Por que a herpes vai e volta

A herpes é uma doença transmissível que não tem cura, uma vez que não existe um remédio antiviral capaz de eliminar de vez o vírus do organismo. No entanto, existem vários medicamentos que podem ajudar a evitar e até tratar mais rapidamente uma crise de sintomas.

Desta forma, a cura da herpes não pode ser alcançada para a herpes genital, nem para a herpes labial já que são causadas pelo mesmo tipo de vírus, o Herpes Simplex, sendo que o tipo 1 causa o herpes oral e o tipo 2 causa a herpes genital.

Embora não exista cura, muitos casos de herpes não apresentam qualquer sintomas, pois o vírus fica dormente por muitos anos, e a pessoa pode viver sem nunca saber que está infectada pelo vírus. No entanto, como o vírus está no organismo, essa pessoa apresenta risco de passar o vírus para outras.

Porque o herpes não tem cura

O vírus do herpes é difícil de curar pois quando entra no corpo pode ficar dormente por muito tempo, não causando qualquer tipo de resposta por parte do sistema imune.

Além disso, o DNA deste vírus é muito complexo, o que torna muito difícil criar um remédio capaz de o eliminar, ao contrário do que acontece com outros tipos de vírus mais simples como o da caxumba ou do sarampo, por exemplo.

Como identificar a herpes

Para identificar a herpes, deve-se observar atentamente o local afetado. Este pode estar formigando, desconfortável ou coçando durante alguns dias, antes da ferida aparecer, até surgem as primeiras bolinhas de ar, circundadas por uma borda vermelha, que é dolorosa e muito sensível.

O diagnóstico laboratorial é feito ao analisar a presença do vírus da herpes microscopicamente numa raspagem feita na ferida, mas ele nem sempre é necessário. A maioria dos médicos consegue identificar a herpes somente olhando para a ferida.

Após alguns dias do surgimento da ferida da herpes, ela começa a secar sozinha, formando uma crosta mais fina e de cor amarelada, até que desaparece completamente, por volta dos 20 dias.

Remédios usados no tratamento

Embora não exista uma cura para o herpes, existem remédios que podem ser usados para tratar uma crise mais rapidamente. O remédio mais usado é o Aciclovir, que é um antiviral que é capaz de enfraquecer o vírus, fazendo com que deixe de provocar as alterações na pele.

Porém, também é importante manter a região bem limpa e seca, assim como corretamente hidratada. Veja outros cuidados e as formas de tratamento disponíveis.

Como ocorre a transmissão

Uma vez que a herpes não tem cura, a pessoa que tem o vírus apresenta sempre algumas chances de passar o vírus para outras. No entanto, esse risco é maior que existem bolhas e feridas na pele causadas pelo herpes, já que o vírus pode ser passado através do líquido liberado por essas bolhas.

Algumas das formas mais comuns para a transmissão do herpes incluem beijar alguém com feridas de herpes, partilhar talheres ou copos, encostar no líquido liberado pelas bolhas do herpes ou ter relações sexuais sem preservativo, por exemplo.

O herpes faz pelo menos 640 mil novas vítimas todo ano no Brasil. Para ser transmitido, o vírus precisa apenas de alguns segundos de contato entre uma pessoa e outra. Depois do contágio, não tem mais volta: você vai carregá-lo pelo resto da vida.

Diferente do vírus HIV, que não é transmitido apenas pelo contato, o do herpes pode ser passado apenas através de um beijo. A doença não tem cura, mas se a pessoa tiver o sistema imunológico forte, consegue evitar novas crises e lesões.  Além disso, o medicamento na hora certa pode evitar também o surgimento das feridas.

Na primeira vez que o herpes aparece, a lesão vem com muito mais força porque pega o sistema imunológico despreparado. O vírus é uma ameaça que o corpo não conhece, portanto não consegue impedir e demora a se defender, deixando o organismo mais vulnerável. Nas próximas infecções, o corpo se acostuma e consegue amenizar as lesões com uma defesa mais eficaz.

A doença também pode ser transmitida da mãe com herpes genital para o bebê no caso de um parto normal. Nesse caso, é fundamental a cirurgia de cesária para evitar o contágio.

Segundo o infectologista, Dr. Caio Rosenthal, o vírus pode ser transmitido mesmo que a pessoa não tenha a lesão aparente, mas no caso das lesões, é mais perigoso e é preciso cuidado.

Quem tem o vírus, é importante cortar do cardápio alimentos salgados e ácidos, como batata, pipoca, laranja, suco de limão e vinagre. Esses alimentos podem irritar ainda mais a herpes e aumentar a dor. Há três tipos da doença: o herpes labial, o genital e o zoster.

Herpes labial
O sol aumenta o risco de lesões da doença, portanto é importante utilizar protetores labiais para evitar as crises. Se você já está com a ferida, evite passar os protetores porque eles podem irritar ainda mais os lábios, aumentar a lesão e até espalhar o vírus.

Herpes genital
A camisinha pode ajudar a evitar a transmissão do herpes genital. Ela não é 100% segura porque protege apenas o pênis e a vagina, enquanto o vírus pode se espalhar pela virilha. O ideal mesmo evitar sexo quando há lesões, até porque pode causar ardor e incômodo no local.

saiba mais

  • Veja como evitar o contágio por herpes
  • Herpes não tem cura

Herpes zoster
É um tipo mais raro de manifestação da doença e acontece quando há uma reativação do vírus da catapora, o vírus varicella-zoster (VVZ). Isso acontece porque, depois de ter a catapora, o vírus não é completamente eliminado do corpo e fica em estado de latência. Quando adulta, a pessoa pode ter a eclosão do herpes zoster.

Por algum motivo como estresse, mudança hormonal ou imunossupressão, o vírus da catapora se reativa, levando ao aparecimento de vesículas em zonas muito dolorosas -- alguns pacientes não aguentam nem o vento nessas áreas. Além de coceira e ardor, esse vírus também pode causar dor de cabeça, febre e mal-estar.

Quando o herpes zoster surge, fica concentrada em um lado do corpo e não chega a ultrapassar o meridiano central do corpo. Os locais mais comuns em que ela aparece são: a região torácica (53% dos casos), cervical (20%), do trigêmeo (15%) e lombossacra (11%).

Tratamento
O aciclovir é o principal remédio para evitar o aparecimento das lesões causadas pelo vírus da herpes. O medicamento não mata o vírus, apenas impede sua reprodução. A hora certa de passar o remédio é quando a pessoa começa a sentir aquela sensação de coceira, calor e incômodo localizados. Se aplicado em tempo, o remédio inibe a reprodução do vírus e evita a criação de ferimentos na camada mais superficial da pele.

Muita gente aplica o remédio quando já está com a lesão e isso é errado porque, depois de 72 horas da fase do comichão e da coceira, o remédio já perde quase que completamente sua eficácia.

No caso da herpes zoster, também podem ser aplicadas vacinas imunoestimulantes que diminuem a frequência e intensidade da doença. É importante procurar o médico logo quando surge a doença.

Veja abaixo o resultado da enquete do nosso site:


Infecção recorrente ou herpes simples de repetição, são pessoas que possuem vários crises de herpes no ano.

Nesses casos, a quantidade de lesões e quadro clínico são mais brandos que a infecção primária pelo herpes simples.

Além disso o tempo da crise dura menos tempo, em geral dura de 2 a 5 dias, mesmo sem tratamento específico.

Como controlar herpes de repetição – Fatores aumentam o risco de novas crises:

  • Exposição a radiação ultravioleta,
  • Traumatismos locais,
  • Menstruação,
  • Estresse físico ou emocional,
  • Depressão,
  • Insônia,
  • Uso prolongado de antibióticos (imunodeficiência),
  • Tratamentos que diminuem a imunidade, como comprimidos de corticoides ou imunossupressores,
  • Outras causas de imunodeficiência.

Como controlar herpes de repetição – Profilaxia medicamentosa:

O uso de remédios profiláticos são adotados em último caso, pois essa medicação, pode ser tóxica para o organismo e o seu custo-benefício deve ser muito bem avaliado.

  • A profilaxia medicamentosa é feita com o mesmo remédio do tratamento
  • Com uma dose menor
  • Por muito mais tempo

Como controlar herpes de repetição – Como prevenir novas crises:

O tratamento de uma crise não diminui o risco de novas crises.

Não existe vacina para prevenção.

Na maioria das situações, o tratamento dos fatores que levam à queda da imunidade, como o tratamento da ansiedade e depressão, é a melhor estratégia para prevenção das crises.


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