Por que sentimos cólicas menstruais

A cólica menstrual, também chamada de dismenorreia, é uma dor aguda e em espasmos que pode afetar pacientes do sexo feminino, no período anterior ou mesmo durante a menstruação.

Com intensidade variável, para algumas mulheres a cólica menstrual pode ser uma condição incapacitante, uma vez que pode atrapalhar a rotina de estudos ou de trabalho da paciente, devido ao seu grau.

A cólica menstrual é resultado das movimentações que o útero faz para se livrar do endométrio, um tecido que reveste o útero e que aumenta de tamanho durante o ciclo menstrual. A menstruação é o resultado dessa descamação do útero.

Pacientes com cólicas menstruais muito fortes podem procurar ajuda do médico para checar se há outros quadros clínicos que pioram as cólicas, como a endometriose.

Quais são as causas da Cólica Menstrual?

A cólica menstrual pode ter causas primárias, caracterizada pelo aumento na produção de de prostaglandina pelo endométrio, e secundária, devido a alterações patológicas no aparelho reprodutivo, como endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical, etc.

Quais os sintomas de cólica menstrual?

A cólica menstrual é uma dor em espasmos, que varia de intensidade e que, inclusive, pode irradiar para as costas e pernas da paciente. 

Além da dor, a paciente com cólica menstrual pode também apresentar outros sintomas, dependendo da intensidade. 

A paciente com fortes cólicas menstruais pode causar náuseas e vômitos, dores de cabeça, inchaço abdominal e diarreia.

Como é o tratamento da cólica menstrual?

A cólica menstrual pode ser tratada com o uso de medicamentos que aliviam as dores. A pílula anticoncepcional pode suspender a menstruação e, consequentemente, aliviar as cólicas. A paciente também pode fazer o uso de bolsas de água quente para tentar aliviar as dores.

Pacientes com dores e cólicas muito intensas podem realizar exames para o diagnóstico da endometriose e de outras condições que fazem com que essa cólica seja mais intensa.

 A Rede D’Or possui hospitais espalhados por 6 estados brasileiros. Todas as instituições possuem selos de qualidade nacionais e internacionais, como o que é oferecido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que são uma garantia de excelência no atendimento hospitalar.

Ao todo, são mais de 80 mil médicos das mais diversas especialidades, disponíveis para auxiliar no tratamento e no diagnóstico de condições diversas.

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*Tradução: Mariana Rezende

Coisas importantes a saber:

  • As cólicas menstruais provavelmente são causadas por um excesso de prostaglandinas — compostos liberados pelo revestimento uterino durante o processo de preparação para a eliminação (a menstruação). Elas são uma parte necessária do processo mas, em demasia, causam dor.

  • Para aliviar a dor, aplique uma compressa quente no ventre e tome um medicamento anti-inflamatório comum, como ibuprofeno.

  • A título de precaução, considere tomar um suplemento de magnésio. O mineral pode ser eficaz na redução das cólicas menstruais a longo prazo, diminuindo a necessidade do uso de medicamentos para a dor.

Você certamente tem familiaridade com as cólicas menstruais: cólicas uterinas que acontecem na época da menstruação e que geralmente são sentidas no abdômen, nas costas ou nas coxas. Você também pode sentir dores no meio do seu ciclo, durante a ovulação.

Cólicas menstruais são muito comuns: no Clue app, cerca de 3 em cada 4 pessoas relatam ter cólicas pouco antes ou durante a menstruação.

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    A maioria das pessoas nota as primeiras cólicas menstruais cerca de 6 meses a um ano depois da primeira menstruação (1). No início, elas podem ser irregulares e depois podem acontecer na maioria ou em todos os ciclos (na medida em que a ovulação acontece com mais frequência).

    As pessoas normalmente sentem suas cólicas imediatamente antes ou no momento em que o sangramento começa em cada ciclo. As cólicas geralmente duram cerca de 1 a 3 dias e podem começar a partir de uma dor forte e que melhora com o passar das horas, ou vai e volta aleatoriamente. As cólicas podem ser quase imperceptíveis, bastante dolorosas ou severas (2). De cada 10 pessoas, pelo menos uma experimenta níveis de dor que podem afetar suas atividades diárias por 1 a 3 dias em cada ciclo. A dor moderada a intensa é a mais comum em 2 a 3 anos depois da primeira menstruação (menarca) e geralmente melhora depois dos 20 anos, ou após a gestação e o parto (2).

    As cólicas menstruais mais graves são geralmente associadas a condições médicas como endometriose ou adenomiose. A dor feminina é frequentemente negligenciada e/ou subtratada em comparação com o estudo das dores masculinas (3). É comum que uma pessoa que sofre de dor menstrual grave não fale sobre isso com seu médico (4). No caso das cólicas menstruais, é importante se posicionar e comunicar seus níveis de dor a um profissional de saúde. Acompanhar a frequência da sua dor com um aplicativo, como o Clue, pode ser útil.

    Ter algumas noções básicas sobre a dor relacionada ao ciclo menstrual pode ajudar você a entender se a sua deve ser abordada com um profissional de saúde. Então, o que exatamente causa e alivia cólicas?

    O que causa as cólicas menstruais?

    Observação: As cólicas menstruais podem ser “primárias” ou “secundárias”. A dismenorréia primária (a palavra clínica para menstruações dolorosas) é a dor causada pelo própria menstruação. Dismenorréia secundária é a dor da menstruação com outra causa raiz, como uma condição de saúde como a endometriose. Este artigo aborda a dismenorréia primária.

    Cólicas menstruais são provavelmente causadas por um excesso de prostaglandinas – compostos semelhantes a hormônios que são liberados do revestimento uterino (o endométrio) durante a preparação para a eliminação. As prostaglandinas ajudam o útero a contrair e relaxar, de modo que o endométrio possa descamar e ser eliminado através da menstruação. Elas são uma parte necessária do processo, mas em excesso, causam dor se o útero se contrair fortemente. O fluxo sanguíneo é reduzido e o suprimento de oxigênio para o tecido muscular do útero diminui, causando dor (5).

    Ainda se desconhece o que predispõe algumas pessoas e não outras à menstruação dolorosa. A inflamação pode desempenhar um papel. A produção de prostaglandinas está relacionada à inflamação e o tecido inflamado tende a produzir mais prostaglandinas (6). Pessoas que sentem mais dor menstrual também demonstraram ter níveis mais altos de marcadores inflamatórios no sangue, mesmo após ajuste para fatores relacionados à inflamação crônica, como IMC, tabagismo e consumo de álcool (7). A inflamação também tem sido associada ao agravamento de outros sintomas pré-menstruais, incluindo alterações do humor.

    É mais provável que as pessoas tenham menstruações dolorosas se tiverem sangramentos intensos ou de longa duração, se começaram a menstruar precocemente, ou se seus ciclos são irregulares (8, 9). Outros fatores que têm sido associados a menstruações dolorosas incluem tabagismo, baixo peso, idade inferior a 30 anos, infecção pélvica e esterilização (8).

    Uma pesquisa feita pelo Clue em parceria com a Universidade de Oxford também descobriu que os usuários do Clue com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) não diagnosticadas tinham maior probabilidade de apresentar certos sintomas pré-menstruais, incluindo cólicas, do que aqueles sem ISTs (10).

    Como faço para aliviar as cólicas menstruais?

    Se seus suas menstruações forem intensas, irregulares ou extremamente dolorosas, tentar encontrar e tratar a causa das irregularidades pode ser importante para sua saúde. Outras abordagens de alívio das cólicas, como o uso de métodos contraceptivos hormonais, agem impedindo o acúmulo e a descamação do endométrio.

    Todos os métodos de alívio das cólicas fazem pelo menos uma das coisas a seguir:

    • Reduzem inflamação

    • Limitam a produção de prostaglandina

    • Bloqueiam a dor

    • Aumentam fluxo de sangue uterino

    • Tratam uma doença subjacente, como a endometriose

    Os métodos de alívio das cólicas que você pode tentar incluem:

    • Medicamentos

    • Calor (bolsas de água quente)

    • Estimulação do nervo transcutâneo (TENS)

    • Mudanças na alimentação

    • Suplementação

    • Alívio do estresse

    • Parar de fumar

    • Atividade física

    • Sexo

    • Maior autocuidado

    Medicamentos para cólicas menstruais

    Os analgésicos anti-inflamatórios são uma maneira eficaz de obter alívio da dor menstrual (11). Os AINEs (anti-inflamatórios não esteróides), como o ibuprofeno, inibem a produção de prostaglandinas e a inflamação. Outros tipos de analgésicos de venda livre (sem receita) podem reduzir a dor, mas tendem a ser menos eficazes no tratamento de cólicas menstruais (12). Os AINEs também são usados ​​na redução do sangramento intenso (13).

    Algumas pessoas podem optar por usar contraceptivos hormonais para aliviar e prevenir cólicas menstruais, como a pílula ou o DIU hormonal. Os hormônios sintéticos nesses métodos bloqueiam a ovulação e/ou previnem o aumento e a descamação típicos da parede uterina. Isso reduz ou elimina o acúmulo associado de prostaglandinas, as contrações musculares e as cólicas (14).

    Calor para cólicas menstruais

    Nunca desmereça a bolsa de água quente que sua avó usava. O calor é um método simples, mas testado e comprovado, de aliviar a dor das cólicas menstruais, além de ser barato e não ter efeitos colaterais. O calor tem se mostrado tão eficaz quanto os AINEs e a aspirina para a cólica menstrual (15-17). Um retalho aquecido de pano pode funcionar tão bem quanto uma bolsa de água de água quente.

    Estimulação do nervo transcutâneo e cólicas menstruais

    A Estimulação Nervosa Transcutânea (TENS) é um tratamento aprovado para cólicas menstruais. Ele consiste de um pequeno aparelho que fornece corrente elétrica de baixa voltagem à pele, possivelmente aumentando o limiar de dor e estimulando a liberação de endorfinas naturais do corpo (5).

    O método TENS também pode ser usado de outras estratégias, como calor e medicação.

    Alimentação e cólicas menstruais

    Quanto mais se aprende sobre a relação entre a inflamação e cólicas menstruais, mais podemos ver recomendações alimentares para a prevenção de cólicas. Até o momento, os dados são limitados, mas promissores, e não há recomendações médicas formais.

    Um ensaio clínico de 33 mulheres com dores menstruais descobriu que as mulheres tinham menos dores quando seguiam uma dieta vegetariana com baixo teor de gordura do que quando tomavam uma pílula placebo de suplemento alimentar (18).

    Uma pesquisa com 127 estudantes descobriu que aqueles que relataram consumir 3 a 4 porções de laticínios tiveram menos dores menstruais do que aqueles que não consumiram laticínios. Isto é possivelmente devido à ingestão de cálcio, e talvez também de vitamina D, mas mais pesquisas são necessárias – um teste com vitamina D descobriu que doses muito altas eram necessárias para fazer a diferença, que alguns (mas não todos) profissionais de saúde considerariam inseguros (19-21).

    A deficiência de magnésio, que está associada à ansiedade e ao stress, também tem sido associada a cólicas menstruais mais intensas (22). Neste artigo você encontra, em maiores detalhes, tudo sobre a relação entre alimentação e as fases do ciclo menstrual.

    Suplementos para cólicas menstruais

    A evidência do uso de suplementos para tratar cólicas menstruais não está bem estabelecida, mas você pode encontrar algo que funcione para você, caso tenha disposição para experimentar. Consulte um profissional de nutrição antes de tomar suplementos. Como qualquer medicamento, eles podem ter efeitos colaterais e interferir nos níveis de outros nutrientes no corpo.

    Aqui estão os principais suplementos para dor no período:

    • O gengibre, ao que tudo indica, pode ser tão eficaz quanto analgésicos comuns. Duas revisões sistemáticas sobre o uso gengibre para dor menstrual descobriram que a raiz foi provavelmente mais eficaz do que um placebo para reduzir a dor (23, 24). Ensaios clínicos com mais de 100 estudantes com dor menstrual moderada a intensa constataram que a dor foi similarmente reduzida em estudantes que consumiam gengibre, como os estudantes que tomam os antiinflamatórios não esteróides, como o ibuprofeno, ou ácido mefenâmico (25, 26). Um grupo tomou 250mg de cápsulas do extrato de gengibre zintoma, desde o início da menstruação, e depois a cada 6 horas, até que a dor aliviasse. O outro grupo tomou 1000mg de “pó de rizoma de gengibre” diariamente (dividido por 4x por dia) durante os primeiros três dias da menstruação.

    • O magnésio (e a deficiência de magnésio) pode desempenhar um papel importante para algumas pessoas no caso de dismenorreia (27). Uma revisão sistemática que incluiu três estudos sobre o magnésio constatou que o mineral foi eficaz na redução da dor menstrual melhor do que um placebo e pode ser útil para limitar a necessidade de medicação para a dor (28). O magnésio provoca poucos efeitos colaterais, mas pode causar diarreias, então você talvez precise de recomendação médica. Os três estudos usaram diferentes doses de magnésio, portanto, talvez seja importante conversar com um profissional de saúde para obter uma recomendação – nossa colaboradora Lara Briden recomenda começar com uma dose diária de 300 mg.

    • A suplementação de zinco pode ser eficaz por um motivo semelhante a do magnésio, mas ainda precisa-se de mais pesquisas (29-32). Em um ensaio clínico aleatório com 120 mulheres, a duração e a gravidade das cólicas menstruais foram significativamente melhoradas nas que tomaram zinco, em comparação com as que receberam placebo (32).

    • A vitamina B1 demonstrou ser eficaz na redução das cólicas. Um grande estudo descobriu que as pessoas que tomavam 100 mg por dia tinham menos dores do que as que tomavam placebo (35).

    • Outros suplementos alimentares também foram pesquisados ​​sobre um possível papel no alívio de cólicas, como vitamina E, B6 e altas doses de vitamina D, além de agnus castus e mais de 3 meses de uso de óleo de peixe (1, 20, 34). Os resultados até agora são promissores ou mistos.

    Estresse e cólicas menstruais

    O alívio do estresse pode ajudar a amenizar as cólicas menstruais em algumas pessoas. Pesquisas preliminares descobriram que pessoas com altos níveis de estresse têm duas vezes mais probabilidade de relatarem dores menstruais (35). O estresse durante a fase folicular (a primeira parte do ciclo) pode ter maior probabilidade de causar uma menstruação dolorosa do que o stress na fase lútea (a segunda parte do ciclo, depois da ovulação) (35).

    Tabagismo e cólicas menstruais

    Pessoas que fumam têm um risco maior de sofrer com cólicas menstruais dolorosas (36). O risco aumenta com o tempo, caso a pessoa continue a fumar. O fumo passivo também mostrou aumentar as cólicas menstruais (37).

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    Atividades físicas e cólicas menstruais

    O exercício físico pode ajudar a aliviar as cólicas, pelo menos em parte, aumentando o fluxo sanguíneo para o abdômen. Uma meta-análise recente de 11 estudos descobriu que atividades como aeróbica, alongamentos e ioga provavelmente ajudam a diminuir a intensidade da dor menstrual e também pode encurtar sua duração (38). O exercício físico também pode ajudar na redução do estresse, o que pode contribuir para diminuir a dor. Se estiver praticando ioga, você pode tentar fazer posturas que esticam e estimulam o abdômen, como as posturas de cobra, gato e peixe (39).

    Sexo e cólicas menstruais

    Existem evidências anedóticas de que o sexo e orgasmos podem ajudar no alívio das cólicas menstruais.

    Participantes de pesquisas realizadas pelos pioneiros da pesquisa sexual, Masters e Johnson, relataram o uso da masturbação para aliviar suas cólicas, e uma pesquisa com mulheres americanas descobriu que 1 em cada 10 relatou o mesmo (40). Se o exercício físico e os aparelhos TENS trabalham em parte liberando endorfinas e aumentando o fluxo sanguíneo, é plausível que o sexo possa fazer o mesmo. Vantagens adicionais ao sexo durante a menstruação incluem menor chance de gravidez e lubrificação mais natural (caso você não esteja usando um absorvente interno).

    Autocuidado e cólicas menstruais

    Falar sobre suas cólicas com os pais ou responsáveis, amigos ou profissionais de saúde parece trazer muito conforto para as pessoas. Outras estratégias que as pessoas usam são ficar na cama, assistir televisão e curtir outras distrações, como alimentos especiais, bebidas e exercícios físicos (41).

    Pedir a amigos ou a um(a) parceiro(a) de confiança uma massagem abdominal ou nas costas com um óleo essencial (lavanda, talvez?) também pode ser útil, além de bastante agradável (42).

    Que tipo de dor menstrual é “normal”? Quando devo consultar um profissional de saúde sobre minhas cólicas?

    Se suas cólicas forem tão dolorosas que não são amenizadas por um analgésico comum e se elas afetarem sua capacidade de trabalhar, estudar ou fazer qualquer outra atividade cotidiana, é melhor conversar com um profissional de saúde. Você também deve consultar um profissional se sua cólica for súbita ou excepcionalmente intensa, ou durar mais do que alguns dias.

    Cólicas menstruais intensas ou dor pélvica crônica podem ser um sintoma de condições de saúde como endometriose ou adenomiose. A dor sentida por pessoas com endometriose é diferente da cólica menstrual normal. Saber se posicionar sobre a própria dor perante médicos pode ser difícil, mas ajudará você a sentir validação e a receber o tratamento que precisa.

    Artigo originalmente publicado em 18 de março de 2018.

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