Uma função é uma regra que relaciona cada elemento de um conjunto A a um único elemento de um conjunto B. Nessa definição, o conjunto A é chamado de domínio, o conjunto B é o contradomínio, e existe ainda um subconjunto do conjunto B chamado imagem. Show Uma função determina, para todo elemento x do conjunto A, qual elemento y do conjunto B está relacionado a ele. Em outras palavras, todos os elementos do conjunto A são relacionados a algum elemento do conjunto B, e para cada elemento do conjunto A existe um único “correspondente” no conjunto B. A forma algébrica de representar a definição da função corresponde, considerados os conjuntos A e B, à regra em que a função f é: f: A → B Observe que essa função é denominada “f”, o que pode ser feito com qualquer letra. Os símbolos A → B indicam que cada elemento do conjunto A, aplicado na função f, tem como resultado um elemento do conjunto B. É por isso que o conjunto A é chamado de domínio. Os resultados em B serão determinados a partir dos valores de A. Por esse motivo, seja x um elemento qualquer do conjunto A, x é chamado variável independente, e seja y um elemento qualquer do conjunto B, y é a variável dependente. Domínio Dada a função f de A em B, definida como y = f(x) (modo como deve ser lida a simbologia usada anteriormente), já sabemos que seu domínio é o conjunto A e que um elemento qualquer de A, representado pela letra x, é chamado variável independente. O domínio é formado por todos os elementos que “dominam” os possíveis resultados encontrados para y em uma função. Esse conjunto é chamado por esse nome porque cada um dos seus valores determina um único resultado no outro conjunto. f: N → Z O domínio dessa função é o conjunto dos números naturais, ou seja: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …} Portanto, esses são os valores que podem substituir a variável x na função. Contradomínio Dada a função f de A em B, definida como y = f(x), já sabemos que o conjunto B é chamado contradomínio. A definição de função garante que cada elemento do domínio (conjunto A) é relacionado a um único elemento do contradomínio (conjunto B). Note que a palavra “cada” garante que todos os elementos do domínio são usados em uma função, mas a expressão “um único elemento do conjunto B” não garante que todos os elementos do contradomínio serão relacionados a elementos do domínio. Utilizando o mesmo exemplo anterior: f: N → Z Note que o contradomínio dessa função é definido no conjunto dos números inteiros. Entretanto, sabemos que “2x + 1” terá como resultado apenas números ímpares. Portanto, o conjunto Z contém todos os elementos que se relacionam a elementos do domínio, não sendo necessariamente seus únicos elementos. Imagem O conjunto imagem é formado por todos os elementos do contradomínio que estão relacionados a algum elemento do domínio. No exemplo anterior: f: N → Z Os resultados obtidos substituindo elementos do domínio na função são: Se x = 0, y = 1 se x = 1, y = 3 se x = 2, y = 5 … Isso significa que os valores de y sempre pertencem ao conjunto dos números ímpares não negativos. Portanto, a imagem dessa função é o conjunto dos números ímpares a partir de 1. Cada um dos valores de y obtidos é chamado de imagem, assim, se x = 10, sua imagem é y = 21 na função dada como exemplo. A motivação para o estudo das operações entre conjuntos vem da facilidade que elas trazem para a resolução de problemas numéricos do cotidiano. Utilizaremos algumas ferramentas gráficas, como o diagrama de Venn-Euler, para definir as principais operações entre dois ou mais conjuntos, sendo elas: união de conjuntos, intersecção de conjuntos, diferença de conjuntos e conjunto complementar. Tópicos deste artigoUnião de conjuntosA união entre dois ou mais conjuntos será um novo conjunto constituído por elementos que pertencem a, pelo menos, um dos conjuntos em questão. Formalmente o conjunto união é dado por: Sejam A e B dois conjuntos, a união entre eles é formada por elementos que pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B. Em outras palavras, basta unir os elementos de A com os de B. Exemplo:a) Considere os conjuntos A = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e B = {1, 3, 5, 7, 9, 11}: A U B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11} b) A = {x | x é um número par natural} e B {y | y é um número ímpar natural} A união de todos os pares naturais e todos os ímpares naturais resulta em todo o conjunto dos números naturais, logo, temos que: Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Intersecção de conjuntosA intersecção entre dois ou mais conjuntos também será um novo conjunto formado por elementos que pertencem, ao mesmo tempo, a todos os conjuntos envolvidos. Formalmente temos: Sejam A e B dois conjuntos, a intersecção entre eles é formada por elementos que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Desse modo, devemos considerar somente os elementos que estão em ambos os conjuntos. Exemploa) Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, B = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e C = {0, –1, –2, –3} A ∩ B = {2, 4, 6} A ∩ C = { } B ∩ C = {0} O conjunto que não possui nenhum elemento é chamado de conjunto vazio e pode ser represento de duas formas. Leia também: Definição de conjunto Diferença de conjuntosA diferença entre dois conjuntos, A e B, é dada pelos elementos que pertencem a A e não pertencem a B. No diagrama de Venn-Euler, a diferença entre os conjuntos A e B é: ExemploConsidere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, B = {0, 1, 2, 3, 4, 6, 7} e C = { }. Vamos determinar as seguintes diferenças. A – B = {5} A – C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} C – A = { } Observe que, no conjunto A – B, tomamos inicialmente o conjunto A e “tiramos” os elementos do conjunto B. No conjunto A – C, tomamos o A e “tiramos” o vazio, ou seja, nenhum elemento. Por último, em C – A, tomamos o conjunto vazio e “tiramos” os elementos de A, que, por sua vez, já não estavam lá. Leia também: Notações importantes sobre conjuntos Conjuntos complementaresConsidere os conjuntos A e B, em que o conjunto A está contido no conjunto B, isto é, todo elemento de A também é elemento de B. A diferença entre os conjuntos, B – A, é chamada de complementar de A em relação a B. Em outras palavras, o complementar é formado por todo elemento que não pertence ao conjunto A em relação ao conjunto B, em que ele está contido. ExemploConsidere os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B ={0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}. O complementar de A em relação a B é: Exercícios resolvidosQuestão 1 – Considere os conjuntos A = {a, b, c, d, e, f} e B ={d, e, f, g, h, i}. Determine (A – B) U (B – A). Solução Inicialmente determinaremos os conjuntos A – B e B – A e, em seguida, realizaremos a união entre eles. A – B = {a, b, c, d, e, f} – {d, e, f, g, h, i} A – B = {a, b, c} B – A = {d, e, f, g, h, i} – {a, b, c, d, e, f} B – A = {g, h, i} Logo, (A – B) U (B – A) é: {a, b, c} U {g, h, i} {a, b, c, g, h, i} Questão 2 – (Vunesp) Suponhamos que A U B = {a, b, c, d, e, f, g, h}, A ∩ B = {d, e} e A – B = {a, b, c}, então: a) B = {f, g, h} b) B = {d, e, f, g, h} c) B = { } d) B = {d, e} e) B = {a, b, c, d, e} Solução Alternativa b. Dispondo os elementos no diagrama de Venn-Euler, segundo o enunciado, temos: Portanto, o conjunto B = {d, e, f, g, h}. Por Robson Luiz |