Quem narra a história o foco narrativo está em primeira ou em terceira pessoa

Narrativa é o conjunto de informações que o escritor decide incluir em cada momento do texto e a forma como ele as ordena em uma sequência específica para criar uma determinada experiência de leitura.

A orquestração dos eventos do enredo, as informações compartilhadas sobre os personagens e o universo de ficção, o ritmo do texto, o que é revelado, retido e escondido em cada momento têm como objetivo evocar certas emoções e pensamentos no leitor, de forma a intensificar o efeito dramático de cada passagem da narrativa e acrescentar textura e profundidade à história.

O foco narrativo é o ponto de vista a partir do qual o narrador conta a história. Ele pode ser na primeira pessoa, segunda pessoa, terceira pessoa ou uma combinação dessas opções.

O narrador pode ser um ou mais personagens ou pode ser uma entidade abstrata que o escritor cria para narrá-la. A escolha do ponto de vista determina o conhecimento do narrador sobre a história e os limites dos tipos de informações que ele pode revelar.

Outro exercício interessante é considerar como o narrador está tratando o leitor. Como um amigo próximo? Como um terapeuta? Como um confidente? Como um estranho que acabou de conhecer? Como uma autoridade policial?

Criar um interlocutor imaginário pode ajudar você a decidir que informações o personagem vai revelar, em que ordem, com que intenção, em que tom, com que linguagem. Esse exercício pode ajudar você a considerar diferentes possibilidades de construção da narrativa.

Narrador na Primeira-Pessoa

Uma história na primeira pessoa tem como narrador um personagem que participa ativamente da história ou apenas a reconta do seu ponto de vista. Esse narrador, que pode ou não ser o protagonista, pode compartilhar seus pensamentos e emoções ao longo do texto, mas não conhece (e portanto não pode compartilhar) os pensamentos e emoções de outros personagens. O grande desafio no uso deste foco narrativo é a criação de uma voz autêntica para o personagem que está contanto a história . Como ele pensa e fala? Que palavras e expressões fazem parte do seu vocabulário? Ele se expressa de forma clara e objetiva ou confusa e abstrata? Ele usa gírias ou tem certos vícios de linguagem?

A narrativa na primeira-pessoa tem o potencial de aprofundar o conhecimento do leitor sobre o personagem-narrador, já que a forma como ele escolhe narrar os acontecimentos do enredo e como ele descreve e interpreta os comportamentos de outros personagens revela muito sobre sua personalidade. Além disso, suas falas ganham um status de autenticidade, já que não existe um narrador anônimo intermediando o contato do leitor com o personagem, como na narrativa na terceira pessoa. O foco da narrativa na primeira pessoa é influenciar o leitor a interpretar a história a partir do ponto de vista deste personagem.

Ao usar o foco narrativo na primeira pessoa, o escritor pode lançar mão da técnica contar para mostrar. Uma experiência que na descrição resumida de um narrador na terceira pessoa teria apenas uma dimensão de significado, ao ser narrada pelo próprio personagem tem o potencial de mostrar ao leitor outras dimensões do personagem, criando um senso maior de proximidade com ele.

Narrador na Terceira-Pessoa

Uma história na terceira pessoa é contada por um narrador-observador que não participa da história, com a prevalência do uso do pronome “ele/ela”. Em vez de um personagem, o escritor cria uma entidade abstrata que intermedia o contato do leitor com o universo de ficção. O escritor não precisa se limitar a narrar a partir do ponto de vista de um único personagem e pode apresentar diferentes percepções sobre os acontecimentos do enredo ao longo do texto.

O narrador na terceira-pessoa pode ser objetivo (quando registra apenas o que está acontecendo externamente, sem menções às emoções e pensamentos de nenhum personagem), seletivo (quando expressa onisciência em relação a apenas um personagem, estando limitado a compartilhar a experiência desse personagem em particular), universal (quando expressa onisciência em relação a vários personagens, podendo, assim, compartilhar diferentes pontos de vista sobre os acontecimentos da história).

O tom do narrador na terceira pessoa pode variar entre neutro (ele conta a história sem fazer comentários sobre o que está narrando) e crítico (quando além de narrar, ele também comenta o que pensa sobre diferentes aspectos da história). O foco da narrativa na terceira-pessoa é permitir que o leitor tenha uma visão mais plural da história (no uso de um narrador universal), mais imparcial sobre os acontecimentos (no uso de um narrador objetivo) ou mais profunda sobre um personagem (no uso de um narrador seletivo). Esse foco narrativo oferece mais flexibilidade para o escritor entrar e sair da mente dos personagens, e para narrar detalhes da história de uma forma mais vívida, que poderia soar artificial em uma narrativa na primeira pessoa.

Narrador na Segunda-Pessoa

Uma história na segunda-pessoa rompe a barreira invisível que separa o leitor do universo da história, criando a ilusão de que o escritor está falando diretamente com ele ou o tratando como um personagem que deve aceitar seu papel na história passivamente.

O narrador usa predominantemente os pronomes você/tu/nós. O foco da narrativa na segunda-pessoa é permitir que o leitor se sinta mais imerso na história, diminuindo a distância entre ele e o narrador. Esse foco narrativo é incomum e difícil de desenvolver porque cria certo estranhamento no leitor.

Narrador Alternado

Alguns escritores optam por narrar na terceira e na primeira pessoa em uma única história, alternando entre um narrador onisciente, mais distante, e um narrador-personagem, mais próximo. Outros escritores usam apenas a narrativa na primeira pessoa, alternando entre dois ou mais personagens-narradores. Uma história que alterna entre diferentes narradores permite ao leitor descobrir diferentes pontos de vista sobre o universo de ficção e compará-los para tirar suas próprias conclusões sobre o que está sendo narrado.

Outro ponto interessante a se considerar é para quem o narrador está contando a história. Para um teatro lotado? Para sua mãe? Para uma amiga? Para um grupo de freiras? Para crianças? Para seu psicólogo? Para um padre? Para um estranho? Pense em como o tom e a linguagem do texto poderiam ser diferentes dependendo dessa escolha.

Ainda que o leitor não esteja ciente a quem o narrador está dirigindo sua história, o exercício de imaginar seu interlocutor pode ajudar você a considerar diferentes possibilidades de construção da narrativa.

A personagem principal conta sua história - foco narrativo na primeira pessoa ou interno. ... O Narrador conta a história como observador - foco narrativo na terceira pessoa ou externo. O escritor, analítico ou onisciente (sabedor de tudo), no papel de narrador, conta a história - foco narrativo na terceira pessoa. Foco narrativo designa aquele que narra em uma história (narrador ou eu-lírico). ... Quando o narrador é uma das personagens, dizemos que o foco narrativo é em primeira pessoa; quando não é uma das personagens, estando, portanto, fora da história, dizemos que o foco narrativo é em terceira pessoa. Os tipos de narrador são o narrador personagem (em primeira pessoa), que participa da história; o narrador observador (em terceira pessoa), que apenas narra o que vê; e o narrador onisciente (também em terceira pessoa), que tem total conhecimento de personagens e fatos. A narração feita por um narrador que não participa dos fatos, mas que os observa, é denominada de Narração em 3ª pessoa. ... Ocorre quando a narrativa é contada por alguém que participa dos fatos, ou melhor, o narrador participa dos acontecimentos da história (narrador-personagem). As crônicas narrativas envolvem os mais diversos tipos de narrador (foco narrativo) e, portanto, podem ser narradas em primeira ou terceira pessoa. ... Vale lembrar que a crônica é um texto curto em prosa onde a principal característica é relatar acontecimentos cotidianos de forma cronológica, daí seu nome. Redação

  • O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem. ...
  • O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. ...
  • O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa.
O narrador personagem é um tipo de narrador que participa da história e por isso, recebe esse nome. ... No primeiro caso, a história é narrada em 3ª pessoa e o narrador não participa da história. No entanto, ele tem conhecimento de tudo o que se passa, mas não sabe tudo acerca de seus personagens. O foco narrativo se define pela perspectiva por meio da qual esse narrador opta para relatar os acontecimentos inerentes ao enredo. Ele participará da história, será ele um mero espectador, enfim, como tudo isso decorrerá? Já o foco narrativo é em quem a narração está centrada. Um texto costuma ter um único narrador, com mudança de capítulo quando há troca. Já o foco narrativo pode variar de uma cena para outra, e é possivel inclusive que haja mais de um foco narrativo na mesma cena (imagine uma briga de casal, por exemplo). É possível perceber que o narrador é um personagem da história: ... Ele apenas conta uma história que testemunhou. Use os pronomes corretos. A terceira pessoa se refere àqueles "de fora". Você escreve sobre alguém ou usando o nome dele ou com os pronomes de terceira pessoa. Esses pronomes incluem: ele, ela, dele, dela, eles, aqueles, deles, seu(s)/sua(s). Os nomes de outras pessoas também são considerados apropriados. A crônica jornalística tem um viés do texto jornalístico no que diz respeito à veiculação de notícias e fatos. Dessa forma, busca abordar acontecimentos atuais, do mesmo dia ou semana, por exemplo. Protagonista é o personagem principal da obra. A sua experiencia é o foco da narrativa. A partir da sua perspectiva sobre o conflito da história que julgamos tudo o que acontece durante o enredo. Pode ser um herói (ou anti-herói), podendo existir um ou mais personagens principais. O narrador personagem é aquele que participa da história. Ele pode ser um dos personagens principais ou ser apenas um personagem secundário. Sendo um porta-voz de histórias narradas em primeira pessoa, esse tipo de narrador apresenta relação intrínseca com os demais personagens. O narrador onisciente é um tipo de narrador que possui todas as informações sobre a história que está sendo contada. A narrativa é apresentada sempre na 3ª pessoa. Em alguns casos, o narrador onisciente pode conhecer não somente os fatos referentes à trama como o íntimo dos personagens, seu passado e seus pensamentos. Romance é um gênero textual que consiste em uma narrativa longa, escrita em prosa. ... Por tratar-se de uma narrativa, o romance possui uma ação, lugar onde ela ocorre, tempo em que ela acontece, personagens que a realizam, uma trama e um ponto de vista, isto é, a perspectiva do narrador. Foco narrativo Embora Augusto seja o narrador, pois relata a aposta que fez com Filipe; o romance A Moreninha é narrado na 3ª pessoa (narrador onisciente). Vale ressaltar que o narrador é intrometido em alguns momentos da história.

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