Síndrome de burnout o que é

Depressão, esgotamento físico e mental, sentimento de incapacidade e até pensamentos suicidas: esses são alguns dos indícios da Síndrome de Burnout, um transtorno cada vez mais comum se caracteriza por um estresse devastador, extremo, superior à capacidade pessoal de lidar com questões do dia a dia de modo eficiente, e é relacionado exclusivamente ao trabalho.

Abaixo, os psicólogos Herbert Freudenberger e Gail North, respectivamente, alemão e americana, criaram uma lista do que seriam os 12 estágios da síndrome. Os chamados estágios não devem ser vistos como fases. São sintomas. Algumas pessoas passam por todos, mas outras não. E eles podem não aparecer nessa ordem, também. De qualquer maneira, a lista serve como um indicador de sinais a se prestar atenção.

1. Compulsão em demonstrar seu próprio valor

É aquela necessidade de mostrar que você sabe fazer o que está fazendo, e com excelência.

2. Incapacidade de se desligar do trabalho

Checar e-mails e mensagens antes de dormir, trabalhar finais de semana (sem que seja pedido pela chefia) etc, são alguns dos sinais.

3. Negação das próprias necessidades

Bom sono, alimentação adequada, tempo para o lazer tornam-se secundários --e essa atitude é vista como um sacrifício em nome de um bem maior.

4. Fuga de conflitos

A pessoa percebe que há algo errado, mas evita enfrentar a situação. Os primeiros sintomas físicos podem surgir.

5. Reinterpretação de valores pessoais

A família, os momentos de descanso, os hobbies, passam a ser vistos como coisas sem importância. A autoestima é medida apenas pelos resultados no trabalho.

6. Negação de problemas

A pessoa se torna intolerante. Enxerga os colegas de trabalho como preguiçosos, incompetentes, indisciplinados. Pode haver aumento da agressividade e sarcasmo.

7. Distanciamento da vida social

A vida social passa a ser restrita ou, até mesmo, inexistente. O trabalho é feito de maneira automática. A necessidade de relaxar pode levar ao uso de drogas ou álcool.

8. Mudanças estranhas de comportamento

A pessoa torna-se muito diferente do que costumava ser. Quem era alegre e dinâmico torna-se apático e medroso. As alterações são óbvias e podem ser notadas pela família e amigos.

9. Despersonalização

Não é possível enxergar o próprio valor nem necessidades, bem como das pessoas ao seu redor.

10. Vazio interno

Para amenizar o desconforto, muitos recorrem às drogas, álcool, ou compulsões como comer e fazer sexo.

11. Depressão

O futuro parece incerto, a vida perde o sentido. É comum o sentimento de estar perdido, cheio de incertezas e exausto.

12. Síndrome de Burnout (ou esgotamento)

Há um colapso mental e físico, assim como pensamentos suicidas. Quem chegou até aqui, precisa de ajuda médica imediata.

Quem sofre mais?

Segundo dados do ISMA-BR (International Stress Management Association), a síndrome acomete 32% da população que tem sintomas de estresse. E, muitas vezes, pode levar ao afastamento do trabalho, assim como causar úlceras, diabetes, aumento no colesterol, entre outros problemas de saúde.

A síndrome de Burnout é mais comum em pessoas exigentes, entusiasmadas com o trabalho, sem medo de aceitar novas responsabilidades. No entanto, ela não acontece do dia para a noite. Pode levar anos para a pessoa desenvolver e atingir o pico de estresse.

O roteiro é parecido: a pessoa começa um trabalho novo cheia de ilusões, sonhos, ideias. Gradualmente, no entanto, a realidade vai se mostrando diferente. O trabalhador passa por frustrações, mas vai engolindo. Aos poucos, ele começa a deixar de ter prazer naquilo. Faz as tarefas mecanicamente. Não há, ainda, queda na produção, mas a pessoa não sente mais tanta afinidade com suas tarefas.

“O trabalho começa a perder qualidade e o funcionário vai ficando embrutecido, crítico, desligado. Na hora que há esse desligamento, podem começar a aparecer sintomas físicos, como dor de cabeça, na nuca, no estômago, problemas de pele, infecções urinárias porque a imunidade cai”, explica a psiquiatra Alexandrina Meleiro, do Instituto de Psiquiatria da USP (São Paulo).

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A síndrome de Burnout, ou síndrome do desgaste profissional, é uma situação caracterizada por exaustão física, emocional ou mental que surge geralmente devido ao acúmulo de estresse no trabalho ou relacionado aos estudos, e que ocorre com mais frequência em profissionais que têm que lidar com pressão e responsabilidade constante, como professores ou profissionais de saúde por exemplo.

Uma vez que esta síndrome pode resultar em um estado de depressão profundo, é muito importante adotar medidas para a evitar, especialmente se já estão começando a surgir os primeiros sinais de excesso de estresse. Nestes casos, é extremamente importante consultar um psicólogo, para aprender a desenvolver estratégias que ajudam a aliviar o estresse e a pressão constantes.

Sintomas da síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout pode ser identificada com maior frequência em pessoas cujo trabalho envolve o contato com outras pessoas, como médicos, enfermeiros, cuidadores e professores, por exemplo, que podem desenvolver uma série de sintomas, como:

  1. Sensação constante de negatividade: É muito comum que as pessoas que estejam a passar por esta síndrome sejam constantemente negativas, como se nada fosse dar certo.
  2. Cansaço físico e mental: As pessoas com Síndrome de Burnout geralmente apresentam um cansaço constante e excessivo, difícil de recuperar.
  3. Falta de vontade: Uma característica muito comum desta síndrome é falta de motivação e vontade para fazer atividades sociais ou estar com outras pessoas.
  4. Dificuldade de concentração: As pessoas podem também sentir dificuldade em concentrar-se no trabalho, tarefas diárias ou numa simples conversa.
  5. Falta de energia: Um dos sintomas que se manifesta na Síndrome de Burnout é o cansaço excessivo e a falta de energia para manter hábitos saudáveis, como ir na academia ou ter um sono regular.
  6. Sentimento de incompetência: Algumas pessoas podem ter o sentimento de que não se estão fazendo o suficiente dentro e fora do trabalho.
  7. Dificuldade para gostar das mesmas coisas: Também é normal que a pessoa sinta que já não gosta das mesmas coisas de que gostava anteriormente, como fazer uma atividade ou praticar um desporto, por exemplo.
  8. Priorizar as necessidades dos outros: As pessoas que sofrem de síndrome de Burnout, costumam colocar as necessidades dos outros à frente das próprias.
  9. Alterações repentinas de humor: Outra característica muito comum, são as alterações repentinas de humor com muitos períodos de irritação.
  10. Isolamento: Devido a todos estes sintomas, a pessoa tem tendência em isolar-se de pessoas importantes na sua vida, como amigos e familiares.

Outros sinais frequentes da síndrome de Burnout incluem demorar muito tempo para realizar as tarefas profissionais, assim como faltar ou chegar atrasado muitas vezes ao trabalho. Além disso, quando se tira férias é comum não se sentir prazer durante esse período, voltando para o trabalho com a sensação de ainda estar cansado.

Embora os sintomas mais comuns sejam psicológicos, pessoas que estão sofrendo com síndrome de Burnout também podem sofrer frequentemente com dores de cabeça, palpitações, tonturas, problemas de sono, dores musculares e até resfriados, por exemplo.

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Faça o teste a seguir para saber se você tem chances de estar com a síndrome de Burnout:

Como confirmar o diagnóstico

Muitas vezes, a pessoa que está sofrendo com Burnout não consegue identificar todos os sintomas e, por isso, não consegue confirmar que algo está acontecendo. Dessa forma, se existirem suspeitas de que se possa estar sofrendo com este problema, é aconselhado pedir ajuda para um amigo, familiar ou outra pessoa de confiança de forma a identificar corretamente os sintomas.

Porém, para fazer o diagnóstico e não ter mais dúvidas, a melhor forma é ir com uma pessoa próxima a um psicólogo para que sejam discutidos os sintomas, identificado o problema e orientado o tratamento mais adequado. Durante a sessão, o psicólogo poderá também utilizar o questionário Maslach Burnout Inventory (MBI), que tem como objetivo identificar, quantificar e definir a síndrome.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a síndrome de Burnout deve ser orientado por um psicólogo, mas normalmente é recomendada a realização de sessões de terapia, que irá ajudar a aumentar a percepção do controle frente a situações estressantes do trabalho, além de melhorar a auto-estima e desenvolver ferramentas que ajudam a controlar o estresse. Além disso, é importante diminuir o excesso de trabalho ou estudos, reorganizando os objetivos mais exigentes que tinha planejado.

Porém, caso os sintomas se mantenham, o psicólogo pode recomendar um psiquiatra para iniciar a ingestão de remédios antidepressivos, como Sertralina ou Fluoxetina, por exemplo. Entenda como é feito o tratamento da síndrome de Burnout.

Possíveis complicações

As pessoas que possuem a síndrome de Burnout podem ter complicações e consequências quando não iniciam o tratamento, isso porque a síndrome pode interferir em diversas áreas da vida, como a física, a laboral, a familiar e a social, além de também poder haver maior chance de desenvolver diabetes, pressão alta, dores musculares, dor de cabeça e sintomas depressivos, por exemplo.

Essas consequências podem tornar necessário o internamento da pessoa no hospital para que os sintomas sejam tratados.

Como evitar a síndrome

Sempre que surgem os primeiros sinais de Burnout é importante focar em estratégias que ajudam a reduzir o estresse, como:

  • Definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;
  • Participar em atividades de lazer com amigos e familiares;
  • Fazer atividades que "fujam" à rotina diária, como passear, comer num restaurante ou ir no cinema;
  • Evitar o contato com pessoas "negativas" que estejam constantemente reclamando dos outros e do trabalho;
  • Conversar com alguém de confiança sobre o que se está sentindo.

Além disso, fazer exercício físico, como caminhada, corrida ou ir na academia, por pelo menos 30 minutos por dia também ajuda a aliviar a pressão e à aumentar a produção de neurotransmissores que aumentam a sensação de bem-estar. Por isso, mesmo que a vontade para fazer exercício seja muito reduzida deve-se insistir com o exercício, convidando um amigo para caminhar ou andar de bicicleta, por exemplo.

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