia também: Mapa do Brasil – representação cartográfica do nosso país

História do Meridiano de Greenwich

Até 1884, as nações do mundo não conheciam uma padronização de horários como conhecemos hoje. Em 1851, George Biddel Airy sugeriu que o local de Greenwich fosse usado como o marco zero para tanto, e muitos países começaram a adotá-lo.

Até então, hora local de um país não era relacionada com sua posição geográfica em relação ao Sol. Assim, quando acontecia um evento no Brasil, às 10 horas, um habitante da África do Sul não tinha a menor ideia do momento exato desse acontecimento levando em conta seu próprio território, por exemplo.

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Esquema representando o cruzamento do Meridiano de Greenwich com a Linha do Equador.

Essa falta de padrão nos horários mundiais gerava certos transtornos, pois um navio que saía da Europa rumo aos Estados Unidos não tinha noção de que horas chegaria ao destino, pois cada país regulamentava seu horário de acordo com as demandas regionais.

Foi somente em 1884 que o governo dos Estados Unidos decidiu oficializar a escolha de Greenwich como marco zero. No mesmo ano, na cidade de Washington, no mesmo país, 25 nações reuniram-se e definiram que deveríamos ter um meridiano zero para todos os países a fim de calcular-se o fuso horário de cada nação, além de uma data padrão.

A partir de então, o Meridiano de Greenwich foi o escolhido por localizar o Observatório Astronômico Real. Esse observatório foi de extrema importância para navegantes europeus desde o século XVIII, pois ali eram efetuados cálculos astronômicos para as navegações, o que contribuiu para que o Reino Unido fosse uma grande potência da época.

Ao ser designado como o marco zero para o cálculo de horas e, consequentemente, para o estabelecimento de fusos horários, o Meridiano de Greenwich estabeleceu um padrão a ser seguido, facilitando a vida e diminuindo as confusões que havia sobre as horas.

Para entendermos esse padrão, devemos saber que a Terra tem um formato esférico, conhecido como geoide. Ao dividirmos os 360º correspondentes do planeta pela quantidade de horas do dia, 24, temos um total de 15º. Dessa forma, a cada 15º de distância de Greenwich, temos a variação de uma hora, para mais ou para menos. O período de uma hora é o mesmo que o movimento de 15º da Terra.

Tomando como referência o meridiano de Greenwich em que hemisfério há uma maior porção de terras
Representação das faixas de fuso horário.

Como o movimento de rotação da Terra é no sentido anti-horário, localidades situadas no Hemisfério Leste possuem horas adiantadas em relação ao Greenwich, e localidades no Hemisfério Oeste estão atrasadas em seus horários. Com base no referido meridiano, o fuso horário é negativo para oeste e positivo para leste, subtraindo-se ou somando-se as horas, respectivamente.

Um exemplo: se em Londres for 17 horas, em Brasília (hora oficial do Brasil) serão 12 horas, pois o Distrito Federal do nosso país está localizado no fuso 45º oeste (três horas a menos de diferença).

Com esses cálculos, é simples descobrir em que horas um evento na Ásia será transmitido para a América ao vivo, em tempo real, como seria o caso das Olimpíadas de Tóquio.

Em países com grande extensão territorial, a faixa de 15º dos fusos horários nem sempre é respeitada. Imagine que uma cidade seja cortada por dois fusos. Isso geraria um transtorno local expressivo, com uma hora de diferença para cada lado. Dessa forma, muitos governos estendem as faixas até suas fronteiras ou para lugares pouco habitáveis, para ter-se um padrão de horário.

Veja também: Latitudes e longitudes: o que cada representa?

Locais cortados pelo Meridiano de Greenwich

O Meridiano de Greenwich atravessa o mundo de norte a sul, passando pelas seguintes localidades:

  • Oceano Ártico

  • Mar da Groelândia

  • Mar da Noruega

  • Mar do Norte

  • Reino Unido

  • Canal da Mancha

  • França

  • Espanha

  • Mar Mediterrâneo

  • Argélia

  • Mali

  • Burkina Faso

  • Togo

  • Gana

  • Oceano Atlântico

  • Antártida

Paralelos e meridianos

Paralelos e meridianos são linhas imaginárias que circundam a Terra de leste a oeste e de norte a sul. Essas linhas são amplamente usadas nas coordenadas geográficas (latitude e longitude) e no cálculo de fuso horário, além de definirem as zonas térmicas do planeta, como o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio.

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Representação das linhas imaginárias que cruzam o planeta, paralelos e meridianos.

Os paralelos são linhas imaginárias perpendiculares ao eixo central (Meridiano de Greenwich) e paralelas entre si, dividindo o mundo em dois hemisférios: Norte e Sul. O paralelo de maior circunferência é a Linha do Equador, com o maior raio no globo. Além disso, são os paralelos que determinam as latitudes.

É com base no Equador que temos a divisão geográfica Norte e Sul. Nesse paralelo está a medida 0º, a área mais iluminada pelos raios solares do planeta.

Os meridianos são linhas imaginárias que acompanham o eixo do planeta e determinam as longitudes. Todo meridiano tem seu antimeridiano, que lhe é oposto, do outro lado do globo.

Como exemplo, tem-se o Meridiano de Greenwich, que é o meridiano 0º com a Linha Internacional de Data, correspondente ao meridiano 180º.

São os meridianos que dividem, geograficamente, o planeta em dois hemisférios. Essa divisão ocorre baseada em Greenwich: à esquerda, tem-se o Hemisfério Oeste, e, à direita, o Leste. Para aprofundar-se mais nesse assunto, leia o texto: Paralelos e meridianos.

Exercícios resolvidos

Questão 1 - (IFPE) A figura destaca o território brasileiro no planisfério político. Observe-a.

Adaptado de Geografia do Professor António Lobo. Disponível em: <http://geografia789afgc.blogspot.com.br/>.

Quanto à localização geográfica do Brasil, é CORRETO afirmar que

a) o país localiza-se totalmente no hemisfério ocidental.

b) o território nacional é cortado ao sul pelo Trópico de Câncer.

c) todo o país está no hemisfério meridional, ao sul da Linha do Equador.

d) o país ocupa a porção centro-ocidental do continente sul-americano.

e) o país está inserido na zona climática intertropical.

Resolução:

Alternativa a. O Brasil está inserido no Ocidente (Hemisfério Oeste), pois está à esquerda do Meridiano de Greenwich.

________

Questão 2 - (Puc-PR) Sobre a variação das horas entre as diferentes regiões do globo, assinale a alternativa INCORRETA:

a) Os fusos horários são limitados por meridianos.

b) A amplitude de 15° dos fusos horários resulta da latitude dos trópicos.

c) O fuso horário base é o que contém o Meridiano de Greenwich.

d) O aumento das horas para leste é consequência do sentido de rotação da Terra.

e) A Linha Internacional da Data corta o Oceano Pacífico.

Resolução:

Alternativa b. Os fusos horários são calculados com base na distância de graus em relação ao Meridiano de Greenwich. Os meridianos, por sua vez, definem as longitudes. São os paralelos que definem as latitudes.

_______

Questão 3 - Uma cidade A, localizada no fuso 75º leste, quer assistir ao vivo a um evento que ocorrerá na França às 16 horas. Para isso, que horas os moradores da cidade A deverão ligar seus televisores?

a) 20 horas

b) 21 horas

c) 22 horas

d) 23 horas

e) Meia noite

Resolução:

Alternativa b. Para calcular a distância em horas de uma localidade para a outra, devemos atentar-nos a alguns detalhes.

Primeiro passo: identificar se as horas serão diminuídas ou aumentadas. Para isso, basta analisar os hemisférios dos locais em questão.

Segundo passo: achar a diferença em horas. Dividindo o valor dos graus por 15 teremos essa diferença: 75 / 15 = 5 horas.

Terceiro passo: somar (ou subtrair) o horário descrito. Como no exercício diz que a cidade A está no Hemisfério Leste, e a referência é o Meridiano de Greenwich, as horas nesse local estão adiantadas. Dessa forma: 16 + 5 = 21 horas.

Por Átila Matias
Professor de Geografia